Um novo suspeito

Hyoga chegou à delegacia muito feliz no dia seguinte, estava amando e era amado. Não poderia haver nada melhor. Shiryu reparou na felicidade do amigo.

- O que foi, Hyoga? Nunca te vi tão feliz, assim? – pergunta intrigado

- É por que eu nunca estive tão feliz, assim – respondeu com um sorriso de orelha.

- E não vai me contar o que o deixou tão feliz? – estava muito curioso.

- Eu estou namorando, Shiryu. Eire aceitou namorar comigo – respondeu radiante de felicidade.

- Fico feliz por você, Hyoga – disse Shiryu.

- Você também pode ser feliz, assim. Shiryu. Basta querer – tentava Hyoga convencer seu amigo a tomar uma atitude quanto a seus sentimentos.

- Não diga besteiras, Hyoga – diz Shiryu tentando evitar o assunto.

- Está bem, eu não toco mais no assunto. Mas você é um tolo pelo que está fazendo – diz Hyoga.

- Já chega, Hyoga. Eu não quero mais ouvir você falar sobre isso. Vamos voltar à Mansão Kido, as investigações não estão caminhando. Ela tem que saber de mais alguma coisa – diz Shiryu fugindo do assunto mais uma vez. Shiryu e Hyoga chegam a Mansão e são atendidos por Tatsume.

- Senhores, a senhorita Saori sabe da visita de vocês? – pergunta o antipático mordomo.

- Sim, nós a avisamos esta manhã – responde Hyoga.

- Ora, mas que medalhão bonito você está usando, Tatsume – o mordomo olha para o próprio peito e vê que seu medalhão está aparecendo por cima da camisa – deve ser muito caro... Foi uma herança de família?

- Ah, sim senhor – diz ele escondendo o medalhão sob a camisa – queiram entrar, por favor senhores.

Novamente são encaminhados a biblioteca, não demora muito e Saori chega acompanhada de um rapaz. Os dois investigadores se levantam.

- Senhor Shiryu Suiyama este é Seiya – Saori apresenta o rapaz.

- Prazer senhor Suiyama – diz Seiya estendo a mão para Shiryu.

- Prazer Seiya – responde Shiryu apertando a mão de Seiya.

- E este é o senhor Alexei Hyoga Yukida – diz Saori.

- Prazer senhor Yukida – Seiya estende a mão para Hyoga.

- Prazer Seiya – responde-lhe Hyoga apertando a mão de Seiya.

- O Seiya conhecia Mitsumasa Kido? – pergunta Shiryu.

- Sim, eu conhecia o Sr. Kido – responde Seiya.

- E como era o seu relacionamento com ele? – Hyoga apenas ouvia as perguntas que Shiryu dirigia a Seiya.

- Bem, nós não nos dávamos muito bem – respondeu sinceramente.

- E será que eu posso saber qual era o motivo do desafeto entre vocês?

- Bem... eu e a senhorita Kido somos namorados, e ele era contra o nosso relacionamento.

- E por que ele era contra o seu relacionamento com a senhorita Kido?

- Bem... eu não era da posição social, como ele mesmo dizia: "Você não é digno de ter qualquer relacionamento com alguém do nível de Saori."

- E isso o irritava?

- Às vezes. Mas por que tantas perguntas?

- É o meu trabalho, preciso fazer perguntas para poder conhecer mais sobre a vítima e com isso poder montar seu perfil e descobrir o assassino.

- Mas o que vieram fazer aqui, senhor Suiyama? – pergunta Saori.

- As pessoas daquela lista que a senhorita nos deu apresentaram álibis irrefutáveis, não poderia ter sido nenhum deles – responde-lhe Hyoga.

- E? – nesse momento Tatsume entra trazendo uma bandeja com o café e começa a servir as visitas.

- Bem... gostaríamos de saber se a senhorita não poderia fornecer mais pistas – diz Hyoga.

- Eu creio que não... mas e a garota que testemunhou o assassinato? Disseram que ela identificou o assassino – disse Saori. Vendo que Tatsume ficara parado, como sempre tentando ouvir a conversa dos patrões – Pode ir Tatsume, obrigada - O mordomo saiu contrariado – E então senhores, a garota não identificou o assassino?

- Na verdade não. A senhorita Chang não conseguiu ver nada. Aquelas notícias no jornal eram mentira, mas o assassino aparentemente acreditou nelas, pois anteontem tentaram matá-la – Shiryu sentia arrepios só de lembrar o que quase aconteceu com sua amada Shunrei.

- Tentaram matá-la? – perguntou Saori incrédula

- Sim senhorita, mas eu estava com ela nesse momento e posso me lembrar da cor e do modelo do carro que quase a atropelou. Isso poderia nos levar ao assassino.

– Eu gostaria de conhecer essa senhorita Chang. Acha que ela viria até aqui conversar comigo? – pergunta Saori.

- Creio que sim. Eu falarei com ela e marcaremos um encontro entre ela e a senhorita. Bem, senhorita Saori – disse Shiryu se levantando – acho que já vamos. Não queremos atrapalhar mais. Até logo senhorita Saori. Seiya... nos vemos algum dia desses – diz estendendo a mão ao rapaz.

- Até logo, senhor Suiyama – diz Seiya correspondendo ao cumprimento.

- Até logo senhorita, Seiya – diz Hyoga se despedindo.

Já fora da Mansão Shiryu e Hyoga relembravam momentos passados naquela biblioteca.

- O rapaz não se dava bem com Mitsumasa Kido – pondera Shiryu.

- É... e vem de uma condição social desfavorável. Agora se ele se casar com a senhorita Kido será um homem rico.

- Sim, sim. Seria um bom motivo para um crime. Um rapaz ambicioso se envolve com uma jovem milionária e é desprezado pelo avô dessa jovem, então... decide tomar uma atitude drástica... – Shiryu pára de falar e fixa seu olhar. Hyoga o olha, e então acompanha seu olhar. Shiryu olhava fixamente para a garagem da Mansão.

- O que foi, Shiryu? – perguntou Hyoga intrigado.

- Aquele carro... – apontou para um carro esporte vermelho que estava estacionado na garagem.

- É muito bonito... – diz Hyoga sem entender.

- Não, não é isso... Aquele carro é do mesmo modelo e da mesma cor daquele que quase atropelou Shunrei.

- Mas então... isso significa que... Seiya??!!!

- Temos que ficar de olho nesse rapaz, Hyoga. Ele não pode se aproximar de Shunrei – diz Shiryu sentindo o pânico o tomando.

- Talvez não seja Shunrei quem corre perigo agora, Shiryu... – pensa Hyoga.

- O que quer dizer com isso, Hyoga? – Shiryu não entendera o que o amigo quis dizer.

- Você mesmo disse lá dentro que Shunrei não conseguiu ver o assassino, mas que você viu o carro que quase a matara e poderia identificá-lo. Acho que você corre mais perigo agora do que ela – explica Hyoga.

- Pode ser... mas enquanto esse assassino, que ao que tudo indica é Seiya, não for preso ela não pode ficar desprotegida – diz Shiryu.

Continua...

Oi gente! Espero que tenham gostado. Shunrei Smith, eu não consegui responder ao seu comentário. Muito obrigada pelas suas palavras, que bom que está gostando. E obrigada a todos que estão acompanhando a fic. Gente... pra quem não sabe... ela ainda ta longe de acabar. Espero que tenham paciência de acompanhá-la. Beijos a todos e não esqueçam os comentários. Tchau.