Capítulo 1 - Draco Malfoy
bN/A: Bom, aqui vem mais alguns avisos importantes. Primeiro eu queria dizer que possivelmente essa história vai ter bastante flashbacks, nos quais eu vou contando algumas situações importantes que ocorreram antes com os personagens. Segundo, que eu vou mudando os shippers de acordo com cada capítulo (cada um deles vai estar no shipper que for mais trabalhado no mesmo). Terceiro que o título da fic, que antes era Destroços, agora mudou, se vcs não perceberam. (Lógico que perceberam, mas tudo bem!) ^^' E eu elaborei também um pouco o resuminho, consequência do quarto aviso. Quarto: Escrevendo o segundo capítulo eu notei que eu fugi totalmente do que eu planejava para a fic, e que meu padrão de escrita havia caído muito. Eu simplesmente joguei no lixo os dois capítulos e mantive a estrutura do prólogo. Agora está tudo se encaminhando da maneira que eu queria! Exceto o fato de que essa fic era para ser uma song... ^^ Quinto é que eu REALMENTE ACREDITO QUE ESSA FIC ESTÁ BOA!!! E isso é raro comigo, muito raro! Então, por favor, me digam se eu estou certa ou errada! Sexto, a música vai aos poucos, conforme vou falando mais sobre o Draco!!! ^^
LEMBREM-SE, EU SOU MOVIDA A COMENTÁRIOS. Qualquer escritor é movido a coments! Então, por favor, comentem a fic pra eu saber direitinho o q tá indo bem e o que está indo mal! Bejinhos!bNo one knows what it's like/b
Ninguém sabe o que é bto be the bad man/b
ser o homem ruim bto be the sad man/b
ser o homem triste bbehind blue eyes/b atrás de olhos azuis"/i
O quarto do Monitor estava abaixo. Nada se encontrava no lugar: livros, pergaminhos e penas espalhados pelo chão, alguns rasgados; tanto objetos de seu material quanto pessoais se encontravam quebrados; nada nas gavetas ou no armário. Tudo espalhado pelo chão. O banheiro não estava em melhor estado: frascos quebrados; o espelho reduzido a mil cacos; a banheira transbordando e inundando o banheiro e o quarto, tal como o chuveiro e a pia. Caos. Essa seria a palavra perfeita para classificar o quarto de Draco Malfoy.
Ele se encontrava a um canto do imenso banheiro, com suas roupas pretas ensopadas, enquanto lágrimas silenciosas brotavam de seus olhos azuis e a água do chuveiro corria sobre si. Pansy Parkinson batia freneticamente na porta do quarto do namorado, ardendo em preocupação. Ele não se importava, porém. A porta estava trancada com um feitiço poderoso, ela não conseguiria abrir.
Ao fim de mais uma hora, no entanto, ele se levantou, cansado de tanto chorar, cansado de tanta auto-piedade. Pansy ainda gritava. Pelo tom de voz, devia estar chorando. Devia se importar? Não.
- Draco! Eu sei que você está aí! Por favor! Eu estou te implorando! Me deixe ajudá-lo! – Pansy estava frenética. A essa altura, a água já saia pela fresta da porta e provavelmente inundava o corredor. – Draco! Eu sei que você não está bem! Por favor!
Uma atitude louvável. Pansy poderia ser um poço de ignorância, narcisismo e arrogância, mas ao menos com ele ela se importava... Ele suspirou. Os olhos ainda inchados. Por que ele tinha que namorar com uma garota tão sem conteúdo? Ah... porque, por incrível que pareça, ela era a /i disponível, e porque ele realmente não seria tão bem visto se não tivesse uma namorada. Uma questão de marketing, poderia se dizer assim.
Draco fechou as torneiras da banheira, do chuveiro e da pia. Murmurou alguns feitiços e o quarto estava novamente impecável. Nem uma palha fora do lugar. Tirou a roupa molhada e suja e jogou-a a um canto do banheiro. Se secou com um feitiço e logo colocou uma roupa limpa.
- Draco! Por favor! Por que você não me responde? – Será que a garota não cansava? Há pelo menos duas horas ela gritava por ele!
