N/A: O capitulo eu dedico para todos que me mandaram comentários e especialmente para a Tatá, por odiar o personagem que vai aparecer no capitulo hehehehehe. Um beijo! Desculpem-me se tiver erros, pois eu estou sem beta!

Capitulo 4

O TODO PODEROSO.

            Os raios de sol que entravam pela a janela do meu quarto anunciavam mais um dia. Uma segunda-feira, ou melhor, mais uma segunda-feira. Um dia que eu teria que agüentar a chata da Nadina me dando ordens e me humilhando na frente de todos. Eu era muito boba por deixar aquela gorda me tratar daquele jeito.

         Nadina Fitt era da minha altura, no entanto andava sempre empinada parecendo  que era mais alta. Seus olhos eram grandes e pretos, e botavam medo em qualquer um que a encarasse. Sempre com o cabelo preso em um coque, ela passeava pela revista.    Levantei-me da cama. A preguiça era sempre maior na segunda-feira e depois da noticia que Harry estaria voltando, eu estava mais desanimada do que nunca.

         Tomei um bom banho quente, preparei o café e fui me trocar. Abri o guarda-roupa, comecei a remexer as roupas, procurar algo descente para vesti. Foi então que me bateu um desespero, eu não tinha nada! Minhas melhores roupas estavam sujas e eu não tinha tempo de fazer um feitiço para limpá-las. Revirei gavetas e gavetas, então achei uma saia preta que eu havia esquecido que  existia. Coloquei uma blusa branca que combinava com a saia e sai em disparada para o trabalho.

         Eu estava atrasada e como o prédio da revista ficava no mundo trouxa, eu não podia usar nenhum tipo de magia para chegar ate lá. Então andei o mais rápido que pude. A saia subia a cada passo que eu dava, impossibilitando que eu andasse mais rápido.

         Cheguei no prédio da revista e subi direto sem falar com o Zé. Entrei na redação ofegante e cinco minutos atrasada, fiz o possível para não ser notada.Eu nem precisei fazer esforço para isso, pois todos da redação estavam entretidos com outra coisa. Eles cochichavam entre si e olhavam para a sala do Sr Bell Fox.

         A sala era grande e suas paredes eram transparentes, tornando possível ver tudo o que se fazia lá dentro. assim, ele podia ficar de olho em cada um dos seus subordinados, não deixando escapar nada. Sempre nos observava sentado em sua confortável poltrona na frente da enorme mesa de marfim, rodeado de fumaça do seu charuto fedido.

         Olhei para a sala, foi então que percebi o motivo para tanta algazarra.

         Nadina estava lá, em pé em frente à mesa do Sr Bell Fox. " Ah não, meu maior medo se concretizou, ela virou a chefe da revista" pensei apavorada. Fui para a minha mesa e comecei a me lamentar. Sentei com os cotovelos apoiados sobre a mesa e escondendo o rosto com as mãos. Eu ainda tentava me recuperar do choque de ver Nadina na chefia.

         Respirei fundo e voltei a olhar para sala, queria ter certeza do que havia visto.

          E realmente Nadina estava na sala "de cristal" como eu havia apelidado. Mas não estava sozinha. Alguém estava com ela, entretanto não dava para ver quem, pois a poltrona estava de costa para mim. Foi então que Nadina se afastou e a poltrona virou fazendo com que a figura de um homem aparecesse.

           Na poltrona um homem estava sentado. Um homem com traços marcantes e um par de olhos cinzas que transmitia um calor impetuoso. Sua  boca era bem desenhava e carnuda. Passou as mãos sobre seus cabelos louros prateado, ajeitando-os. Forte e implacável, ele colocou as pernas sobre a mesa, disse algo para Nadina fazendo com que ela se retirasse da sala, se espreguiçou e sorriu.

         Um sorriso sexy, charmoso...

         Um medo descontrolado tomou conta de mim, como eu não o reconheci antes? Era ele! Comecei a imaginar as coisas humilhantes que ele haveria de me falar. O medo se tornou maior dentro de mim ao ver que ele estava saindo de sua sala. Encontrou com Nadina na porta e ambos passeavam devagar por cada mesa. Ele observava tudo com aqueles olhos e com seu jeito arrogante. Então tudo em minha volta estremeceu quando percebi que eles estavam vindo em minha direção.

