"A inconsistência do Santuário – Memórias"

By Ayan Ithildin

- Como pudeste? – berrou Seiya, quebrando o silêncio.

            - Eu não acredito… - murmurou Shiriyo, olhando-a magoado e desapontado.

            - Experimenta fazer o mesmo comigo! – berrou Hyoga plantando-se em frente a Dâmaris, de punhos erguidos, que não se mexeu. – É um desafio, anda! Ou estás com medo? – Parecia o mesmo nervoso que atacara a ilusão de Saga sem pensar na batalha das doze casas, estava totalmente descontrolado. Foi isso que Shun pensou.

            - Hyoga, ela venceu com justiça. – disse suavemente, tentando apoiar o corpo do irmão. Toda a gente se virou para ele, espantada.

            - Shun, o que é que tu… - começou Ikki zangado.

            - Shun… ela… ela atacou o teu irmão de uma maneira totalmente baixa! – protestou Hyoga. – Não me interessa, estás desafiada, defende-te! – Hyoga ergueu o braço e lançou-se na direcção de Dâmaris. O seu punho, em vez de bater no rosto da jovem, no entanto, foi parado por uma mão de Shaka, que se metera à frente da rapariga.

            - Pára, Cisne. – Hyoga fez força com a mão para a frente. – Ou queres lutar comigo? – perguntou Shaka erguendo as sobrancelhas. Hyoga ignorou-o, queria meter um murro que fosse no rosto enlouquecedoramente bonito de Dâmaris, que parecia troçar deles apesar da impassibilidade da jovem. Começou a tirar a mão para atacar Dâmaris. Shaka franziu as sobrancelhas contrariado e apertou o punho fechado de Hyoga. O rapaz gemeu e caiu com um joelho no chão. – É preciso partir-te o pulso, rapaz?

            - Sai da frente! – ninguém dizia a Shaka "sai da frente", sobretudo quando era para bater em Dâmaris. Deixou a força fluir pelos músculos do braço até à mão. Os ossos de Hyoga estalaram que olhou para Shaka vendo este sorrir com ironia. Dâmaris estava numa aflição. Hyoga começou a desbaratar.

            - Alexei Hyoga Yukida! C'estassez ! – Camus de Aquário pulou para dentro da Arena. – E agradecia-te, Shaka, que não partisses a mão do meu discípulo.

            - Eu não lhe parto a mão se ele se afastar da minha discípula… - disse Shaka, deixando no ar uma ameaça velada enquanto largava o punho de Hyoga. Virou-se para Dâmaris que se preparou para ouvir uma desanda. – Parabéns, estou muito orgulhoso de ti. – Dâmaris desesperou-se. Aquilo era só para provocar os outros? Shaka não teria juízo?  

            - Estás sempre a defendê-la porquê, caspida? – cuspiu Carlo furioso. – Ela quase que matou o Ikki.

            - Primeiro – disse Shaka friamente, erguendo a voz e voltando-se para encará-los. – ela não esteve nem perto de o matar. Segundo, eu só a defendo porque ela tem razão. E terceiro, até o Shun, que é irmão do lesado, diz que ela venceu justamente. – os rostos voltaram-se novamente para Shun, inclusive Ikki.

            - Ela venceu justamente, irmão. – disse ele suavemente. – Numa batalha a sério não há ética, então temos que estar preparados para enfrentar tudo, e depois não há regra nenhuma nos treinos que impeçam a utilização dos nossos medos contra nós próprios.

            - Ela não tem culpa se não controlas os teus medos, Ikki. Ofereceste de mão beijada a Dâmaris a arma necessária para a tua derrota, num combate a sério não terias sobrevivido. – observou Mu.

            - Até tu, Mu? – protestou Carlo.

            - Até ele e até eu! – a voz possante de Saga ecoou pela arena, manifestando-se pela primeira vez desde o incidente. – O espectáculo acabou. Câncer, se estás com vergonha, vai lavar a cara em casa. Vocês, de bronze, acalmem-se ou terei que começar a distribuir castigos. Camus, vê se educas melhor o Hyoga. É este comportamento que o faz perder metade das batalhas em que entra e quase morrer na outra metade. Shun, tens o resto do dia livre. – disse com um pequeno sorriso. – Vai-te embora, anda, hoje foste o único discípulo que se comportou como um homem.

            Carlo cuspiu causticamente para o chão e desandou dali. Ikki olhou venenosamente para Dâmaris.

            - Tu não és igual a Shaka… é bem pior que ele. És um monstrinho disfarçado de anjo. – disse com desprezo.

            - Desaparece! – berrou Saga furioso. – Desapareçam todos vocês! AGORA! – Saga furioso dava um medo de morte, toda a gente desapareceu dali com a mesma eficiência ou mais que os teleportes de Mu. Gémeos olhou Dâmaris. – E tu? Vai para casa, anda. Tu ficas, Shaka. Tenho assuntos para falar contigo. Agora! Ordens de Saori. Desaparece, Dâmaris!

            Dâmaris não queria ir para casa sozinha, mas Saga estava inflexível e Shaka cedeu mal-humorado, fazendo-lhe sinal para ir para casa. Dâmaris dirigiu-se para as Doze Casas, talvez Mu a levasse a casa, ele ficava logo na primeira casa… Mas Mu não estava, nem Aldebaraan em Touro e, ao olhar para a casa de Gémeos viu uma rapariga loira a passar para a casa de aprendiz. Devia ser June, a tal "loirinha" de que Saga falara, por isso tratou de passar sem incomodar.

            O pior estava na quarta casa. Carlo saltou-lhe ao caminho antes dela ter conseguido sequer entrar no corredor. Cruzou os braços incrivelmente morenos e olhou-a do alto de toda a sua estatura musculosa que não era brincadeira nenhuma.