Ele se dirigiu para o espelho já reparado e lavou o rosto, limpando o rastro das lágrimas. Com um feitiço, desinchou-os. Espalhou uma quantidade mínima de gel no cabelo, apenas o suficiente para puxar alguns fios caindo sobre os seus olhos e bagunçar charmosamente o resto. Não se importou muito com a barba mal-feita, o que ele não agüentava mais era ouvir os gritos agudos de Pansy. Sim, ela tinha uma voz irritante.
Rapidamente se dirigiu até a porta e desfez o feitiço, abrindo-a.
- Draco! – Disse Pansy, exasperada, com os olhos inchados de lágrimas. – Por que você fez isso comigo? Seu filho-da-mãe! Eu aqui morrendo de preocupação com você, e você absolutamente bem? Por que você não me respondeu, por quê? – Ela se encontrava absurdamente revoltada com o rapaz.
Pansy se tornara uma moça bastante bonita. Era bem magra, e tinha pouco busto, mas em compensação tinha um quadril de dar inveja até em Dolores Umbridge! Seus olhos eram bem negros, tais como seu cabelo, ligeiramente ondulado, um pouco além dos ombros. Decerto ainda tinha um queixo protuberante, mas não podia-se negar que nela tornara-se um detalhe deveras atraente. Lhe dava uma expressão marcante, de seriedade, por mais que fosse uma coisa que a garota não tivesse.
- Eu estava me sentindo um pouco mal... – Ele falou, puxando-a pela cintura para um beijo ardente, e logo fechando a porta. Ele sabia que dessa forma ela esqueceria com facilidade.
- Draco, pare com isso! – Ela disse, tentando afastá-lo enquanto ele a arrastava para a cama. – É sempre a mesma coisa! Você nunca responde diretamente minhas perguntas! – Ela continuava a falar, mas sem ser ouvida. Ele percorria com a boca seu pescoço e seu colo, alternando com suaves beijos em sua boca.
- Draco... – Ela tentou mais uma vez, mas ele a ignorou novamente.
- Shhhhh... – Ele disse, colocando o dedo indicador na boca da garota e silenciando-a em seguida com um beijo. Suas mãos deixaram a segurança de seus ombros e percorreram pelas curvas do corpo todo. Pansy cedeu, deixando finalmente que ele a deitasse na cama.
Ele sorriu vitorioso para si. Ela sempre cedia. Sempre.
band no one knows what it's like/b E ninguém sabe o que é bto be hated/b ser odiado bto be fated to telling only lies/b ser destinado a contar só mentiras"/i
Pansy descansava em seus braços, quando a marca começou a arder agudamente. Chamado urgente de Voldemort. Se levantou sem se preocupar muito com a garota. Trocou de roupa, e pegou a capa da invisibilidade, deixando o quarto em questão de minutos. Com uma velocidade espetacular estava lá.
- Muito bom. Muito bom. – Dizia o Lord, sentado em um trono majestoso, no salão principal da casa, enquanto Draco Malfoy, seu Cavaleiro Dourado, vencia a distância entre eles com passos firmes.
O Lord sorria. Sorria terrivelmente. A luz do meio-dia que entrava pelas enormes janelas da mansão iluminava seu rosto de cobra de uma maneira belíssima. Ele estava feliz, muito feliz. O sofrimento daquela garota era fundamental. Ela pagaria, sim, pagaria por tudo o que fizera.
- Chamou-me, Lord? – Ele disse, ajoelhando-se majestosamente diante de Voldemort. – Tens alguma nova missão para mim? Algum pedido? Alguma incumbência?
- Chamei. Mas não foi para nada disso. Foi para dar-lhe os meus parabéns, meu Cavaleiro Dourado. Blás Zabini me contou. A menina recebeu a cabeça dos pais em uma caixa, ontem no jantar.
- Recebeu. Confesso que tive que me ausentar do salão. Não saberia conter minha alegria por mais tempo. Foi uma cena bela ver o desespero no rosto daquela grifinória nojenta! – Ele sorriu. Embora Voldemort achasse que ele ria do sofrimento avassalador da garota, se enganava, ele ria de si. Draco era o melhor ator do mundo.
- Você sabe que você é o meu melhor Comensal, não sabe? – Disse Voldemort, ficando repentinamente sério.
