Visitando Saori Kido

Uma hora depois, Shiryu e Shunrei chegam a Mansão Kido. Shunrei ficara impressionada com o tamanho daquela casa. Shunrei fizera questão de passar em uma floricultura para comprar um buquê para Saori.

- Shiryu... ela mora aqui?!! – pergunta impressionada.

- Impressionante, não? – comentou.

- É incrível, Shiryu.

- Isso porque você ainda não a viu por dentro. Vamos – ele a conduziu até a enorme porta, toda rebuscada e cheia de detalhes, da Mansão. Shiryu tocou a campainha e logo o mordomo antipático veio atender.

- Boa tarde, senhor Suiyama – cumprimentou friamente, ele não gostou muito da presença daquela garota, e encarando-a completou – a senhorita Kido os está esperando em seu quarto. Eu os acompanho até lá.

- Boa tarde, Tatsume. Vamos, Shunrei – ela ainda estava muito impressionada com a riqueza e o luxo que se via naquela casa.

- Claro... – respondeu acordando. Foram conduzidos até o quarto onde Saori, acompanhada por Seiya, já os estava esperando.

- Eles chegaram, senhorita – Saori viu o casal que acabara de entrar em seu quarto.

- Obrigada Tatsume – o mordomo se retirou – senhor Suiyama, como vai? – cumprimentou Saori.

- Olá senhorita Kido. Olá Seiya – cumprimentou-os Shiryu.

- Olá, senhor Suiyama – respondeu Seiya.

- Bem, senhorita Kido... esta é Shunrei Chang – disse apresentando Shunrei.

- Como vai senhorita Kido? – cumprimentou Shunrei.

- Eu estou me sentindo muito melhor, senhorita Chang – respondeu Saori.

- Por favor, chame-me apenas Shunrei. Eu trouxe estas flores para a senhorita – disse entregando o buquê para Saori

- Pode me chamar de Saori. Obrigada pelas flores. Este é Seiya, meu namorado.

- Muito prazer – disse Shunrei estendendo a mão para Seiya.

- Prazer senhorita Chang – disse cumprimentando-a.

- Eu estava ansiosa para conhecê-la, Shunrei – disse Saori.

- Shiryu me disse.

- Eu soube o que aconteceu a você. Do atentado. Eu sinto muito pelo que sofreu.

- Não se preocupe com isso. Está tudo bem agora. Deve ter sido apenas mais um motorista bêbado.

- Sim, mas é melhor não arriscar – interveio Shiryu.

- O senhor Suiyama tem razão, senhorita Chang – comentou Seiya – é melhor tomar cuidado.

- Não preciso me preocupar com isso... eu tenho alguém que me protege constantemente – disse olhando para Shiryu com um sorriso. Shiryu ficou desconcertado.

- Esse sorriso ainda vai acabar me matando - Seiya e Saori se entreolharam e sorriram.

 – Acho que é melhor irmos embora, Saori deve estar querendo descansar – disse Shunrei.

- Ainda é cedo, Shunrei. Fique mais um pouco.

- Eu preciso ir. Minha hora de almoço está acabando.

- Que pena! Eu gostei muito de conhecê-la, espero que volte mais vezes.

- Eu não quero incomodá-la...

- Não me incomodará. Eu adoraria que voltasse mais vezes.

- Está bem... eu voltarei, então.

- Eu levarei Shunrei, senhorita Kido e voltarei para interrogá-la, se estiver em condições de responder as minhas perguntas...

- Claro Shiryu, eu já estou me sentindo bem, sim. Então, até logo Shunrei.

- Até logo Saori. Até logo Seiya.

- Até logo senhorita Chang.

- Até logo, eu volto mais tarde – disse Shiryu acompanhando Shunrei.

Já estavam a caminho da loja.

- Eu gostei muito de Saori.

- E ela de você.

- Será que ela sabe quem tentou matá-la?

- Eu não sei, mas espero que sim. Assim este caso estará resolvido, pois acredito que o assassinato de senhor Kido, o atentado, por que eu tenho certeza que aquilo que aconteceu com você foi uma tentativa de assassinato e agora o atentado contra Saori Kido foram cometidos pela mesma pessoa. E eu não vejo a hora de este ser caso encerrado – disse Shiryu sem pensar.

- Eu sou fardo pra você, não é Shiryu? – perguntou Shunrei tristemente. Shiryu olhou para ela chocado com suas palavras.

- É claro que não, Shunrei! Eu nunca disse uma coisa dessas – defendeu-se

- Não diz... mas pensa. O que dá no mesmo – ela abaixa a cabeça e Shiryu pára o carro na frente da loja onde Shunrei trabalha. Ela estava chateada e não fazia nada para esconder suas emoções.  Ele se vira para ela e a segura pelos ombros. O gesto faz com que ela erga a cabeça para olhar para ele.

- Eu me preocupo muito com você, Shunrei – ouvir isso deixou Shunrei feliz e Shiryu nem tinha percebido que deixara escapar que sentia algo por ela - Esse caso resolvido significará que você poderá seguir com sua vida em segurança e não precisará mais de uma sombra seguindo-a o tempo todo – diz apontando para si, um pouco chateado. Pois, significaria também não vê-la constantemente.

- Pois... quando tudo isso for esclarecido, eu... eu – ela olhou diretamente nos olhos de Shiryu, o que o fez perder o fôlego, e sorriu – espero não perder minha sombra, pois... vou sentir muita falta dela – o coração de Shiryu disparou, ele sentiu um calor percorrendo todo seu corpo, ficou sem palavras – Tchau, a gente se vê à noite – deu um beijo no rosto dele e saiu do carro.

 - Shunrei... – murmurou ainda atônito com o que tinha acabado de ouvir. Não podia negar, tinha ficado imensamente feliz com o que tinha ouvido. Estava se tornando impossível se afastar dela. Recompondo-se, Shiryu voltou a casa de Saori Kido, mas não obteve sucesso. Saori tinha sido atacada pelas costas, não conseguiu ver absolutamente nada. Voltara à estaca zero.

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