            - Ah, sozinha? – perguntou com um sorriso mauzinho. – Onde está o guarda-costas?

            Pois é, Dâmaris, o "guarda-costas" não está cá, então vais ter que te desenrascar. Com um pouco de sorte, sobrevives…ou então, talvez Hades não seja assim tão antipático como isso, pensou a jovem taciturnamente.

            - Que guarda-costas? – perguntou friamente.

            - Ora, o teu guarda-costas loirinho. – disse Carlo com sarcasmo.

            - E eu tenho cara de quem precisa de guarda-costas? – perguntou com a arrogância própria de um discípulo de Shaka. – Pensas que te estás a ver ao espelho?

            - Muito engraçadinha.

            - Bem, talvez precise de um se não chego a casa em dez minutos. Por isso, dá-me licença…

            - Um momento. Fiquei com vontade de experimentar as tuas ilusões… Por isso… - Carlo pôs-se em posição de combate. – Descansa, se morreres Shaka não te vai dar uma desanda ao mundo dos mortos… - disse com uma risada sarcástica. Dâmaris olhou-o de alto a baixo. Uma coisa era os de bronze, outra totalmente diferente era os de ouro. Dâmaris já vira Camus e Aioria a treinarem para fazer uma pequeniníssima ideia do que era um combate a sério.

            - Chega! Carlo, per favore… – disse a voz sonora de alguém que saía do corredor da casa de Câncer.

            - Afrodite… - disse Carlo contrafeito. Dâmaris ergueu os olhos para o corredor, ficando aliviada quando viu o cavaleiro sair, vestido com a armadura, e uma rosa vermelha entre os dedos. – Não devias estar de guarda?

            - E quem disse que para estar de guarda tenho que estar na minha casa? – Afrodite riu-se suavemente. Depois bateu ao de leve com a rosa na testa. – Carlo, Carlo… mas que mau perder, meu amigo…

            - Mau perder? O que queres dizer com isso? – o rosto do cavaleiro de Câncer endureceu. – O que sabes acerca disto?

            - Tudo, meu amigo. Tudo… Devias ter vergonha em desafiar a rapariga. – censurou Peixes. – Não sei o que Shaka vai dizer disto… Eu não aprovo… - disse, deixando claramente no ar o como isso pesava na consciência de Câncer. E que ficou demonstrado no rosto do próprio. -  Deve haver mais um punhado de gente que pensa a mesma coisa… Aliás, se estás com problemas, porque não resolves as coisas com Saori ou Saga, ou então não vais até Star Hill clamar por justiça junto do mestre Shion? – Afrodite passou por ele e parou com uma mão no ombro de Dâmaris. – Talvez não haja injustiça, não é…?

            - Não me importunes, Afrodite… - Carlo parecia não conseguir retrucar uma palavra que fosse para com o cavaleiro. – Vai e leva-a daqui. O Virgem-todo-poderoso não deve tardar… - comentou com azedume. Afrodite empurrou suavemente Dâmaris na direcção das escadas, murmurou qualquer coisa ao cavaleiro que respondeu com um resmungo, se bem que mais bem disposto, e despediu-se com um sorriso.

            - Como soubeste? – perguntou Dâmaris acompanhando as passadas de Afrodite pela escadaria acima.

            - Shaka pediu-me para te vir buscar. – Afrodite levou-a para a casa de Peixes. Dâmaris estranhou.

            - Podia ter ficado em casa… Wow! Que jardim lindo! – disse Dâmaris olhando para o maravilhoso jardim de rosas vermelhas e brancas de Afrodite. O cavaleiro sorriu lisonjeado. Ficou com ela até o turno acabar, depois levantou-se. – Tenho que dar um pulo à casa do Templo. Não saias daqui, miúda. – disse-lhe com um sorriso fraternal. – Aqui ninguém te faz mal. – Dâmaris olhou-o sem entender e Afrodite sorriu, saindo do jardim. Atrás de si as rosas encerraram a passagem. Ninguém entraria naquele jardim ou morreria. Muitos poucos sabiam, mas o jardim da casa de Peixes era um dos locais mais seguros para se guardar o que quer que fosse. As rosas venenosas, não as do interior, mas aquelas que rodeavam o jardim, obedeciam ao seu Mestre, mostrando fervor e devoção em guardar tudo aquilo que ele lhes ordenava. Até mesmo Dâmaris. Excelente ocasião para testar as suas últimas invenções diabólicas… Até arranjara motivo e tudo… O deslumbrantemente bonito cavaleiro sorriu quase tão diabolicamente como as suas rosas, depois o sorriso suavizou-se e ele deixou escapar uma risadinha despreocupada, como se brincasse consigo próprio.

            Quando Afrodite voltou, a rapariga estava a dormir. O seu primeiro pensamento foi para as rosas venenosas, mas lembrou-se no segundo a seguir que ali só havia rosas normais. Acordou a rapariga.

            - Acorda, dorminhoca. Já são oito horas, e Shaka ainda não voltou. Queres jantar? - Dâmaris encolheu os ombros.

            - Não tenho muita fome.

            - Espera três segundos… - Afrodite regressou já com umas calças de ganga azuis claras vestidas e uma t-shirt amarela-clarinha, trazendo nas mãos uma caixa e um casaco para Dâmaris.

            - Ah, Afrodite, é verão… - refilou ela.

            - É verão, mas tu adormeceste ao sol, já está escuro e um jardim é sempre húmido. E não refiles ou não te dou uma coisa… - disse com ares misteriosos.

            - E tu? – perguntou a jovem enfiando o casaco.

            - Eu sou do norte da Europa e já estou habituado a climas frios. Aliás, este Santuário, como diria Camus, é o Inferno… - Afrodite sentou-se ao lado de Dâmaris e estendeu-lhe uma colher. Depois pôs sobre os joelhos uma caixa de gelado comercial de quatro litros…, metade de baunilha a outra metade de morango. – Et voil! Temos jantar! – Exclamou feliz.

