Capitulo dois: "heroína"

Com a noite não muito alta Lex voltava do centro de Smallville, onde havia ido para resolver alguns problemas no Tailon, para a mansão em seu carro. Estava numa rua pouco iluminada e deserta, o farol fechou e assim que Lex parou o carro três homens, totalmente cobertos, ele mal pode ver a cor da pele a não ser pelo buraco no capuz para os olhos, olhos cheios de fúria que o assustaram quando os viu; cercaram seu carro, o agarraram e arrancaram do carro; logo depois o arrastaram para um beco escuro...

— O que vocês pensam que estão fazendo?! - disse Lex.

— Cala a boca Luthor maldito!- disse um dos homens e logo depois lhe deu um soco.

— Pensem muito bem no que estão fazendo. Por que depois isso trará conseqüências para vocês.- continuo Lex, não intimidado pelos homens.

— Já mandei ficar quieto!- disse novamente o homem mas dessa vez acertou- lhe um soco na boca do estomago.

— Os Luthor só trouxeram coisas ruins para Smallville.- disse outro homem enquanto lhe deu um soco que o fez cair no chão.

— Não há mais nada que você ou seu pai possam fazer contra nós.

— Graças a vocês, Luthors, hoje nos somos homens totalmente destruídos. A única coisa que nos resta fazer é nos vingarmos; e esse foi um método bastante... Satisfatório que encontramos de fazer isso.- disse o terceiro homem enquanto também aproveitava sua vingança, dando-lhe um chute.

Aqueles homens estavam irados. E descontando tudo em Lex, que obviamente em desvantagem, não reagiu, nem teve tempo para isso. E aquela cena um tanto quanto covarde continuava...

"Que ótimo começo que tive!" Pensava Lissa enquanto tentava achar o caminho para sua casa, depois daquele longo dia que tivera, ela estava tendo problemas de localização. "Maravilha! Mesmo essa cidade sendo 'enorme' do jeito que é; eu consigo me perder!". Nesse momento passava por uma rua pouco iluminada, um lugar meio ruim para se passar a tal hora da noite. Estava com um certo medo, que piorou um pouco assim que ouviu alguns barulhos estranhos, gritos ou gemidos, vindos de um beco escuro, que estava logo a sua frente.

Parou imediatamente, deu uma olhada ao seu redor, para ver se havia alguém na rua, mas não vendo ninguém e ignorando uma parte sua que dizia para não fazer isso, seguiu, de ponte de pé, eu direção ao beco, para ver o que estava acontecendo ali. Assim que se aproximou o suficiente, viu aquela cena: Três homens, aparentemente nada fracos, em volta de um que caído no chão e que era cada vez mais espancado,ele as vezes tentava erguer-se mas era atingido por mais um soco ou chute e caia novamente. Durante algum tempo ela teve sangue frio o suficiente para assistir aquilo, mas logo percebeu o quão grave e perigoso era, e encostou na parede se escondendo.

"Eu sabia que não devia ter olhado! Por que eu sempre faço isso?!" pensou, assim que virou, um tanto quanto assustada com a cena que viu. "Mas e agora, o que eu faço? Não posso deixar aquele homem lá, se sair daqui para chamar a polícia provavelmente ela vai estar morto antes que eles cheguem; mas eu também não posso enfrenta-los sozinha!".

Ela virou novamente para ver se os homens ainda estavam lá e depois de mais alguns segundos de reflexão Lissa levantou-se e entrou correndo no beco.

Assim que a viram, os quatro homens se voltaram para ela, surpresos com seu aparecimento. Depois de hesitar por mais alguns instantes, e vendo que os homens já estavam quase tomando uma atitude, ela prosseguiu com seu plano.

Voltou-se para a saída do beco e gritou:

— Aqui! Aqui xerife! Achei, eles estão aqui!

Depois de alguns segundos de extrema tensão, sem saber se o planejado havia ou não funcionado, sentiu-se aliviada, pois os três homens saíram correndo.

Lissa esperou alguns segundos até os homens se distanciassem, enquanto Lex se contorcia no chão, e depois correu para ajuda-lo. Colocou a cabeça dele em seu colo e perguntou:

— Você esta bem?

Mas sem forças nem mesmo pra responder, ele olhou para ela e desmaiou.

"Meu Deus! Tenho que tira-lo daqui e rápido!".

Depois de um tempo ela conseguiu uma carona e finalmente chegou com Lex ao hospital, onde ele foi atendido rapidamente. Um tempo depois a polícia chegou para saber o que havia acontecido; e umas duas horas depois, quando Lex, que tinha quebrado o braço, um par de costelas além de ganhar um monte de hematomas; já havia acordado e tinha condições de falar a xerife foi até ele, para saber o que acontecera...

— Então, Sr. Luthor, me parece que se trata de pessoas muito bravas com os Luthor, e se considerarmos que a cidade está cheia, não será fácil achar algum suspeito, mas farei o possível.

— Obrigado pela sinceridade xerife.- disse Lex, que apesar de tudo o que aqueles homens haviam feito a ela, sentia-se com um peso enorme na consciência. Afinal, imagina quanta desgraça teria causado àqueles homens.

Assim que a xerife saiu Lissa, que estava do lado de fora do quarto esperando, resolveu entrar. Meio tímida, sem saber se estava fazendo a coisa certa entrou, fechou a porta se aproximou um pouco de Lex.

