"O fruto proibido é o melhor…"
by Ayan Ithildin
Shaka despertou sentindo uma súbita preocupação, a qual desapareceu assim que viu Dâmaris deitada ao seu lado, uma mão apoiada no seu peito e a cabeça no seu ombro. Voltou a pousar a cabeça descansado, tivera uma sensação estranha no peito ao pensar que ela podia não estar ali. Olhou de novo para ela, afastando-lhe os cabelos do rosto com carinho, o corpo nu moldado pelo lençol branco que se colava ao seu corpo. Virou-se para ela com cuidado, puxando o corpo para junto do seu. Dâmaris enroscou-se com o sorriso suave no rosto. Shaka olhou para o relógio, ainda só eram seis da manhã. Fechou os olhos e voltou a adormecer.
Acordou de novo às oito e meia. Dâmaris tinha-se colado a ele escondendo o rosto no seu peito. Não podemos continuar aqui deitados… Shaka deitou-a suavemente de costas, vendo-a franzir as sobrancelhas ao ser afastada de si. Curvou-se ligeiramente, beijando-a com suavidade até ela acordar. Dâmaris percorreu-lhe o pescoço com os braços puxando-o para cima dela respondendo ao beijo com calor. Shaka tentou afastar-se, mas ela mantinha-se com os olhos suavemente fechados e a puxá-lo para si, os lábios entreabertos num convite irresistível.
- Manhosa, eu sei que estás acordada… - murmurou ele, mordendo-lhe levemente uma orelha, fazendo-lhe cócegas. Dâmaris riu-se e abriu os olhos. O cavaleiro abanou a cabeça e levantou-se, começando a vestir-se sob os olhos admiradores da jovem. Olhou à volta à procura de qualquer coisa. – A minha camisa? Viste onde a pus?
- Como queres que saiba? Tinha coisas melhores para prestar atenção… - disse ela maliciosamente, passando a ponta da língua pelos lábios. Shaka saiu do quarto e voltou quando Dâmaris acabara de se sentar na cama, puxando o lençol contra o corpo, segurando a camisa. Deixou-a em cima da cama e inclinou-se sobre a rapariga até fazê-la deitar-se.
- E que coisas eram essas? – perguntou com os lábios quase colados aos dela. Dâmaris mordeu o lábio inferior, soltando-o lentamente e pôs-se a olhar para os lados como se não fizesse a menor ideia do que ele estava a falar. – Tu és muito engraçada… - deu-lhe um beijo rápido e começou a vestir a camisa. – Veste-te depressa e vai ter lá a casa. – Calçou os sapatos. Dâmaris acompanhou-o até à porta enrolada no lençol. Shaka curvou-se para lhe dar um beijo e fechou os olhos, saindo de casa depois de ver se estava alguém perto.
- Bem, tu fazes isso só para me provocares… - disse ele, cruzando os braços e encostando-se à parede do ginásio. Dâmaris, a fazer o pino, fez um sorriso. A blusa escorregara-lhe pelo corpo até aos ombros e até os calções pareciam ter descido também.
- Posso parar. – ofereceu-se ela. – Já treinei o dia todo…
- Nem penses, meia hora é meia hora. De qualquer maneira, o que ganhava eu em troca?
- Uns beijinhos e tal…
- Bem… - Shaka fez o pino e andou pelas mãos até ela.
- O quê? – Shaka colou os lábios aos dela.
- Bem, os beijos estão resolvidos. – sentou-se à sua frente dando uma cambalhota para trás. – o "tal" logo se vê. – Dâmaris ficou ali a fazer o pino toda esticadinha. Passado meia hora desceu à posição correcta, esticando os músculos empedernidos. Shaka passou-lhe uma rasteira fazendo-a cair amparada por ele no colchão. – Agora… o "tal"…
- Shaka, tu… hmm… - Shaka silenciou-a com os lábios, sentindo-a puxar-lhe a t-shirt para fora do corpo. Shaka deitou-se por cima dela, beijando-a enquanto começava a deslizar uma das mãos pela frente da blusa. Nisto alguém bateu à porta. Shaka levantou a cabeça totalmente irritado.
- Eu mato o filho da puta que estiver ali fora! – rosnou frustrado enquanto Dâmaris se ria, ajeitando a blusa e vendo-o enfiar a camiseta pelo pescoço totalmente furioso enquanto saía para o corredor, raiva e fúria o suficiente para que, a passos lentos, desse tempo a uma certa presença incómoda do seu corpo se tornar desapercebida. Depois ouviu exclamar. – Saga!
- Boas, Shaka. Posso entrar?
- Claro, há vontade. – ouviu o eco metálico das botas da armadura de Gémeos.
- A Dâmaris?
- Está a acabar o treino. Mas o que foi? – as vozes vinham agora da cozinha. – Uma cerveja?
- Obrigado. Na verdade, queria falar com ela… - houve uma pausa e depois ouviu a voz de Shaka.