            Atacaram o gelado, rindo-se perdidamente das histórias que Afrodite contava acerca da sua família, do Santuário, dos outros cavaleiros, da infância e, às vezes, de coisas sem graça nenhuma, rindo-se como se ri quem está a satisfazer um ataque de gulodice. Que, claro, tem sempre as suas consequências…

            - Ai, estou tão cheio… - suspirou Afrodite, encostado a uma das colunas que sustentava o alpendre do jardim.

            - Ai, a minha barriga vai explodir… - suspirou Dâmaris, encostando-se ao ombro de Afrodite. A caixa de gelado, vazia, claro, jazia à sua frente com as duas colheres lá dentro.

            - Da próxima fazemos isto com conhaque. – riu-se Afrodite. – dá menos dores de barriga.

            - Isso não, detesto álcool!

- Mas bebeste champagne e vinho na noite de natal. – surpreendeu-se Afrodite.

            - Ah, mas um bom champagne e um bom vinho não é álcool, é um néctar dos deuses. – esclareceu a rapariga. Afrodite riu-se. Dâmaris acabou por adormecer encostada ao cavaleiro que não moveu um músculo.

            - Shaka. - disse em voz baixa quando o cavaleiro chegou ao jardim. – Shiu, a Dâmaris está a dormir.

            - Já estava à espera disso. – era espantoso, qualquer um que passasse o dia com Saga viria totalmente exausto. Shaka estava com a expressão e energia de quem se tinha acabado de levantar de uma belíssima noite de sono. Afrodite abanou levemente a cabeça, eram os mistérios da casa de Virgem.

            - O que o Saga queria?

            - Analisar o subconsciente de cada um desses novos pirralhos que acabaram de chegar. Cem… cem malditos pivetes barulhentos e indisciplinados. Saga mandou-os serem treinados pelos de prata, não havia um único com capacidade para ser de ouro…

            - Isto está mau…

            - Pode ser que, lá para os sessenta anos, Athena nos conceda a juventude eterna, se não aparecer mais ninguém. – comentou Virgem, com um encolher de ombros desinteressado. Para eles, era mais fácil ele atingir o Nirvana antes de Athena, submersa em todo o seu humanismo, pensar sequer nisso.

            - Tu, ao menos, tens a Dâmaris.

            - A Dâmaris já é muito adulta. Seria preciso um candidato muito mais novo quando eu fosse muito mais velho, que, pelos vistos, não vai aparecer… além disso não é de Virgem.

            - Mu tem Kiki…

            - Mu é muito novo e Kiki é muito velho, relativamente… o problema é o mesmo.

            - Shaka… é verdade que Dâmaris deu cabo do sistema nervoso de Fénix? – perguntou Afrodite com os olhos a brilhar de curiosidade.

            - É.

            - Isso é incrível… ela só tem nove meses de treinamento. E logo o Ikki? Quer dizer, ainda se fosse o Hyoga… Camus que me desculpe, mas o miúdo é super complexado com a mãe… Parece até trauma…

- É trauma mesmo, Afrodite… - Shaka abriu os olhos e olhou para o outro num misto de troça que lhe era característica, embora não estivesse agressivo ou irónico.

- Tu lá sabes… Mas o Ikki… Shaka, Shaka… - suspirou Afrodite abanando a cabeça.

            - Eu sei o que queres dizer. – disse Shaka, mas o seu rosto demonstrava que não queria falar sobre isso e os seu olhos azuis reflectiram as estrelas quando olhou para o céu.

            - Diz-me só uma coisa… o cosmos que às vezes vem do outro lado da costa… É dela não é? – Shaka acenou com a cabeça. – é o sétimo, Shaka…

            - Eu sei… quem mais notou?

            - Ninguém. Eles julgam que é uma união de cosmos, ou que é algum dos de bronze a treinar. A competitividade aumentou bastante, ninguém diz nada a ninguém…

            - Como diz Saga, este Santuário é uma estrumeira… E falam do tempo de Ares… Os instrumentos vão-se, mas a prática de tortura fica, não é?

            - Nem mais. – concordou Afrodite. – E poucos mais dos que foram chamados traidores se aproveitam… Alguma coisa… - depois calou-se.

            - Diz…

            - São só pressentimentos… - suspirou Afrodite.

            - Diz. – insistiu Shaka, os olhos tornando-se intensamente luminosos de curiosidade.

            - Parece que alguma coisa está a corroer o Santuário por dentro. Pelo menos desde há dois anos. – mexeu-se um pouco, amplamente desconfortável, o corpo forte e elegante contraindo-se. – O Santuário parece uma daquelas lindas e antigas árvores que adoecem por dentro… como uma febre que lhe corrói as fibras do interior enquanto por fora está bem… Mas o bichinho está lá, a envenenar, a contaminar, a destruir… e ninguém vê, ninguém sabe o que é… até se ver a árvores desmoronar, podre e destruída, sem nunca mais conseguir estabelecer – Afrodite abanou a cabeça. – Tenho medo, Shaka, que esse dia esteja breve… Sou de Peixes, um sonhador, até mo podem chamar, louco… mas isto é um medo real, uma ameaça real, Sha… eles já não são o que eram… nada é o que era… e Athena nada faz… - olhou Virgem que parecia uma bela estátua, impávida e silenciosa.  – ou Saori, como o digas…

            - Também sentiste, Dite … - a sua voz no entanto saiu com uma leve entoação de preocupação que Afrodite raramente lhe ouvira. E o facto do amigo o tratar pelo nome de infância mostrava bem como Shaka andava a pensar no assunto. Virgem suspirou, parecendo subitamente muito mais jovem do que já parecia. – Eu tento, Dite, tento sempre que medito, sondo o Santuário, sinto-o a cair e não encontro… às vezes penso se não é a minha imaginação, se não sou eu que penso de mais… mas se tu também o sentes…

            - Também… Mas, Shaka, isto não são conversas que se possam ter aqui… Acordo Dâmaris?

