Era a primeira vez que o rapaz via Bellatrix depois da morte de Sirius.
- Oh, olá Harry – disse a comensal cinicamente – com muitas saudades de seu padrinho querido?
Harry só lhe lançou o seu mais raivoso olhar.
- Como conseguiu entrar aqui? – disse Dumbledore se levantando de sua poltrona.
- Alvo Dumbledore – disse ela calmamente – esta escola está em ruínas e não é mais segura. Alias, muito esperto, vocês aurores vierem para cá. Quando os vi em Azkaban sabia que me trariam a sede desse grupinho ridículo. Há! Meu Lord ficará muito contente comigo por ter descoberto algo sobre a principal das Três Jóias Sagradas. E é muito interessante descobrir que Malfoy é um dos guardiões. Realmente, muito interessante.
Malfoy olhou Bellatrix e depois olhou as paredes atrás dela: - Ela não está sozinha. – disse baixo. Gina o olhou e depois olhou Bellatrix.
- E você garota, é a tal Escolhida. – ela olhou para Gina - Pois bem ruivinha, você vem comigo.
- Pensa que conseguirá sair daqui facilmente Bellatrix? – perguntou Harry flutuando até seu encontro.
- Garoto idiota, se o Lord das Trevas está mais forte, seus comensais também estão.
Bellatrix arrancou a roupa de auror que vestia, revelando o manto negro dos seguidores de Voldemort. Vários aurores que estavam próximos a ela tentaram ataca-la, mas com um poder estrondoso, ela jogou os aurores ao chão. Somente com as mãos, ela brincava com os corpos dos aurores dominados, fazendo-os girar no ar.
Sidra fez sinal para Gina e Draco descerem até o chão. Gina obedeceu. Draco ainda olhava as paredes em ruínas atrás da comensal, mas logo desceu ao chão também.
Harry com sua grande velocidade empurrou Bellatrix na parede, segurou- a pelo pescoço e apontou sua varinha para o meio dos olhos dela.
- Não aponte isso pra mim garoto. – disse ela séria.
- Há muito tempo espero por isso Bellatrix.
Nesse momento vários comensais apareceram das paredes em ruínas. Lançaram um feitiço em Harry que foi parar do outro lado do Salão.
A partir deste momento, começou uma batalha dentro da sede da Ordem. Comensais e aurores se enfrentavam bruscamente. Os seguidores de Voldemort, incrivelmente, estavam mais fortes. Era necessário três aurores para cada comensal. Dumbledore, com uma incrível agilidade para sua idade, lançava feitiços um atrás do outro e desviava-se dos golpes dos comensais ao mesmo tempo. Harry só pensava em derrotar Bellatrix. Ela pulava de uma poltrona a outra até que alcançou o chão. Parecendo não ligar muito para a ira de Harry atrás dela, se direcionou para Gina.
Sidra lhe lançou um feitiço antes que alcançasse Gina. Bellatrix recebeu o golpe surpresa e só parou quando bateu violentamente na parede.
- Vocês têm que sair daqui depressa... – disse Sidra. – Vão até a floresta proibida, e caminhem até as árvores gigantescas. Quando chegarem lá, assobiem 3 vezes e esperem. Quando escutarem outro assobio em resposta, chamem por Cilidrin, digam que eu os mandei chamá-lo, ele os levará até uma aldeia no coração da floresta. É lá que esta uma das passagens para o Vale de Pirella.
Subitamente os três que cochichavam em um canto do salão foram surpreendidos por um clarão lançado pela varinha de Bellatrix.
- Gina!! – Harry gritou ao ver o corpo de sua namorada sendo lançado pelo ar. Voltou a duelar com a comensal quando viu que Gina estava se levantando.
Sidra estando sozinha com Draco o puxou pela roupa a o trouxe para perto de si.
- Draco, eu sei que você já vez a sua escolha. Você é o único que pode proteger Virginia, ela não vai conseguir sem a sua ajuda. O futuro depende de vocês dois. Agora vão, depressa.
