Hyoga se declara a Eire
Hyoga estava apaixonado pela primeira vez em sua vida e o medo de ser rejeitado o estava perturbando. Caminhava tranqüilamente por um parque no centro da cidade, quando tromba com alguém.
- Desculpe, eu estava dis... – Eire o interrompe.
- Hyoga!!! – diz não escondendo a felicidade de o ter encontrado – não esperava vê-lo por aqui – diz sorrindo.
- Eire... – disse ele extasiado, o sorriso dela fez o coração dele disparar – co... co... como vai? - droga, estou gaguejando
- Eu vou muito bem, Hyoga. E você? – o olhava maravilhada.
- Eu vou muito bem. Mas... o que você está fazendo por aqui? – pergunta ele, enquanto procurava se acalmar.
- Eu estou voltando do supermercado, hoje é meu dia de folga, então eu aproveitei para encher a dispensa – diz Eire.
- Quer que eu a acompanhe até em casa? – Hyoga se oferece, querendo passar mais tempo com ela.
- Eu moro logo ali, mas... se você quiser ir comigo... eu ficarei muito feliz – Hyoga pega as sacolas de compras que ela trazia e a acompanha. Eles conversam animadamente durante todo o caminho.
- Chegamos. Obrigada Hyoga – diz Eire olhando nos olhos dele.
- Você disse que hoje é seu dia de folga, então por que não saímos pra jantar? – perguntou num impulso - Ai, o que foi que eu fiz?!! Ah, agora já foi...
- Eu não quero incomodar você, Hyoga – disse não acreditando que ele a tinha convidado porque não disse sim a ele, logo? Afinal... isso é o que eu mais quero, estar com ele
- Eire, você não irá me incomodar. Por favor... – disse tomando a mão dela na sua, já tinha feito o convite, agora insistiria para que ela o aceitasse – aceite meu convite – ela sentia suas pernas tremerem. Sentia a mão dele acariciando suavemente a sua.
- Eu... eu... aceito, Hyoga – disse se perdendo no mar de seus olhos azuis claros.
- "timo, então eu passo na sua casa às vinte horas, está bem? – perguntou com o coração batendo loucamente.
- Está bem – disse ela sorrindo.
- Tchau, até mais tarde – ele disse e se inclinou, beijando-a de leve no rosto. Ela tinha a pele tão macia e delicada. E seu perfume era inebriante. Esse gesto fez com que o coração dela disparasse, ela sentiu o cheiro delicioso dele e seus lábios macios tocando sua face. Fechou os olhos por um segundo, para se concentrar naquele toque tão suave. Ele se afastou dela, olhando-a intensamente. Ela retribuía o olhar.
- Tchau, Hyoga – disse ela, ruborizada. Ela entrou rapidamente em casa. Encostou-se na porta, estava ofegante.
-É hoje... preciso dizer a ela o que sinto ou vou enlouquecer. Foi tão bom tê-la tão perto de mim naquele momento. Quase não consegui me controlar pensava extasiado.
Dezoito e quarenta e cinco: Eire começa a se prepara para sair com Hyoga, escolhe sua roupa, os acessórios que irá usar, sapatos e vai tomar um bom banho. Enche a banheira, coloca na água uma essência de rosas, se despe do roupão que estava usando e entra na banheira. Encosta a cabeça na borda e fica sonhando com ele, não conseguia parar de pensar nele. Estava tão nervosa, só de pensar no "encontro"...Será que é mesmo um encontro? Talvez ele só queira conversar com uma amiga - mas mesmo com essa dúvida, ela ainda se sentia extremamente feliz de poder sair com ele, não via a hora de ele chegar.
Dezenove horas: Hyoga separa a roupa que irá usar no jantar, seus sapatos e vai tomar um banho. Estava nervoso, tenso. Liga o chuveiro e sente a água escorrer, relaxando à medida que a água passeava por seu corpo. Um sorriso surgiu no rosto de Hyoga ao lembrar do beijo que havia dado nela naquela tarde... Será que ela sente o mesmo por mim? Eu preciso ter muita coragem para falar com ela. E se ela me rejeitar ou ficar zangada? Eu não agüentaria o sorriso desaparece do rosto dele. Mas só a idéia de que passaria mais um tempo ao lado dela, já é o suficiente para deixá-lo feliz novamente. Não via a hora de ir encontrá-la.
Dezenove e quinze: Eire termina seu banho, veste seu roupão e vai para o quarto para começar a se arrumar. Com um secador, começa a secar os cabelos. Depois de alguns minutos, com os cabelos já secos, ela começa a se maquiar.
Hyoga termina seu banho, enrola uma toalha na cintura e vai para a sala. Estava tão ansioso que havia esquecido de fazer as reservas - mas que cabeça!! Espero que ainda dê tempo - Ele pega o telefone e liga para um dos melhores restaurante de Tókio e consegue uma reserva para as vinte horas. Respira aliviado e vai para o quarto. Ainda estava indeciso quanto à roupa que usaria.
Dezenove e trinta: Hyoga já está pronto, mas ainda é cedo para ir a casa dela. Esperaria mais uns quinze minutos. A hora parecia não passar. Ele estava impaciente.
