Capítulo 5 – A segunda vez que acontece...

Alyssa, Giller, Paul e Inny desceram as escadas e seguiram em direção ao escritório de Dumbledore.   Como que por encanto, Alyssa sabia exatamente quais corredores pegar e quais escadas subir.  Andaram por um bom tempo.  Uns quadros acenavam freneticamente para eles, outros cochichavam coisas que não podiam ser entendidas,.  Por fim, chegaram à gárgula que magicamente tomou vida, saltou e abriu a entrada para a grande escada em caracol.

Os quatro subiram lentamente as escadas e se depararam com uma porta que se abriu.  Lá dentro estavam Dumbledore e um homem que eles não conheciam.

- Que bom vê-la Alyssa. - disse ele amavelmente. - E é bom ver vocês também Sr. Paul Bonkshore, Sr. Giller Lockhart e Srta. Inny Forster.  Mas, sentem-se. – disse conjurando várias cadeiras.

Alyssa e os outros seguiram até a mesa e sentaram-se.  Fawkes avistou Giller, voou e pousou em seu ombro.

- Vejo lealdade no seu coração Sr. Giller.  Caso contrário, Fawkes não iria até você.  Fawkes preza muito a lealdade. A lealdade à Hogwarts, a lealdade a mim e a lealdade a seus amigos.

- Sempre fui leal ao senhor professor, desde que entrei aqui no primeiro ano.

- Eu sei, Giller.

- Professor Dumbledore, gostaria de lhe perguntar algumas coisas... – disse Alyssa.

- Coisas como a carta da senhorita Granger, os seus sonhos ou sobre a linda vassoura que ganhou?

- Na verdade, sobre os três.

- Bem, não sei se é o momento certo de conversarmos sobre isso, mas posso assegurar-lhe que o seu sangue será de grande valia para resolvermos certos problemas aqui em Hogwarts.

- Como assim?

Nesse momento, McGonaggal entrava na sala sendo seguida por Potter.

- Aqui está Potter, Professor Dumbledore.

- Obrigada Minerva.  Harry, creio que conheça esses alunos.

- Sim, como vão?

- Estamos bem, ainda não consegui captar qual o intuito de ter nos chamado aqui.  E por que meu sangue será útil? – perguntou Alyssa.

- Bem, senhorita Ravenclaw, agora que já estamos reunidos, gostaria de apresentar-lhes Kingsley Shacklebolt, o novo Ministro da Magia.  Cornelius Fudge resolveu se aposentar devidos aos diversos incidentes ano passado e Kingsley foi nomeado o novo Ministro.

- Olá meninos e meninas, é um prazer imenso conhecê-los.  Já ouvi falar muito de vocês.  E Potter, quanto tempo.  Sinto muito pelo que aconteceu ano passado. – disse se referindo ao episódio da morte de Sirius.

- Tudo bem. Eu também sinto muito. – disse baixando a cabeça.

- Sobre o pesadelo da Alyssa, isso não pode ter a ver com Voldemort? Ou pode? -  perguntou Paul.

- Vejo que a senhorita Alyssa está bem servida de amigos, vejo também que é uma pessoa sensata e inteligente, Sr. Bonkshore. - disse Dumbledore - Não sei porque as pessoas ainda insistem em chamá-lo de "Você Sabe Quem". Mas respondendo à sua pergunta, pode ser que esteja ligado à ele.

- Mas... – disse Harry.

- Achamos que a Câmara foi novamente aberta, Harry. - disse Dumbledore num tom preocupado.

- Mas, isso pode ser alguma brincadeira, não pode? - disse Alyssa - E além do mais, o que nós temos a ver com isso.

- Como eu já disse se a Câmara realmente tiver sido reaberta, o sangue de Rowena será necessário, assim como o de Helga e o de Griffindor, para que possamos derrotar de uma vez por todas Voldemort. - disse Dumbledore – E aqui na escola só existem três pessoas com o sangue legítimo de Rowena.

- Eu, Josh e Frinny.

- Exatamente.  Sua irmã é nova demais para a tarefa e não sei se Josh teria tanta fibra como a senhorita tem.  Precisamos de sua ajuda e de Harry, que tem o sangue de Griffindor correndo nas veias.  Todos olharam para Harry, que ficou completamente envergonhado.  Ele já sabia disso, tinha conversando com Dumbledore duas semanas antes quando estava n´A Toca.