         Olhei em volta procurando desesperadamente um jeito de escapar, então me vi em um beco sem saída. O meu desespero era tanto que dava para eu sentir minhas veias saltando e escutar as pulsações do meu coração.

         Por impulso escorreguei para debaixo da mesa. Encolhida e tremendo eu rezava, apelava para todos os tipos de santos e magos para não ser descoberta. Eu não queria que ele me visse, sem antes ensaiar algo para dizer. Não queria ser humilhada.

         Meu esforço foi em vão. Escutei os sapatos de Nadina se encaminhando para a minha mesa.Os passos cessaram. Nadina estava parada em frente a minha mesa e eu suspeitava de que ela não estava sozinha.

         O silencio tomou conta dos meus ouvidos, nem o meu coração eu conseguia escutar. Prendi a respiração na esperança de que eles não me descobrissem e fossem embora, mas...

         Duas batidas na minha mesa anunciavam de que eles haviam me descoberto. E a voz desagradável de Nadina pode ser ouvida:

         - Srta Weasley, poderia fazer o favor de sair debaixo da mesa?

         Senti um aperto forte no coração como se uma mão o esmagasse. Um suadouro tomou conta do meu corpo junto com um medo fantasmagórico. Fiz um impulso para me levantar, e sem o total controle das minhas pernas eu bati a cabeça na parte debaixo da mesa, fazendo o tinteiro que estava em cima dela virar e derrubar tinta no meu cabelo. E como as pernas totalmente bambas me levantei. Meu cabelo deixou de ser vermelho púrpura  e ficou cheio de manchas pretas.

         Fiquei de pé totalmente sem ação diante Nadina e o homem que se encontrava ao seu lado. Ele estava irredutível com os braços cruzados e com seu olhar de desprezo absoluto.

         Segundos se passaram sem ser pronunciada uma só palavra. Foram segundos intermináveis. Uma enorme vontade de sair correndo e nunca mais aparecer tomou conta de mim, eu teria feito isso se Nadina não tivesse puxado assunto.

         - Srta Weasley esse aqui é o Sr Malfoy novo chefe da revista. – disse ela toda orgulhosa, como se tivesse anunciado o Primeiro Ministro da Inglaterra.

         - Ol

         Estendi o braço para um singelo aperto de mão.

         O homem não se moveu ficou olhando para o meu braço estendido e deu as costas. Nadina o seguiu.

         Não soube descrever o que eu estava sentindo era um misto de ódio, alívio e tristeza. Desabei na cadeira com a minha cabeça dilatando. Ainda não estava acreditando no que acabara de acontecer. DRACO MALFOY, CHEFE!!!

         Instantes depois, Nadina saiu de sua sala e me chamou:

         - Srta Weasley, o Sr Malfoy está a sua espera.

         - Quê.. está falando comigo? – perguntei  meio tonta.

         Ela assentiu.

         - Já vou.

         - Agora! – disse voltando para sua sala e batendo a porta.

         Respirei fundo e fui em direção à sala do Todo Poderoso, Draco Malfoy. Meus passos estavam pesados, o caminho parecia uma eternidade. Cheguei em frente à sala pensei por um segundo em desistir, dei uma batida de leve na porta na esperança que ele não ouvisse. Demorou alguns minutos e ele não respondeu, estava dando as costas para ir embora então escutei uma voz firme:

         - Entre.

         Entrei e fiquei parada em frente à entrada.Ele estava de costas para mim.

         - Você vai ficar parada ai na porta. Mandei entrar – indagou.

         Fui em direção à cadeira para sentar, minhas pernas estavam tremendo e eu não conseguia enxergar nada, estava tudo embaçado eu estava prestes a desmaiar.

         - Mandei entrar e não sentar.- brigou ele.

         Fiquei paralisada diante dele.

         - Eu conheço você de algum lugar.- disse ele enquanto passeava pela sala.

         - Eu sou...