Sidra o empurrou para protege-lo de um feitiço que vinha em direção dos dois. Draco olhava Harry duelando com Bellatrix e depois viu Dumbledore lutando com dois comensais ao mesmo tempo. Olhou pra Gina que se levantava novamente e correu em sua direção. Tentava ao máximo se proteger dos feitiços perdidos, até que chegou até Gina e a segurou firmemente pelo braço a saiu com ela correndo pelo salão principal.
Os dois corriam o mais rápido que podiam. Draco sempre à frente ainda segurava o braço de Virginia. Na saída para o jardim da ex-escola, haviam mais comensais parados a porta.
- Posso saber aonde pensam que vão com tanta pressa? - perguntou um dos comensais.
Draco se deu conta que não tinha nenhum meio de se defender, não tinha nenhuma arma e nem uma varinha. Decidiu apelar para seu sobrenome, quem sabe isso ainda influenciaria em alguma coisa.
- Você sabe quem eu sou, comensal?
- Sim, é claro que eu sei. Você é um assassino como nós e seu pai. O seu lugar não é com eles.
Draco ainda segurando Gina pelo braço recuou um pouco quando os comensais avançavam pra cima deles. Como um instinto de defesa, Draco com a mão livre deu um soco tão forte em um dos comensais, que este foi parar a metros de distante. O rapaz ficou tão surpreso com a força de seu próprio golpe quanto o comensal.
O outro comensal já se preparava para atacar quando Hagrid apareceu. Com um tremendo golpe de machado, o comensal foi parar tão longe quanto o primeiro.
- Vão, rápido. Deixem que eu cuido deles.
Draco olhou Hagrid sem dizer nenhuma palavra, e depois, continuou a correr. Gina ainda desnorteada olhou pra trás e só pode ver vários comensais atacando violentamente Hagrid. Sentiu-se enjoada e zonza e só continuou correndo porque Draco continuava puxando-a pelo braço. Correram floresta adentro. Draco não sabia ao certo para onde estava indo mas continuou em frente. Ele subitamente só parou por sentir que Gina havia perdido o equilíbrio e desmaiado.

Gina abriu os olhos lentamente. Sua cabeça doía e começava a sentir frio. Suas finas roupas claras que simbolizavam que ela cuidava de feridos, não a aqueciam mais. Apesar da escuridão, a luz da lua iluminava ao seu redor. Só conseguiu enxergar as sombras das árvores. Levantou bruscamente e disse: - Onde estou??
- Na floresta proibida.
Gina buscou enxergar através da escuridão o dono daquela voz. Foi ai que começou a se lembrar da saída de Hogwarts em direção a floresta.
- Malfoy...
Draco estava sentado um pouco distante de Gina, encostado em uma rocha.
- Você precisava fazer um regime, heim... Meus ombros estão todos doloridos por ter tido que carregar você até aqui.
Gina levantou parecendo ofendida com o que Malfoy havia dito.
- Eu não estou gorda, você que é fraco demais... e o que estamos fazendo aqui? – disse ela mudando de assunto.
- A velhota disse que é por aqui a passagem para o tal vale... – Draco se levanta e começa a olhar ao redor – Eu só não sei se estamos no lugar certo.
- Por que será que eu não fico surpresa com isso? – disse Gina ainda ofendida sobre o assunto do regime.
- Oh gordinha, fica quieta e vamos tentar encontrar as tal árvores gigantescas... – disse ele, voltando a caminhar.
- Ah... Ah... estúpido.. – foi a única coisa que ela conseguiu dizer antes de segui-lo.

Caminharam por aproximadamente 30 minutos. A lua já não iluminava o caminho dos jovens. Estava difícil de enxergar e o frio só aumentava.
- Não podemos continuar desse jeito, quase não dá pra ver nada. – disse Gina encostando-se a um tronco de árvore.