- Claro, como queiras. Dâmaris, chega aqui um minuto! – a jovem entrou curiosa na cozinha.
- Boa tarde, Saga.
- Senta-te aqui, miúda. – Dâmaris sentou-se à frente dele. – Queres uma cerveja? – Shaka abriu a boca indignado. Dâmaris sorriu.
- Não, obrigado, não gosto de álcool. – cruzou os pés na trave do banco e aguardou.
- O que foi, Shaka? – perguntou Gémeos ao reparar na cara do loiro.
- Ela está em treino, só pode beber quando o treino acabar… - respondeu Shaka taciturnamente. Saga riu-se e depois olhou para Dâmaris. Bebeu um golo de cerveja.
- Bem, Dâmaris, eu e tu temos um pequeno problema… - Dâmaris ergueu as sobrancelhas e Shaka franziu-as. – Digamos que a poderosa do sítio não gostou da tua técnica com o Ikki. Ela quer falar contigo.
- O quê? – exclamou Shaka extremamente zangado. – Se aquela idiota quer falar com alguém, que fale comigo que sou mestre ela!
- Vê se te acalmas, sim? E baixa a voz… Na realidade tu não estás envolvido no caso, só eu e ela. – disse enquanto olhava a jovem à sua frente.
- Tu? Porquê? – estranhou Dâmaris.
- Bem, porque tentei fazer o máximo para que ela esquecesse o assunto e ela começou a pensar em histórias de facadas nas costas.
- Complexada de … - Saga interrompeu Virgem erguendo a mão e as sobrancelhas divertido.
- Concordo. Bem, a questão é que ela quer falar com Dâmaris ainda hoje, então eu vou levá-la até lá a cima. E tu ficas aqui a idolatrar a minha pessoa por te ter salvo a pele… - troçou enquanto olhava para Shaka.
- E quando é que me salvaste a pele?
- No momento é que ela achou que foste tu que mandaste a Dâmaris, ou até mesmo que a ajudaste, por causa de ressentimentos contra os de bronze…
- O quê??? – Shaka estava completamente indignado.
- Até ao Mu ela disse isso, desgraçado do Áries que não faz mal a ninguém.
- Ela disse que nós estamos com ressentimentos em relação aos de bronze? O Mu? Não posso!
- Não somos todos nós. Passa aí mais duas cervejas e senta-te que eu conto-te a história. O Kanon ainda se está a mijar de tanto rir… - olhou para Dâmaris. – Olha, miúda, despacha-te a vestir o mais rápido que puderes, ok? – Dâmaris foi a casa e voltou enquanto Hades esfrega um olho. Saga e Shaka estavam a rir-se quando ela entrou na cozinha. Gémeos levantou-se.
- Então, vamos lá enfrentar o lobo. Eu trago-a para baixo. – avisou a Shaka.
Acompanhar Saga a subir as escadas era bem mais difícil do que acompanhar Shaka. Para começar Saga tinha umas pernas maiores e depois dava passadas de urso, que quase a faziam correr para se manter ao lado do enorme cavaleiro… na realidade, se ela fosse da altura dele teria vertigens, de certeza absoluta… e nem se imaginava da altura de Aldebaraan…
- Ei, Saga! Corro risco de vida?
- Depende… - disse ele com ar duvidoso.
- Depende do quê?
- Dos ciclos lunares dela… - Dâmaris não resistiu em dar-lhe um murro no braço.
- Homens, todos iguais…
Saga segurou-a amigavelmente pela parte de trás do pescoço guiando-a pela casa de Saori. Dois guardas abriram as pesadas portas da sala do Mestre. Saga fez uma vénia e Dâmaris apressou-se a imitá-lo.
- Senhora… - o cavaleiro ergueu-se. – Trouxe-vos Dâmaris, conforme me haveis pedido.
- Após muita insistência, não foi? – Saori levantou-se. Era muito mais baixa que Dâmaris, parecia uma anã em frente a Saga. Saori suspirou. – Bem, podes-te retirar. – Saga bateu levemente com um punho na zona do coração e virou as costas, piscando um olho a Dâmaris como se lhe desejasse boa sorte. Saori abanou levemente a cabeça. – Dâmaris, Dâmaris… eu devia ter falado contigo no dia em que vieste para cá… mas o tempo é tão pouco e as coisas a serem feitas são tantas… - Dâmaris aguardou impassível que Saori continuasse. – O meu desejo é que todos os integrantes deste Santuário vivam em harmonia e paz. Como toda a Terra… mas isso por vezes não acontece, porque certas pessoas são mais fortes que outras… Não digo que o sejam sempre, claro, a sorte existe e falhar é humano, mas contudo… - Suspirou novamente. – Sei do que aconteceu na arena. Não te vou esconder que a maneira como atacaste Ikki me desagradou profundamente. E o facto de o teres vencido me surpreendeu imenso. Mas podias começar por me dizer porque o escolheste como adversário…
- Escolhi-o como poderia ter escolhido qualquer outro, Senhora. – respondeu Dâmaris sem pestanejar, todo o rosto marcado pela impassibilidade. Os olhos de Saori olharam para os seus por segundos.
