N/A: Kirina-Li, brigadinha pela crítica. Como eu já avisei na outra fic essas são as primeiras que eu escrevi e estavam realmente precisando de alguma arrumações. Resolvi o problema dos gêmeos no capítulo anterior, fazendo com que a idéia não partisse deles. Dá uma olhadinha lá depois. Para quem não quiser ler, só é preciso saber que foi a Mione que teve a idéia e ela "convenceu" os gêmeos e o Rony a levarem isso adiante.

Kirina-Li, brigadinha pelo carinho, viu? XD E não se preocupe que os hormônios do Harry só começam a "funcionar" mesmo mais para frente.

Miaka: brigadão para você também pela review... O Harry foi muito ciumento mesmo. Beijão para você!

Capítulo Quatro

A Ordem

Quando se separaram, Harry falou:

- Eu também senti saudades, Gi... Eu fui um idiota por ter agido daquela maneira, por favor, me desculpe...

- Como eu posso negar algo a você, Harry?- disse ela em resposta- E além do mais, eu não conseguiria ficar mais tempo longe de você, dos seus beijos.

- Ah, é?- ele disse divertido com a situação.- Mas eu ainda não matei a saudade de você e dos seus beijos direito...

Ele roçou os lábios de leve nos dela, provocando-a. Depois começou a beijar seu pescoço. Gina estremeceu. E ele, percebendo a reação que causara nela, abriu um sorriso.

- Sabia que você tem um sorriso lindo?- sussurrou ela em seu ouvido.

- Não mais lindo que o seu! Ah, Gina... eu te amo muito, sabia?

- Sabia. E eu também te amo muito- ela deu um beijo no rosto dele.- Muito, muito, muito...- e continuou beijando-o.

Ele a abraçou pela cintura e retribuiu aos beijos.


- Será que está dando certo?- perguntou Hermione mordendo o lábio inferior preocupada.

- Eu não sei... eles estão muito quietos- disse Rony ficando preocupado.

- Eu vou entrar lá agora- murmurou Fred se adiantando, mas Hermione o segurou pelo braço.

- Experimente e eu faço do resto da sua vida um inferno!- Hermione ameaçou mais do que irritada por estar ouvindo reclamações dos três em seu ouvido durante a última meia hora.- Primeiro eu tenho que ter certeza do que eles estão conversando- ele apurou os ouvidos.


- Posso te fazer uma pergunta?- perguntou Harry cauteloso.

- Acho que você já fez!- brincou Gina e Harry deu risada. Ela ficou séria e respondeu:

- Fale!

- O que foi que você conversou com ele?

- Eu perguntei como ele passou as férias, o que ele fez. Nada de mais. Por quê?

- Não, nada. Curiosidade.

Ela olhou para ele desconfiada se era realmente isso. Ele sorriu para ela, que falou em seguida:

- Sabe que tem uma coisa boa neste seu ciúme? É, assim eu sei que você realmente gosta de mim...

- E você duvidou disso em algum momento?- perguntou ele sério.

- Não, Harry, o que é isso. É só que... ah, eu me sinto mais segura, não sei- ela se enrolou com as palavras e desviou o olhar sem graça.

Harry segurou a ponta do queixo dela e o ergueu fazendo-a encará-lo. Ele olhou sério para ela e disse:

- Eu te amo, Gi. E nunca cheguei a gostar de mais ninguém com essa intensidade. Não tenha dúvidas disso.

Ela sorriu para ele.

- Vamos fazer o seguinte: daqui para frente a gente não esconde mais nada um do outro; nenhum segredo, nenhum sentimento... assim nós nos entenderemos melhor.

- Está certo Gi. Eu prometo que daqui em diante será assim.

Ela o abraçou.

- Obrigada, Harry. Obrigada por me amar, por corresponder ao que sinto por você, por me fazer feliz.

- Eu que tenho que te agradecer, Gina. Você me completa, sabia?

- Então estamos quites!

Eles se encaram e se beijaram apaixonadamente.


- Eu ouvi a Gina dizendo obrigada!- Hermione exclamou levando uma mão ao peito.- Deve ter dado certo!

- Pois dando ou não eu vou entrar agora!- disse Jorge tirando a varinha do bolso e apontando para a porta.

Ele a abriu e pôde ver os dois se beijando. Rony ficou vermelho e os gêmeos se adiantaram.

- Já deu para se entender, não é?- disse Fred se aproximando e afastando os dois enquanto Jorge buscava algum vestígio de que Harry havia aprontado alguma coisa.

- Pois é... Acho que esse plano maluco de vocês acabou dando certo- Gina sorriu e enlaçou a sua na de Harry.