- E o que você sugere, que fiquemos aqui e esperamos o sol iluminar o nosso caminho? – o rapaz já mostrava um certo cansaço por andar sem rumo. Apesar disso, não gostava nem um pouco da idéia de ficar parado ali, no meio do nada.
- Claro que não, mas também não dá pra continuar nessa escuridão.
- Escuridão... realmente você não conhece a verdadeira escuridão... – disse ele mais para si do que para a garota.
- Precisamos de luz... espere!! Tive uma idéia! – Gina se agacha e começa a espelhar as folhagens secas no chão.
- O que você está fazendo?
- Isso deve servir. – Gina apanha uma pedra comprida e pontiaguda. Ela se aproxima de uma árvore e começa a descasca-la. – Deve ter um por aqui em algum lugar... tem que ter...
Subitamente, na calada da noite, um ruído estranho veio de uns arbustos que havia perto deles.
- O que foi isso? – perguntou Draco olhando ao seu redor.
O som parecia correr de um lado para o outro. Seja lá o que fosse, se movia rapidamente.
- Não querendo interromper a sua brincadeira com esta árvore, mas aqui já está ficando perigoso e acho que devemos continuar a ...
De repente, do buraco que Gina fez no casco da árvore, uma bolinha de luz sai voando. Parecia com o pomo de ouro de um jogo de Quadribol. Ela brilhava tanto que iluminava em um raio de cinco metros. A garota conseguiu pegar a "coisinha" voadora com muita rapidez.
- Mas afinal, o que é isso? – Draco se aproximou da garota para olhar melhor a tal bolinha.
- É um LuzFly... Hagrid já comentou muito sobre eles. Por incrível que pareça eles adoram escuridão, por isso se escondem nos troncos das árvores. Só lembrei de uma dessas aulas e arrisquei...
Draco olhou para a garota impressionado. Mas não queria demonstrar isso a ela.
- Pelo menos aquelas aulas chatas daquele professor mala teria utilidade algum dia.
Ouviram novamente o barulho vindo da mata escura. Resolveram continuar e procurar algum lugar menos perigoso (se fosse possível) para descansar. Esperariam até amanhecer para continuar a busca.
Quanto mais andavam, mais não sabiam onde estavam. O som havia desaparecido. Só se ouvia o barulho do vento batendo nas altas árvores.
- Deve ser por aqui. – disse Draco parando e olhando para o alto. – Nem dá para ver o céu e muito menos onde essas árvores terminam. Vou tentar...
Draco assobiou o mais alto que pôde. Assobiou três vezes como Sidra havia dito. Nada aconteceu.
- Pra que esta assobiando? – perguntou Gina.
Draco não respondeu e assobiou mais uma vez, mais alto e mais demorado. Depois do terceiro assobio, ouviu alguém o responde com um outro assobio.
- Cilidrin, atenda ao meu chamado. Sidra nos enviou. Precisamos de sua ajuda.
Gina não sabia do que se tratava, mas achou interessante a confiança e a coragem com que ele falava.
Entre as árvores se podia ouvir o som de asas batendo velozmente. Estava se aproximando, parecia algo grande. Draco se afastou e se posicionou um pouco mais à frente de Gina. O pouso da "coisa" foi suave mas suas asas ainda fabricaram muito vento pra cima dos dois jovens.
- Ilumine-o . – disse Draco baixinho pra Gina.
A garota estendeu o seu braço com o LuzFly entre seus dedos. A luz produzida pelo pequeno animal foi o suficiente para enxergar a figura que estava na frente deles. Gina andou mais pra perto pra ter certeza do que via.
- Mas isso é um... morcego.

N/A: É galera, mais um capitulo. Sabia que cada vez mais eu mesma fico impressionada com esta estória? Ai... ai... Quero mandar um "oi, tudo bom" para as pessoas que comentaram esta fic. Valeu pessoal e continuem lendo e comentando, certo... Para o próximo capitulo, só vou adiantar o título: "A cidade dos vampiros".