- Talvez tenhas sido aconselhada a escolhê-lo?
- Não, Senhora, escolhi-o por minha vontade.
- Talvez ajudada a vencer…
- Não confiais no vosso juiz…?
- A Saga confio até a minha vida!
- Mas não ao meu Mestre?
- Que queres dizer?
- Lutei como fui ensinada, se duvidais da minha honra, duvidais da de…
- Silêncio!
Saori olhou-a irritada e Dâmaris remeteu-se ao silêncio, pensando no que iria advir daquela conversa. Saori respirou fundo e continuou.
- Como sabias do seu medo mais profundo? Leste a sua mente, talvez? – Dâmaris confirmou. – Fénix é um cavaleiro muito forte, orgulhoso e inteligente. Forte demais para ser derrotado por uma aprendiza. – Saori parou e olhou-a como se procurasse respostas. Dâmaris ergueu as sobrancelhas, num claro reflexo do tique de Shaka. – Então? O que aconteceu?
- Minha Senhora, em caso algum pus em questão a força ou sagacidade do cavaleiro de Fénix. Talvez ele estivesse distraído, talvez ele me tenha subestimado, talvez ele pensasse que eu fosse fácil de derrotar e não prestasse a devida atenção ao combate, mas o que aconteceu com o cavaleiro de Fénix não sei. – Dâmaris teve o cuidado de deixar a hipótese de Ikki não ser tão forte assim fora do baralho. Mas na realidade, ela não estava certa do que acontecera.
- Compreendo… A maneira como o atacaste foi desonrosa, traiçoeira e incrivelmente cruel. Deves saber que quase todos neste Santuário são órfãos? Certamente que entendes que a ligação entre dois irmãos aprofunda-se neste caso?
- Certamente.
- Então, porquê? – Saori empertigou-se. Dâmaris começava a enfastiar-se do diálogo.
- Sou uma guerreira, Senhora, treinada para derrotar todos aqueles que perturbem a paz desta Terra. Ter piedade do adversário não foi algo que me tenha sido ensinado, a história está repleta de boas causas que perderam para más causas simplesmente por os bons terem piedade dos maus. Num combate a sério, não conto nem com ética nem com piedade por parte dos meus inimigos, nem lhas ofereço. Ter fraquezas é oferecer-lhes a chave da minha derrota. Talvez nem tenho sido tão má como apregoam para com Ikki se lhe mostrei isto, pois preparei-o. Num combate real, ele teria sido aniquilado por esta fraqueza.
- Realmente não contava que tivesses senso algum de piedade ou outro sentimento qualquer sendo aluna de quem és. – disse Saori ressentida.
- O meu mestre é um excelente mestre, Senhora, e honra a armadura que veste.
- Oh, não duvido das capacidades de Shaka. É um excelente guerreiro e toda a Terra lhe deve muita coisa, eu inclusive lhe devo muita coisa. Aperfeiçoou-se nestes últimos cinco anos mais do que alguém poderia esperar, e não duvido que provasse novamente o seu grande valor se viesse mais alguma guerra. Contudo é pessoa muito à parte do Santuário, devo-te confessar que muitas vezes não sei o que esperar dos seus juízos e acções, tamanha a sua falta de sentimentos. Que vejo ter passado para ti… além de todas as outras qualidades, evidentemente. – terminou com alguma frieza, apoiando as mãos nas costas do trono. Para Saori, as qualidades de Shaka enquanto homem, espelhavam-se em Dâmaris enquanto mulher e eram tudo armação deste. – Disseram-me que alguns cavaleiros de ouro parecem achar-se superiores aos de bronze pelos seus poderes, sobretudo aqueles que ainda os aumentaram mais… Que me dizes a isto?
- Não tenho nada a dizer, Senhora, pois apenas convivo com o meu mestre nas horas de treino. Apenas lhe posso dizer que, em relação a ele, isso não se aplica, não importa o tamanho do seu poder. Mas decerto que vós, em toda a vossa sabedoria, sabeis que não se deve ligar importância a boateiros e caluniadores. – disse inocentemente.
- Dâmaris… - Saori pareceu hesitar. – O teu mestre… Shaka é um homem que geralmente dá a volta à cabeça de todas as mulheres por que passa… O que sentes por ele? – perguntou abruptamente olhando directamente nas pupilas de Dâmaris. Tudo o que viu foi paz, insensibilidade e frieza.
- Vós própria haveis admitido que sou tal e qual o meu mestre: não tenho sentimentos. – foi a resposta friamente brutal. Saori desviou os olhos, parecendo chocada, no entanto satisfeita com a resposta.
- É tudo. Podes ir.
