O monstro do ciúme atormenta o Dragão
Eire chega à loja e louca para contar a amiga a novidade.
- Shunrei, tenho uma novidade pra contar pra você? – diz entusiasmada.
- Nossa Eire!! Que novidade é essa?!! – pergunta ela curiosa com a animação da amiga.
- Você se lembra do Hyoga, não é? – pergunta ruborizada.
- Claro que sim, mas o que tem ele? – pergunta Shunrei.
- Ahh!! Shunrei... nós estamos namorando... – diz Eire com um enorme sorriso em seu rosto.
- Que bom, Eire – Shunrei força um sorriso e baixa a cabeça.
- O que houve, Shunrei? Pensei que ficaria feliz por mim... – diz Eire um pouco chateada.
- E estou – diz Shunrei olhando para Eire.
- Então qual é o problema? – pergunta Eire preocupada.
- Não é nada, Eire... – Shunrei tenta evitar o assunto.
- Shunrei... eu sou sua amiga. Não gosto de te ver triste – diz Eire.
- Está tudo bem, Eire. Já vai passar – diz ela, enquanto uma lágrima desliza por seu rosto.
- Shunrei, confie em mim. Deixe-me te ajudar – diz Eire.
- Ah... aconteceu, Eire... eu não queria... mas aconteceu – diz Shunrei com a voz embargada e os olhos cheios de lágrimas.
- Meu Deus, Shunrei!!! O que aconteceu pra você ficar assim?!! – preocupa-se Eire.
- Eu... me apaixonei pelo Shiryu. Nós nos beijamos... – Shunrei não consegue mais continuar.
- Ora, mas que bom!!! – diz Eire, feliz.
- Bom?!! Ele não sente nada por mim, Eire!!! Foi levado pelo momento!!! Como eu vou encará-lo daqui pra frente?!!
- Shunrei eu tenho certeza de que ele gosta de você...
- Ahh, como eu queria que isso fosse verdade, Eire – diz Shunrei chorando e abraçando a amiga.
- Eu sinto muito, Shunrei. Não chora – diz Eire consolando-a – Vai ficar tudo bem. Vem, vamos trabalhar. Vai ajudar você a se recuperar - Shunrei e Eire começam mais um dia de trabalho. Shunrei espera que os fregueses cheguem, quem sabe assim esqueceria um pouco de Shiryu. Nesse instante, um rapaz usando uma calça jeans e uma camisa verde entra na loja. Um jovem muito bonito, belos cabelos esverdeados, está usando um par de óculos escuros, o que impede que se veja a cor de seus olhos. Shunrei se aproxima dele.
- Bom dia, senhor. Em que posso ajudá-lo? – o rapaz se vira para ela, encarando-a intensamente.
- Shunrei?!! – exclama surpreso.
- Eu conheço você? – pergunta ela não o reconhecendo.
- Ora, Shunrei. Não se lembra de mim!! Sou eu, Shun!! – diz ele tirando os óculos e revelando seus lindos olhos azuis-esverdeados.
- Shun?!! Há quanto tempo?!! Você não mudou nada, quer dizer... quase nada. Seu cabelo ficou ótimo, assim!! E então o que tem feito da vida?!!
- Eu estou fazendo Jornalismo, pretendo trabalhar com meu irmão.
- Que bom, Shun. Eu lembro que você disse que sempre sonhou em ser jornalista.
- E você, Shunrei como vai?
- Eu estou bem, tive que dar um tempo nos estudos, mas sonho em ser modista, mas pra isso é preciso dinheiro. Bem, você é cliente... e então o que deseja?
- Eu estou procurando um terno, sabe? Pra formatura. É no mês que vem.
- Venha comigo, eu tenho algo aqui que você vai adorar – ele a seguiu por uma sessão de roupas, chegando até um armário cheio de ternos de diversas cores – Pronto, é só escolher...
- Uau!! Eu estou perdido, você terá que me ajudar...
- Mas é claro. Veja este... – diz pegando um dos ternos.
- É bonito, vou experimentar – diz pegando o terno e entrando no provador. Depois de alguns minutos, ele sai – E então, como estou?
- Não, parece que não combinou com você, Shun. Tome este... – deu-lhe outro terno.
- E agora, ficou bom? – perguntou saindo do provador.
- Ainda não. Ah, já sei - depois de várias provas, ela pega um que provavelmente ficaria ótimo – Tome, este ficará fantástico em você – diz entregando-lhe outro terno, um Armani. Shun volta para o provador e sai alguns minutos depois.
- E então, que tal? – pergunta arrumando o terno.
-Está ótimo, Shun. Agora precisamos escolher uma camisa e uma gravata para você. E também sapatos – Shun sorri, enquanto volta para o provador para colocar suas roupa. Saindo em seguida e entregando o terno para ela. Shunrei começa a procurar as peças que ainda faltavam para compor o traje de Shun. Este a seguia por todos os lados, admirando-a, sempre se sentira atraído por ela, desde a época da escola. Talvez fosse a sua chance... Tendo encontrado tudo o que precisava, Shunrei foi somar as compras para Shun.
- Deu... seis mil dólares, Shun – disse olhando para ele, sorrindo.
- Seis mil, Vocês aceitam cartão de crédito?
- Claro, Shun – ele entrega o cartão a ela.