         - Deixe me pensar!- guinchou ele.- Cabelos vermelhos expressão vazia. – murmurava enquanto me rondava.- Claro você faz parte daquela família!

         Eu estava sem forças para dar a ele qualquer resposta. Continuei imóvel escutando-o sem encará-lo.

         - Você está diferente, Gina. Parece que todos esses anos não fizeram bem a você.- dizia ele com um enorme entusiasmo. – Onde você se formou?

         - Eu.. eu me formei...

         - Não interessa onde.- interrompeu. - Você sempre vai ser uma incompetente.

         - Você nem conhece o meu trabalho! – protestei finalmente.

         - E nem precisa, sua incompetência vem do sangue.

         Senti um frio em toda a minha espinha.

         - Não gosto de pessoas do seu tipo convivendo no mesmo ambiente que o meu.

         Ele parou diante de mim e pela primeira vez eu o encarei. Seus olhos transmitiam uma satisfação enorme e estava com um grande sorriso        

         - Está despedida!  

         - O quê? – perguntei com os olhos cheio de água.

         - Está despedida, estou mandando você embora... Fora!

         Ele voltou-se e sentou na sua enorme poltrona de couro e ficou me encarando.

         - Você não pode fazer isso! – protestei novamente.

         - Por não? Eu sou o chefe. – afirmou ele convencido.

         - Mas Draco...

         - SR MALFOY! – exclamou.

         Meu coração estava descontrolado e eu estava em fúria, pois nada do que eu fizesse ou falasse o faria mudar de idéia. O ódio dele por mim vinha de muito tempo. Acho que por mim não era tanto era mais pelos meus irmão. Ele sabia que a melhor forma de atingir os Weasleys era, atingir a caçula Weasley.

         Não agüentei e comecei a chorar, sai correndo da sala me xingando de tudo que era nome, pois eu estava com ódio de mim por não conseguir enfrentá-lo, cheguei na minha mesa, abri a minha gaveta e comecei a guardar as minhas coisas na bolsa.  Eu queria ir embora o mais rápido possível daquele lugar. Abaixei-me para pegar meu caderno de anotações e quando me levantei Malfoy estava parado diante a minha mesa, mais radiante do que nunca.

         - Eu estava  guardando as minhas coisas e...

         - Não precisa ir.- falou decidido

         - O quê?

         - Você é surda! – exclamou arrogante.

         Ele deu as costas, eu o segui. Coloquei as mãos em seu ombro, ele se virou e me encarou. Eu estremeci.

         - Por que fez isso? - perguntei mais calma.

         Ele não respondeu deu as costas e entrou em sua sala. Eu fiquei parada ali por alguns minutos reavaliando o que acabara de ocorrer. O que fizera Draco mudar de idéia?

         Depois que Draco Malfoy assumiu o comando da revista, a minha vida mudou por completo.

         Eu que antes era uma jornalista importante, passei a ser uma entregadora de pastas e secretária do Draco. Anotava tudo para ele, desde reuniões importantes até encontros amorosos. Ele fazia questão de gritar comigo e me humilhar, Nadina era uma santa em relação ao Draco. Eu estava preste a explodir, ter um colapso nervoso!

         Às vezes para fugir da agitação da revista e principalmente de Draco, eu descia até a portaria e conversava com o Zé. Ele sempre me ajudava, me colocando para cima, dizendo:

         - Ona Gina, Um dia o senor Malfoy vaí notar seu potencial!

         Eu nunca imaginei que ele poderia estar certo.

         No primeiro final de semana após a entrada de Draco na revista, eu estava quebrada. Dormi o sábado inteiro. No Domingo eu recebi a visita inesperada de um dos meus irmãos.Fazia tempo que eu não o via. Percy sempre foi o mais diferente da família. Sempre foi muito ambicioso. Ele estava quase alcançando seu objetivo, ser Ministro da Magia, só estava esperando o conselho votar. Ele tinha sua vitória certa, estava muito confiante. Confiante até de mais.

         Eu fiquei muito feliz com a visita dele, nós nos divertimos muito. Contei a ele sobre o meu novo chefe e a conversa andava bem, até o momento que em que ele perguntou:

         - Gina eu posso ficar aqui essa noite?