- Sim, Senhora. – Dâmaris fez uma vénia, levou o punho ao peito como Saga, ergueu-se e saiu. Gémeos praticamente que se materializou a seu lado.
- Então? Ela puxou muito por ti?
- O que achas? – perguntou a jovem acompanhando-o a descer as escadas.
- Perguntou-te acerca de Shaka, suponho? De nós todos?
- Mas o que é isto? O segundo interrogatório do dia? – perguntou Dâmaris chateada. Saga olhou-a surpreendido por ela responder daquela maneira e ainda por cima de maneira tão fria. A jovem olhou-o e sorriu gentilmente como se desculpasse. -Descansa, Saga, não sou tão miúda como pareço. Achas que lhe disse alguma coisa?
- De facto não pareces a mesma que entrou há bocado na sala do Mestre. Isso devem ser influências da casa de Virgem… – Opinou Saga soturno, aborrecido por uma jovem tão simpática, inteligente e meiga se tivesse tornado tão semelhante a Shaka. Dâmaris fechou os olhos durante algum tempo, relaxou e abriu-os de novo, sorrindo despreocupadamente. Saga espantou-se. – Ena!
- Sou geminiana, Saga! – exclamou bem disposta.
- Sou tão geminiano como tu, minha amiga. Isso tem dedo do treino do Shaka, de certeza. - Dâmaris riu-se e parou no corredor da Casa de Virgem.
- Bem, vou dizer a Shaka o que aconteceu.
- Isso, dá-lhe cumprimentos meus. Tenho que ir, deixei Shun sozinho, mas duvido que ele esteja assim tão sozinho. Só namoro, só namoro… - resmungou Saga enquanto abanava a cabeça. – Tchau, Dâmaris.
- Tchau… - Dâmaris entrou e chamou pelo cavaleiro, procurando-o pela casa, guiando-se pelo cosmos. Encontrou-o debaixo do chuveiro. Despiu-se silenciosamente e entrou devagarinho na banheira, abraçando-o por trás. Shaka levou uma mão há união das mãos dela na sua barriga.
- Então? – a voz dele estava fria. Dâmaris encostou a testa às costas musculadas, deixando a água correr-lhe pelo corpo.
- Não. Só perguntas. – Shaka virou-se para ela e ergueu-lhe o rosto, analisando-a com a mesma profundidade dos seus olhos azuis. Suspirou.
- Estava aqui a pensar em quantos teria que matar. – troçou. A voz dele estava suave de novo.
- Nenhum, tolinho. Eles sabem bem o titã que terão de enfrentar se me chatearem. – abraçou-o, encostando-se a ele e vendo a água descer em regos nos espaços entre os músculos.
- Ao menos o Saga devia matar…
- Porquê? – perguntou distraída, deixando correr os dedos pelo corpo dele até lhe tocarem no sexo que imediatamente deu sinais de vida.
- Porque não sei onde já não estaríamos a esta hora… - Dâmaris ergueu o rosto, os olhos subitamente tomados de um verde profundo e o castanho em torno da pupila recheado de pequenas pintas negras brilhantes e mais dourado que nunca. Shaka segurou-lhe o queixo e beijou-a, duelando com língua doce e ágil da jovem, sentindo os dedos dela correrem o seu sexo e deixando as mãos também provocarem a jovem. Dâmaris afastou-se sem ar.
- Eu até achei bem… Da maneira como as coisas estavam a correr, eu não poderia fazer isto… - Dâmaris ajoelhou-se à sua frente, segurando o sexo dele e deixando a língua percorrê-lo, para depois o fazer entrar na sua boca, deslizando a língua desde a ponta até a base, chupando-o sensualmente. Shaka atirou a cabeça para trás deliciado. Para quem a vira com um anjo num altar, Dâmaris era surpreendentemente sensual e atrevida. Mais excitado do que nunca, Shaka acabou por puxá-la para cima, deixando-a cruzar as pernas na sua cintura, enquanto a segurava pelas coxas, e encostou-a ao azulejos aquecidos pela água, penetrando-a e estocando-a enquanto lhe beijava o pescoço, percorrendo-a com a língua até à orelha, mordendo ocasionalmente o lóbulo, ouvindo-a gemer enquanto os seus dedos a provocavam e as unhas dela percorriam o seu corpo até se cravarem nos seus ombros quando um orgasmo delicioso a atingiu, atingindo ele o clímax no segundo a seguir. Dâmaris cruzou os braços no seu pescoço, apoiando a testa na curva do pescoço dele, a água morna correndo pelos seus corpos, levando o suor com ela.
Shaka sentiu a respiração voltar ao normal, e as pernas dela recuperarem a força e deixou-a escorregar até ficar de pé. Beijou-a docemente, sentindo-a retribuir com carinho.
Virgem bem que tentou sair do quarto sem fazer barulho, mas Dâmaris acordou. Olhou o relógio.