            - Não, eu levo-a. – Shaka pareceu envelhecer de novo, ou talvez fossem apenas as sempre jovens linhas do seu rosto a tornarem-se duras novamente, e pegou na jovem ao colo. – Queres o teu casaco?

            - Não, deixa, a noite esfriou. Depois dão-mo. – Afrodite ajudou a aninhar Dâmaris nos braços de Shaka e depois despediu-se do amigo, ficando a vê-lo descer as escadas. A última vez que Shaka lhe chamara Dite eram ainda quase crianças.

Shaka sempre fora aquele rapazinho sério, parecido a um anjo, que não brincava, não ligava, só queria meditar e treinar. Saga puxava-o frequentemente pelos saris que o amigo usara até muito tarde para fora de casa e quase que o obrigava a brincar com eles. Mas o rapazinho loiro, tão parecido a um anjo, tão estranho que tinha sempre os olhos fechados mas via como nenhum outro, ficava quieto, sentado na posição de lótus e ignorava os outros. Não, não todos.

A memória de Afrodite recuou anos atrás e viu um Shaka criança/jovem no seu sari branco a meditar debaixo de uma árvore, nada incomodado pelo barulho dos outros. Afrodite observava orgulhoso uma das suas rosas novas. Ele estava a ficar realmente muito bom em envenená-las. Então uns aprendizes de cavaleiro de prata irromperam no terreno, parando à frente de Afrodite, troçando das suas rosas, troçando dele próprio. Nessa altura, o frágil aspirante a cavaleiro de Peixes, sim, frágil, ele era frágil e sonhador, afastado da necessidade de ser duro pela vida ainda relativamente fácil que tinham, encolheu-se perante as chibatadas verbais dos outros. Alguns aprendizes a cavaleiro de ouro deixaram de dar atenção ao jogo de futebol e olharam o grupinho que cercava Afrodite, mas não reagiu. Ou talvez não teve tempo de reagir.

Afrodite já tinha lágrimas nos olhos quando a voz de Shaka, contrastando com o corpo pequeno e totalmente magro e ossudo, saiu calma mas transpirando poder e força, no entanto sem exuberância como Carlo, por exemplo. Afrodite não se lembrava da voz de Shaka sem ser aquela, desde pequeno. Sorriu pensando que o amigo se mantivera magro e ossudo durante muito, muito tempo. Mesmo agora, se bem que muito mais alto, os seus músculos pareciam crescer para dentro, delineando os braços fortes, mas elegantes, tornando-o esbelto, mas bem constituído e cheio de força. Um lobo em pele de carneiro, por muito pouco que ele gostasse dessas palavras. Mas, no fim de contas, aos vinte e cinco anos Shaka continuava com aparência juvenil, quase demais. Sim, quase demais.

«Deixem-no sossegado.»

«Senão o quê, monge?» naquela altura os cavaleiros de prata, na maioria mais velhos, eram extremamente intimidantes pela sua altura. Mas Shaka manteve-se sério, impassível, aliás, parecia absolutamente desinteressado nos outros a não ser pelo facto de o estarem a aborrecer.

«A tua acefalia perturba-me. Não suporto estar perto de alguém tão bronco como vocês. Por favor, retirem-se. Não me obriguem a pedi-lo outra vez. Não serei tão gentil.» Afrodite abrira os olhos secundado dos coleguinhas de ouro. Shaka era desconcertante, estranho e até assustador pela sua estrondosa diferença das outras crianças.

«E como é que alguém tão superior como tu suporta dar-se com um mari…» Afrodite recordava-se de um forte clarão de luz e depois dos aprendizes de prata estendidos no chão. A face de Shaka mantinha-se imperturbável, mas os seus olhos estavam abertos. E eram uns olhos lindos, azuis claros, que combinavam perfeitamente com a sua séria e pacifica imagem de anjo. Shaka olhou para o aprendiz de prata mais próximo.

«Da próxima vez que abrir os olhos, garanto-te que não sobrará um só grão de poeira estelar dos vossos corpos. Afastem-se do Dite. A minha bondade tem limites.»

Sim, fora nessa altura que começara a "lenda" sobre o abrir de olhos de Shaka. A seguir Saga corria esbaforido com o Grande Mestre e o pequeno mas esguio Mu atrás na direcção deles. A voz de Saga, nessa altura já muito possante, ecoou na clareira.

«Shaka, que estás tu a fazer?» Shaka olhou-o muito sério e Saga espantou-se de o ver de olhos abertos. Nunca vira os olhos do pequeno.

«A brincar.» A voz de Shaka sofrera uma forte inflexão irónica que hoje tão bem se denotava na maioria das coisas que o cavaleiro dizia sem ser junto deles os três.

«A brincar…?» reiterara Saga, demasiado estupefacto para se irritar.

«Ai Mestre… este está cego… » gemera então a vozinha naquela altura, Afrodite recordou-se com vontade de rir, bem infantil de Mu, tão diferente da voz calma mas claramente masculina e ressonante que tinha agora, enquanto o esbelto rapazinho abria imenso os grandes e doces olhos violetas. Afrodite olhara e vira que era o "líder" deles.

«SHAKAAAA!» Os potentes berros de Saga a chamarem-nos eram sobejamente conhecidos no Santuário, mas até ali, nunca o jovem cavaleiro gritara por Shaka. Nem nunca mais voltara a gritar. «Enlouqueceste, miúdo?» Saga começara a berrar, furioso. Shaka permanecia imperturbável, como ainda hoje permanecia face aos ataques de fúria do geminiano, olhando para Saga seriamente com os seus olhinhos bonitos e inteligentes.

