Joane estava sentada em uma das poltronas macias da Sala Comunal da Sonserina. Não tinha falado com ninguém desde o incidente fatídico do campo, naquela tarde. Malfoy, Ana e os outros estavam bem preocupados com ela.
- Vocês souberam do que aconteceu no campo hoje de tarde? – Perguntou Ana tentando fazer com que Joane não ouvisse.
- Bem feito, quem mandou ela salvar aquele idiota da Corvinal. Se fosse eu o deixaria morrer, atingindo por um balaço bem na cabeça, iria voar pedacinho do Lockhart para tudo quanto é lado. – respondeu Draco.
- O grande problema, Draco Malfoy, é que eu não sou uma assassina sangue frio como você. – disse deixando Draco sem fala.
- Oi Joane, podemos conversar? – perguntou Ana.
- Amanhã Ana, hoje eu não quero falar com ninguém. - Respondeu Joane. – Me deixem em paz, SAIAM DAQUI!
Ana, Malfoy e sua turma saíram da Sala Comunal deixando Joane perdida em seus próprios pensamentos.
Na manhã seguinte, Joane havia deixado o dormitório com uma carranca assustadora.
Andou até o Salão Principal, passou por algumas armaduras e por alguns quadros que a cumprimentaram em vão. Ela não respondia ninguém.
Parte por ser uma sonserina, parte por estar com seus pensamentos longe!
Quando chegou ao Salão para tomar seu café da manhã, a primeira coisa que viu, para acabar com seu dia, diga-se de passagem, foi Alyssa que estava exatamente à sua frente.
Joane tentou fingir que não tinha visto Alyssa e deu a volta tentando seguir para a mesa da Sonserina.
- Agora eu quero falar com você! - Disse Alyssa. - Dessa vez você não me escapa!
- Como ousa me segurar pelo meu braço, sua, sua... - Disse Joane olhando para mão de Alyssa que segurava seu braço com força.
- Joane, aconteceu alguma coisa com você? Eu gostaria de agradecer-lhe pelo que fez ao...
- É aconteceu sim... Seu amigo idiota deve estar muito feliz, graças a ele eu perdi minha vaga no time de quadribol.
- Sabe o que isso prova Joane?
- Que eu sou uma completa idiota que fica salvando por aí quem não merece!
- Não, isso prova que você tem uma alma boa. Se fosse o Malfoy, deixaria o Giller morrer.
- E seria bem feito. Eu gostaria muito de ter o sangue frio dele, mas não tenho... Agora sai da minha frente que eu não agüento mais olhar para a sua cara, sua estudiosa de merda.
Alyssa observou Joane sentar-se na sua mesa. A menina parecia realmente estar rancorosa por ter perdido a vaga no time, mas pelo menos não tínhamos mais uma Malfoy na escola.
Foi para a mesa da Corvinal a fim de tomar seu café matinal e contar a conversa aos seus amigos.
- O que aconteceu com a Joane? – perguntou Inny.
- Ela está chateada em ter perdido a vaga no time.
- E tudo por minha causa, coitada, ela deveria ter deixado o balaço me pegar e...
- Não repita isso nem de brincadeira, você é muito mais importante que uma vaga de batedor em um time... E a Joane também sabe disso... – retrucou Inny.
- Tudo bem, me exaltei um pouco... – riu Giller. – Bem, Paul acho que já está na hora de irmos para o Dormitório pensar um pouquinho mais sobre o nosso plano.
- Ok, vamos lá. – disse saindo da mesa.
- Peraí, que plano é esse? – perguntou Alyssa que não foi respondida por nenhum dos dois amigos. - Poxa, eles nem nos contaram... O que será que...
Inny estava absorta olhando algo que Alyssa não sabia que era. Tentou olhar na mesma direção em que a amiga olhava e viu o objeto de desejo de Inny: Josh Ravenclaw. Josh também retribuía os olhares e dava a entender que queria algo mais com Inny, mas Alyssa não podia falar nada antes de conversar com seu irmão. Ai dele se estivesse dando esperanças furadas à sua amiga.