- Meia-noite! – protestou frustrada, sentando-se enquanto se enrolava no lençol. – tens mesmo que ir? – perguntou fazendo beicinho. Shaka a abanou a cabeça e sentou-se na cama, pondo-lhe uma mecha de caracóis quase desfeitos atrás da orelha.
- Então, amor… é o meu trabalho! São só quatro horas, houve uma época em que as vigílias demoravam doze, sabias?
- Leva qualquer coisa. Já é fim de Setembro e aquele maldito corredor é gelado.
- Dâmaris, por Athena, eu sou um cavaleiro! Não preciso de casacos. – deu-lhe um beijo e deitou-a, tapando-a. – Mas se achas que vou ter frio, mantém a cama… quente… para quando eu voltar, está bem, doce?
- Tarado… - resmungou ela voltando as costas à porta e enrolando-se para dormir. Sentiu-o beijar-lhe o rosto perto do ouvido.
- Sim e tu gostas…
- Convencido… - Dâmaris abriu um olho a ver se a técnica resultava. Shaka curvou-se novamente e puxou-lhe as costas contra o colchão sorrindo.
- Boa noite… - Dâmaris expirou frustrada enquanto ele saia do quarto rindo-se, começando sonolentamente a preparar o esquema da semana.
Shaka vestiu a armadura e pôs a capa pelos ombros, sentando-se na posição de lótus no corredor da casa de Virgem, avisou Aioria telepaticamente que já o viera render. As vigílias nocturnas demoravam quatro horas cada naqueles tempos, havendo sempre um espaço de seis casas. Aioria e Afrodite tinham acabado o ciclo, Mu e Shaka começavam-no e Kanon substituía Aioros na casa de Sagitário, para "acertar contas". Sem subestimar o poder de Mu, que era muito maior do que parecia, por vezes Shaka não conseguia deixar de pensar como era irónico que o cavaleiro mais bondoso e gentil tivesse que aguentar sempre com a primeira carga inimiga. O tempo estava frio, Aquário e o discípulo deviam estar a fazer uma festa por o Verão ter acabado mais cedo… E que festa, pensou Shaka maldosamente, depois pensou que realmente era ser-se muito mauzinho para pensar uma coisa daquelas acerca dos dois cavaleiros, e finalmente pensou, bastante friamente, se havia alguma razão para ele se preocupar se era mau para os dois paus de gelado ou não. De qualquer maneira, melhor que as suas "festas" não havia, de certeza absoluta, reflectiu pensando em Dâmaris e no jantar que ficara em cima da mesa da cozinha. As lembranças do inicio da noite fizeram-no sorrir e Shaka espreguiçou-se, relaxando o corpo, pensando. Ainda não tinha pregado olho naquela noite.
Passou o corpo por cima do dela e enfiou-se dentro da cama. Dâmaris encostou-se a ele.
- Estás gelado! – queixou-se ensonada, abraçando-o. Subitamente desperta, levantou o rosto e beijou-lhe o queixo, deixando as mãos deslizarem para entre as suas pernas, sentindo o sexo manifestar-se de encontro aos seus dedos. Sorriu maliciosamente. – Aqui estás em delírio…
- Dâmaris… Dâmaris! – disse mais alto quando a excitação começou a ser maior. – Vamos dormir…
- Claro que vamos! Mas eu não te posso deixar morrer de hipotermia… - disse enquanto lhe beijava o pescoço e se sentava por cima dele, passando-lhe a língua pelo peito. Shaka puxou-a para lhe beijar a boca.
- Sabes, seu eu te aquecer tu ficas a escaldar… - murmurou. Dâmaris sorriu-lhe, provocando-o a continuar, deslizando sensualmente o corpo para cima do "delírio" dele e começando a mover-se sempre com o mesmo sorriso provocador. Shaka gemeu e arqueou as costas, deixando as mãos segurarem-lha acintura, puxando-a mais para baixo cada vez que o seu corpo se aproximava. Sentou-se, permitindo-lhe cruzar as pernas nas suas costas, mas virou-a subitamente de costas pressionando-a contra a cama, prendendo-lhe os pulsos acima da cabeça e segurando-lhe as pernas com o peso das suas. Dâmaris olhou-o inocentemente. – Não querias brincadeira, gatinha? – perguntou, mordiscando-lhe o pescoço e entrando nela para sair logo a seguir e entrar novamente. Começou a estocá-la devagar e suavemente, aumentando a velocidade e a força, olhando fascinado o rosto levemente corado e os olhos brilhantes da jovem, os lábios inchados dos beijos que trocavam, os movimentos limitados do corpo preso e os gemidos cada vez mais altos e prolongados, todo o quadro transpirava sensualidade que lhe atingia os sentidos com violência. Baixou o rosto, chupando-lhe o pescoço enquanto a sentia tentar soltar-se à medida que a excitação ia sendo maior. Mordeu-lhe suavemente o lóbulo da orelha, descendo a língua até aos seios. Ergueu a cabeça e fechou os olhos com força, mas ao senti-la apertar-se e gemer mais alto não conseguiu evitar que o mesmo lhe acontecesse.