- Não seria seu Cavaleiro Dourado se não o fosse, Mestre. – Ele respondeu, friamente.
- Eu temo pela sua segurança. – Lord falou, se levantando, dirigindo-se a um canto da sala, onde se encontrava a Profetisa.
Essas palavras chamaram a atenção de Malfoy. Ele levantou-se e se aproximou do mestre.
- Padma vem me contado coisas. E parece que você está adquirindo muitos inimigos. – Ele disse, abrindo a cortina, entrando nos aposentos de Padma Patil, a Profetisa.
No sexto ano Padma foi descoberta como uma Profetisa muito poderosa. A princípio, ela fornecia informações para a Ordem da Fênix, mas, num plano ousado, executado por Draco Malfoy, ela fora raptada. Ninguém da Ordem chegara a saber que fora ele o raptor da Profetisa, que era mantida fiel ao lado Negro por meio de um feitiço antigo e poderoso
Isso deu uma grande vantagem na guerra para Voldemort, que agora estava na iminência de ganhá-la, mas principalmente deu-a a Draco. Fora isso que o tornara o Cavaleiro Dourado do Lord, ganhando uma influência e popularidade no lado das Trevas quase tão grande quanto a do próprio Lord. Coisa que não faltava para o rapaz mesmo no lado Branco.
- Que coisas a Profetisa tem lhe contado? – Perguntou Draco, seguindo o Lord pelos aposentos indianos da Profetisa.
- Você já escutará! Acalme-se. – Ele disse, entrando no quarto dela, e notando que não estava, entrando no banheiro.
Draco parou na porta, e ficou observando alguns momentos ela tomar banho. Definitivamente ela tinha um corpo enlouquecedor. Talvez devesse terminar com Pansy e iniciar um caso com ela... Com certeza aumentaria sua fama. Sua atenção nas curvas da Profetisa logo se desviou, quando o Lord se impacientou com sua falta de atenção e mandou-lhe um Cruciatus.
Draco fez uma careta ao vê-la agonizando e gritando numa parte rasa da banheira, até o Lord achar a punição suficiente.
- Se fosse um traidor já teria lhe matado! – Ele disse, ao terminar o feitiço. – Ajude-a Draco. Creio que não pode se levantar.
Ele se adiantou, e entrou na banheira. Por sorte a parte que ela estava era rasa o bastante para não molhá-lo muito. Ele levantou-a no colo, aproveitando para passar-lhe a mão. Não era todo dia que tinha uma profetisa nua em seu colo!
- Deixe-me seu nojento! – Ela começou a espernear, tentando se cobrir com as mãos, mas ainda gemia baixinho de dor, a cada movimento muito brusco que fazia.
- Às vezes eu me arrependo de tê-la raptado, Lord. – Ele comentou, já se irritando com a garota a lhe bater para largá-la.
- Confesso que ela seja irritante. Mas é um poço de informações precioso. – Ele disse, encaminhando-se para o quarto dela. – Coloque uma roupa qualquer na garota.
Draco pegou um vestido branco no armário, após deitar a garota na cama. Estendeu a roupa para ela, que pegou com violência e vestiu-se rapidamente, absolutamente vermelha.
- Perdão Lord. – Padma disse, com lágrimas nos olhos.
- Poupe-me de seus sentimentalismos. Seja apenas mais atenta, pois a partir de agora será dessa forma que eu chegarei. – Ele disse, friamente. – Diga- me mais uma vez. O que sabe sobre Draco?
- Simples. – Ela começou, abraçando seus joelhos, enquanto Draco sentava-se ao seu lado, na cama. – Muitos comensais o invejam, querem matá-lo. Muitas pessoas do lado Branco descobriram que ele é Comensal, que me raptou e que ele matou os pais da garota. Querem matá-lo também. Ele tem inimigos nos dois lados, e que o odeiam muito. As coisas estão ficando muito perigosas.
- O que mais me enraivece, Draco, é que o poder dessa vagabunda não se estende aos nomes, às pessoas! Se ao menos pudéssemos saber quem são... – Disse Voldemort, voltando à sua sala.