- Ahn, sim. Você se entenderam a quanto tempo?- perguntou Rony desconfiado e Hermione deu um pisão em seu pé.

- Nós acabamos de nos entender- murmurou Gina sem entender.- Na verdade a gente conversou faz um tempo mas só agora é que está realmente tudo certo.

- Ahn...- Fred balançou a cabeça como quem não quer nada.- Então vocês se entenderam e se beijaram agora? Foi só?

- Foi, Fred, eu já disse- Gina o olhou confusa.

- Está bem, está bem- Hermione interrompeu.- Que bom que vocês se entenderam. Eu não queria ter me metido desse jeito mas pelo visto a base da conversa não estava funcionando- ela olhou um pouco irritada para os dois.- Bem, já que está tudo certo vamos dormir, eu estou morrendo de sono...- ela conteve mais um bocejo.

- O que é que está acontecendo aqui?- a Sra. Weasley apareceu sonolenta na porta com um roupão branco por cima da camisola e uma pantufa nos pés.

- Nada mãe...- respondeu Gina ainda de mãos dadas com Harry.

E Molly percebeu isso quando olhou para os dois. Ela sorriu:

- Vocês voltaram as pazes?

- Graças a eles!- disse Harry apontando para os gêmeos, Rony e Hermione.

- Como?

- Amanhã a gente te explica, mamãe- Gina bocejou.- Como a Mione eu estou morrendo de sono...

- Tem razão, está tarde! Vamos, todos para a cama!- Molly deu meia volta e voltou para seu quarto, provavelmente cansada demais para averiguar se eles cumpririam suas ordens.

- Boa noite para vocês!- Gina disse aos irmãos e Hermione, voltando-se depois para o namorado.- Boa noite, Harry- ela o beijou rapidamente.- Eu te amo- completou sussurando em seu ouvido e foi para seu quarto.

Harry disse boa noite ao outros e foi para o quarto de Rony.

- Viu só?- Hermione abriu um sorriso estranho olhando para os três que restaram. Esperara pacientemente que ficassem sozinhos para se vingar. Seus lábios se distanciavam de tal forma que os dentes cerrados ficavam muito bem à mostra.- E então? Aconteceu alguma besteira? O Harry fez algo que não devia?- e se calou esperando uma resposta.

Os ruivos não queriam responder. Rony virou a cabeça para não olhar diretamente nos olhos de Hermione e levar uma bronca particular. Hermione esperou pacientemente por um longo tempo, o sorriso vitorioso na boca.

- Não!- respondeu finalmente por eles. Fred ia protestar mas ela foi mais rápida.- E eu não quero saber se poderia mesmo ter acontecido!- Fred recuou um pouco, desistindo.- Os dois se entenderam, não é? Que ótimo. Está tudo certo! Exatamente como queríamos que ficasse...- os gêmeos podiam jurar que estavam olhando para McGonagall ali.- Boa noite- acabou finalmente.

Ela dirigiu-se ao quarto de Gina e deitou-se desejando boa noite à amiga, mas ela já havia dormido...

"- Adivinhe quem é!- disse o menino cobrindo os olhos da ruiva com as mãos.

- Harry!

Ela se virou e sorriu para ele.

- Eu estava te procurando há um tempão! Aonde é que o sr. esteve?

- Eu estava procurando isto!- ele tirou uma pequena caixinha do bolso.

- O que é...- ela parou de falar quando ele a abriu e arregalou os olhos.- Meu Deus, Harry! Isso é um...

- Anel de compromisso- ele completou fazendo-a sorrir.

- Ah, Harry, eu adorei... é lindo!

Ele colocou o anel nela e a beijou.

- Eu te amo, Gi."

Um grito. Gina acordou assustada. A primeira coisa que veio em sua mente foi... Harry.

Gina correu para o quarto de Rony, onde Harry estava dormindo. Hermione a seguiu.

- Harry?- Gina entrou escancarando a porta.

O menino apertava a mão contra a cicatriz e suava muito. Rony estava ao seu lado sem saber o que fazer.

Logo, os outros Weasley estavam no quarto também, acordados pelo barulho.

Gina correu até onde Harry e Rony estavam e perguntou o que havia acontecido.

- Ele teve um pesadelo- respondeu seu irmão ainda olhando para o amigo.

- Você está melhor, Harry?- perguntou Hermione um tempo depois quando ele tinha se acalmado.

- Estou- se limitou a dizer.

Gina olhou de Harry para Hermione e Rony. Eles não pareciam estar assustados com o que acabara de acontecer como ela, estavam apenas preocupados. Era como se aquilo já tivesse acontecido várias vezes antes, como se fosse comum...

A menina voltou a olhar para Harry que pareceu entender o que ela pensava pois pediu licença aos outros para falar com Gina e os dois foram para a sala. Dessa ninguém contestou devido as circunstâncias.