Virou-se, puxando-a para cima de si, entrelaçando os dedos nos dela, os braços jogados um para cada lado da cama, as pernas entrelaçadas e a cabeça dela apoiada nos músculos do seu peito. O suor secou nos seus corpos com uma leve impressão de dormência e frescura ao de cimo da pele.
- Shaka… - Dâmaris tentava fazer-lhe cócegas na palma da mão com as unhas. – Estamos juntos à três meses… - ele levantou o rosto e Shaka olhou para os seus olhos. – Mas eu ainda não sei o que somos um ao outro…
- Bem… - Shaka deslizou os dedos pelo rosto dela. – Isto é uma situação especial. E tu és uma pessoa ainda mais especial… Então acho que o correcto será chamar-te anjo. Ou melhor, deusa. Portanto, és a minha deusa… - Dâmaris corou.
- E tu? – Shaka riu-se.
- Eu não sei. O que queres que eu seja? – Dâmaris voltou a deitar a cabeça no seu peito, parecendo ponderar a questão. Shaka enrolou os dedos nos cabelos dela até ela levantar a cabeça com a resposta pronta.
- Bem, tu podias ser o meu cavaleiro, mas isso já tu és, e eu acho pouco… - disse ela franzindo as sobrancelhas enquanto ele se ria. – E tu também és uma pessoa especial, por isso acho que vais ser um deus.
- Certo. – ela deitou novamente a cabeça. – Nós os dois somos os deuses do Paraíso…
- Shaka… - perguntou ela passado algum tempo. – O Paraíso é para sempre?
- O Paraíso ainda não começou, gatinha… - Shaka tocou-lhe com um dedo na ponta do nariz. – Considera-te a caminho do Paraíso. Quando o teu treino acabar, aí sim, o Paraíso começa e é para sempre…
- Quanto tempo falta?
- Alguns meses…
- Isso é muito tempo… - protestou ela imediatamente.
- O tempo passa depressa, vais ver. E nós vamos tendo este bocadinho de Paraíso…
Dâmaris acordou sentindo dores em todo o corpo, espreguiçando-se para logo se retrair de novo. Abriu os olhos sonolentamente descobrindo como causa das dores estar mal deitada em cima de um dos sofás. Shaka estava jogado em cima de outro. Sentou-se a bocejar, tentando endireitar o vestido da noite de Ano Novo, resmungando baixinho quando magoou os pés nos saltos das sandálias que ainda conseguira descalçar nessa madrugada.
- Amor… - Shaka nem tremeu as pálpebras, continuando profundamente adormecido. – Shaka… - olhou em volta à procura do casaco e do colete, mas lembrou-se que deviam estar perdidos algures no Salão. Já a perder a pouca paciência de que dispunha nesse momento, pegou numa almofada e atirou-lhe. – Chato, acorda…
- Dorme, doce, ainda falta muito para amanhecer… - resmungou Shaka num murmúrio, abraçando a almofada.
- Já é manhã, Shaka, acorda… - Dâmaris olhou o relógio de pulso dele e ajoelhou-se no chão abanando-o. – Shaka, acorda! Amor, vá lá, acorda, já são dez e meia!
- E depois, Damy? Não sei se reparaste mas chegámos a casa já eram cinco… deixa-me dormir…
- Shaka, temos que estar lá em cima antes da uma!
- Ai, foda-se, o almoço! – praticamente berrou o cavaleiro, levantando-se de um pulo. Dâmaris levantou-se irritada.
- Pára de dizer palavrões! Porra, nunca vi ninguém que dissesse uma média tão grande de asneiras por dia! – Shaka olhou-a com um sorriso trocista à medida que ela revia a frase que tinha dito. Dâmaris corou de irritação e apanhou as sandálias do chão.
- Estão na gramática, no dicionário, no prontuário, amor… podemos utilizá-las… - riu-se ele começando a desabotoar a camisa e despindo-a - Ah, vá lá… - Shaka pulou por cima do sofá para conseguir segurá-la antes dela passar o limite da mesa de jantar. – zangadinha comigo… - Dâmaris fuzilou-o com os olhos. – ficas tão querida, assim, vermelhinha…
- Mau…
- Quem? Eu? Oh, sim, muito… - Shaka sorriu com um aspecto nada inocente.
- Bom…
- Mudas de opinião muito depressa, doce…
- Pára de me tentar irritar!
- Tentar? – Shaka começou-se a rir. – Eu ia jurar que já o tinha feito.
- Tu és impossível! – ela virou-lhe as costas para se ir embora, mas ele abraçou-a por trás.
- Desculpa… - baixou o rosto, beijando-lhe o pescoço. – A culpa é toda minha….
- Pois é, sim! – Shaka virou-a para ele e encostou-lhe o fundo das costas à mesa.
- Tens toda a razão. Como pude cometer semelhante erro?