- Não me preocupo tanto com isso Lord. – Disse Draco, sem emoção. – Inimigos não me faltam. Se eu souber restringir bem quais são os amigos, poderei dificultar o trabalho dos inimigos.
O Lord começou a falar, mas um abrir de portas desesperado chamou sua atenção. Bellatrix entrou exasperada.
- Emergência, meu Lord! Emergência! – Ela disse rapidamente, praticamente cuspindo as palavras.
- Conversaremos mais sobre isso depois. – Ele disse a Draco, que entendeu a mensagem. Saiu rapidamente do salão, fechando a porta, deixando os dois a sós.
bBut my dreams they aren't as empty/b
Mas meus sonhos não são vazios
bas my conscience seems to be/b
Como meu consciente parece ser I have hours, only lonely
Eu tenho horas, sozinho"/i
Logo voltou a Hogwarts. Olhando no relógio pôde ver que esteve uma hora fora. Ele suspirou. Ainda não perdera sua manhã de sábado... poderia ir para Hogsmeade, mas por enquanto apagou a idéia de sua cabeça. Primeiro ele organizar as idéias. Sozinho.
Ele subiu até a torre da astronomia, e lá ficou, absolutamente concentrado. Ele se escondia atrás de uma máscara de maldade e frieza. Porém, isso fazia dele uma pessoa amarga, triste e sozinha. Ninguém o conhecia verdadeiramente, ele não deixava que o conhecessem verdadeiramente. Mas atrás dessa máscara ele tinha sonhos. Um sonho especial, que NINGUÉM jamais advinharia: derrotar Voldemort. E não importava o que ele teria de fazer para isso, o quão cruel ele poderia ser para fazer isso.
Para isso ele criou essa máscara, de melhor Comensal, de malvado. Ele era bonito, rico, monitor e popular. O que mais queriam dele? Ele era simplesmente o sonserino perfeito. Convincente, auto-suficiente, manipulador, fez todos sempre acreditarem que ele era realmente a máscara que criou.
Seu plano de assassinar Voldemort deveria estar no fim, mas com a previsão da Profetisa, tudo mudava. Descobriram que fora ele que matou os pais da inamoradinha do Potter/i, e agora ele estava perdido. Anos e anos de esforço poderiam ser jogados pelo ralo. Se Potter não acreditasse em seu desejo matar Voldemort, seu plano estava arruinado. E ele não acreditaria. Somente ele e Potter juntos poderiam matar o Lord.
Aliás, a sorte que a Profetisa não descobria seus planos era porque eles eram os mais secretos que existiam. Para descobri-los, teriam que passar por inúmeros feitiços poderosos e ter uma linha de raciocínio muito específica.
Seria esse seu pagamento? Ele sabia que os meios que ele utilizava para vencer o Lord não eram os mais louváveis possíveis. Ele podia ter se aliado a Dumbledore, e jamais teria precisado matar os pais da inamoradinha do Potter/i, jamais teria precisado matar os pais daquela garota que mais admirava em todo o mundo, jamais teria precisado vê-la sofrer. Ele foi realmente cruel ao matar os pais da garota. Ela não merecia tanto sofrimento, tanta perseguição! Ele se culpara eternamente por isso, e chorara, chorara rios quando viu seu desespero. Fora por isso que ele se ausentara do salão: porque não conseguiria conter as lágrimas, ao contrário do q disse ao Lord.
Draco respirou fundo. Ele teria que encarar: ele fizera o plano, e agora o executaria, por mais difícil e sacrificante que pudesse ser. Não adiantava ficar se lamentando, ficar com aquela auto-piedade que ele tanto odiava (Por que, raios, ele não podia ser tão nobre quanto o Potter?). Se ele não era herói o suficiente para matar Voldemort sem sacrificar inocentes, pelo menos ele era guerreiro para fazer tudo sozinho. Sim, ele sacrificara inocentes, e orgulhava-se disso, porque, com os planos que a Ordem tinha, eles jamais derrotariam Voldemort. Eles eram puros demais para isso.