         - Como assim?

         - Dormi aqui. – falou sem graça.

         Parei o que estava fazendo no mesmo instante e ele me encarou, percebeu que eu não havia gostado, então disse desapontado:

         - Tudo bem, eu me arranjo.

         - O que aconteceu? E a sua mulher?- perguntei aflita enquanto sentava ao seu lado.

         - Eu e Penélope resolvemos nos separar. – murmurou ele.

         - Quê?

         Nesse momento alguém bateu na porta. Era a Line.

         - Aline?

         - Olá Gina, posso entrar?

         Aline entrou e sentou no sofá. No mesmo instante Percy apareceu na sala. Notei que Percy ficou extremamente pálido. Aline se levantou.

         - Percy essa é minha amiga Aline Lutz. Line esse é Percy.

         Ambos não se mexeram.

         - Vocês já se conheciam? – perguntei enquanto me sentava.

         - Só de vista. – disse Percy friamente. Aline continuou calada. Então resolvi puxar um assunto para quebrar aquela situação esquisita.

         - Quando você chegou da França Percy?

         - Faz uma semana. – respondeu secamente. – Mas eu estive na Espanha também. –  completou, mas calou-se no mesmo instante.

         - Nossa, que coincidência a Aline também esteve lá!– disse me voltando para Aline. Ela se ajeitou na cadeira.

         - Fui, me diverti muito! – disse Line finalmente.

         - E você Percy? – perguntou Line.

         - Eu fui a trabalho, não tive tempo de me divertir. – respondeu ele sem encara-lá.

         Aline se levantou foi até a cozinha, e voltou com um como de cerveja amanteigada. Algo nela estava me incomodando ela parecia meio agressiva - Quer? – ela ofereceu para Percy, que balançou a cabeça. Aline continuou em pé.

         -A Espanha é maravilhosa, eu nunca me diverti tanto como me diverti naquele país! As pessoas são simplesmente maravilhosas e o lugar é belíssimo!

         - Você está bem? – perguntei a Line

         - "tima!

         - Pena que você foi a trabalho, Per-cy. - Line falou quase como um sussurro ameaçador.

         Notei que Percy estava totalmente constrangido.

         - Vou tomar mais uma cerveja, quero comemorar!

         Aline voltou para cozinha.

         - Comemorar o quê? – perguntei

         - A minha liberdade. – respondeu ela voltando para sala e tomando um gole grande de cerveja. – Sabe aquele homem que eu conheci na Espanha?

         - Hã.

         - Me libertei dele, para mim ele é um nada, um Zé ninguém. Evaporou da minha cabeça.- Line estava irreconhecível quem estivesse falando com ela pela primeira vez, nunca imaginaria que ela era uma garota super doce e gentil, pensaria que ela fosse uma descontrolada. Acho que era isso que Percy estava pensando dela.

         - Bom eu vou embora. - disse Percy se levantando.

         - Mas você...

         Percy me deu um beijo no rosto e disse:

         - Outro dia a gente conversa.

         Ele saiu e bateu  a porta.

         - Tchau para você também! – gritou Line.

         Virei para Line furiosa, como ela pode agir tão esquisito! Se fosse a Charlott eu até poderia aceitar (pois ela é meio maluca), mas Aline Lutz, a mais racional da turma! Havia algo muito fora do comum acontecendo. Eu a encarei com os olhos fuzilando de raiva e perguntei:

         - O que houve com você? Ficou maluca?

         Line não me respondeu.

         - Meu irmão estava me contando dos problemas com a sua mulher.- falei ainda furiosa.- E você tinha que atrapalhar, por que comportou desse jeito?

         - Que tipo de problemas? – ela perguntou, sem dar a mínima para a minha pergunta.

         - Acho que vai se separar da mulher, ele estava querendo dormir aqui hoje, mas...

         Aline ficou parada com o olhar distante.

         - O que houve? – perguntei assim que notei que Line estava se preparando para ir embora.

         - Hã?

         - Aonde você vai?- perguntei

         - Eu não estou me sentindo bem. – disse ela vestindo o casaco e saindo. – Tchau Gina.

