CAPÍTULO 6:
EXPLICAÇÕES

Isso é um desastre! Ele tinha mesmo perguntado aquilo?

Calma Virgínia! Pensa! Respira fundo... Isso! Respira de novo! Não se esquece de respirar! Quer dizer: esquece de respirar! Isso! Você esquece de respirar... Daí você desmaia! Morre, mas ganha tempo. Tempo eterno, mas tempo! Quanta bobagem! Pelo menos estou ganhando tempo!, Pensou Gina, enquanto ficava branca e começava a olhar desesperada para os lados para tentar fugir.

Já sei o que falar: "É que eu tinha engolido muita saliva e REALMENTE precisava ir ao banheiro, quando eu cheguei lá tinha uma marmota chorando porque tinha estragado o seu vestido, eu emprestei o meu pra ela e tive que voltar PELADA correndo pro meu quarto e nem deu pra te avisar!".

Não! Não ia dar essa desculpa (muito) esfarrapada! Mas quem sabe ele acredita? Eu posso trocar a marmota pela Murta que Geme! Ótima idéia! Pena que é tão tosca! Pensa rápido! Já sei:

- Eu não saí correndo, foi impressão sua...- Péssima! Isso foi pior (ou quase) que a da marmota! Bateu-se mentalmente, e ia tratar mais tarde de bater-se fisicamente, por ser tão lerda e tosca a esse ponto!

Ele notou que eu tentei passar a perna nele, pensou, claro! Quem não notaria? Eu tenho que aprender a mentir... Aaaaaaaah nããããããão! Ele deu aquele sorriso sarcástico PER-FEI-TO! Se segura Virgínia! Não desmaia garota!

- Sabe... Eu acho que você pensa que eu sou trouxa e que nasci ontem pra ter me dado tão idiota resposta! Mas, para a sua informação, eu não nasci ontem, mas sim anteontem! Não tente me passar a perna e simplesmente responda!

Gina já estava vermelha naquela hora. Por quê ele tinha que dar uma resposta tão perfeita? Olhou-o da cabeça aos pés e teve a idéia mais idiota de toda a sua vida, mais idiota ainda que a da marmota a do "não saí correndo" juntas. Olhou o relógio com uma cara de surpresa muito falsa e fez cara de "ah, que pena".

- Que pena, Malfoy! Eu tenho que ir embora, eu marquei de estudar com o Ron para uma prova de Animagia que eu tenho amanhã, me desculpa!

Draco segurou o seu braço antes que ela pudesse sair. Se a alguns minutos atrás ela estava vermelha, agora ela chegou ao estado do anormal. Draco aproximou a boca dele ao seu ouvido, com a sua respiração morna, e falou, quase inaudível:

- Como eu já disse, eu não nasci ontem. Amanhã é sábado e ninguém tem prova. Tem que começar a pensar em melhores desculpas, Virgínia - aquela voz sedutora foi a gota d'água. Gina começou a tremer da cabeça aos pés.

Seus lábios estavam se tocando. Era impressão ou Draco estava com um sorriso maroto na cara? Gina não conseguia mais distinguir um sorriso para uma careta. Mas, dessa vez, por incrível que pareça, Gina não estava vermelha. Estava concentrada de mais desejando os lábios de Draco para ficar envergonhada.

Pelo que parecia, para alguém que via de fora a trama (N/A: EU! A maravilhosa Onipotente e onipresente autora!), parecia que os dois iam se jogar um para cima do outro se ninguém fizesse algo.

E, por mais incrível que pareça (ou não), alguém fez algo! A porta se abriu bem na hora que os dois iam se beijar. Com o susto, Gina se afastou do Malfoy. Olhou para a pessoa com o mesmo olhar assassino que o garoto do seu lado. Era Pansy-baranga-Parkinson.

Aquilo só podia ser o destino! Quando finalmente ia poder dar um beijo no garoto mais bonito, gostoso, fofo, perfeitoso, tchutchuco (N/A: Tirei do fundo essa palavra), a desgraçada da Parkinson aparece! Aaaaaaaah! Como queria matar aquela garota... Pensando bem, até foi melhor que isso acontecesse! Ela ia beijar um MALFOY! E o pior: tava querendo beijá-lo! Realmente, Gina deveria estar com febre e estava delirando!

Draco foi à direção a sonserina e olhou-a incrédulo, enquanto ela dava um sorriso maroto para o garoto. Empurrou-a para fora da sala, mas antes de sair (e depois que a Pansy já tinha saído), e olhou para Virgínia e, bem baixinho, falou:

- Nos vemos depois, você ainda me deve uma resposta.- E saiu da sala, deixando uma Gina irritada, confusa e feliz para trás.

É isso!, Pensou a garota, Vou esquecer desse desgraçado do Malfoy de uma vez por todas! Espera um pouco, Virgínia! Desde quando você pensa no Malfoy? Você é uma Weasley, e ele um desprezível, mas gostoso, Malfoy! É isso! Perdi o controle total da minha vida!