Draco sorriu orgulhoso. Sim... ele estava fazendo tudo certo! Uma euforia tomou conta de si, e ele saiu correndo pelos corredores, com um belíssimo sorriso no rosto. Eles eram puros demais! Ele estava certo! Ele conseguiria! Ele sabia que conseguiria!
bN/A: Bom, aqui vem mais alguns avisos importantes. Primeiro eu queria dizer que possivelmente essa história vai ter bastante flashbacks, nos quais eu vou contando algumas situações importantes que ocorreram antes com os personagens. Segundo, que eu vou mudando os shippers de acordo com cada capítulo (cada um deles vai estar no shipper que for mais trabalhado no mesmo). Terceiro que o título da fic, que antes era Destroços, agora mudou, se vcs não perceberam. (Lógico que perceberam, mas tudo bem!) ^^' E eu elaborei também um pouco o resuminho, consequência do quarto aviso. Quarto: Escrevendo o segundo capítulo eu notei que eu fugi totalmente do que eu planejava para a fic, e que meu padrão de escrita havia caído muito. Eu simplesmente joguei no lixo os dois capítulos e mantive a estrutura do prólogo. Agora está tudo se encaminhando da maneira que eu queria! Exceto o fato de que essa fic era para ser uma song... ^^ Quinto é que eu REALMENTE ACREDITO QUE ESSA FIC ESTÁ BOA!!! E isso é raro comigo, muito raro! Então, por favor, me digam se eu estou certa ou errada! Sexto, a música vai aos poucos, conforme vou falando mais sobre o Draco!!! ^^
LEMBREM-SE, EU SOU MOVIDA A COMENTÁRIOS. Qualquer escritor é movido a coments! Então, por favor, comentem a fic pra eu saber direitinho o q tá indo bem e o que está indo mal! Bejinhos!bNo one knows what it's like/b
Ninguém sabe o que é bto be the bad man/b
ser o homem ruim bto be the sad man/b
ser o homem triste bbehind blue eyes/b atrás de olhos azuis"/i
O quarto do Monitor estava abaixo. Nada se encontrava no lugar: livros, pergaminhos e penas espalhados pelo chão, alguns rasgados; tanto objetos de seu material quanto pessoais se encontravam quebrados; nada nas gavetas ou no armário. Tudo espalhado pelo chão. O banheiro não estava em melhor estado: frascos quebrados; o espelho reduzido a mil cacos; a banheira transbordando e inundando o banheiro e o quarto, tal como o chuveiro e a pia. Caos. Essa seria a palavra perfeita para classificar o quarto de Draco Malfoy.
Ele se encontrava a um canto do imenso banheiro, com suas roupas pretas ensopadas, enquanto lágrimas silenciosas brotavam de seus olhos azuis e a água do chuveiro corria sobre si. Pansy Parkinson batia freneticamente na porta do quarto do namorado, ardendo em preocupação. Ele não se importava, porém. A porta estava trancada com um feitiço poderoso, ela não conseguiria abrir.
Ao fim de mais uma hora, no entanto, ele se levantou, cansado de tanto chorar, cansado de tanta auto-piedade. Pansy ainda gritava. Pelo tom de voz, devia estar chorando. Devia se importar? Não.
- Draco! Eu sei que você está aí! Por favor! Eu estou te implorando! Me deixe ajudá-lo! – Pansy estava frenética. A essa altura, a água já saia pela fresta da porta e provavelmente inundava o corredor. – Draco! Eu sei que você não está bem! Por favor!
Uma atitude louvável. Pansy poderia ser um poço de ignorância, narcisismo e arrogância, mas ao menos com ele ela se importava... Ele suspirou. Os olhos ainda inchados. Por que ele tinha que namorar com uma garota tão sem conteúdo? Ah... porque, por incrível que pareça, ela era a /i disponível, e porque ele realmente não seria tão bem visto se não tivesse uma namorada. Uma questão de marketing, poderia se dizer assim.
Draco fechou as torneiras da banheira, do chuveiro e da pia. Murmurou alguns feitiços e o quarto estava novamente impecável. Nem uma palha fora do lugar. Tirou a roupa molhada e suja e jogou-a a um canto do banheiro. Se secou com um feitiço e logo colocou uma roupa limpa.
- Draco! Por favor! Por que você não me responde? – Será que a garota não cansava? Há pelo menos duas horas ela gritava por ele!