Mas ao olhar para seu irmão, viu que um par de olhos extremamente verdes e enigmáticos a admirava: Jason Cloudmind, o deus grego da Corvinal. Com certeza, ele estaria olhando para algo atrás de si, afinal nunca tinha reparado nela.
- Inny, olha só quem está com meu irmão e olhando diretamente para cá... – sussurrou Alyssa.
- Jason Cloudmind. Ele está olhando para você. Não pára de olhar.
- Mais tarde terei uma conversa com meu irmão, afinal o Jason é amigo dele e ele deve saber de algo.
- Isso mesmo. Eu também tenho que dar um destino a essa minha paixão platônica pelo seu irmão. Eu sinceramente não entendo os homens, num dia eles estão apaixonados por Clarissas da vida e no outro ficam olhando para a Innyzinha aqui.
- Eu também não os entendo... – disse Alyssa voltando a olhar para Jason e retribuindo o sorriso do rapaz.
A aula de Transfiguração com a Corvinal começaria dentro de uns minutos e quando Ana se deu conta de que Joane e Draco não estavam na sala, resolveu ir procurá-los no Salão Principal onde haviam tomado café. Chegando lá, viu Alyssa e Joane conversando educadamente.
- Ei Joane, nós vamos ter aula de Transfiguração agora, temos que ir... Pensei que você estivesse com o Malfoy, ele ainda não chegou na sala, mas não imaginei você aqui conversando com ela. – disse Ana num ar de desdém.
Alyssa não se deu ao trabalho de responder à provocação de Ana, apenas se levantou e disse:
- Joane, não se esqueça do que eu te falei, tchau! – disse Alyssa indo em direção a sala de Transfiguração.
- Joane, o que ela te falou?
- Nada de especial, apenas aqueles sermões de sempre... Que eu não sou uma assassina apesar de ser Sonserina, que a vida do idiota que eu salvei é mais valiosa que uma vaga no time. Bem, deve ser mesmo porque eu não vou entrar no time, por causa daquele idiota. Bem, eu perdi...
- O quê? Você só pode estar brincando! Sonserinos nunca desistem. É o seu sonho entrar para aquele time, isso não pode ficar assim. Quem sabe se falarmos com Snape? Ele pode dar um jeito...
- Quem sabe!
Foram subindo as escadas devagar. Ana fechou os olhos, o som de repente desapareceu, tudo estava rodando. Parecia ouvir algo a chamando. - "Volks, Volks, você é a escolhida..." - Ana parou de repente, incapaz de abrir os olhos, tudo estava embaçado e distante.
- Joane, Você ouviu isso?
- Isso o quê?
- Alguém me chamando...
- Não. – disse virando-se para olhar o Salão Principal. Estava deserto.
As coisas começaram a entrar em foco e ela se via em um Grande Salão Deserto e silencioso. – "Volks, acontecerá outra vez... Venha Volks, venha..." – Ana parecia estar em transe ouvindo aquela voz aguda e sibilante.
- Ana... – disse Joane gritando. - O que está acontecendo com você?
- Não sei, não deve ser nada... Só estou muito cansada.
As meninas começaram a caminhar em direção à Sala de Transfiguração, mas Ana estava sua cabeça longe, não era a primeira vez que ouvia coisas assim, poderia estar ficando louca... "Não, só estou um pouco cansada".- disse para si mesma. Chegaram à aula atrasadas e abriram a porta devagar.
- Srta. Volks... Já atrasadas no primeiro dia de aula... Expliquem-se!
- É que a Ana... – Joane parou abruptamente quando foi cutucada por Ana.
- Nós nos perdemos professora, desculpe.
- Ok, mas que isso não se repita estão entendendo?
- Sim professora.
