Um encontro nada agradável

Ao saírem da sala, Shiryu e Hyoga deparam-se com Ikki seguido de seu irmão, Shun. Ikki tinha ido colher informações sobre a tentativa de assassinato de Saori Kido.

- O que faz aqui? – perguntou Shiryu irritado.

- Ora, olá para você também, Shiryu – respondeu Ikki.

- Shiryu! Você já acabou? – perguntou Shunrei, então ela viu Shun – Shun?!! O que faz aqui? – perguntou ao rapaz. Shiryu olhou para o jovem de cabelos verdes e então se lembrou por que o sobrenome do rapaz lhe soara familiar, ele era irmão de Ikki.

- Você é irmão dele? – perguntou Shiryu.

- Sim, sou – responde Shun.

- E o que vocês querem aqui? – Shiryu não suportava a presença de Ikki.

- Eu vim fazer meu trabalho – Ikki, então olha para Shunrei e a reconhece – Ora... mas não é a garota que testemunhou o assassinato do senhor Kido!!! – disse ele olhando intensamente para Shunrei – Nossa!! Aquela foto não faz jus a sua beleza! Que tal uma entrevista particular, senhorita? – diz ele com um olhar que parecia poder desnudá-la. Shunrei baixou a cabeça, envergonhada pela forma com que era avaliada por Ikki. Shiryu ficou furioso de tanto ciúme e colocou-se na frente dela, protegendo-a do olhar de Ikki.

- Ela não vai dar entrevista alguma a você! Vá embora, Ikki! Você já fez o bastante por ela! Ela quase morreu por causa daquela notícia mentirosa que você publicou no seu jornal! – disse furioso.

- Vejo que continua protegendo-a com afinco, Shiryu... é, essa garota mexeu mesmo com você... – Shunrei ergueu a cabeça e olhou para Ikki e depois para Shiryu, para poder ver a reação dele quanto as palavras do outro. Viu o olhar de Shiryu tornar-se ainda mais ameaçador.

- Vá embora, Ikki! Você só faz besteiras, só atrapalha... – diz Shiryu.

- Você ainda me culpa pelo o que aconteceu, não é Shiryu? – ao ouvir a pergunta Shiryu ficou tenso, e Shunrei pode ouvir o estalar de seu maxilar, mais um pouco e arrebentaria a cara de Ikki.

- Você não sabe o que diz, Ikki! Saia daqui! – Shiryu estava com os punhos cerrados.

- Vamos, Ikki – disse Shun puxando o irmão pelo braço – Vamos embora. Boa noite senhores... tchau Shunrei – disse se retirando.

- Não pense que vou desistir tão fácil. Ainda não se livrou de mim, Shiryu. Até logo senhorita. Espero encontrá-la de novo, quando esse animal não estiver por perto – Shiryu ia partir para cima de Ikki, mas foi segurado por Hyoga.

- Deixe-o ir, Shiryu. Se fizer qualquer coisa ele saberá transformar sua vida num inferno. Poderá processá-lo por agressão – Hyoga avisa ao amigo.

- Desgraçado – Shiryu se vira e volta para sua sala. Tinha que ficar sozinho para tentar se acalmar, entrou e fechou a porta com força.

- Por que Shiryu detesta tanto assim aquele tal de Ikki? – pergunta Shunrei.

- Eu sinto muito, Shunrei. Mas acho melhor que Shiryu conte isso a você... se ele quiser. Eu só peço a você que não insista – diz Hyoga.

Shiryu andava de um lado para o outro em sua sala, estava furioso. Ikki já tinha acabado com sua vida uma vez, e agora parecia querer fazê-lo de novo. Sentia o corpo todo tenso de tanta raiva só de lembrar de como ele ousou olhar e falar com Shunrei.

- Como se atreveu a encará-la daquele modo? Quem pensa que é? - ele ouve algumas batidas na porta.

- Shiryu – diz Shunrei abrindo a porta devagar.

- Shunrei... o que quer? – pergunta tentando esconder dela o que estava sentindo.

- Você disse que me levaria pra casa... – responde receosa.

- Estou indo... – diz ele baixando a cabeça.

- Você está bem, Shiryu? – pergunta preocupada.

- Estou, não se preocupe. Teremos que ir com o Hyoga. Tudo bem?

- Claro - meia-hora depois, Hyoga parava com o carro na frente da casa de Shunrei. Shiryu desce do carro para que ela possa sair - Obrigada, Hyoga – diz descendo do carro. Ela fica frente a frente com Shiryu e se olham intensamente. Ela se lembra do que tinha acontecido entre eles antes do celular dele tocar. Seu coração começa a bater mais forte, assim como o dele - Tc... tchau... Shiryu.

- Tchau Shunrei – Shiryu se inclina para ela, para trocarem um beijo que já havia virado rotina entre eles, mas este foi perigosamente dado perto dos lábios um do outro. Afastaram-se e novamente travaram uma batalha de olhares, até que Shunrei, caindo em si se afastou dele e foi até sua casa entrando rapidamente. Shiryu a acompanhava com olhar e só voltou para o carro quando a viu entrar em casa.

- Ela me perguntou sobre seu problema com Ikki – Hyoga contou enquanto dava a partida no carro.

- E o que você disse a ela? – virou para o amigo, desconfiado – Você não disse nada a ela não é, Hyoga?

- É claro que não. É problema seu. Quem tem que contar a ela é você. Vai continuar escondendo dela o que aconteceu? – pergunta Hyoga.

- Eu não tenho por que contar a ela. Isso é um problema meu – responde Shiryu.

- Se está apaixonado por ela, como eu já percebi que está... ainda mais sendo correspondido, uma hora ou outra terá que contar. Talvez ela o ajude a superar o medo que sente de sofrer de novo... – Hyoga é interrompido por Shiryu.

- Vamos mudar de assunto, Hyoga. Hoje eu não estou de bom humor. Rever aquele sujeito estragou meu dia – disse Shiryu.

Continua...

Por hoje é só pessoal. Espero que tenham gostado.