Ele se dirigiu para o espelho já reparado e lavou o rosto, limpando o rastro das lágrimas. Com um feitiço, desinchou-os. Espalhou uma quantidade mínima de gel no cabelo, apenas o suficiente para puxar alguns fios caindo sobre os seus olhos e bagunçar charmosamente o resto. Não se importou muito com a barba mal-feita, o que ele não agüentava mais era ouvir os gritos agudos de Pansy. Sim, ela tinha uma voz irritante.
Rapidamente se dirigiu até a porta e desfez o feitiço, abrindo-a.
- Draco! – Disse Pansy, exasperada, com os olhos inchados de lágrimas. – Por que você fez isso comigo? Seu filho-da-mãe! Eu aqui morrendo de preocupação com você, e você absolutamente bem? Por que você não me respondeu, por quê? – Ela se encontrava absurdamente revoltada com o rapaz.
Pansy se tornara uma moça bastante bonita. Era bem magra, e tinha pouco busto, mas em compensação tinha um quadril de dar inveja até em Dolores Umbridge! Seus olhos eram bem negros, tais como seu cabelo, ligeiramente ondulado, um pouco além dos ombros. Decerto ainda tinha um queixo protuberante, mas não podia-se negar que nela tornara-se um detalhe deveras atraente. Lhe dava uma expressão marcante, de seriedade, por mais que fosse uma coisa que a garota não tivesse.
- Eu estava me sentindo um pouco mal... – Ele falou, puxando-a pela cintura para um beijo ardente, e logo fechando a porta. Ele sabia que dessa forma ela esqueceria com facilidade.
- Draco, pare com isso! – Ela disse, tentando afastá-lo enquanto ele a arrastava para a cama. – É sempre a mesma coisa! Você nunca responde diretamente minhas perguntas! – Ela continuava a falar, mas sem ser ouvida. Ele percorria com a boca seu pescoço e seu colo, alternando com suaves beijos em sua boca.
- Draco... – Ela tentou mais uma vez, mas ele a ignorou novamente.
- Shhhhh... – Ele disse, colocando o dedo indicador na boca da garota e silenciando-a em seguida com um beijo. Suas mãos deixaram a segurança de seus ombros e percorreram pelas curvas do corpo todo. Pansy cedeu, deixando finalmente que ele a deitasse na cama.
Ele sorriu vitorioso para si. Ela sempre cedia. Sempre.
band no one knows what it's like/b E ninguém sabe o que é bto be hated/b ser odiado bto be fated to telling only lies/b ser destinado a contar só mentiras"/i
Pansy descansava em seus braços, quando a marca começou a arder agudamente. Chamado urgente de Voldemort. Se levantou sem se preocupar muito com a garota. Trocou de roupa, e pegou a capa da invisibilidade, deixando o quarto em questão de minutos. Com uma velocidade espetacular estava lá.
- Muito bom. Muito bom. – Dizia o Lord, sentado em um trono majestoso, no salão principal da casa, enquanto Draco Malfoy, seu Cavaleiro Dourado, vencia a distância entre eles com passos firmes.
O Lord sorria. Sorria terrivelmente. A luz do meio-dia que entrava pelas enormes janelas da mansão iluminava seu rosto de cobra de uma maneira belíssima. Ele estava feliz, muito feliz. O sofrimento daquela garota era fundamental. Ela pagaria, sim, pagaria por tudo o que fizera.
- Chamou-me, Lord? – Ele disse, ajoelhando-se majestosamente diante de Voldemort. – Tens alguma nova missão para mim? Algum pedido? Alguma incumbência?
- Chamei. Mas não foi para nada disso. Foi para dar-lhe os meus parabéns, meu Cavaleiro Dourado. Blás Zabini me contou. A menina recebeu a cabeça dos pais em uma caixa, ontem no jantar.
- Recebeu. Confesso que tive que me ausentar do salão. Não saberia conter minha alegria por mais tempo. Foi uma cena bela ver o desespero no rosto daquela grifinória nojenta! – Ele sorriu. Embora Voldemort achasse que ele ria do sofrimento avassalador da garota, se enganava, ele ria de si. Draco era o melhor ator do mundo.
- Você sabe que você é o meu melhor Comensal, não sabe? – Disse Voldemort, ficando repentinamente sério.