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"DRACO J. MALFOY". Que diabos será esse J? John? Não! Jonathan? Também não. Jalmir? (N/A: Esse nome foi do fundo, mas nada contra que tem ele). Definitivamente não!

Gina não parava de ler a carta que ele tinha mandado para ela para ver o que significava J. Ele não tinha cara de "J."! Ele tinha cara de furão, isso sim! "Draco Furão Malfoy". Ótimo nome! Fazia três dias que não saia do quarto, contando que dois deles eram fim-de-semana. Decidiu que não ia à aula segunda. Não se sentia bem do sonho que teve a um tempo com o Tom. Tinha medo de dormir e ver ele de novo.

Mesmo depois de uma semana internada, e 4 dias "livre", ainda não tinha REALMENTE dormido. Às vezes dava uma cochilada de alguns minutos, mas o medo era tanto que não dormia direito. Seu corpo estava cansado, sua mente estava cansada, tudo doía, a mente e o corpo pediam uma trégua, pediam que ela dormisse.

Finalmente, dormiu. Passou toda a segunda dormindo. E seus sonhos passaram longe de Tom Riddle, mas ficou colado à outra pessoa... Draco Malfoy. Sonhos meio sem-sentido, mal entendia o que eles significavam, mas em todos eles, Draco estava, e, quase sempre, eles se beijavam.

Aquilo tava virando obsessão, decidiu que terça ia voltar à sua vida normal. Ia assistir às aulas, ia ficar sem ser notada, ia comer, estudar, dormir, ler e deu! Como ela sempre fez. Simples e fácil. Não ia pensar em Malfoy nem em seus lábios tão apetitosos! Ia ser uma "boa menina". Ia fingir que não conhecia o garoto. Ia fingir que não conhecia nenhum sonserino no geral!

Falar é fácil, agora, fazer já é outra estória, BEM diferente! Muito, mas muito diferente...

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O que a Parkinson pensou quando resolveu entrar naquela maldita sala!? Será que ela sabia que eu, Draco Malfoy estava lá com a Weasley? Duvido... Ela até se assustou quando eu a tirei da sala sem antes xingar um pouco a Weasley, mas nada que uns bons beijos não fizessem ela "desencanar".

Draco não parava de procurar a "pequena" Weasley pelo castelo. Passou o fim-de-semana inteiro procurando-a. Ela não foi jantar nenhum dos dois dias. Até procurou ela na Ala Hospitalar, já que, segundo rumores, a garota tinha passado a última semana inteira lá. Mas nada. Nada de Weasley.

Droga de garota! Ela não podia ser um pouquinho mais sociável e sair pelo castelo? Ela não podia ter uma amiga sonserina? Bom... Isso ia ser estranho. Ela não podia, simplesmente, mandar uma coruja pra ele? BOA IDÉIA! Ele não tinha tido nem tempo pra pensar naquilo! Ele ia mandá-la uma coruja... Escreveria uma na aula de poções.

Pronto! Coruja despachada. Agora, pensando, aquela carta estava realmente ridícula! E se ela estivesse fugindo dele? Talvez ela tenha visto quando ele e a Pansy estavam, vamos dizer, numa situação um pouco comprometedora, no meio de um corredor perto da onde ficava a sala, alguns minutos depois de ter saído com a garota do local.

Desencana Malfoy!, Pensou, mesmo que eu tivesse numa situação comprometedora e ela tivesse visto, com a minha beleza, ela ia se esquecer de tudo! Ou... Talvez não.

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Ai que saco! Essa coruja me acordou bem na hora que eu consegui parar de sonhar no traste do Malfoy! O que será? Uma carta do meu irmão? Não... Quem sabe, uma carta da minha mãe? Duvido muito. Mais provável: Uma carta do Profeta Diário dizendo que faltava dois dias pra eu entregar a matéria.

Gina estava trabalhando como jornalista júnior no Profeta Diário. A sua matéria dessa semana era sobre cartas de amor famosas e anônimas ao longo dos séculos. Assunto meio idiota para quem não estava apaixonado, mas para quem estava, era um assunto completamente perfeito! O único problema era que: Virgínia não estava apaixonada!

Abriu a carta e se assustou com a letra. Era uma letra perfeita, firme, o pergaminho era preto e a cor da tinta era verde. Com essas dicas, de quem mais seria se não fosse de Draco J. Malfoy?

"Virgínia,

Mesmo que você dê uma desculpa esfarrapada como da outra vez, eu gostaria de ouvi-la. "Por que você saiu correndo no baile?". Não quero que você a responda nessa carta. Vou ser gentil contigo e te dar algum tempo para pensar numa resposta. Que tal nos encontrarmos na mesma sala? Espero- te depois do jantar. Dessa vez eu vou me certificar de não recebermos visitas durante a nossa "conversa".