«Não. Eles insultaram o Dite. Tiveram um comportamento desonroso para aspirantes a cavaleiros. E eu admiro-me como podem admitir crianças tão estúpidas para se tornarem adultos descontrolados, utilizando o seu poder nos mais fracos, ultrapassando tudo e todos, na perfeita imagem da arrogância espelhada na sua infância. Fi-lo e torná-lo-ia a fazer, porque ninguém toca no cabelo de um pseudo fraco que luta como o Dite luta, cheio de brio, para se tornar mais forte, como se irá tornar, à minha frente.»

«Sha…ka…» murmurara Saga estupefacto.

«Shaka. Vem cá.» Shaka andou até ao mestre e olhou para o aprendiz aos seus pés. «Devolve-lhe a visão». Shaka olhou-os desinteressado. «Agora, Shaka. É uma ordem de Athena.»

«A sério?» perguntara a criança erguendo as sobrancelhas arregalando imenso os olhos profundos, mas não numa atitude de medo ou respeito. Ainda hoje Afrodite desconfiava que fora pura troça. Depois encolheu os ombros. «Se isso lhe apraz… » Shaka lá usara os seus poderes para devolver a visão ao aprendiz. O Mestre colocou os assustados aprendizes de prata debaixo de um severo castigo. Depois, enquanto ordenava a Saga que os levasse, olhara para Shaka.

«Bem, Shaka, a tua atitude de defenderes Afrodite é louvável, mas também tu serás castigado. Não deves fazer um uso tão leviano dos teus poderes nos teus iguais, teus companheiros e aliados.Ficarás o resto do dia e da noite sem comer, na sala do Mestre, virado para a parede, sem falares com ninguém e sem meditares. Por isso farás linhas.» concluiu o Mestre, sabendo que, meditando, o castigo pouco uso teria, já que Shaka não tinha fome nem vontade de falar quando meditava. O rapazinho preparou-se para seguir o Mestre, não parecendo minimamente incomodado. Mas Afrodite estava incomodado e muito.

«Mestre, Mestre!»

«Sim, Afrodite?»

«Eu…» olhou para Shaka «Eu também devo ficar de castigo. Se eu não fosse tão fraco, ter-me-ia defendido e Shaka não precisava de agir.» Os deuses sabem o que lhe custou aquela decisão, ele que detestava ficar calado e quieto, virado para a parede e ainda a escrever linhas!

«Muito bem, Afrodite. » assentiu o Mestre com o rosto oculto pela máscara.

«Obrigado, Sha…» murmurou para o loiro que o fitou com os bonitos olhos azuis, claros e brilhantes.

«Eu não te teria ajudado se fosses um fraco miserável e resignado. Ajudei-te porque lutas para ser forte.» olhou para a frente e depois deixou um sorriso fugidio passar-lhe no rosto. «Vais ser um grande cavaleiro, Dite.», foi a última coisa que disse antes de fechar novamente os olhos por muitos meses, talves mais de um ano e remeter-se ao silêncio. Aquele fora o primeiro e dos poucos sorrisos verdadeiros que Afrodite vira no rosto do amigo.

Depois o grande Mestre deixou-os na sala em silêncio e sentou-se no trono. À tardinha os seus estômagos faziam os mais diversos barulhos exigindo comida. Afrodite suponha os de ambos, pois embora o seu se queixasse audivelmente, o de Shaka parecia permanecer silencioso, enquanto fazia as suas linhas, de olhos fechados, sem erro.

Depois o Mestre retirara-se e Mu aparecera silenciosamente com um tabuleiro com duas sandes e dois copos de leite.

«Comam depressa. O Mestre está com Saga, não sei quando volta.» Na sua voz havia urgência. Afrodite lançou-se à sua sandes mas Shaka primeiro ergueu as sobrancelhas para Mu, sem entender porque o "certinho" do Santuário estava a desobedecer. «Eu teria feito o mesmo, Sha.» O ariano sorriu meio sem jeito. «Acho injusto estares de castigo.» Shaka sorriu e começou a comer velozmente, não porque estivesse desesperado com fome mas para ajudar Mu a sair mais depressa. Mu levantara-se apressado, pegara na bandeja e quando ia abrir a porta, o Mestre surgiu à sua frente.

«Mu…» o rapaz nem respondera. Suspirando, resignado, pôs a bandeja no chão e sentou-se ao lado de Shaka, lendo as suas linhas, e pegando em lápis e papel para começar a fazer as suas. Não viram o Mestre abanar a cabeça, nem poderiam ver o sorriso que passou no seu rosto. Já de noite, o Mestre saiu para jantar, deixando as três crianças trancadas na sala. Ninguém viria, ninguém escaparia do refeitório debaixo dos olhos inteligentes de Shion.

Ninguém excepto…

«Vá, seus pivetes rebeldes, toca andar daqui para fora…» murmurara Saga da porta, sempre a fazer valer o facto de já ser cavaleiro e ser mais velho. «E silêncio.»

«Saga, e o Grande Mestre?» perguntara Mu receoso.

«Deixem o Grande Mestre comigo.»

«E se ele te põe de castigo?» perguntara Afrodite.

«Eu? De castigo? Oh, por favor…» Shaka erguera as sobrancelhas divertido com as palavras e a entoação de Saga e sobretudo o seu rolar de olhos.

«Obrigada.» murmurara em voz baixa. Saga sorrira.

«Vá, vão-se embora.» E eles desandaram por ali fora. Mesmo a tempo. Ouviram a voz do Mestre a chamar por Saga e os passos deste a correr.