- Não seria seu Cavaleiro Dourado se não o fosse, Mestre. – Ele respondeu, friamente.
- Eu temo pela sua segurança. – Lord falou, se levantando, dirigindo-se a um canto da sala, onde se encontrava a Profetisa.
Essas palavras chamaram a atenção de Malfoy. Ele levantou-se e se aproximou do mestre.
- Padma vem me contado coisas. E parece que você está adquirindo muitos inimigos. – Ele disse, abrindo a cortina, entrando nos aposentos de Padma Patil, a Profetisa.
No sexto ano Padma foi descoberta como uma Profetisa muito poderosa. A princípio, ela fornecia informações para a Ordem da Fênix, mas, num plano ousado, executado por Draco Malfoy, ela fora raptada. Ninguém da Ordem chegara a saber que fora ele o raptor da Profetisa, que era mantida fiel ao lado Negro por meio de um feitiço antigo e poderoso
Isso deu uma grande vantagem na guerra para Voldemort, que agora estava na iminência de ganhá-la, mas principalmente deu-a a Draco. Fora isso que o tornara o Cavaleiro Dourado do Lord, ganhando uma influência e popularidade no lado das Trevas quase tão grande quanto a do próprio Lord. Coisa que não faltava para o rapaz mesmo no lado Branco.
- Que coisas a Profetisa tem lhe contado? – Perguntou Draco, seguindo o Lord pelos aposentos indianos da Profetisa.
- Você já escutará! Acalme-se. – Ele disse, entrando no quarto dela, e notando que não estava, entrando no banheiro.
Draco parou na porta, e ficou observando alguns momentos ela tomar banho. Definitivamente ela tinha um corpo enlouquecedor. Talvez devesse terminar com Pansy e iniciar um caso com ela... Com certeza aumentaria sua fama. Sua atenção nas curvas da Profetisa logo se desviou, quando o Lord se impacientou com sua falta de atenção e mandou-lhe um Cruciatus.
Draco fez uma careta ao vê-la agonizando e gritando numa parte rasa da banheira, até o Lord achar a punição suficiente.
- Se fosse um traidor já teria lhe matado! – Ele disse, ao terminar o feitiço. – Ajude-a Draco. Creio que não pode se levantar.
Ele se adiantou, e entrou na banheira. Por sorte a parte que ela estava era rasa o bastante para não molhá-lo muito. Ele levantou-a no colo, aproveitando para passar-lhe a mão. Não era todo dia que tinha uma profetisa nua em seu colo!
- Deixe-me seu nojento! – Ela começou a espernear, tentando se cobrir com as mãos, mas ainda gemia baixinho de dor, a cada movimento muito brusco que fazia.
- Às vezes eu me arrependo de tê-la raptado, Lord. – Ele comentou, já se irritando com a garota a lhe bater para largá-la.
- Confesso que ela seja irritante. Mas é um poço de informações precioso. – Ele disse, encaminhando-se para o quarto dela. – Coloque uma roupa qualquer na garota.
Draco pegou um vestido branco no armário, após deitar a garota na cama. Estendeu a roupa para ela, que pegou com violência e vestiu-se rapidamente, absolutamente vermelha.
- Perdão Lord. – Padma disse, com lágrimas nos olhos.
- Poupe-me de seus sentimentalismos. Seja apenas mais atenta, pois a partir de agora será dessa forma que eu chegarei. – Ele disse, friamente. – Diga- me mais uma vez. O que sabe sobre Draco?
- Simples. – Ela começou, abraçando seus joelhos, enquanto Draco sentava-se ao seu lado, na cama. – Muitos comensais o invejam, querem matá-lo. Muitas pessoas do lado Branco descobriram que ele é Comensal, que me raptou e que ele matou os pais da garota. Querem matá-lo também. Ele tem inimigos nos dois lados, e que o odeiam muito. As coisas estão ficando muito perigosas.
- O que mais me enraivece, Draco, é que o poder dessa vagabunda não se estende aos nomes, às pessoas! Se ao menos pudéssemos saber quem são... – Disse Voldemort, voltando à sua sala.
- Não me preocupo tanto com isso Lord. – Disse Draco, sem emoção. – Inimigos não me faltam. Se eu souber restringir bem quais são os amigos, poderei dificultar o trabalho dos inimigos.
