Capítulo 6 – Os verdadeiros sangue puros.

Dumbledore levantou- se e todos se calaram. Filch trazia o Chapéu Seletor que gritava aos quatro ventos que não queria ser pego por um zelador aborto.

- Me solte, seu aborto... Me solte ou eu...

Todos olharam para o Chapéu que se debatia nas mãos de Filch. Tinham esquecido as conversas paralelas e prestavam atenção em Dumbledore e nas mãos do zelador.

- Aqui, alunos, está um poderoso instrumento mágico. - disse Dumbledore dando umas batidinhas de leve no Chapéu que imediatamente se acalmou - Este é o Chapéu Seletor, que vocês conhecem de longo tempo. E bem, como vocês já devem ter percebido, será ele quem vai escolher os quatro representantes das casas, que deverão ter o sangue legítimo do fundador de suas casas correndo nas veias e impreterivelmente mais de 15 anos.

Houveram alguns ruídos de desaprovação no salão. Era óbvio que os mais novos também queriam participar.

Todos olharam com uma expressão de espanto quando o Chapéu começou a falar:

Em Hogwarts, esse ano

Algo novo irá acontecer...

Bruxos e Bruxas,

Vocês irão se entreter.

No Torneio Inter- Casas

Com o sangue do fundador

Só os melhores de cada casa

Terão seu louvor...

-Nossa, essa foi realmente a pior de todas... – disse Paul aos que estavam sentados na sua frente.

- Gostaria de desejar boa sorte a todos os estudantes. Vou chamar-lhes e vocês deverão vir até aqui, sentar-se no banquinho e deixar que o Chapéu dê seu veredicto. – disse Dumbledore. - Os que tiverem participando desse torneio estarão automaticamente dispensados dos NIEM´s. Tenho ainda que avisar que teremos o Torneio de Quadribol, como todos os anos.

A agitação foi intensa... Todos davam vivas. Alyssa sentiu calafrios. Sabia que ela seria a escolhida. Não precisava nem passar pelo Chapéu.

A Lufa- Lufa foi a primeira casa a ser chamada para o Chapéu. De todos os alunos, Ernest McMillan foi o escolhido.

A Grifinória foi a segunda e como era de se esperar, dentre todos os alunos, Harry Potter tinha sido o escolhido.

A Sonserina foi a terceira casa e depois de muitos testes e muita confusão, Malfoy acabou sendo escolhido.

A Corvinal ficou por último, deixando Alyssa ainda mais nervosa.

Um por um, todos foram. Existiam naquela casa três pessoas com o sangue de Rowena, dos quais duas haviam sido testadas pelo Chapéu, que instantaneamente deu seu veredicto.

- ALYSSA RAVENCLAW...

Na mesa da Corvinal, Paul, Inny e Giller cochichavam:

- Acho que era por isso que Dumbledore nos chamou lá aquele dia. Pra ajudar a Alyssa a vencer esse torneio e para dar um fim a Voldemort.

- Mas... Não podemos matar Voldemort, nem Potter conseguiu. – disse Giller.

- Mas pode ser que nós quatro consigamos. – respondeu Paul enquanto olhava para Alyssa perto de Dumbledore.

- Bem, os quatro receberam as tarefas e farão todos os testes necessários em dia marcado posteriormente pela Prof Minerva. Agora podem ir.

Alyssa se juntou aos seus amigos e saíram do Grande Salão. Alyssa, Giller, Paul e Inny subiram conversando e quando se deram conta estavam na frente retrato de Sir Felix de Nordemburgo.

- Mimbletonia Miragoga. - disse Inny enquanto a figura se movia revelando a entrada.

- É... - disse Giller - Aqui estamos nós.

- Nem me diga isso - disse Alyssa passando a mão pela testa. – Eu fui a escolhida, como Dumbledore disse que iria acontecer.

- Vamos Alyssa. - disse Inny - Agora vamos ter dois tempos de poções. Não podemos demorar. Só de pensar nas aulas do velho Snape, fico

arrepiada.

- Nem me fale isso também. - disse Alyssa que subiu correndo ao dormitório com Giller nos encalços. – E sabe que eu estou bastante preocupada com a Hermione...

Quando subiu para o dormitório, viu algo que não via há muito tempo. Na verdade, não a vida desde uma semana antes de vir a Hogwarts quando tinha saído para entregar um bilhete de Frinny para uma amiga.

- AFRODITE. Minha corujinha...

Afrodite piou três vezes fortemente e estendeu a pata para que Alyssa tirasse a carta que trazia.

"Senhorita Alyssa, venha ao meu escritório amanhã, depois das 9:00 da noite. Venha sozinha dessa vez.

