Cap. 6 – O Caminho da Iluminação
-Muito bem! – guinchou uma voz atrás deles – Venceram o primeiro Medo! Os Santos de Athena viraram-se bruscamente. O dono daquela voz era um guerreiro usando outra apavorante armadura, negra, com garras sobre a boca. Era mais baixo e magro do que o primeiro. -Caramba! – troçou Saga – mas as vossas armaduras são MUITO feias! -E eficazes, verás – respondeu o segundo Medo, trocista. – Sou a CÓLERA. -Deixa este comigo, Shaka . Todos estes anos lutei contra a ira e a cólera no meu coração, e acho que chegou a altura de tirar esse esqueleto do armário. -Certo- assentiu Virgo. -Escolheste o homem errado para lutar, Cólera - bradou Saga – a Cólera há muito que perdeu os seus efeitos sobre mim. -Isso ainda está por provar! ATAQUE DA FÚRIA, IRA , E DESCONTROLE! -Saga, concentrando-se no amor que finalmente imperava na sua alma, ripostou: -EXPLOSÃO GALÁCTICA. Em meia dúzia de segundos, Cólera caiu derrotado, desaparecendo no ar. -Estou surpreendido, Saga. Afinal, aprendeste a trabalhar as tuas emoções. Bravo! Saga fez uma elegante vénia.
-Sou uma caixinha de surpresas. Hahá. E... -Saga ficou branco. -Que foi? -Olha atrás de ti! Shaka olhou e deu um pulo. E não era para menos: um enorme Medo, feio como os trovões, ou pelo menos a armadura dele assim era. De um azul-escuro sujo, como petróleo sobre as águas, coleante, e o elmo era composto por uma máscara horrenda, que cobria toda a cabeça, perfeitamente esférica. Tinha apenas dois buraquinhos para os olhos, o que lhe dava um ar sinistro de tubarão, e um bico longo e gigantesco. - Sou a IGNORÂNCIA. O 3º Medo. - Cavaleiro mais feio que eu já vi – riu Shaka. –Realmente assustador. - Óptimo.- Respondeu IGNORÂNCIA –Assim vais morrer mais depressa. -Sai, Saga – exclamou o Virginiano –Deixa este para mim.-Ias morrer de medo da figura dele. Eu luto de olhos fechados.. -Podes estar descansado. IGNORÂNCIA concentrou e expandiu o seu cosmos, que deu à atmosfera um aspecto denso, enevoado, semelhante aos pensamentos de um estudante que a meio de um exame sente uma «branca» daquelas. Era como se as ideias simplesmente se apagassem, como se a imaginação não tivesse mais lugar, uma treva espessa. A voz indefinida do medo ecoava no meio da escuridão.
-QUANTAS COISAS IGNORAS, SHAKA, TU QUE ÉS TIDO COMO O HOMEM MAIS PRÓXIMO DE DEUS? -Ignoro, por exemplo – atalhou o Buda, irritado- que haja alguém mais feio do que tu. Agora, luta e deixa-te de conversa fiada! -AS APARÊNCIAS NÃO SÃO NADA, APENAS...APARÊNCIAS. COMO PREGA O TEU ADORADO MESTRE, «NADA EXISTE», NADA É REAL. APENAS A NOSSA PERCEPÇÃO DAS COISAS. -Não me venhas agora com a Irrealidade da Realidade. Tu não és ninguém para citar Buda! -AH, SIM? MESMO? O QUE ME DIZES DA TUA DISTORCIDA NOÇÃO DE COMPAIXÃO, QUE POR VEZES LEVA A UMA IMPIEDADE E FRIEZA SUPREMAS, IGUAIS ÁS DO PIOR E MAIS SÓRDIDO ASSASSINO?
E O AMOR DAS MULHERES, QUE TU DESCONHECES? O TEU CORAÇÃO É FRIO, SHAKA DE VIRGEM, E ÉS O PIOR TIPO DE IGNORANTE: AQUELE QUE TEM ABSOLUTA CERTEZA DE QUE TEM RAZÃO!