Draco J. Malfoy"

Ele era perfeito ou o que? Mas já tinha se decidido, não iria a esse encontro. Tinha que estudar, fazer a matéria, achar cartas de amor, botar a leitura em dia... Era muita coisa pra fazer! Claro que já tinha feito a maioria no fim-de-semana, mas quem precisa saber? Na verdade, só tinha que escrever a matéria. Todos os temas estavam feitos, as cartas já tinham sido procuradas na biblioteca e sua leitura já estava mais do que em dia.

Tinha que manter sua cabeça ocupada... Pegou as cartas e começou a escrever a matéria. Depois de três horas já tinha acabado tudo. Olhou no relógio e notou que eram, a recém, 2h da tarde. Ia ser um dia muito longo.

OK, aquilo tinha fugido do controle. Gina tentava achar uma resposta para a pergunta de Draco. Isso não era pior do que à uma hora atrás, quando ficou filosofando se ia ou não. Depois de um tempo resolveu ir, mas ficou empacada na resposta daquela maldita pergunta! Aaaaaah! Como queria matar aquele garoto!

Gina desceu para jantar. Estava morta de fome, afinal, passou o fim-de-semana inteiro comendo as sobras das bolachas que a sua mãe tinha dado do natal. Quando entrou no Salão Comunal, notou que Dumbledore e Minerva a olhavam, assim como o Trio Maravilha, aliviados. Sentou-se do lado de Mione e na frente dos garotos. Local estratégico é claro...

Conseguia ver perfeitamente um certo garoto sonserino. Quando viu que ele a olhava, tirou os olhos dele e começou a conversar com o Harry. Péssima escolha, quando olhou de novo para o garoto, notou o seu olhar assassino para ela e Harry. Isso era para ser bom ou ruim?

Janta terminada, Gina levantou-se e foi para a sala esperar Draco. Como, quando saiu, notou que o garoto ainda estava comendo, resolveu dar uma olhada melhor na sala. Ela era grande, maior que uma sala de aula normal. Tinha vários quadros de homens e mulheres que, ao serem pintados, pareciam muito mal-humorados (não eram quadros mágicos, então a pessoa pintada não ficava nele). Em um canto da sala, longe dos quadros, tinha uma mesa com alguns papéis e um baú do lado da mesa. Bem quando ia olhar mais de perto, Malfoy entrou na sala.

- Certo... Depois de tanta embromação, será que eu posso saber a resposta?

- Eu não fugi... É que eu não queria ser humilhada por você mais do que eu já estava naquela hora... E nem venha dizer que não ia me humilhar, que daí quem estaria mentindo seria você - Gina falou de um jeito tão sincero que Draco acreditou. Claro que, em parte, era verdade.

Draco chegou perto dela e deu um sorriso sarcástico. O sorriso foi tão sarcástico que deixou Gina envergonhada, até mesmo triste. Deu vontade de bater naquele garoto até ele morrer.

- Não foi tão difícil falar, foi? Pois então, você não saiu correndo por causa do santo Potter?- Draco falou, meio sem-graça de ter duvidado da garota.

- O Harry tava por perto? Eu nem tinha notado...- Ao falar aquilo, Draco teve que se bater mentalmente para dar um sorriso bobo.- Posso te perguntar algo? – Ele olhou-a surpreso, mas assentiu.- Porque você me deu um beijo na testa?

Quem ficou surpreso dessa vez foi Draco. Na verdade, já tinha pensado muito o por quê de tê-la dado um beijo na testa, mas nunca chegava a uma conclusão inteligente. Ao contrario da garota, ele pensou rápido e deu uma resposta a altura:

- Porque eu estava a fim, e quando eu estou a fim, eu faço!

O sorriso que Gina tinha se murchou. Aquilo tirou todas as esperanças que ela tinha de que ele falasse que era porque não agüentava tê- la por perto sem poder beijá-la. Mas, como sempre, as esperanças foram tiradas dela sem dó nem piedade. Pronto! Gina ia fazer a única coisa que sabia fazer na vida: correr.

Mas, dessa vez, ele já estava preparado. Segurou o braço dela e colou-a na parede. Gina tentava se libertar, mas ele era muito mais forte. Berrou, esperneou, chutou o ar e nada. Ele não ia soltá-la. Aquilo foi a gota d'água. Gina começou a soluçar, e o soluço se tornou choro. Para uma garota que a um minuto atrás estava sorrindo, aquilo tinha sido uma mudança drástica.

Para completar, Malfoy não sabia o que fazer. Simplesmente a soltou e fez ela sentar-se no chão. Draco era péssimo quando uma garota chorava. Mas, o que ele fez em seguida seria de assustar. Inacreditável o que um Malfoy fazia em situações embaraçosas para um homem qualquer...

N/A: Ola gente!! Desculpa a demora em postar esse cap., mas eu tava sem inspiração E sem net !!!
Vou tentar postar o próximo o mais rápido possível !!!

Kissessss!!!!