Foram se sentar nas duas mesas vazias que haviam ao fundo. Giller não estava na sala para alívio de Joane que não conseguiria olhar para a cara daquele palerma.
A aula transcorreu sem maiores problemas, quase todos tinham acertado as transfigurações propostas por McGonagall. Ana era a única que não havia acertado, tinha transfigurado um rato em uma pena com rabos, patas e orelhas, e isso tinha rendido 10 pontos a menos para a Sonserina.
Terminado a aula, Ana, Joane e Malfoy estavam andando pelos corredores...
- Ah gente desculpa. Já perdi dez pontos no primeiro dia de aula.
- Não fica pensando nisso...
- Nem precisa se preocupar querida. Eu vou conseguir muitos pontos ganhando o Torneio Inter-Casas.
- Bem, que tal falarmos com o Snape agora? – perguntou Ana que parecia ter recobrado a inteligência.
- Falar com o Snape? Para que? - perguntou Malfoy.
- Sobre a vaga da Joane no quadribol.
- Ah, bem eu tenho mais o que fazer, tenho eu me preparar para o Torneio Inter-Casas. – e saiu em direção à Sala Comunal da Sonserina.
Alyssa estava na Sala Comunal lendo um livro. Estava ansiosa para que Josh descesse, precisava muito conversar com ele. Não tinha aulas à tarde nesse dia e sabia que Josh também nato tinha.
A hora passava bem devagar na Sala Comunal da Corvinal quando não se tinha nada para fazer. Alyssa já tinha lido aquele livro quatro vezes e só estava com ele para disfarçava sua grande ansiedade.
Nesse dia a hora se arrastou ainda mais e nada de Josh, Jason ou qualquer outro setimanista daquela casa.
De repente, algo aconteceu. Alguém por trás de Alyssa tapou sua boca e seus olhos.
- UHHHHHHHHHH! – bradou Alyssa se debatendo. Provavelmente seria alguém que queria eliminá-la antes mesmo do torneio Inter-Casas.
Debateu-se tanto que foi solta pela coisa e caiu sentada diretamente na poltrona que estava. Imediatamente, olhou para trás e não viu nada.
- Quem é você? Quem está aí?
Existia um vulto na Sala Comunal e Alyssa o via claramente. Nesse instante, Giller se materializou na sua frente.
- Giller, como você faz isso e...
- Está vendo? Meu dom está cada vez mais aprimorado. Me transformo em poeira cósmica.
- Isso é demais... Mas ninguém pode saber... Muito menos os professores...
- Não esquenta, está tudo sobre controle... Agora, eu vou usar aquelas minhas bombas de bosta nos sonserinos, é lógico. Quer vir também?
- Não, tenho outras coisas para fazer. Obrigada e bom divertimento.
Giller se desmaterializou novamente e saiu pelo retrato de Sir Felix que se abria para outros estudantes entrarem.
O quarteto invencível da Corvinal, Josh Ravenclaw, Jason Cloudmind, James Taylor e Owen Matthews.
- Oi irmãzinha.
- Oi Josh, acho que precisamos conversar?
- Irmãzinha querida. Não vai falar com Jason, James e Owen?
- Oi gente. – Alyssa estava realmente envergonhada com aquela situação. – Podemos conversar Josh?
- Sim, lógico. Pode falar...
- Em particular.
- Ok, galera. Depois vejo vocês...
Assim que Jason, James e Owen saíram, Alyssa e Josh sentaram-se nas poltronas mais afastadas que ficavam ao lado da lareira.
- O que é?
- Primeiro eu queria saber como anda seu romance platônico com a Frinniére?
- Não tem romance nenhum, aliás, nunca teve. Foi tudo uma grande idiotice da minha parte.
- E o que te fez mudar tanto assim?
- A Clarissa é apaixonada em Kevin Dserbachovicz. Eu não vou ficar sofrendo por ela. E também, não sei se deveria te falar isso mas, estou
começando a me interessar pela sua amiga.