«Sim, Grande Mestre?»

«Onde estão os miúdos?»

«Na sala, Grande Mestre!»

«Não estão. A porta estava trancada e as janelas não abrem o suficiente para fugir. E é impossível o teletransporte.»

«A sério, Mestre?» a voz de Saga, bom actor como todos os geminianos, chegou-lhes de longe, muito surpresa. «Estes meninos estão a ficar muito poderosos! Por Athena!»

«Bem, bem… deixa-os ir… só deveriam sair daqui amanhã, mas enfim, pelo menos provaram a sua inteligência e conseguiram sair daqui, o que nunca ninguém conseguiu.»

«Incrível…» continuou Saga, fingindo-se muito espantado, Afrodite quase conseguia ver o cavaleiro a abanar a cabeça, abrindo os olhos inteligentes e olhando para todos os cantos e colunas do salão à procura deles, fingindo-se incrédulo.

«Vai jantar, Saga.»

Saga juntou-se-lhes quando eles estavam nas escadarias, mesmo frente à casinha de aprendiz de Peixes. Sorriram os quatro e cada um foi para a sua casa. Não foram precisas palavras, nessa noite.

Aqueles eram bons tempos. Depois o Santuário apodreceu, Shaka transformou-se e afastou-se de todos, o próprio Afrodite transformou-se e Saga desapareceu. E Shaka, misterioso, agia e contra-agia sem ninguém perceber, fazendo coisas que jamais faria e ninguém entendia porquê.

Afrodite achava que ele sempre soubera quem era Ares. Que ele sempre estivera a troçar com todos, deixando a maré correr. Até mesmo com Ikki, Shaka brincara. Era bem típico do amigo, brincar com toda a gente, saber e não dizer, deixando as pessoas agirem, simplesmente porque gostava de observar as suas reacções, a sua psicologia. Mesmo que se dessem mal. Aquele não era o poder total do amigo, nem de longe nem de perto. Mas isso era um tópico que ninguém queria falar, então cada um ficaria com as suas impressões, com as suas ideias, com a sua versão.

Sorriu ao pensar em Dâmaris. Lembrava-se do último círculo de discípulos de Shaka. Lembrava-se dele num sari vermelho,, exótico e elegante, mas sempre sério e inflexível,  a ensiná-los tão duramente que Afrodite não se admirava com a quantidade que desistia, era dispensada ou até que lhe acontecia algo de pior. Depois Shaka desistira de ensinar, cansado de não encontrar ninguém a quem passar conhecimentos. Depois tinham combatido Hades, Shaka estava diferente nessa época, talvez mais humano. E depois… depois tinham regressado. Shaka largara os seus saris e tornara-se exótico em si mesmo. Shaka não precisava de saris para ser exótico… ele em si próprio o era. E voltara a ser o que era, ou ainda pior. Menos com eles os três. Ao fim de tantos anos a amizade voltara a juntá-los. Mas agora existia aquela geminiana no meio deles os quatro, que parecia puxá-los e tornar ainda maior a sua amizade.

Abanou a cabeça. Shaka estava a mudar de novo. Nessa noite regressara por completo à infância. "Dite". Afrodite sorriu. Esperava que desta vez a mudança dele fosse definitiva, para melhor. E se Dâmaris contribuía para isso, então Afrodite ainda gostava mais dela.

Deu-se conta que já estavam em casa e resolveu ir-se deitar.

Alheio às memórias do amigo, Shaka deitou a rapariga num dos sofás da sala, despiu-lhe o casaco, tirou-lhe os ténis e tapou-a com uma manta. Depois pôs duas pedras de gelo num copo e encheu-o com whisky. Ficou parado com o copo na mão, levando-o ocasionalmente à boca, observando Dâmaris e pensando na conversa que tinha tido com Afrodite. Dâmaris mexeu-se.

            - Shaka… - O rapaz pareceu despertar. Andou até ao sofá, pondo o copo na mesa de apoio lateral e pôs-se de cócoras à frente de Dâmaris.

            - Dorme… - disse, fazendo-lhe festas no cabelo. Ela abanou a cabeça.

            - Senta aqui… - Shaka sentou-se e a rapariga deitou a cabeça no colo dele. E riu-se suavemente.

            - Espera, deixa-me sentar bem… - Shaka pôs uma almofada atrás das costas, tirou os ténis e deixou-se afundar no sofá, estendendo as pernas e pondo os pés em cima da mesinha que estava em frente. Dâmaris sentou-se quase no colo dele, encostando o fundo das costas à coxa dele e enroscou-se, apoiando a cabeça no seu ombro. Shaka tapou-se aos dois com a manta. E ali ficou a noite toda, bebendo whisky, fazendo festas nos cabelos de Dâmaris, a bebida acabou e ele ficou por horas pensando, pensando, pensando… cansado deixou a mente repousar, a naquela altura cedo alvorada devia estar para chegar, pousando os olhos na imagem divina que era a jovem nos seus braços. Percorreu o rosto da jovem com os dedos. Ela mexeu-se e descansou a mão no pescoço dele. Shaka fez-lhe uma festa na mão, descendo os dedos pelos braços descobertos, sentido a pele arrepiar-se. Pôs-lhe uma mecha de cabelos teimosos atrás da orelha e fitou o rosto da jovem

            Tinha tantas saudades daqueles olhos… Não os tinha visto o dia todo. O que sinto por ela?, não sabia responder, apenas sabia que enquanto a tivesse a seu lado estava feliz, enquanto houvesse uma ponta de perigo a iria proteger, enquanto pudesse a iria abraçar e fazê-la feliz… Os olhos dele perderam-se na face bonita. Alguém devia ter avisado Shaka que, quando estamos muito tempo a olhar aquilo que gostamos, começamos a ter ideias estranhas, ou nem tanto.

