A prova que faltava
Shiryu e Hyoga tinham marcado uma hora para conversarem com o advogado do senhor Kido. Se tivessem conhecimento do testamento talvez tivessem uma pista de quem era o assassino. Shiryu estava ansioso para reencontrar Shunrei, pois sua atitude no dia anterior o deixou muito preocupado. Quinze minutos depois de terem chegado ao escritório, o advogado os chamou a sua sala.
- Prazer, senhores eu sou Akira Tamura, advogado – disse estendo a mão a Shiryu.
- Prazer, senhor Tamura. Eu sou Shiryu Suiyama. E este Alexei Hyoga Yukida.
- Prazer, senhor Yukida – disse cumprimentando Hyoga.
- Prazer, senhor Tamura.
- Em que posso ajudá-los, senhores? – perguntou indicando as cadeiras para que eles se sentassem e se sentou em seguida.
- Nós gostaríamos de ver o testamento do senhor Kido – diz Shiryu.
- Eu vou lê-lo apenas na presença da família, senhor Suiyama.
- Mas, as investigações podem estar dependendo apenas de sabermos quem seriam os beneficiados com a morte do senhor Kido...
- Eu sinto muito... mas eu só abrirei o testamento na presença da família.
- O senhor Kido fez mais de um testamento, senhor Tamura? – perguntou Shiryu.
- Sim, ele tinha feito um outro testamento que beneficiava uma pessoa que ele dizia ter inteira confiança.
- Por que ele fez dois testamentos? – perguntou Hyoga.
- Ele não confiava no namorado de sua neta, Saori Kido. Tinha medo de que o rapaz só quisesse o dinheiro dela...
- E o que o fez mudar de opinião sobre Seiya? – quis saber Shiryu.
- O senhor Kido descobriu que o rapaz era de uma família milionária, talvez mais ricos que o próprio senhor Kido. Descobriu que Seiya tem uma grande fábrica de carros, e que trinta por cento do lucro da empresa era revertido em doações para entidades e construção de escolas. E também, o senhor Kido descobriu que a pessoa a quem ele tinha beneficiado não era de confiança.
- Ora, então Seiya além de milionário é um filantropo, quem diria. O que ele descobriu sobre a outra pessoa? – pergunta Hyoga
- Parece que essa pessoa vinha roubando o senhor Kido. Ele forjava notas fiscais dos produtos que comprava para a Fundação, superfaturadas pedia mais dinheiro do que realmente era necessário e ficava com tudo o que sobrava, o que não era pouco, tendo em vista os gasto mensais que o senhor Kido tinha para manter a Fundação funcionando.
- O senhor sabe quem é essa pessoa? – pergunta Shiryu. Quando descobriram quem era, Hyoga e Shiryu despediram-se do senhor Akira Tamura e ligaram para Saori, para que ela se encontrasse com eles no banco, pois o advogado contou que o outro testamento tinha sido guardado em um cofre. A prova de que precisavam estava no cofre desse banco. Saori revirou a casa atrás da chave, quando se lembrou de que provavelmente estivesse no cofre do senhor Kido na mansão. Ela correu até a biblioteca e revirou alguns livros, pois sabia que a combinação do cofre estava em um desses livros. Finalmente encontrou a combinação. Seguindo as instruções ela abriu o cofre e revirou-o. Encontrou a chave e chamou motorista para que a levasse o mais rápido possível para o banco. Vinte minutos depois, ela chegou em frente ao banco onde Hyoga e Shiryu, exasperados a esperavam. Eles entraram no banco e Saori pediu para falar com o gerente, que veio atender a milionária imediatamente. Saori disse ao gerente que desejava ver o cofre de seu avô. O gerente permitiu e ela, Shiryu e Hyoga acompanhados do gerente foram até o cofre do senhor Kido. Só com a chave que Saori tinha em mãos era impossível abrir o cofre, era preciso da chave que ficava com o gerente para que o cofre fosse aberto. Medida de segurança. A gaveta do cofre foi aberta e Saori pode pegar uma caixa que estava lá dentro. Dentro dessa caixa havia algumas jóias, que pertenceram à avó de Saori. Tinha também alguns documentos, e um grande envelope pardo, lacrado. Saori rompeu o lacre e tirou de dentro do envelope um documento que entregou a Shiryu e a Hyoga para que o verificassem.
- Era isso o que vocês estavam procurando?
- Sim, senhorita Kido – disse Shiryu satisfeito, enquanto examinava junto com Hyoga aquele documento.
- Agora temos um suspeito em potencial – disse Hyoga, com um tom vitorioso.
- Eu nunca pensei que ele pudesse fazer uma coisa como aquelas... matar meu avô, tentar me matar, tentar matar Shunrei – a menção do nome dela, faz Shiryu sentir arrepios. Tinha que agir depressa. Será que Shunrei percebeu alguma coisa? Por isso ficara apreensiva na noite anterior? Shiryu e Hyoga mandam Saori ir para casa. Iriam passar na Mansão mais tarde, antes precisavam de uma ordem de prisão. Quando Saori chega à Mansão já está escurecendo. Seiya sai apressado da casa indo a direção a Saori.
- Saori, onde você estava? Eu fiquei preocupado...
- Calma, amor – disse ela dando-lhe um beijo – está tudo bem... – apesar do que disse, ela não conseguia esconder o nervosismo.
- Onde você estava? – Seiya percebeu que Saori estava nervosa.
- Eu fui ao banco. Shiryu e Hyoga precisaram de minha ajuda para poderem verificar o cofre do meu avô – Saori se lembra de que não tinha visto o carro esporte na garagem - Cadê o carro, Seiya? Eu acabei de passar pela garagem e ele não estava lá?
- Eu não sei, pensei que você tinha saído com ele. Mas, voltando a Shiryu e Hyoga... eles descobriram alguma coisa?
- Você não faz nem idéia de quem é o assassino... – Saori entrou com Seiya, enquanto ia contando tudo o que tinham descoberto nas ultimas horas. Seiya estava aturdido com as revelações.
- Não era à toa que não ia com a cara daquele sujeito - pensava.
Continua...
As revelações ficam pro fim de semana, tá? Eu não vou cortar o barato de vocês e contar tudo assim de bandeja. Espero que tenham gostado. Beijos, tchau.