- Sente-se, é uma longa história e eu prometi que não te esconderia mais nada.

- Harry, se você não estiver pronto eu...

- Não. Tudo bem... Você iria acabar descobrindo mais cedo ou mais tarde. Mas me prometa que você não irá contar isso a mais ninguém. Eu não poderia estar te contando isso, portanto é muito importante que você não...

- Ok! Eu não conto, prometo.

- Está bem...- ele suspirou.- Eu vou tentar ser rápido, mas objetivo...

Ela balançou a cabeça em sinal positivo e chegou mais perto dele.

- Ano passado eu tive vários pesadelos como este que tive agora...

- Era com... Voldemort?- ela engoliu seco.

- Sim, era. É.

- E... o que acontece nestes pesadelos?

Harry olhou profundamente nos olhos dela. Ele sabia que as recordações que Gina tinha de Voldemort não eram nada boas e que estava sendo extremamente difícil para ela lidar com isso.

- Pode me contar, Harry.

"É, ela é realmente uma grifinória..." pensou ele dando um sorriso gentil.

- Ele fala com Nagine, a cobra dele, ou Rabicho, ou...- ele hesitou. Aquilo não seria muito agradável para Gina mas achou melhor contar tudo.- Ou com Lúcio Malfoy.

Ela pareceu pensar por instantes. Draco era seu amigo e ela tinha medo que ele seguisse o mesmo caminho do pai. E só de ouvir o nome daquele homem, ela já tinha calafrios... O que levava alguém a ser assim? É, com certeza essa era uma pergunta que Gina não saberia responder... e não entenderia sua resposta nunca, fosse qual fosse.

- Continue, Harry, continue...

- E raramente estava com outros comensais. Ele sempre falava que precisava de um plano, de mais aliados...

- Falava?

- Sim. Porque depois de um tempo ele tramou um...- Gina ficou pálida- Você está bem?- perguntou com preocupação.

Ela suspirou e fez um gesto para ele continuar.

- Eu não sei qual é; ele nunca chegou a falar nada que desse alguma pista. Voldemort sabe que de vez em quando eu tenho esses pesadelos e tem medo de que eu descubra alguma coisa. Mesmo assim, eu resolvi contar ao professor Dumbledore. Ele já sabia. O professor conversou comigo e disse que eu já era suficientemente grande para saber de uma coisa...

Ele parou de falar e analisou a expressão dela. Gina estava atenta a tudo o que ele dizia, mas parecia temerosa com o que viria a seguir.

Harry continuou:

- Ele me contou que existe uma espécie de ordem, da qual meus pais fizeram parte. Seu nome é Ordem Da Fênix. Ela é constituída por bruxos e bruxas que se unem para combater o mundo mágico contra a arte das trevas. E o professor disse que eu já tinha maturidade o suficiente para poder fazer a minha escolha de se eu entrava para ela ou se achava que não estava pronto ainda. E é claro que eu quis ajudar.

- E quem faz parte desta ordem além de você?

- O próprio Dumbledore, alguns dos professores de Hogwarts e alguns funcionários do ministério, Mundongo Fletcher, Alastor Moody, aurores.

- Então vocês formam uma ordem independente do ministério e nem o Voldemort, nem os comensais dele, sabem da existência dela?

- Sim. Bem, na verdade eles sabem que há alguma coisa organizada, mas não o que. Por isso deve ser mantida em segredo.

- Rony e Hermione já sabiam então a julgar pela reação deles...

- Sim, quando se tem pessoas tão chegadas a você é difícil esconder algo... e é por isso que eu estou te contando agora.

Ela suspirou:

- E como foi o pesadelo de hoje?

Harry estremeceu ao lembrar dele:

- Voldemort estava com Rabicho, Lúcio Malfoy e mais alguns comensais. Ele dizia que seu plano estava caminhando para o sucesso e que dessa vez daria certo. Mencionou algo como usar meu ponto fraco para alguma coisa... Mas eu não consegui prestar mais atenção porque minha cicatriz começou a arder e eu acordei.

Gina estava atenta ao que ele dizia. No fundo, ela não queria acreditar naquilo... Queria poder acordar e ver que tudo não passara de um pesadelo. Mas não. Ela sabia que era real e que faria de tudo para ajudar Harry no que fosse preciso. E Gina ainda tinha tantas perguntas... Mas sabia que teria tempo de esclarecê-las mais tarde.

- Eu estarei ao seu lado, Harry. Para o que for preciso.

Ele a abraçou e a beijou em seguida, acariciando seus cabelos. Ficaram por algum tempo assim e depois se despediram, indo dormir em seus respectivos quartos.