Shaka ia atacar, mas sentiu-se subitamente sufocado, como se fosse estrangulado por um garrote. Tentava libertar-se, mas o torno em volta do seu pescoço- que não era mais do que erros mal superados -apertava mais e mais. -POSSO TER ERRADO MUITAS VEZES, MAS Athena, a Deusa da Sabedoria que eu protejo, vai estar sempre ao meu lado para me mostrar o caminho luminoso da salvação e do conhecimento. E o meu Mestre Buda ajudar-me-à a trilhar a estrada da superação do Erro que os meus sentidos me possam ter levado a cometer. HOM! Um campo de forças surgiu, dourado, ao redor de Shaka, que agora voltava a respirar, e iluminava a sala. - RENDIÇÃO DO REI DAS TREVAS! ter sentido o golpe. Ficou quieto no mesmo lugar. -Seja, então- anuiu o Medo- és tão forte como dizem. Mas vou dar-te a última lição que precisas de saber.... A Armadura dele fragmentou-se em mil pedaços, e, ao mesmo tempo, IGNORÂNCIA caiu por Terra. O Salão voltou a ter luz, e, no chão, os dois cavaleiros viram um esplêndido jovem, forte, de perfeita beleza e longos cabelos louros. -Enganamo-nos. – murmurou Saga. -Como ele disse...- as aparências enganam. - Cada inimigo, uma nova lição – disse Gémeos.
-Bom...venha o quinto, já que aqui estamos. Durante longos minutos só o silêncio se fazia sentir. O cadáver de IGNORÂNCIA tinha desaparecido da vista. Saga sentou-se num degrau perto do altar, e Shaka, que não se atrevia a meditar num ambiente daqueles, juntou- se-lhe. -Será que vem? - Tem de vir, mais cedo ou mais tarde. O quinto medo é o ORGULHO. Talvez nos faça esperar um pouco, mas virá de certeza. Mal Shaka acabou de dizer isto, uma mulher alta, usando uma bela máscara em tons rosados, com uma armadura que lhe cobria quase todo o corpo, entrou na sala. -Perdão pelo meu atraso... estava à espera que chamassem por mim. -Tinhas medo, era? -Medo? – respondeu a mulher, com uma gargalhada de troça – Eu SOU um Medo.Vou fazer-te cair desse pedestal. ESPELHO DOS ENGANOS!!!!! À frente dela apareceu uma barreira luminosa, que mostrava outro Shaka, este sempre nas nuvens, fechando-se para o mundo, tão cheio de si que esquecia, por vezes, o mais importante. Não era uma vaidade externa, como a do Afrodite de Peixes, baseada no narcisismo, mas arrogância e estreiteza de vista. -Já chega,
Sei San Sara!!!!!
A jovem caiu morta. Definitivamente, os Medos não eram adversário para os Dourados, mas Miro tinha-se enganado num detalhe: havia algo a tirar dali.
-Muito bem! – guinchou uma voz atrás deles – Venceram o primeiro Medo! Os Santos de Athena viraram-se bruscamente. O dono daquela voz era um guerreiro usando outra apavorante armadura, negra, com garras sobre a boca. Era mais baixo e magro do que o primeiro. -Caramba! – troçou Saga – mas as vossas armaduras são MUITO feias! -E eficazes, verás – respondeu o segundo Medo, trocista. – Sou a CÓLERA. -Deixa este comigo, Shaka . Todos estes anos lutei contra a ira e a cólera no meu coração, e acho que chegou a altura de tirar esse esqueleto do armário. -Certo- assentiu Virgo. -Escolheste o homem errado para lutar, Cólera - bradou Saga – a Cólera há muito que perdeu os seus efeitos sobre mim. -Isso ainda está por provar! ATAQUE DA FÚRIA, IRA , E DESCONTROLE! -Saga, concentrando-se no amor que finalmente imperava na sua alma, ripostou: -EXPLOSÃO GALÁCTICA. Em meia dúzia de segundos, Cólera caiu derrotado, desaparecendo no ar. -Estou surpreendido, Saga. Afinal, aprendeste a trabalhar as tuas emoções. Bravo! Saga fez uma elegante vénia.
-Sou uma caixinha de surpresas. Hahá. E... -Saga ficou branco. -Que foi? -Olha atrás de ti! Shaka olhou e deu um pulo. E não era para menos: um enorme Medo, feio como os trovões, ou pelo menos a armadura dele assim era. De um azul-escuro sujo, como petróleo sobre as águas, coleante, e o elmo era composto por uma máscara horrenda, que cobria toda a cabeça, perfeitamente esférica. Tinha apenas dois buraquinhos para os olhos, o que lhe dava um ar sinistro de tubarão, e um bico longo e gigantesco. - Sou a IGNORÂNCIA. O 3º Medo. - Cavaleiro mais feio que eu já vi – riu Shaka. –Realmente assustador. - Óptimo.- Respondeu IGNORÂNCIA –Assim vais morrer mais depressa. -Sai, Saga – exclamou o Virginiano –Deixa este para mim.-Ias morrer de medo da figura dele. Eu luto de olhos fechados.. -Podes estar descansado. IGNORÂNCIA concentrou e expandiu o seu cosmos, que deu à atmosfera um aspecto denso, enevoado, semelhante aos pensamentos de um estudante que a meio de um exame sente uma «branca» daquelas. Era como se as ideias simplesmente se apagassem, como se a imaginação não tivesse mais lugar, uma treva espessa. A voz indefinida do medo ecoava no meio da escuridão.