Atenciosamente

Alvo Dumbledore

Diretor de Hogwarts.

- Pronto... O que aconteceu agora? - disse Alyssa sozinha.

Achou que seria melhor ir para a aula de Poções. Não podia chegar um minuto sequer atrasada para a aula de Snape.

Desceu correndo e encontrou os outros a esperando.

- Vamos, não podemos chegar atrasadas. – disse Inny correndo para o retrato. – Se chegarmos atrasados pegaremos uma detenção e imagina a minha mãe sabendo de uma coisa dessas...

- Mimbletonia Miragoga.

Correram o máximo que puderam e assim que entraram na masmorra, Snape entrou e fechou a porta.

- Essa foi por pouco. – constatou Giller.

- Foi mesmo. – respondeu Paul

Alyssa pensou em contar aos seus amigos sobre a carta de Dumbledore, mas achou melhor não, pois se eles não tinham sido chamados, para que precisariam saber? E além do mais, os três iriam ficar tristes com imensa falta de consideração de Dumbledore. Eles só serviam para ajudar Alyssa com o Torneio Inter-Casas e para mais nada? Pensando em todas essas circunstâncias, Alyssa resolveu não contar nada aos três.


Alyssa não tinha prestado um minuto sequer de atenção na aula de Snape, estava preocupada com o que Dumbledore queria com ela.

- Podem ir, é só por hoje...

Saíram da sala e Paul comentou:

- Realmente, Snape é muito chato! Mal começou o ano e já está pegando no nosso pé? - finalizou ele enquanto andavam por um corredor.

- Ah... Ele não pega no meu! - falou Alyssa - Não ousaria e... Até que é aturável só um pouco duro!

- Só está falando isso porque você não prestou atenção um minuto sequer na aula dele. Aliás, em que você estava pensando? – perguntou Paul.

- Em nada de importante, estava lembrando da responsabilidade que vou ter nesse Torneio. Toda a Corvinal espera que eu o ganhe.

- E vai ser fácil, você já viu seus adversários? – perguntou Giller tentando animá-la.

- Não muito Giller, Draco Malfoy e Potter são bem espertos e Ernest Macmillan também tem suas qualidades ou não estaria entre nós quatro.

- Mas você é a melhor dos quatro.

- Obrigada Giller.


Mais tarde, Inny e Alyssa andavam nos corredores rumo à biblioteca para fazer um dever de História da Magia particurlamente chato. Lá estavam Carol e Andréa sentadas em uma mesa.

Assim que Alyssa e Inny entraram, Andréa fez sinal para que se sentassem juntos, à contragosto de Carol, que não suportava Alyssa.

- Oi meninas, viemos fazer dever de História da Magia. – disse Inny.

- Nós estamos fazendo dever de Poções. 45 centímetros de pergaminho. – disse Andréa desanimada. – E você, Alyssa como se sente sabendo que

vai disputar o Torneio Inter- Casas?

- Não muito bem, ando um pouco preocupada. A Corvinal está depositando toda fé em mim e espera que eu ganhe.

- Mas você não precisa ficar preocupada, Alyssa. E nem os corvinais. Vocês estão tendo esperanças à toa. Ninguém é palho para Harry Potter. O menino sobreviveu à Voldemort, você acha que tem chances de ganhar de alguém assim? – perguntou Carol irônica.

- Olha só, eu vim aqui para estudar, não para discutir com você. Fiquei sabendo que você espalha aos quatro ventos fofocas sobre mim. E sinceramente não sei o que a Andréa, uma ótima pessoa, vê em você para te considerar amiga dela. Eu não sei qual é o seu problema, Carol, mas acho que você não devia descontar nas pessoas que não tem nada a ver com isso.

- Carol, acho melhor botarmos a limpo essa história, não acha? – perguntou Andréa sem dar tempo algum para a amiga responder.

- Alyssa, o problema da Carol com você é simplesmente ciúmes. Ela é apaixonada pelo Paul e acha que você também é.

- Então é só por isso? Carol, Paul é um dos meus melhores amigos e vai continuar sendo para sempre, mas esse interesse que você diz que eu tenho por ele nada mais é do que pura imaginação sua. Eu nunca tive e nem penso em ter nada com o Paul. Pode ficar com ele todinho para você.

- Mas eu pensei que...

- Pensou errado, querida. – disse Inny – O Paul é tímido demais para vir falar com você, só isso...

- Você está falando sério? – perguntou Carol.