- Sim? – perguntou Dâmaris sem entender rien du tout. Shaka pôs-lhe os caracóis atrás da orelha e beijou-lhe o rosto.
- Tu estavas tão linda ontem à noite… tu és sempre linda, mas ontem estavas uma verdadeira Deusa… - murmurou-lhe ele ao ouvido, fazendo com que cada milímetro da pele dela se arrepiasse. – E eu não prestei as honras devidas…
- Shaka o que é que… - as mãos dele pegaram-na pela cintura e sentaram-na em cima da mesa enquanto os lábios se colaram aos seus. Ele empurrou-a suavemente para trás e ela sentiu-se embater num castiçal e ouviu-o cair em cima de qualquer coisa. A mesa oscilou para a frente quando Shaka apoiou os joelhos na madeira. – Shaka!
- O quê… - ele beijou-a novamente esticando um braço para de trás dela e varrendo o que estava em cima da mesa para o chão. Castiçais, jarra, salva, terrina, caíram com ruídos sonoros, embatendo-o uns nos outros. Ele empurrou-a mais para o centro da mesa e ela ouviu os sapatos dele a caírem no chão.
- Estás louco…
- Totalmente verdade. – concordou ele começando a fazer o vestido dela subir devagarinho até o tirar por completo. - Estou absolutamente, perdidamente, irremediavelmente louco por ti… - segurou-lhe a nuca puxando-a delicadamente para beijá-la de novo, deixando o corpo deitar-se sobre o dela, sentindo a pele morna reagir arrepiada ao contacto macio com a sua. Ergueu um pouco a cintura para tirar o cinto, ajudado pelas mãos dela que pareciam ter uma pressa esfomeada em chegar às calças.
- O almoço, Shaka, a Saori…
- Que se lixe o almoço, que se lixe a Saori… - respondeu ele suavemente erguendo-lhe as costas da mesa para beijá-la enquanto lhe tirava o resto das roupas. Ela estremeceu quando ele a deitou de novo na madeira.
- Está frio… - murmurou baixinho, sentindo a temperatura gélida de Janeiro na sala que não tinha sido aquecida. Ele deitou-se sobre ela e ela sentiu um formigueiro no corpo tanto pelo contacto com o corpo sempre quente do cavaleiro como de antecipação.
- Não tem problema, meu amor, eu aqueço-te… - murmurou ele de volta vendo-a arquear o corpo quando o corpo dela aceitou o seu e sentindo de novo a adrenalina correr nas veias de ambos impulsionando-os para uma corrida vertiginosa de contactos e suspiros que terminou com um último estremeção da mesa quando ambos atingiram o orgasmo.
Shaka ergueu-se nos cotovelos e olhou-a com uma adoração angelical, enquanto as gotas de suor ainda secavam na pele. Dâmaris tirou-lhe a franja suada de cima dos olhos, perdendo-se no azul claro do seu olhar e ignorando a dor nas costas dos seus movimentos e da pressão da madeira. Estremeceu de frio e Shaka abraçou-a de novo aquecendo-a com o seu corpo. Beijou-lhe a boca com carinho.
- Feliz ano novo… - murmurou, beijando-a de novo.
«O tempo passa depressa… E como…» pensou Shaka vendo Dâmaris de costas, vestida com um dos novos modelos de vestido de primavera que tinham ido buscar no dia anterior, a cortar os ingredientes da salada de atum. «Estes dez meses passaram num instante e no entanto foi tanto tempo… Deve ser o efeito de estar com um anjo… anjo não, deusa.» Dâmaris voltou-se para ele, franzindo as sobrancelhas. «Ela está tão linda. Cada vez mais bonita, mais sensual, mais quente… Parece que o amor a torna ainda mais divina…». Dâmaris levou o dedo à boca.
- Cortaste-te. – constatou ele levantando-se do banco onde estivera a ler o jornal. Abriu a torneira da água fria e meteu-lhe a mão debaixo da água, massajando-a com as suas até a pequena hemorragia acabar. Dâmaris pegou de novo na faca e Shaka abraçou-a por trás, segurando as mãos brancas e esguias nas suas. Apoiou o queixo no ombro dela. – Faz assim, olha…
- Eu desisto. Tu hás-de cozinhar sempre melhor que eu… - protestou ela. Shaka virou-a e abraçou-a pela cintura, erguendo-lhe o queixo e beijando-a docemente.
- Com coragem para tentar de novo? – perguntou sorridente, vendo-a voltar á posição original e segurando-lhe as mãos de novo. – Sabes, gatinha… - olhou para Mordredna cesta e riu-se. – Sabes, gatinha, eu estava a pensar em ir-mos treinar na praia na próxima semana… Dois dias?
- Treinar?
- Sim…
- Shaka, seu pervertido! – disse ela divertida.
- O que foi agora? – o seu aspecto era angelical.
- Eu conheço-te bem.