Eire já havia se vestido e estava agora arrumando seus cabelos. Não sabia o que fazer com ele. Pensou em prendê-los em um coque, mas o penteado era elaborado demais para a roupa.
Dezenove e quarenta: Hyoga vai até a garagem pegar seu carro, estava na hora. Dá a partida em seu conversível vermelho, antes de passar na casa dela, passou por uma floricultura e comprou um enorme buquê de rosas vermelhas, champagne e brancas. Dirigiu-se a casa dela. Levará uns vinte minutos para chegar lá. Ele está radiante, não vê a hora de encontrá-la.
Ela coloca os acessórios e um suave perfume. Faltava ainda arrumar os cabelos que droga, ele já deve estar chegando e eu ainda não estou pronta
Vinte horas, pontualmente: Hyoga toca a campainha da casa dela Ai, meu Deus, o que eu faço agora?. Ele estava muito nervoso. Eire ouve e campainha e seu coração dispara ele chegou. Ela caminha rapidamente até a porta, toca a maçaneta e respira fundo abrindo a porta. Hyoga ouve ela se aproximar da porta e vê quando esta começa a ser aberta. Ele sente seu fôlego desaparecer ao vê-la. Ela estava usando um vestido azul, estilo chinês, com flores bordadas em um azul mais escuro. Tinha uma fenda que ia até a altura do joelho. Sua maquiagem era bem leve. Apenas um batom rosa. Os brincos, em forma de losango eram de strass azuis claros e escuros, da cor do vestido. Ela havia prendido o cabelo em um coque com alguns cachos soltos ela está linda... não... ela é linda, pensava Hyoga de queixo caído. Eire também o admirava, extasiada. Hyoga usava uma camisa verde e uma calça preta, seus cabelos dourados continuavam rebeldes como ele é lindo. Esses olhos azuis são deslumbrantes e parecem ainda mais azuis hoje Eles ficaram se olhando em silêncio durante algum tempo.
- Você está linda... – disse ele, só notando que havia dito em voz alta quando a viu ruborizar-se a baixar a cabeça. Ela deu um sorriso tímido.
- Você também está... – erguendo os olhos para olhar os dele e concluindo a frase – lindo, Hyoga – foi a vez dele ficar constrangido, ficava incrivelmente nervoso perto dela.
- São para você – disse ele estendendo-lhe o buquê. Ela o pegou, olhou para ele sorrindo, nunca tinha recebido flores antes, ela se inclinou para sentir o delicioso perfume.
- Eu vou colocá-las em um vaso. Entre Hyoga, é só um instante – Hyoga entrou passando por ela. A enorme proximidade permitiu-lhes sentir o perfume um do outro. Trocaram olhares e Eire se dirigiu à cozinha para pegar um vaso para as flores. Minutos depois ela voltava.
- Podemos ir agora – disse aproximando-se dele.
- Sim, vamos? – disse oferecendo-lhe o braço.
- Claro – disse ela enlaçando o braço dele com o seu.
Eles foram até o carro e Hyoga abriu a porta para que ela entrasse. Ele deu a volta, entrou no carro e saíram. Eles conversaram durante todo o caminho. Chegaram ao restaurante. Era um lugar muito bonito e devia ser muito caro.
- É aqui? – perguntou para ele.
- Sim, não gostou? – ele perguntou a ela.
- Não, não é isso... Deve ser muito caro, Hyoga. Eu não poss... – ela estava desconfortável.
- Eu a convidei para jantar comigo. Não se preocupe com nada – disse ele.
- Mas, Hyo... – ela ainda tentou argumentar.
- Por favor, Eire – pede-lhe Hyoga dando-lhe um olhar como o de uma criança pidonha.
- Está bem – respondeu não conseguindo resistir ao olhar dele. Ele sorriu e se encaminharam para uma das mesas. Fizeram seus pedidos. Conversaram a noite toda. O restaurante tinha música ao vivo e um salão para que os clientes pudessem dançar. Uma música lenta começou a tocar e Eire olhava para o grupo que estava tocando e balançava o corpo acompanhando o ritmo da música. Hyoga a olhava, embevecido.
"Meu coração pulou
Você chegou e me deixou assim
Com os pés fora do chão
Pensei: "Que bom, parece enfim, acordei"
- Eu adoro essa música – disse ela, voltando seus olhos para seu acompanhante.
- Mesmo? Eu também – ele hesitou um instante – Quer dançar? – perguntou timidamente.
- Eu não sei dançar... – disse tristemente, queria muito dançar com ele.
- Ora, não sabe dançar... está é com vergonha – disse sorrindo e se levantando – Venha – disse estendendo-lhe a mão – dance comigo, Eire. Por favor – aquele olhar de novo, ele conseguiria tudo dela com aquele olhar, quase tudo. Ela olhou para ele, sorriu e aceitou seu convite, tocando a mão dele com a sua. Dirigiram-se ao salão.