            Mas Shaka estava finalmente cansado, já era de madrugada. Por isso adormeceu sem achar estranho o desejo que tinha de beijar Dâmaris. E, na manhã seguinte, não se lembrou que esse desejo o fizera sonhar que beijava a rapariga.

            Defesas do inconsciente – mecanismos de defesa do Ego, chamar-lhe-ia Freud. Defesa contra complexos de culpa.

N.A.: Bem, voltei. Não publiquei mais cedo porque tive que me ausentar por motivos delicados. Deixei os capítulos para um amigo postar (penso que ele falou contigo, Kourin? Perdeu o endereço do FF ou assim?), mas a situação complicou-se então ele acabou por não postar e eu tive que voltar para casa mais cedo. Mas tudo bem, não me vou ausentar mais pelo menos até acabar de postar a história. O meu humor não está é muito bom, mas enfim, ninguém é perfeito. Cristo era e olhem bem para o que lhe aconteceu…

            Paula Marques = Ruim? Só mesmo para o "franguinho" :P!!! Ah, vai, até foi engraçado… melhor só se uma ilusão… hum… um pouco mais… como direi… caliente? MAS duvido que o Shaka fosse achar graça, né? Bem, foi só uma vingancinha, depois resolve-se tudinho, tá?  

            Ai, vocês, as fãs cardíacas, formaram um clã?????????????!!!!!!!!!!!!!!!!! Isso é para me assustar????????????????!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

            "ANSÍOLÍTICOS DE GRAÇA; OLHA O ANSÍOLITICO DE GRAÇA!!! BOTICÁRIO DA AYAN; PEGA TRÊS só PAGA ½"

            Ai, meu deus, eu tenho que preservar a vossa saúde… para bem da minha! :P :P :P

            Campanha… no comments…

            Qual sari por cima da armadura… Ai, menina, aquilo é a capa dele… está presa no ombros, mas quando ele se senta passa a capa pelas costas, por debaixo do braço direito, cruza no peito e passa por cima do ombro esquerdo… e… errr… tudo de cabeça… sou expert na "Shaka-80's-fashion" =P =P =P

            Mas eu pus a capa, hein? :P Sem capa não é cavaleiro… HUM, adoro quando o Aioria tira a capa na saga de Hades… Tão à la cavaleiro da renascença… Peraí… O Shaka estava SEM capa na Saga de Hades… no fair…

            Eu sou dessa opinião, sim. A bruxa da Saori/Athena não quer concorrência… BUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU até parece que precisa… aliás, aquelas máscaras são tão fáceis de quebrar, né? Basta uma deslocaçãozinha de ar, racham-se logo ao meio e caem no meio do chão. PROPOSITADO!!! Aquele monte de homem entrava em histeria se assim não fosse, qual é? Isso é reprimir a saciedade das necessidades básicas dos seres humanos!  Segundo Maslow isso não iria permitir que eles passassem às necessidades seguintes, por exemplo, defender o Santuário, incluindo a deusa Athena. Não, mas a Dâmaris não usa máscara. Isso vai ficar explicado lá mais para a frente.

            BJOKAS!!!!!

            Pipe = Aqui está mais Frô! Espero que gostem. Não sei, mas achei engraçado pôr uma cena que demonstrasse a ligação deles na infância. Não sei se ficou bom.

                        Hum hum, o resto ficou em private.

                        BJOKAS!!!!!

            Juninha200000 = FICAR COM D" DELA???? Graças a isso ela passou a noite no colo do Shaka… Também queria… Devia ser ELA a escrever a fic e EU a personagem… obviamente o Santuário ia à loucura e ia abaixo num dia, mas isso é secundário =P =P =P

            Ah, ele não se zangou… Mas fica a dúvida… ficou mesmo orgulhoso ou foi só para chatear? Adivinhem, adivinhem… esperem pelo próximo capítulo porque EU também NÃO sei… o.O"

            Ele mereceu, não é mesmo??? HAHAHAHHA ups. Foi mal… =P

            BjokaSSSSS!!!!!!!!!

            Camis = OIE!!!! Por favor, tapem os ouvidos por dez segundos….

                                   EI; FF SON-OF… WTF… Deixem as minhas reviews em paz!!! Grrrrr…. Eu JURO mando uma Explosão Galática nesse Servidor S-O-T-B! Aliás, eu mando na Net inteira, hein? Eu avisei… Bem, bem… vejam lá se é preciso ALGUÉM abrir os olhos….

                        Ok, podem destapar os ouvidos…

                        MUITO, muito obrigada pelos elogios!!! O Shaka é gato mesmo, mas se ele está ainda mais gato, bem :-) Adoro a ideia!

                        Uma ilusão à la Ayan, oras! Bem, lá que o Ikki ficou fulo ficou, mas sabes como é… ELE não ficou, e é isso que importa! :-P Pelo menos, por agora…

                        Digamos que o Kanon vai ser muito importante em matéria de… hum… contenção? Sort of… Nhaiii, não conto mais não! Só um pouco lá mais para a frente. Só um bocadinho lá mais para a frente…

                        Brigada pelos Parabéns! Ah, e pela dica do site! Excelente!

            BJOKAsssssssssS!!!!

            Kourin-sama = "A menina simpática" :-P Se o Tiago Alex emigrar para o Brasil a culpa é sua, hein???? Depois arranjem-me um apartamento numa Resort para passar férias… Brincadeirinha :-P :-P :-P

                        A sério? A ilusão foi o máximo? Ok, eu vou explicar um pequeno raciocínio… é que é assim, toda a gente sabe que a "única" pessoa que o Ikki ama e faz tudo por ela, já que a loirinha morreu, é o Shun… Então não dá para entender porque nunca usam ilusões com o Shun, mesmo sem o Sacrifício… Quer dizer, limbo e uma defunta? Tenham dó… é só querer perder mesmo…

                        Concordo plenamente com essa dissertação filosófica!