- Não duvides, és a única pessoa que me conhece…
- Tu continuas distante e frio dos outros porque queres. – disse ela franzindo as sobrancelhas.
- Dâmaris, só tu é que me interessas no meio disto tudo… - disse Shaka, impacientemente. Dâmaris suspirou. Apesar de todo o amor e carinho que Shaka tinha e demonstrava por si, e não era nada pouco, permanecia exactamente a mesma pedra de gelo árctico com os outros. Bem, até melhorara um bocadinho com Mu, Saga e Afrodite, mas era só um bocadinho.
- Não te estou a pedir que te apaixones por mais alguém – "até porque te matava se isso acontecesse" – mas qual é o mal de levantares um pouco essa barreira defensiva e deixá-los aproximarem-se, Sha, eu não entendo…
- Isso é porque não é para entender. – cortou ele aborrecido deixando a faca cair na bancada e limpando as mãos num pano.
- Mas Sha, eles são teus colegas, vocês conhecem-se desde miudinhos. Porque é que não podes ser mais… caloroso… com eles?
- Dâmaris… esquece isso, gatinha, esta discussão não leva a lado nenhum!
- Não leva a lado nenhum porque tu não queres! – disse ela finalmente irritada. – Okay, deixa os outros da mão, mas e os teus amigos? Não podes ser mais simpático?
- Olha só quem me está a falar de simpatia… - disse Shaka sarcasticamente.
- Tu és impossível! Nem sei porque insisto…
- Então pára de insistir!
- …na nossa relação? – perguntou ela calmamente, os olhos brilhando magoados.
- Dâmaris, eu não disse isso! – disse ele parando abruptamente.
- Tu mandaste-me parar de insistir!
- Não ponhas na minha boca palavras que eu não disse! – disse ele começando a ficar na defesa.
- Mas tu disseste!
- Eu pensei que estavas a falar da conversa!
- A pensar morreu um burro! Tu simplesmente deste-me opção à frase que estava a dizer! – Dâmaris saiu da cozinha a fungar.
- A tua dona põe-me doido, sabias? Ela deixa-me passado dos carretos! – barafustou o cavaleiro despejando em cima de Mordred. O gato olhou quase que a recriminá-lo, bocejou e enrolou-se numa bola de pêlo fofo, semi-cerrando os olhos como se quisesse dormir e alguma coisa o estivesse a incomodar. Shaka bufou. – Devo estar doido mesmo para falar com um gato! – Deu o habitual murro na parede da porta que reabriu a habitual racha na parede a partir no canto superior esquerdo. – Outra vez…! - caminhou irritado até à sala; de costas para ele, Dâmaris sentara-se no chão enrolada com as costas apoiadas do sofá a fungar. – Dâmaris…! Não chores! – ela não lhe respondeu. "Buda… ", pensou Shaka, rebolando os olhos, "isto só pode ser castigo…". Caminhou até ao sofá e sentou-se. – Olha… eu pensei que tu gostavas de mim pelo que sou…
- Eu gosto de ti, tu é que não gostas de mim… - resmungou ela abafadamente.
- Dâmaris… - Shaka roubou mais um pedaço de paciência a Buda. – Tu sabes que eu gosto de ti… Pronto, está bem, eu passo a ser mais caloroso…
- A sério?
- A sério…
- Não vais mais discutir com o Aioria?
- Não achas que já estás a exagerar? Está bem, está bem… - Dâmaris sentou-se nos seus joelhos e abraçou-o pelo pescoço, jogando uma careta divertida e sorridente para trás das costas dele. – Mas há terceira que me digam… - Ela fez cara de gatinha abandonada de novo.
- Isso é o habitual…
- A sério? – ele puxou-a para lhe ver o rosto – Ia jurar que era à primeira… - ela abanou a cabeça e encostou-se ao ombro dele.
- Em relação à praia…
- Sim?
- …suponho que alegaste a minha enorme necessidade de treinar afastada de outros cosmos que me influenciassem e até prejudicassem o meu treino de kempo meditativo, não? – perguntou com ares de tragédia.
- Não sei como adivinhas-te… - disse ele, fingindo-se incrédulo. Depois beijou-a. – Hoje já te disse que te amo?
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N.A.: Ok, dois capítulos de seguida.
Muito obrigada pelas reviews (Megawinsone, Rach Snape, Juninha 200000) e ás sempre presentes Kourin, Pipe, June e Terezinha.
Estou a ter alguns problemas com o FanFiction (assim como com o serviço de Internet – morar em cidade turística é assim mesmo, no Verão não há que chegue…), por isso decidi postar logo dois de uma vez. Para além do que não tenho tido muito tempo livre. A fic, com todas as alterações que lhe fiz e ainda estou a fazer ficou maior mas não deve passar os 22 ou 23 capítulos. Talvez 24.
Bjokas a todos os que acompanham a fic.
Próximo Capítulo = "A fragilidade de uma teia de sonhos de seda"