         - Hei, espera...

         Aline bateu a porta antes que eu pudesse dizer qualquer coisa. O que está acontecendo com esse povo? Pensei enquanto desabava no sofá. Algo muito estranho estava acontecendo, e não era só com a Line era com todo mundo. Com todos a minha volta. Será que o problema sou eu?

         Adormeci no sofá.

         - Gina...

         - Ahhhh!!!!!!!!!

         - Ahhhh!!!!!!.       

         - Ficou maluca!- exclamou Charlott.

         - Eu que pergunto, como você se atreve a me dar um susto desses?

         Charlott havia entrado no meu apartamento e me pegou dormindo no sofá, ao me acordar eu me assustei e a assustei. Levantei-me ainda tonta de sono. Sentei no sofá, Charlott  estava em pé na minha frente.

         - Nossa aonde você vai? – perguntei

         Charlott estava radiante, estava com um magnífico vestido cor-de-vinho que valorizava suas curvas insinuosas. Senti um pouco de inveja do corpo perfeito de Charlott. Seus longos cabelos estavam soltos e extremamente brilhantes. Fiquei sem ação diante a beleza da minha amiga.

         - E então o que achou? – perguntou Charlott enquanto dava uma voltinha.

         Fiquei ainda mais deslumbrada com o vestido. Ele tinha um decote perfeito que deixava as costas de Charlott toda de fora. Charlott  voltou-se para mim, ajeito seu cabelo cor-de-ouro e sorriu. Olhei para ela com um ar de desentendida e ela sorriu novamente e disse:

         - Vai ficar ai parada?

         Não respondi.

         - Amiga eu vim aqui te buscar para você me acompanhar em um coquetel  lá na minha casa, en-ten-de-u? – disse Charlott com o ar mais meigo do mundo.

         Levantei rápido e fui para o meu quarto e deitei na cama, Charlott ficou parada diante de mim incrédula.

         - O que você está fazendo?- perguntou ela começando a ficar furiosa.

         - Ah Charlott eu não tenho roupa. – respondi sonolenta.

         Charlott saiu do quarto e voltou instantes depois com um vestido azul-marinho extremamente bonito. Debruçou-se sobre mim e sussurrou docilmente:

         - Agora, você vai levantar essa sua bunda grande e vestir isso.

         Em meia hora eu estava quase pronta, só faltava o cabelo e eu não sabia o que fazer com ele. Charlott veio com uma porção que deixou o meu cabelo super arrumado e pela primeira vez eu não estava me sentindo feia.

         Saímos do meu apartamento tranquei a porta e instantes depois eu me encontrava em frente de uma casa espetacular. Entrei em um salão magnífico. A musica soava em meus ouvidos lenta e delicada. Olhei em volta tentando me encontrar foi então que percebi a beleza do lugar.

         Suas paredes eram claras e toda decorada por mosaicos, que formavam figuras magníficas de anjos e querubins. No teto uma imitação perfeita do céu da Capela Sistina. Fiquei alguns minutos apreciando essa obra maravilhosa, estava totalmente encantada.Eu poderia ficar admirando essa pintura pelo resto da minha vida. Ela fazia me sentir no próprio paraíso. Fiquei parada no centro do salão olhando para o teto, quando senti uma mão tocar em meus ombros. Era Charlott.

         Olhei para ela espantada e suspirei:

         - Ah... Charlott é lindo!

         Charlott passou a mão sobre meus cabelos e disse com um tom meigo e simpático.

         - Eu sabia que você ia gostar.- Charlott estava se afastando quando eu perguntei:

         - Onde estou? Quem são essas pessoas?

         Charlott veio em minha direção sorriu e disse:

         - Minha casa sua tolinha, fique há vontade. – voltou a se afastar.- Jonh e Line estão ai vá se juntar a eles, encontro com vocês depois.

          Fiquei parada assistindo-a caminhar calmamente para uma roda de pessoas bem arrumadas. Procurei Jonh e Line e os encontrei. Eles estavam em frente a um balcão do outro lado do salão pegando bebidas. Atravessei o salão devagar para não correr o risco de escorregar. Cheguei onde eles estavam. Jonh sorriu alegremente ao me ver, mas Line não me olhou.