- E quem tem o sangue de Helga? – perguntou Paul.

- Ainda não sabemos, Paul.  Temos que investigar. – disse Kingsley. – Mas precisaremos de toda a ajuda possível.

- Não sei, eu...

- Mas é lógico que nós vamos ajudar, Alyssa. - disse Giller. – Teremos a chance de ajudar o mundo bruxo a se livrar de Voldemort.  E isso é ótimo, poderemos entrar para a história bruxa.

- Sim, claro.  Nós vamos ajudar. - disse Alyssa tentando assimilar as informações.

- O que nós podemos fazer para ajudar vocês? – perguntou Inny.

- Senhorita Inny, Alyssa vai precisar de verdadeiros amigos e é por isso que eu os chamei aqui, para que fiquem a par da situação.  Vocês saberão a hora em que precisarão ajudá-la.  Alyssa e Harry, vocês precisarão me contar cada sonho seu... Tudo que passar pelas suas cabeças.  Agora não se preocupem, voltem para sua sala comunal e descansem. Aqui em Hogwarts, todos estão seguros.

- Tudo bem professor, - disse Paul - pode contar conosco.

- E quanto à sua vassoura, eu não tenho a mínima idéia de quem a tenha mandado. – completou Dumbledore.

- E nós, não ganhamos nada? - perguntou Giller. – Alyssa ganhou uma linda vassoura, acho que também merecemos algo.

- Mas é claro que sim... - disse Kingsley entregando um embrulho a cada um. – Essas coisas serão muito úteis.

Paul abriu o seu e viu que era, nada mais nada menos, que...

- Ah não, não acredito, é o que eu estou pensando?

- Sim, Paul, uma Capa de Invisibilidade.

- E isso aqui, o que é? - perguntou Inny.

- Um Vira Tempo.

- Ah claro, como eu podia ter me esquecido. - disse Inny radiante.

- E eu ganhei um bisbilhoscópio. – disse Giller.

Os conceitos de Paul em relação à Harry estavam começando a se modificar.  Parecia que o menino não era tão mimado quanto eles pensavam e não queria a todo custo aparecer.

- Vocês querem que eu lhes acompanhe até a Sala comunal da Corvinal e da Grifinória? - perguntou Kingsley.

- Claro que sim. - respondeu Giller.

Todos se despediram de Dumbledore e foram conversando assuntos alheios até o Retrato da Mulher Gorda, onde Harry se despediu deles e depois até o Retrato de Sir Felix de Nordemburgo.

- Bom, aqui deixo vocês. - Disse Kingsley - Boa sorte e se precisarem falar comigo me mandem uma coruja... Qualquer coisa minha lareira está ligada na rede do Flú.

- Pode deixar Kingsley, obrigada por tudo. - disse Alyssa sorrindo.

- Mimbletonia Miragoga. - disse Alyssa enquanto via Kingsley sumir nos lances de escadas. Na Sala Comunal, o único ocupante era um menino gordo que estava deitado dormindo numa das poltronas.

Os quatro subiram para seus dormitórios. Não sabiam se era pelo cansaço ou por qualquer outra coisa, mas adormeceram instantaneamente.


Enquanto isso na sala comunal da Grifinória, Gina, Hermione, Andréa e Carol Scamander conversavam alegremente quando Potter entrou pelo Retrato.  Andréa se levantou em um só pulo.

- Oi Harry.

- Oi Andréa tudo bem? – disse desanimado.

- Parece que está preocupado. Aconteceu alguma coisa? – perguntou Hermione.

- Não, nada.  Só estou um pouco cansado. – Não podia deixar seus amigos saberem que talvez a Câmara poderia ter sido reaberta.

- Tem certeza? – Perguntou Andréa. – Se quiser desabafar, pode contar comigo.

- Harry, pode contar comigo também. – disse Gina.

"Ruiva Idiota, ele nunca será seu".

- Obrigada meninas.  Não vou me esquecer de vocês.

Andréa sabia que o coração de Potter ainda batia forte por Cho Chang e Gina tinha verdadeira adoração pelo garoto, mas tinha prometido a si mesma que faria dele seu namorado.  Ou não se chamava Andréa Tonkshare. 

- Bem, meninas, eu vou dormir... Vocês vêm? – perguntou Andréa.

- Eu vou com você.  Acho que ainda precisamos conversar. – disse Carol, sua melhor amiga em Hogwarts.