O Lord começou a falar, mas um abrir de portas desesperado chamou sua atenção. Bellatrix entrou exasperada.
- Emergência, meu Lord! Emergência! – Ela disse rapidamente, praticamente cuspindo as palavras.
- Conversaremos mais sobre isso depois. – Ele disse a Draco, que entendeu a mensagem. Saiu rapidamente do salão, fechando a porta, deixando os dois a sós.
bBut my dreams they aren't as empty/b
Mas meus sonhos não são vazios
bas my conscience seems to be/b
Como meu consciente parece ser I have hours, only lonely
Eu tenho horas, sozinho"/i
Logo voltou a Hogwarts. Olhando no relógio pôde ver que esteve uma hora fora. Ele suspirou. Ainda não perdera sua manhã de sábado... poderia ir para Hogsmeade, mas por enquanto apagou a idéia de sua cabeça. Primeiro ele organizar as idéias. Sozinho.
Ele subiu até a torre da astronomia, e lá ficou, absolutamente concentrado. Ele se escondia atrás de uma máscara de maldade e frieza. Porém, isso fazia dele uma pessoa amarga, triste e sozinha. Ninguém o conhecia verdadeiramente, ele não deixava que o conhecessem verdadeiramente. Mas atrás dessa máscara ele tinha sonhos. Um sonho especial, que NINGUÉM jamais advinharia: derrotar Voldemort. E não importava o que ele teria de fazer para isso, o quão cruel ele poderia ser para fazer isso.
Para isso ele criou essa máscara, de melhor Comensal, de malvado. Ele era bonito, rico, monitor e popular. O que mais queriam dele? Ele era simplesmente o sonserino perfeito. Convincente, auto-suficiente, manipulador, fez todos sempre acreditarem que ele era realmente a máscara que criou.
Seu plano de assassinar Voldemort deveria estar no fim, mas com a previsão da Profetisa, tudo mudava. Descobriram que fora ele que matou os pais da inamoradinha do Potter/i, e agora ele estava perdido. Anos e anos de esforço poderiam ser jogados pelo ralo. Se Potter não acreditasse em seu desejo matar Voldemort, seu plano estava arruinado. E ele não acreditaria. Somente ele e Potter juntos poderiam matar o Lord.
Aliás, a sorte que a Profetisa não descobria seus planos era porque eles eram os mais secretos que existiam. Para descobri-los, teriam que passar por inúmeros feitiços poderosos e ter uma linha de raciocínio muito específica.
Seria esse seu pagamento? Ele sabia que os meios que ele utilizava para vencer o Lord não eram os mais louváveis possíveis. Ele podia ter se aliado a Dumbledore, e jamais teria precisado matar os pais da inamoradinha do Potter/i, jamais teria precisado matar os pais daquela garota que mais admirava em todo o mundo, jamais teria precisado vê-la sofrer. Ele foi realmente cruel ao matar os pais da garota. Ela não merecia tanto sofrimento, tanta perseguição! Ele se culpara eternamente por isso, e chorara, chorara rios quando viu seu desespero. Fora por isso que ele se ausentara do salão: porque não conseguiria conter as lágrimas, ao contrário do q disse ao Lord.
Draco respirou fundo. Ele teria que encarar: ele fizera o plano, e agora o executaria, por mais difícil e sacrificante que pudesse ser. Não adiantava ficar se lamentando, ficar com aquela auto-piedade que ele tanto odiava (Por que, raios, ele não podia ser tão nobre quanto o Potter?). Se ele não era herói o suficiente para matar Voldemort sem sacrificar inocentes, pelo menos ele era guerreiro para fazer tudo sozinho. Sim, ele sacrificara inocentes, e orgulhava-se disso, porque, com os planos que a Ordem tinha, eles jamais derrotariam Voldemort. Eles eram puros demais para isso.
Draco sorriu orgulhoso. Sim... ele estava fazendo tudo certo! Uma euforia tomou conta de si, e ele saiu correndo pelos corredores, com um belíssimo sorriso no rosto. Eles eram puros demais! Ele estava certo! Ele conseguiria! Ele sabia que conseguiria!