-QUANTAS COISAS IGNORAS, SHAKA, TU QUE ÉS TIDO COMO O HOMEM MAIS PRÓXIMO DE DEUS? -Ignoro, por exemplo – atalhou o Buda, irritado- que haja alguém mais feio do que tu. Agora, luta e deixa-te de conversa fiada! -AS APARÊNCIAS NÃO SÃO NADA, APENAS...APARÊNCIAS. COMO PREGA O TEU ADORADO MESTRE, «NADA EXISTE», NADA É REAL. APENAS A NOSSA PERCEPÇÃO DAS COISAS. -Não me venhas agora com a Irrealidade da Realidade. Tu não és ninguém para citar Buda! -AH, SIM? MESMO? O QUE ME DIZES DA TUA DISTORCIDA NOÇÃO DE COMPAIXÃO, QUE POR VEZES LEVA A UMA IMPIEDADE E FRIEZA SUPREMAS, IGUAIS ÁS DO PIOR E MAIS SÓRDIDO ASSASSINO?
E O AMOR DAS MULHERES, QUE TU DESCONHECES? O TEU CORAÇÃO É FRIO, SHAKA DE VIRGEM, E ÉS O PIOR TIPO DE IGNORANTE: AQUELE QUE TEM ABSOLUTA CERTEZA DE QUE TEM RAZÃO!
Shaka ia atacar, mas sentiu-se subitamente sufocado, como se fosse estrangulado por um garrote. Tentava libertar-se, mas o torno em volta do seu pescoço- que não era mais do que erros mal superados -apertava mais e mais. -POSSO TER ERRADO MUITAS VEZES, MAS Athena, a Deusa da Sabedoria que eu protejo, vai estar sempre ao meu lado para me mostrar o caminho luminoso da salvação e do conhecimento. E o meu Mestre Buda ajudar-me-à a trilhar a estrada da superação do Erro que os meus sentidos me possam ter levado a cometer. HOM! Um campo de forças surgiu, dourado, ao redor de Shaka, que agora voltava a respirar, e iluminava a sala. - RENDIÇÃO DO REI DAS TREVAS! ter sentido o golpe. Ficou quieto no mesmo lugar. -Seja, então- anuiu o Medo- és tão forte como dizem. Mas vou dar-te a última lição que precisas de saber.... A Armadura dele fragmentou-se em mil pedaços, e, ao mesmo tempo, IGNORÂNCIA caiu por Terra. O Salão voltou a ter luz, e, no chão, os dois cavaleiros viram um esplêndido jovem, forte, de perfeita beleza e longos cabelos louros. -Enganamo-nos. – murmurou Saga. -Como ele disse...- as aparências enganam. - Cada inimigo, uma nova lição – disse Gémeos.
-Bom...venha o quinto, já que aqui estamos. Durante longos minutos só o silêncio se fazia sentir. O cadáver de IGNORÂNCIA tinha desaparecido da vista. Saga sentou-se num degrau perto do altar, e Shaka, que não se atrevia a meditar num ambiente daqueles, juntou- se-lhe. -Será que vem? - Tem de vir, mais cedo ou mais tarde. O quinto medo é o ORGULHO. Talvez nos faça esperar um pouco, mas virá de certeza. Mal Shaka acabou de dizer isto, uma mulher alta, usando uma bela máscara em tons rosados, com uma armadura que lhe cobria quase todo o corpo, entrou na sala. -Perdão pelo meu atraso... estava à espera que chamassem por mim. -Tinhas medo, era? -Medo? – respondeu a mulher, com uma gargalhada de troça – Eu SOU um Medo.Vou fazer-te cair desse pedestal. ESPELHO DOS ENGANOS!!!!! À frente dela apareceu uma barreira luminosa, que mostrava outro Shaka, este sempre nas nuvens, fechando-se para o mundo, tão cheio de si que esquecia, por vezes, o mais importante. Não era uma vaidade externa, como a do Afrodite de Peixes, baseada no narcisismo, mas arrogância e estreiteza de vista. -Já chega,
Sei San Sara!!!!!
A jovem caiu morta. Definitivamente, os Medos não eram adversário para os Dourados, mas Miro tinha-se enganado num detalhe: havia algo a tirar dali.