         - Gi você esta linda! – exclamou Jonh enquanto me abraçava.

         - Olá – resmungou Aline.

         Eu não respondi, estava muito zangada com a atitude dela, naquela tarde.

         -Faz tempo que vocês estão aqui? – perguntei finalmente.

         - Não muito. – respondeu Jonh tomando um gole de sua bebida.

         Olhei para Aline que tinha a sua atenção para outro lado do salão. Ela estava muito bonita com um vestido marrom que combinava com seus olhos cor de mel. Seu cabelo estava preso em uma longa trança que caia graciosamente sobre seu ombro. Bateu-me uma enorme  raiva de Jonh. Como ele pode trocar Aline Lutz, um encanto de mulher, por um dançarino trouxa, pensei.

         Eu não poderia continuar com aquela situação, ela era uma das minhas melhores amigas, então resolvi falar com ela para acabar com os constrangimentos. Coloquei minhas mãos em seu ombro, ela me encarou.Eu sorri

         - Li...

         - Ahh...Gina me desculpe! – ela choramingou, antes que eu pudesse dizer algo. – Eu...eu não sei porque agi daquela forma hoje a tarde. – ela me abraçou. – Peça desculpa... ao seu irmão por mim... ele deve ter me achado uma louca. – ela me largou e me encarou, seus olhos brilhavam de lágrimas.

         - Não se preocupe amiga, está tudo bem. – falei tranqüilizando-a .

         Ela sorriu docilmente e me abraçou. Olhou-me de cima a baixo e disse:

         - Gina Weasley você está bárbara hoje!

         - Você é que está linda, amiga!

         - Eu que sou linda!! – exclamou Charlott assim que chegou ao nosso lado.

         Ficamos conversando, Jonh ficava reparando nas roupas das madames e fazendo piadinhas dos burocratas barrigudos que estavam na festa. Riamos muito, Aline estava super animada. Então uma música agitada começou a soar no salão. Aline me puxou para o centro do salão, começamos a dançar. Charlott, que mais uma vez, se afastou para receber alguns convidados que chegaram, retornou para dançar com a gente.

         Tudo se encaminhava bem. Foi quando eu me virei para a entrada principal do salão e o vi. Uma negra maravilhosa estava agarrada em seu pescoço e ele acariciava a fina cintura da moça. E mais uma vez ele estava extremamente elegante e charmoso. Cumprimentava todos com seu jeito arrogante. O desespero de que ele me visse tomou conta da minha mente. Virei-me para Charlott e perguntei num tom que misturava pânico, choro e desespero.

         - Charlott.. o que ele faz aqui? – apontei para o lugar em que o homem e a negra se encontravam. Charlott acompanhou meu braço e disse:

         - Ah é a Noelle Page,  a modelo famosa, você não a conhece?

         - Não estou falando dela estou falando dele?! – apontei mais uma vez para onde eles estavam.

         - Eu não sei, não o convidei, ele deve estar acompanhando Noelle, nada mais natural...

         - Que gato que é aquele? – perguntou Jonh por cima dos meus ombros.

         - Ele não é UM Ga-to! – gritei.    

         - Gina ele não o...- sussurrou Line

         - É.. é ele – falei furiosa

         -Ai-meu-Deus!! – falou Jonh. - É o Draco Malfoy!! – Jonh parou na minha frente radiante como uma adolescente que acabara de encontrar com seu ídolo. – Gi ele é seu chefe chama ele para nos apresentar! – Falou enquanto dava saltinhos.

         - Não, eu não quero que ele me veja. – empurrei Jonh e agarrei o braço de Charlott. – Tenho que ir embora, sem que ele me veja!

         - Mas é impossível, ele esta muito perto da entrada seria muito difícil ele não te ver. – disse Charlott calmamente. – E não se pode aparatar aqui dentro.

         Eu tinha que dar um jeito naquela situação, ele não poderia me ver.

         - Você pode se esconder e esperar pelo menos que ele saia da entrada. – falou Line simplesmente.