"Pra renovar meu ser faltava mesmo chegar você, assim sem avisar
E acelerar um coração que já bate pouco de tanto procurar por outro
De tanto procurar por outro, anda cansado, mas quando você está do lado
Fica louco de satisfação, solidão nunca mais"
Hyoga colocou as mãos na cintura dela e ela colocou seus braços ao redor do pescoço dele. A proximidade fez ambos estremecerem. Ele começou a se mover lentamente no ritmo da música. Ela o acompanhava. Os rostos deles à apenas alguns centímetros de distância um do outro.
"Você caiu do céu, um anjo lindo que apareceu,
Com olhos de cristal me enfeitiçou, eu nunca vi nada igual
De repente, você surgiu na minha frente
Luz cintilante, estrela em forma de gente, invasora do Planeta Amor
Você me conquistou"
Ele a abraçou, trazendo-a para mais perto de si. Ele encostou o rosto no dela e ela ficou corada. Sentia a respiração dela em seu rosto, seus corações batiam acelerados.
"Me olha, me toca, me faz sentir
Que é hora, agora, da gente ir"
Eire encostou a cabeça no peito de Hyoga, sentia o calor e o cheiro inebriante dele, ele apoiou o rosto contra os cabelos dela, sentindo seu delicioso perfume. Estavam felizes, dançando juntos. Não queriam que aquela noite chegasse ao fim.
"Você caiu do céu, um anjo lindo que apareceu,
Com olhos de cristal me enfeitiçou, eu nunca vi nada igual
De repente, você surgiu na minha frente
Luz cintilante, estrela em forma de gente, invasora do Planeta Amor
Você me conquistou"
"Me olha, me toca, me faz sentir
Que é hora, agora, da gente ir"
A música acabou e eles se afastaram, olhando intensamente nos olhos um do outro. Perderam-se naquele olhar. Estavam um pouco ofegantes e sentiam seus corações baterem cada vez mais rápido. Recompuseram-se e se afastaram um pouco. Eles voltaram para a mesa e conversaram por mais alguns minutos, saíram algum tempo depois A noite chegava ao fim e Hyoga ainda não tinha conseguido criar coragem para se declarar. Eles chegaram em frente à casa dela. Hyoga desceu do carro e abriu a porta para ela sair. Acompanhou-a até a porta de sua casa.
- Bem... eu me diverti muito essa noite, Hyoga – disse ela olhando para ele.
- Eu também me diverti, Eire – estava nervoso.
- Tchau, Hyoga. Obrigada – disse dando-lhe um beijo tímido no rosto. Ela se virou para entrar na casa
- Eire... – chamou-a segurando-a pelo pulso. Ela se voltou para olhá-lo, curiosa.
- Sim? – perguntou.
- Eire, eu... eu... – estava gaguejando, não conseguia dizer.
- O que houve, Hyoga? – perguntou ela, incentivando-o a falar. Hyoga, vendo que não teria coragem para expressar em palavras o que sentia, resolveu agir. Segurou o rosto dela entre as mãos, olhou-a fixamente nos olhos. Seu olhar dirigiu-se então para os lábios tentadores dela. Eire o olhava surpresa, seus olhos também fitavam os lábios dele.
- Hyoga... – suspirou. Foi calada com um beijo. No início apenas o toque dos lábios dele sobre os dela. Mas aos poucos, aquele simples toque foi se transformando num beijo de verdade. Um beijo intenso e apaixonado que os lançou em redemoinho de emoções que nunca haviam experimentado antes. Ele afastou-se dela e a olhou, ambos estavam ofegantes e surpresos com a sensação maravilhosa que beijo provocou neles. Eire estava paralisada, estava tão surpresa com a atitude de Hyoga que não conseguiu sequer corresponder ao beijo dele. O coração dela estava acelerado e seu lábio inferior tremia. Hyoga achou que ela não tinha gostado do que ele havia feito e tratou de se desculpar.
- Me... des... me desculpe, Eire. Eu não quis ofend... – foi interrompido por ela
- Eu te amo, Hyoga – sussurrou timidamente, levemente ofegante. O coração de Hyoga parecia que ia explodir, estava imensamente feliz e não pode se controlar mais. Beijou-a novamente. Só que dessa vez ela o correspondeu. Ele a segurava com força pela cintura e com a mão esquerda, segurava-lhe a nuca, como se temesse que ela pudesse fugir dele. Ela enlaçou-o pelo pescoço, provando que não desejava se afastar dele e permitindo a ele que aprofundasse ainda mais o beijo. A língua dele tocava a dela e a sensação os estava enlouquecendo. Afastaram-se sem fôlego.
- Eu também te amo, Eire. Eu não conseguia mais esconder o que eu estava sentindo. Tinha que te dizer. Quero que fique comigo... sempre. Eu te amo!!! Te amo!! - ele a abraçou e começou a girá-la enquanto sorria. Eles ficaram mais um tempo na frente da casa dela, se beijando e dizendo declarações de amor um para o outro. Despediram-se com um beijo apaixonado.
Continua...
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Olá pessoal! Gostaram deste capítulo? Estou meio desmotivada ultimamente... Não vou fazer nenhuma chantagem, não. Mas um cometariozinho seria bom. Beijão.
