Hyoga revela a Eire o medo de Shiryu

Hyoga estava ansioso por se encontrar com sua namorada. Tinha marcado de ir buscá-la na loja para lavá-la pra casa. Hyoga a esperava encostado no carro.

- Oi, amor – disse ela indo na direção dele. Ele se inclinou para ela, abraçou-a pela cintura e beijou-a com paixão. Ficar um segundo longe dela já o deixava com saudades.

- Oi, meu anjo. Sentiu saudades? – perguntou ele olhando-a nos olhos e ainda abraçado a ela. Eire sorriu e enlaçou seu pescoço.

- Só um pouco – disse provocando-o.

- Um pouco?!! – diz ele se afastando dela, fingindo-se magoado – Se é assim, então vai embora a pé...

- Eu pensei em você o dia todo. Não via a hora de te ver – disse ela acariciando o rosto dele.

- E eu pensei em você – acariciou os lábios dela com o polegar e a beijou novamente, delicada, mas apaixonadamente.

- Vamos? – perguntou ela.

- Claro! – respondeu abrindo a porta para que ela entrasse. Alguns minutos depois já estavam na avenida principal. Conversavam sobre tudo o que tinham feito durante o dia. Eire estava curiosa quanto ao caso no qual Shunrei estava envolvida. Hyoga explicou a ela o que estava acontecendo e que o caso estava mais difícil do que imaginava. Chegaram na casa dela.

- Quer entrar? – perguntou ela olhando para ele.

- Claro! – aceitou prontamente o convite.

- Não vá pensar besteira, hein? – repreendeu Eire.

- N... não, claro que não! – disse ruborizado, não pode evitar os pensamentos que vieram a sua mente quando o convidou para entrar. Entraram e se sentaram no sofá. Eire encostou-se em Hyoga que passou seu braço pelos ombros dela, trazendo-a para mais perto de si. Eire retomou o assunto sobre o caso Mitsumasa Kido.

- Temos alguns suspeitos, mas não temos provas para basear nossas suspeitas. Shiryu acredita que Shunrei corre risco, por isso precisamos descobrir logo o assassino – explicava Hyoga que nesse momento segurou a mão de Eire.

- Mas não é só por isso que ele protege Shunrei. Quero dizer... ele gosta dela, não gosta? – pergunta Eire, entrelaçando seus dedos aos de Hyoga.

- Ele não admite, mas eu tenho certeza absoluta de que ele a ama – responde Hyoga.

- Mas... por que ele não diz isso a ela? Shunrei também o ama, mas as atitudes dele só a confundem – comenta Eire.

- Shiryu é um grande amigo, nos conhecemos desde que tínhamos sete anos. Crescemos juntos. Mas, ele mudou muito. Continua o mesmo amigo de todas as horas, mas se tornou muito fechado. Levantou uma barreira em torno de si – comentou Hyoga.

- Por quê? O que aconteceu pra ele mudar tanto assim? – perguntou Eire.

- Ele vai me matar se souber que eu te contei isso... – diz Hyoga.

- Shunrei está sofrendo por causa dele, Hyoga. Eu quero poder ajudar minha amiga. Shunrei estava sempre alegre, sorridente. Fazia de tudo para alegrar-me quando eu estava triste. Mas agora... Além do medo que está sentindo, pois quase foi morta. Também está infeliz, pois acha que Shiryu nunca virá a amá-la. Eu não vou contar pra ninguém, Hyoga. Só quero poder ajudar minha amiga – argumenta Eire.

- Está bem, afinal Shiryu também está infeliz ultimamente – pondera Hyoga.

- E então, qual é o motivo dele para afastar Shunrei de si? – pergunta Eire.

- Medo, Eire – diz Hyoga.

- Medo? Medo de que? – pergunta Eire, confusa.

- Medo de sofrer, medo de perder alguém que ele ama – Hyoga começa a contar toda a história de Shiryu. A cada palavra dita, Eire passava a entender um pouco mais sobre os motivos dele. Depois de quase vinte minutos de relato – É isso, por isso Shiryu é tão arredio com Shunrei.

- Nossa, eu nunca pensei que ele pudesse ter sofrido tanto. Agora eu o entendo. Mas Shunrei não tem culpa de seu sofrimento. Ele não pode afastá-la – diz Eire.

- Eu já disse isso a ele... mas ele é mais teimoso que uma mula. Bem, mas agora vamos esquecer um pouco aqueles dois e curtir um pouquinho – disse ele se inclinando para ela.

- É, você tem razão – disse ela. Sentiu os lábios de Hyoga tocarem de leve os seus, apenas acariciando-os. Ele a abraçou pela cintura, trazendo-a para mais perto de si, aprofundando o beijo. Ela o enlaçou pelo pescoço, acariciava os cabelos macios e dourados dele. Ficaram horas namorando no sofá. Não tentou nada com ela, embora quisesse muito, mas sabia que ela não gostaria e a última coisa que queria era magoá-la de alguma forma. Esperaria o tempo que fosse preciso por ela. Já eram duas horas da manhã quando ele começou a se preparar para ir embora.

- Tchau, meu amor – disse ela beijando-o nos lábios – até amanhã.

- Tchau, meu anjo. Já estou com saudades – disse ele dando mais um beijo nela.

Eire se sentia nas nuvens com Hyoga, chegava a se sentir mal ao falar de sua felicidade para Shunrei, por isso evitava tocar no assunto. Agora que sabia sobre o segredo de Shiryu, talvez pudesse ajudar a amiga a ser tão feliz quanto ela. Mas não podia quebrar a promessa que fez a Hyoga. Não revelaria o que soube sobre Shiryu para Shunrei, afinal cabe a ele fazer contar isso a ela.

Continua...

E aí pessoal? Gostaram? Bem... como diz o título deste capítulo, "Hyoga revela a Eire o medo de Shiryu". Pra vocês... eu revelarei mais tarde. Por favor, não deixem de ler o próximo capítulo. E não esqueçam os comentários. Sigam em frente →