                        Não mereceu punição mesmo! Eu puniria o Saga, mesmo sendo meu maninho, se ele punisse a Dâmaris!!! E já agora… (sorriso diabólico)… porque não puni-lo por qualquer coisinha…?

                        VOZ DA CONCIÊNCIA DA AYAN =  Porque tu és rica à conta dele e do Kanon?

                        Bom ponto de vista! :-P Ok, sem punições para ninguém e Gémeos salva o dia… e espera conquistar o mundo…

                        Cócegas…? o.O er… será que ando a influenciar as pessoas a analisarem tudo do ponto de vista psicológico???? Ai, eu comprei um livro novo: "Psicanálise dos contos de Fadas", de Bruno Bettelheim, é excelente. Tipo, a teoria de Freud aplicada ao príncipe sapo e ao capuchinho vermelho, ao lobo mau com retenções sexuais e o chapéu ou capuz da capuchinho vermelho, sendo vermelho, um símbolo fálico libertador da castração do pobre lobo, sempre controlado pela sociedade senil e retrógrada (a vovozinha???). Enfim, Freud é muito engraçado mesmo…

                        Vai limpando a mente, vai… não sei se o próximo capítulo a vai deixar muito limpa, mas vai treinando sim :P

                        Calmante em excesso atrasa o funcionamento do metabolismo, menina!!! (filha de médico, blábláblá…)

                        BJOKASSSSS!!!!!

             Pandora-Amamiya = IKKI, Cê FUGIU?????????????? Qué Qué issuh, bro???!!! Eu tou-te a extranhar… olha lá, Fénix-semi-afogada… a menina é da tua família… vê bem o último nome…

            Mas, eu… eu… eu… EU NÃO BATI NO IKKI!!!!!!!!!! SHAAKAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!

            Chamaste?

            Eu não bati! Foi ela, não fui eu! Olha, eu SEI cozinhar, tá????

            (Shaka lê as últimas frases e abana a cabeça)

            Pandorinha… Branco é pureza… NÉ????? Né????

            Por curiosidade, o Ikki é um doente difícil…?

            BjokaSSSSSS!

            TEREZINHA-FLEUR = OIE!!!!

                        Ele caiu, ele caiu, ele caiu!!!!

                        Ela vai morder! Ela vai morder! Ela vai sair mordida… Ai, digo, Ela vai morder!!!!

                        Deixar o Shaka pelado??? É isso mesmo que vocês querem? Sério, mesmo??? :-P Nunca teria percebido!

                        Os meus exames foram excelentes!!! Dá para pedir uma velinha acesa para que as notas também sejam… uma velinha, uma oraçãozinha, uma desejo, uma macumbinha, qualquer coisinha, sim? Please, please, please???

                        Eu não sei bem se o fogo apaga ou fica mais forte… é só um aviso…

                        Oh, sister Gemini! Não suspires tanto! Ai, isso deixa-me com falta de ar, sabias? ;-) Vamos deixá-los meterem os dedos todos na história! Mais lá para a frente, enfim…

                        BjokasSSSSSSSSS!!!!!!!!

                        Mari Marin = Perdoas? Ainda bem que sim!!!! Sabes, se não perdoasses eu ia ficar tão triste e arrependida que não tinha continuado a história :-(  ;-)

                                   COM A ATHENA??????????????? NÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!! NÃO FOI!!!!!!!!!!!!! DROGA; A FIC É MINHA! ELE S" VAI COM QUEM EU QUERO!!!!! Tas Maluca???? Com a Athena??? Eu ter-me-ia suicidado! Cruzes canhoto, bate três vezes na madeira!

                                   TSC TSC TSC… sim, pois, muitoooooooooo discreto é apelido, né, Sô Shaka????.....

                                   Ela mandou dizer que tu és muito metido a besta…

                                   TEM MA…

                                   Shaka… a próxima casa tem que ser um castelo, né? Não sejas metido a besta, loirinho…

                                   Hunf… tenho que trocar umas ideias com o Aioria sobre essa Mari…

                                   Tudo bem… pêra aí! Ele não é casado? Comprometido, sei lá?

                                   Aquele lá? Drogaste-te em farinha? Olha ele, comprometido…

                                   Grosso…

                                   Ai, deixa-me acabar o jogo...

                                   Quê? ( Os três da vida airada jogam poker numa mesa de mármore forrada a veludo verde, com roleta e tudo…) QUEM deu autorização para transformar isto num casino, hein? QUEM deu autorização a isso na MINHA casa?

                                   Os teus irmãos, Ma Chérie!!!

                                   Ou seja, os donos da casa? Vai pintar um quadro, doçura, anda…

                        Impossível… só a mim…

            BJOKASSSS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

             Megawinsone = Aqui está a resposta: ele ficou orgulhoso sim!!!! Mas bem que podia ser um bocadinho mais esfuziante, não…? Bem… (cérebro maquiavélico de Ayan começa a trabalhar…) Sugestões???

                        BJOKASSSSSSSSSS!!!!!!

            Meninas, o momento áureo aproxima-se a passos largos… Get ready….

            Agora vou conseguir postar mais depressa…

            A fic está a acabar… estou a entrar em depressão…

            Depois vocês não vão gostar mais de mim, buááááááááááá!!!!

            PRINCESA!

            CHÉRIE!

            DOCE! A chorar porquê?

            Nada, nada, vão jogar, vão…

            Vem connosco jogar, princesinha…

Isso, anda.

 A gente ensina, queres, mon ange nocturno?

            Tá bom… snif…

            Bjokas, pessoal, e desculpem o atraso!

            Próximo capítulo: "O brilho lua cheia..."