- Tchau meninas, até amanhã.

- Tchau.

Chegando ao dormitório, Andréa começou a conversar com Carol.

- Como você chegou aqui?  Não a vi no Expresso e nem na Cerimônia de Seleção, o que aconteceu?

- Cheguei atrasada à Estação.  Tive que vir de Tapete Voador.

- Carol, você é louca?  Tapetes voadores são extremamente proibidos no mundo mágico.  Você pode ser expulsa por isso. 

- Andréa, me precavi de todas as formas imaginárias e além do mais, vale qualquer risco para não ficar um dia sequer sem ver o Paul.  E em falar em Paul, você o viu hoje?

- Sim.  Ele estava no Expresso e se você não fosse tão enrolada, poderia ter ficado na Cabine onde ele estava.

- Não acredito, como eu sou burra.  Mas ele perguntou sobre mim?

- Não, Carol.  Não perguntou nada.

- E aquela Alyssa, também estava na cabine?

- Ah sim, ela, a Inny e o Giller.

- Não gosto da amizade dela ou seja lá o que for, com o Paul.  Não gosto do jeito que ela olha para ele.

- Mas eles são apenas amigos.  Não tem nada a ver.  Posso assegurar-lhe que não há segundas intenções na amizade deles e que Alyssa é uma pessoa extraordinária.

- Não sei não.  Eu não confio nela.

- Bem, não vai adiantar ficar discutindo com você.  Acho melhor dormirmos, amanhã é nossa primeira aula de DCAT.

- Certo. – concordou Carol um pouco contrariada.


- Acorda Andréa! Já esta na hora da nossa primeira aula.

- Não enche Carol, deixe-me dormir mais um pouco.

- Vamos logo levanta! - falou a menina entediada. – A gente vai perder a nossa primeira aula de DCAT e ainda não sabemos quem é o professor.  Você sabe?  Ele estava na Cerimônia de Seleção?

- Não...

- Agora levanta porque temos que ir tomar café.

Andréa se levantou e as duas foram em direção ao Salão Principal.  Chegaram lá atrasadas e o café já havia sido retirado dos pratos e das bandejas.

- Tá vendo?  Depois sou eu que sou sempre a enrolada, a atrasada... – constatou Carol. – acho melhor irmos para a aula, não acha?

Andréa concordou e as duas correram em direção à sala.  Já estavam bastante atrasadas.

- Quem será o novo professor de DCAT? E qual casa vai nos acompanhar nessa aula?  É verdade o que dizem deste cargo, é mesmo encantado.  E eu acho que esses encantamentos são feitos pelo Prof. Snape, dizem que ele quer o cargo a todo custo.

- Ah, nem me fale em Snape a essa hora da manhã.  Por favor.  E a nossa aula será junto com a Corvinal, para sua felicidade. 

- É isso, minha felicidade.  Mas ela só estará completa quando eu tiver o Paul para mim.  Mas e você com o Potter?  Algum progresso?

- Não, parece que ele só tem olhos para Cho Chang e Gina Weasley tem uma imensa adoração por ele.

- Pelo que eu fiquei sabendo, ele e Cho não estão mais juntos e Potter já não fala mais tanto nela.  Quanto à Gina, parece que está namorando com outra pessoa.

- Isso é uma boa notícia, aliás, ótima.  Mas não quero pensar nisso agora, preciso me concentrar na aula.


Alyssa estava no Salão Comunal da Corvinal onde mostrava radiante sua vassoura: a Firebolt Corvinal e conversava sobre a conversa que tinham tido com Dumbledore na noite anterior.

- O que vocês acharam disso tudo? – perguntou Alyssa.

- Acho que será ótimo se a Câmara tiver sido reaberta.  Podemos acabar com Voldemort e entrarmos para a história com esse feito. – disse Paul.

- Paul, você só pensa nisso?  Em ser famoso. – disse Inny

- Não, quero ser famoso e livrar o mundo do terrível Voldemort.  Unir o útil ao agradável.

- PSIU! Não fale o nome dele. – disse Giller. – Isso pode invocar coisas ruins.

- Ok, Ok, Giller.  Não está mais aqui quem falou.

- Meninos, temos aula de DCAT agora e estamos atrasados. – disse Inny. – Não podemos chegar atrasados no primeiro dia de aula com um professor novo.

- É verdade meninos.  Temos que ir para a aula. – disse Alyssa enquanto subia ao dormitório para guardar sua vassoura.