— Oi, lembra de mim? - disse ela, meio sem graça depois de alguns segundos.

— Claro, como poderia me esquecer, você salvou minha vida.
Apesar disso eu não sei seu nome.

— Lissa - disse ela enquanto estendia a mão para cumprimenta-lo.
Eu também não sei o seu.

— Você não sabe quem eu sou?!

— Não. Por que? Deveria?

— Você não é daqui, né?

— Não. Ta bem na cara, né?! Mudei para Smallville a pouco tempo.... Mas, você ainda não me disse seu nome.

— Alexander... mas pode me chamar de Lex.

— Bom, eu só queria saber se você está melhor, ou menos pior...- disse a garota.

— Está tudo bem, na medida do possível, graças a você...
Vou passar o resto da noite aqui em observação porque bati com a Cabeça, ou melhor, bateram com a minha cabeça entre outras coisas. Acho que amanhã ou depois já poderei ir para casa...

— É aqueles homens fizeram um estrago mesmo.

— Você foi muito corajosa...

— Nossa! Eu estava morrendo de medo, se eles não acreditassem que a policia estava ali, e voltassem estaria com grandes problemas...
Mas, já está muito tarde, preciso ir para casa, meu pai já deve estar preocupado.

— Então tchau.

— Tchau.- disse Lissa, saindo do quarto.

— Lissa, - disse Lex, e quando ela se virou ele continuou - mais uma vez, obrigado.

Lissa sorriu e foi embora.

A imagem daquele sorriso, e a lembrança daqueles olhos, quando os viu pela primeira vez, pouco antes de perder a consciência não saíram da cabeça de Lex um só minuto. Nem ele mesmo sabia o porquê, mas estava fascinado. Um rosto tão infantil, mas além de seu corpo, suas atitudes eram bem mais maduras... "O que isso Lex? Ela é praticamente uma criança!". Mas mesmo assim ela continuou em seu pensamento.

-

— Lex, está tudo bem? Desculpa não ter vindo ontem, só fiquei sabendo hoje...

— Calma Clark. Está tudo bem, não tem problema...eu sobrevivi - disse Lex em tom de brincadeira.

— Que bom. Mas o que aconteceu?

— Alguns homens bravos comigo e com o meu pai queriam fazer justiça com as próprias mãos.

— Eles te machucaram bastante...

— Por mais incrível que pareça, fui salvo por uma garota, sozinha.

— Nossa - disse Clark em tom de surpresa.

— Não se preocupe Clark, você continua sendo o herói numero um. Embora ela seja muito mais bonita...

— Você tem interesse nela? - disse Clark depois de um sorrisinho.

— Pode ser que sim...

— Já que está tudo bem com você, eu vou embora. Fiquei se ajudar meu pai a pintar o celeiro.

— Obrigado pela preocupação, até mais.

— Tchau. - disse Clark, saindo do quarto.

Enquanto andava em direção a saída, aliviado por Lex estar "bem"; voltou a pensar sobre o que havia ocorrido no dia anterior, estava muito preocupado. "Será que ela contou para alguém? E se quando eu chegar em casa encontrar a polícia a minha espera?" Ele se distraiu nesses pensamentos, o que o fez trombar, e derrubar uma garota que passava pelo corredor:

— Desculpe - disse ele. Enquanto a ajudava a levantar, viu seu rosto e a reconheceu...
Lissa!

Nesse momento ela o reconheceu também, e tentou ir embora mas Clark segurou-a pelo braço e disse:

— Espera, por favor, preciso falar com você, não fuja...

Como reposta, teve o selênico, entretanto ela ficou parada, como se estivesse esperando que ele continuasse. Percebendo isso Clark a levou para uma sala próxima onde não havia ninguém. Mas antes que continuasse, ele viu que nos pulsos da garota haviam hematomas, que ela logo escondeu.

— Fui eu quem fez isso? - disse Clark, num tom muito culpado e preocupado.

Como novamente ela não disse nada, nem precisava, tudo era óbvio ele continuou:

— Eu sei que o que eu fiz foi imperdoável, e eu não posso te pedir para entender, mas, por favor, me desculpe...

— Só me diz por que...Por que você fez aquilo? - disse, finalmente, Lissa.

— Aquele não era eu, por favor, acredite.

— Mas como você se lembra?

— Eu... - ele hesitou - Não posso te contar. Mas por favor, acredite em mim...

— Não sei porquê, mas... eu acredito em você - disse ela depois de alguns segundos de reflexão. - Aquele dia no Tocha alguma coisa mudou nos seus olhos antes de você sair. Estou me sentindo uma... mas, eu te desculpo.

— Obrigado. Nós começamos com o pé esquerdo, que tal m novo começo?

— Pode ser - disse Lissa, e quando Clark estava estendendo a mão para "se apresentar", ela continuou - Mas, eu ainda preciso de um tempo para isso...- e logo depois saiu da sala.

Continua...

Olá! Eu estou muito feliz pelos reviews que foram deixados no primeiro cap. Obrigada! E embora o titulo seja horrível, o segundo cap também esta bom! Pra quem já tinha lido o primeiro cap, eu o editei, vai lá depois pra ver se você leu a versão editada ou não (faz diferença); queria falar também que eu pretendo ser mais rápida para publicar o próximo. dou notícias no meu blog, entrem lá, tem o end se vc clicar no meu nome... Basicamente é isso, e continuem lendo, vocês nem imaginam o que ainda vai acontecer...

Xauxinho...