- Tome, prontinho é só passar ali, naquele balcão para pegar as sacolas.
- Muito obrigado por sua ajuda, Shunrei...
- Eu é que tenho que agradecer, graças a você eu terei uma bela comissão – diz ela piscando para ele e sorrindo. Ele retribui o sorriso e toma coragem.
- Aceitaria almoçar comigo hoje, Shunrei?
- Mas é claro, Shun. Eu adoraria, assim poderemos colocar nossa conversa em dia...
- Que horas você sai para almoçar?
- Onze e meia.
- Então, eu passo aqui onze e meia, tá?
- Tudo bem.
- Até logo, Shunrei – diz Shun se inclinando e beijado-a no rosto. Ela retribui o beijo.
- Até mais tarde, Shun – Shun sai da loja e Eire vem conversar coma amiga.
- Nossa que era aquele rapaz, hein Shunrei? – pergunta Eire com um sorriso malicioso.
- Ele é um grande amigo meu, estudamos juntos... Ah, Eire não vai pensar bobagem...
- Eu não falei nada... mas ele é bem bonito – comenta Eire.
- Deixa o Hyoga te ouvir falando isso... – caçoa Shunrei.
- Ah minha cara amiga, o meu Hyoga é muito mais bonito do que aquele rapaz, mil vezes mais bonito... – Shunrei sorri.
Onze e vinte cinco da manhã, Shiryu chega a loja para conversar com Shunrei, procurava coragem para encará-la depois do que tinha acontecido entre eles. Entrou na loja e a viu ao computador, procurando a conta de um cliente. Se aproximou com o coração aos pulos, lembrando da sensação maravilhosa que tinha sentido quando a teve em seus braços, quando seus lábios tocaram os dela, quando sentiu os braços dela ao redor de seu corpo. Era impossível esquecer-se daquele momento.
- Shunrei! – chamou ele. A jovem sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Ergueu o rosto e encontrou aqueles olhos penetrantes e que a faziam se perder completamente.
- Shiryu... – sussurrou. Ao se lembrar do que acontecera entre eles na noite anterior, sentiu seu rosto arder. Ficou corada e Shiryu notou, e achando que ela poderia estar pensando no beijo, também sentiu-se corar, mas precisava falar com ela.
- Olá, Shunrei – disse se perdendo nos olhos dela.
- Oi, Shiryu – respondeu.
- Eu vim aqui para falar com você...
- Se... se é sobre o que aconteceu ont...
- Não, não vim falar sobre isso. Vamos simplesmente esquecer o que aconteceu ontem, Shunrei... Por favor... - Como se possível eu esquecer, se ainda sinto meu corpo inteiro arder só de lembrar daquele beijo
- Tudo bem, se é isso que deseja... – diz ela de cabeça baixa - Como pode querer que eu esqueça o momento mais feliz de minha vida, Shiryu? Só de pensar naquele beijo eu sinto meu coração disparar. Jamais vou esquecer o momento mais feliz da minha vida... Jamais!
- O que eu vim dizer... é que, bem eu estive com a senhorita Saori Kido, neta de Mitsumasa Kido...
- Oh, e como ela está depois de tudo o que aconteceu?
- Ela está muito triste. Ela soube por mim sobre o que quase aconteceu a você e pediu-me que a levasse até sua casa. O que acha? – diz olhando para ela.
- Tudo bem, quando ela quiser – diz ela de cabeça baixa. Ficam mais um tempo em silêncio
- Eu vou marcar com a senhorita Kido e a acompanho se quiser...
- É claro, eu adoraria conhecê-la – nesse instante, Shun chega.
- Oi Shunrei - cumprimenta-a.
- Oh, oi Shun... – Shiryu encara o rapaz a sua frente. Shun se aproxima de Shunrei e lha dá um beijo no rosto. O gesto faz o sangue de Shiryu ferver nas veias, precisou de todo seu autocontrole para não voar no pescoço daquele "idiota" que ousou tocar "sua Shunrei". Shunrei os apresentou – Shun, este é Shiryu Suiyama. Shiryu, este é Shun Amamiya.
- Prazer senhor Suiyama – diz Shun estendendo a mão para Shiryu.
- Muito prazer senhor Amamiya – o sobrenome não lhe disse nada naquele momento.
- Bem, Shunrei... você já está pronta?
- Pronta? Pronta pra que?! – pergunta Shiryu olhando para Shunrei.
- Eu vou almoçar com Shun, Shiryu. Sim, Shun eu estou pronta. Podemos ir – Shiryu sentiu como se tivessem fincado uma faca em seu coração. Não sabia como aquelas palavras podiam doer tanto.
- Então... – disse engolindo em seco, encontrando a própria voz – acho melhor ir embora. Tchau senhor Amamiya... tchau Shunrei – diz dirigindo o olhar para Shunrei. Saiu abalado e magoado.
- Tchau, Shiryu... – respondeu Shunrei tristemente.
Continua...
Oi Gente! Espero que tenham gostado. Estou meio desanimada. Só recebi um comentário esta semana. Valeu Shunrei Smith! Por favor, mandem comentários. Beijos a todos e muito obrigada a aqueles que já enviaram comentários e que têm acompanhado a fic. Beijão a todos. A partir da semana que vem, vou postar dois capítulos por semana. A fic ainda está longe de terminar não quero fazê-los esperar muito. Tchau.