Meia hora mais tarde, estavam na sala de Defesa Contra as Artes das Trevas.  Paul tinha feito questão de sentar-se perto de Carol e conversavam animadamente.  Andréa conversava com Potter e Alyssa, Inny e Giller conversavam entre si.

Todos estavam sentados quando o novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas entrou na sala.  Era baixo, moreno e carismático.

-Bom dia, eu sou Elphias Doge, o novo professor de Defesa das Artes contra as Trevas!

Harry o conhecia.  Ele era um dos integrantes da Ordem de Fênix. 

- Olá Harry.  Tudo bem com você?

- Ah sim, tudo bem comigo professor.

A aula transcorreu sem maiores problemas, exceto por Paul e Carol que não paravam de conversar.  Quando Doge pedia para eles repetirem o que havia dito na aula, o silêncio tomava conta dos dois.

- Não sei porque a Carol e o Paul não começam a namorar.   Está na cara que eles se amam. – disse Alyssa. – E quanto à você e o meu irmão, Inny?

- Seu irmão não tem olhos para mim, Alyssa.  Os olhos e o coração dele são de Clarissa Frinniére. – disse apontando a menina no canto da sala.

- Isso é só porque ele ainda não descobriu como você é especial, amiga.

- Obrigada, Alyssa.  Mas parece que não sou muito especial para ele.

- Engraçado, Hermione Granger não está na sala, na primeira aula de DCAT...  E Ronald Weasley também não...  O que pode estar acontecendo? – perguntou Alyssa enigmática.

- O que está acontecendo é o que aconteceria se você ficasse sozinha com Jason Cloudmind.

Jason Cloudmind era um menino do sétimo ano, pelo qual Alyssa era apaixonada desde o quarto ano.  Era alto, tinha as costas largas, olhos verdes e era o batedor do time da Corvinal.  Resumindo, Cloudmind era o máximo.

- Hehehe, engraçadinha...

- Bem, é só por hoje.  Podem ir.

Todos saíram da sala e antes que Potter pudesse sair, Doge pediu para que ele esperasse.

- Potter, pedi que me esperasse porque acho que você deve saber.  A Câmara Secreta foi realmente reaberta.  Soubemos hoje de manhã.  Não se sabe como, mas realmente foi aberta.  Já tivemos uma vítima.  Sente-se...

- Não, não precisa.  Quem foi a vítima?  Ela morreu?

- Ah não, graças a Deus, tinha um espelho em sua mão e olhou o basilisco apenas pelo espelho.

- Então, quem foi atacado?

- Harry, acho que você deve ser forte.  Ela está na enfermaria.

- Você não está querendo me dizer que...

- Sim, Hermione é a primeira vítima do Basilisco.

Harry achava aquilo tudo muito confuso, sua vida era confusa.  Alguém teria pego novamente o Diário de Tom Riddle? 

Ficou parado pensando desesperado e por fim, achou melhor contar à Alyssa, Paul, Giller e Inny.

- Alyssa... Espere.

Alyssa olhou para trás e parou quando viu Potter que vinha correndo em sua direção.

- Olá Potter, o que quer dessa vez?

- Quero contar que a Câmara realmente foi reaberta e que o basilisco fez sua primeira vítima: Hermione.

- E como ela está? – perguntou Inny chorosa.

- Não sei, vou à enfermaria agora mesmo.

- Obrigada Harry, por nos manter informados. – disse Inny enquanto Harry se afastava.

- Quem você acha que abriu a Câmara, Paul?? – perguntou Giller.

- Não faço a menor idéia - disse o menino ... Mas..

Ao ouvir isso, Alyssa deu um único olhar à Paul que na hora, percebeu que era melhor se calar.

- Ninguém pode ouvir isso.  Os estudantes não podem nem pensar nisso.  Não agora.

- O que você acha Inny? – perguntou Giller.

Malfoy e sua turma já sabiam que a Câmara tinha sido aberta e estavam ansiosos para saber quem havia reaberto a Câmara.  Malfoy não estava muito ansioso, pois parecia saber quem havia feito aquilo.

N/A:  Mais um capítulo...  Quem será que abriu a Câmara novamente?  Obrigada pelos reviews e nesse capítulo entrou mais uma amiga minha, a Carol...  Espero que estejam gostando e continuem acompanhando, mais coisas virão por aí.