- Lógico que ela está. E eu acho que a senhorita tem feito mau juízo de mim esse tempo todo. Não acha que tem sido bastante injusta? – disse Alyssa se virando e indo em direção à porta. – Não quero mais fazer dever nenhum, era só o que me faltava eu apaixonada pelo Paul e uma menina inventando fofocas ao meu respeito.


Com a novidade sobre o quadribol, Joane resolveu imediatamente pedir uma ajuda à seu pai para que ela pudesse entrar para o time da Sonserina e a resposta foi imediata. O Sr. Zigfried Volks escreveu uma carta pedindo que fosse realizado um teste com sua filha Joane para que ela entrasse no time... E Dumbledore prontamente aceitou, afinal Zigfried e Dumbledore haviam sido amigos a muitos anos quando ainda estudavam em Hogwarts.

No dia seguinte, Joane se preparou para o teste que seria realizado pelo capitão do time da Sonserina. Achou que seria melhor ir para o campo e aguardar o time lá.

Sentou em uma das arquibancadas com sua vassoura e esperou, esperou muito, muito mais do que sua alma sonserina poderia suportar.

- Você deve ser quem Dumbledore mandou aqui para realizar o teste. – disse Alexander Smartoph, o capitão do time. – Pois vamos lá.

- Ah...Que demora...Eu não tenho o dia todo...Eu serei um batedor! – disse no alto de sua prepotência sonserina.

- Ah sim e o que faz você pensar que pode ser do nosso time?

- Como assim? Meu pai é amigo de Dumbledore e ele mesmo fez questão de me colocar no time. Eu sou boa para estar no time! E além do mais, meu pai ficará muito chateado, digo furioso, se você não me puser nesse time como BATEDORA. - Disse Joane com um tom agressivo na voz e dando a entender que Alexander não podia simplesmente ignora-la.

- Está bem... Vamos ver do que você é capaz... Monte em sua vassoura e vá tentar segurar os balaços que eu vou mandar... Hehehe...Veremos se é tão bom quanto diz! - Disse Alexander.

Joane montou em sua vassoura e decolou em direção ao primeiro balaço. Iria conseguir pegá-lo, foi em alta velocidade em direção ao balaço que desviou dela e parecia querer acertar Giller que estava no lado oposto do campo. Giller não tinha se dado conta do que estava acontecendo e continuava sentado estudando. Joane pensou: "Seria bom que o balaço acertasse ele. Não precisamos desse idiota na escola. Mas não posso fazer isso, querendo ou não tenho que ajudá-lo... Droga, eu não sou uma assassina".

Joane foi com tudo em direção ao balaço que já estava se aproximando de Giller. A menina viu que não conseguiria segurar o balaço, na velocidade em que a bola estava. Se Joane tentasse segurá-lo com certeza o balaço iria arrancar seu braço e ia atingir Giller do mesmo jeito, mas se ela fosse mais rápida que o balaço e conseguisse tirar Giller de lá... É, havia uma esperança. Voou cada vez mais rápido com a vassoura e passou a frente do balaço. Quando Giller se deu conta de que algo vinha em sua direção, não havia mais tempo, o único pensamento que teve foi esperar o balaço atingí-lo e rezar a Merlin que a sua morte fosse rápida. Joane ganhou mais velocidade e foi em direção a Giller e em menos de um segundo, agarrou Giller pela roupa e levantou vôo, longe do alcance do balaço. A sonserina deu meia volta e aterrizou no campo onde Alyssa, Inny e Paul estavam esperando por explicações do que estava acontecendo.

- Joane o que você fez como o Giller? - Perguntou Inny aflita.

- O que você fez? Era para te agarrado o balaço e não ter salvado esse idiota corvinal. - Disse Alexander que vinha se aproximando.

- Eu tive que tirar ele dali senão ele estaria morto a essa hora.

- Joane você salvou o Giller? - Perguntou Alyssa não acreditando no que acabara de ouvir.

- Não pensem que eu fiz isso por que eu sou boazinha, eu não sou... Só não achei certo que ele morresse por minha causa! - Disse Joane com veemência.

- Obrigado amiga. - disse Giller.

- Eu não sou sua amiga e não precisa agradecer...Eu faria isso por qualquer animal, qualquer sangue ruim, seu idiota!

- Espero que você esteja satisfeita, Joane Volks... Você acaba de perder sua vaga no time! - Disse Alexander.

Joane ficou paralisada. Parecia não ter mais vontade de viver, parecia ter entrado em transe e saiu do campo sem falar com ninguém.

N/A: Oi gente, sexto capítulo no ar... O que vocês acharam? Bem, eu estou adorando fazer essa fic, estou me divertindo muito com ela, muito mesmo... Bjks e até o próximo capítulo... Reviews please.