         - "tima idéia, Li. – concluiu Charlott. – Gina, bem ali tem uma sala muito aconchegante vai para lá e espere até eu ir te chamar. – dei um beijo em Charlott e me encaminhei para a tal sala.

         O caminho foi mais longo do que eu havia imaginado, as pessoas que dançava me empurrava e eu me enfiava procurando uma brecha para passar. Finalmente cheguei perto da sala, olhei para entrada onde Draco estava, mas não consegui enxergá-lo, só avistei a tal modelo. Entrei na sala e quando estava fechando a porta ouvi uma voz soar nas minhas costas:

         - Quer um Drink?

         - Ah...sim eu adoraria. – respondi ainda de costa para a voz. – Eu estou me escondendo do meu chefe arrogante e... – Finalmente me virei e no mesmo instante fiquei  paralisada..

                  Draco Malfoy estava sorrindo para mim (aquele sorriso provocante e prepotente), sentou na poltrona sem tirar seus olhos cinzas dos meus. Senti que meu fim havia chegado. No desespero virei e tentei abrir a porta para sair, mas ela estava trancada.

         - E então? – disse Draco.

         Tornei a encará-lo um frio assustador tomou conta de mim, eu estava literalmente congelada. Draco se aproximou de mim, ele estava com um ar amigável que me deixava mais assustada.

         - Tome. – disse me oferecendo um copo com uma bebida marrom.

         Voltou para a poltrona no meio da sala. Peguei o copo tremendo e me encolhi em outra poltrona em frente à de Draco. Ele não tirava os olhos de mim. Eu queria evitá-los, mas não conseguia, havia um magnetismo no olhar dele, fazendo com que eu não conseguisse desviá-los.

         - Então fale mais sobre seu chefe. – disse finalmente

         Eu me encolhi ainda mais na poltrona e não respondi. Ele se levantou, foi até o bar que havia na sala e encheu seu copo. Eu tomei um gole grande da bebida que ele me dera. Senti o liquido queimar minha garganta enquanto descia. Ele virou-se para mim.

         - Ora, Gina você não está na editora. – falou ele.

         Tomei mais um gole da bebida, a ardência ao descer foi menor. Eu me senti mais a vontade. Era efeito da bebida.

         - Gina, vamos conversar como gente grande. Pelo menos uma vez vamos agir como se fossemos amigos. – falou convincente.

         Ora o que há com ele? Eu nunca o vi agir desse jeito, pensei. Ele só pode estar maluco.Draco em toda a sua vida sempre arranjou um meio de me destratar, e nunca deu sinal de querer ser meu amigo. Amigo?

         - NUNCA! – gritei me levantando da poltrona. Eu estava ardendo de raiva. – Você nunca vai ser meu amigo! Você não é bom o bastante para fazer parte do meu circulo de amizades.Não gosto de pessoas do seu tipo convivendo no mesmo ambiente que o meu! – Repeti cada palavra que ele havia me dito semanas antes. Eu estava totalmente desequilibrada e muito a vontade para falar aquelas coisas, a bebida era maravilhosa!

         Draco me olhava com sorrisinho irônica, como se tivesse achando graça.

         - Ora, francamente! – dei as costas e forcei a porta para sair, mas não consegui. Virei de volta para Draco – Não vejo a maior graça, seu idiota! -No mesmo instante surgiu um ar de espanto no rosto de Draco.

         Finalmente a porta se abriu e a careta sonsa de Jonh apareceu.

         - Gina eu acho que você pode sai e... – Jonh ficou paralisado. – Há, Dra...

         Jonh fez menção de entrar na sala, mas eu o interceptei.

         - Deixa de ser ridículo! – Eu o puxei para fora da sala, e bati a porta.

         - Você esta bem? – perguntou Jonh olhando toda hora para trás.

         - Nunca estive melhor!

          Dancei e me diverti muito o restante da noite.

         N/A: Comentemmmmmmmm!!!!!! Beijux!!!! E aguardem o Harry no próximo Capitulo! ! Ah, esqueci de mencionar, essa fic considera os acontecimentos só até o quarto livro!!!