- Ah que bom. Josh, a Inny é muito especial. Ela também gosta muito de você.
- Eu sei... Mas não era só isso que você queria falar comigo não é?
- Realmente não, não consigo esconder nada de você, não é Josh? Embora você não possa ler os pensamentos aqui dentro, você me conhece
bem...
- Sim.
- Bem, quero saber o que Jason sente por mim?
- Você quer saber o que ele sente por você, senhorita Ravenclaw? – perguntou.
- Sim, quero.
- E porque quer saber isso?
- Ora, ora, Josh você sabe o que eu sinto por ele.
- Bem, Jason Cloudmind quer entrar para a família Ravenclaw. Seu sonho é casar com você e ter um monte de filhos, como Arthur e Molly
Weasley.
- É mesmo? Você deve estar brincando comigo.
- Não, não estou não. E acho melhor você se acertar com ele logo, existem outras meninas aqui em Hogwarts que são loucas por ele.
Ficaram conversando por muito tempo sobre Inny e Jason e Alyssa não se deu conta da hora. Somente quando o relógio soou 8:30, se lembrou do encontro com Dumbledore.
-Bem, Josh, tenho que ir conversar com o diretor. Pode deixar que eu vou me acertar com o Jason e espero que você também se acerte com a minha amiga. Olha ela descendo a escada. Por que não conversam agora?
- Não Alyssa, não...
Mas já era tarde, Inny vinha na direção dos dois, disposta a se sentar ali.
- Olá gente.
- Oi. – disse Josh. – Sente-se aqui conosco.
- Bem, eu vou, pois tenho uma audiência marcada com Dumbledore agora.
Foi ao retrato que como sempre pediu a senha.
- MIMBLETONIA MIRAGOGA.
Saiu para ganhar o corredor deixando os dois, Josh e Inny, conversando.
Alyssa seguiu direto para sala de Dumbledore, parecia que sempre que precisava ir ao escritório, um feitiço era posto em sua mente. Chegou em
frente à grande gárgula que mostrou a escada em caracol. Subiu imediatamente e lá estava Fawkes e Dumbledore retirando pensamentos de sua grande mente e os colocando em sua penseira.
- Professor, o senhor queria me ver?
- Oi Alyssa, eu estava te esperando. Gostaria que acertássemos algumas coisas.
- Bom... Aqui estou - disse Alyssa sentando-se na frente do professor.
- Bem, primeiramente há uma oportunidade no Time da Corvinal. Nosso artilheiro saiu ano passado e fiquemos sem um deles. Gostaria de saber se a senhorita aceita?
-Sim professor, sempre foi o meu sonho ser do time de Quadribol da Corvinal. -disse Alyssa se contendo. Estava tão feliz que se pudesse sairia correndo dali nesse momento para contar a novidade a todo mundo.
- E tem outra coisa que eu acho que deva esclarecer. Hermione Granger e Ronald Weasley mandaram as cartas a meu pedido. Não há o que se
preocupar com isso. Foi a meu pedido para que a senhorita viesse preparada para o que vai acontecer: o Torneio Inter-Casas.
- Tudo bem. Mas porque o senhor mesmo não mandou?
- Estava muito atarefado senhorita e achei melhor que os monitores da Grifinória mandassem a carta.
- Professor, o torneio de quadribol e o Torneio Inter-Casas serão na mesma época?
- Não Alyssa, primeiro será o torneio, depois a taça de quadribol...
-Ok... E professor... - disse Alyssa tentando entender Dumbledore
- Pode ir agora se quiser...
- Ok e obrigada por tudo, professor...
N/A: Sétimo capítulo no ar... E ae Inny gostou? Nesse capítulo acho que desencanta sua história com o Josh hein... Como eu estou sempre atolada e sem tempo de nada e também não sei o que escrever, vou ficando nessa.... Bjinhus e reviews please.
