ÓDIO OU AMOR? – 6ª PARTE

Kagome não dormiu muito naquela noite. Toda vez que ia dormir, lembrava-se de InuYasha e a vontade de dormir se perdia completamente. Queria tanto sentir aqueles lábios novamente, pois, apesar de tê-lo beijado há poucas horas, já estava com saudade daquele gostinho...

Amanhã é segunda... Tenho que dormir, porque tenho faculdade de manhã e o aniversário do Kohako de tarde...Dizia Kagome para si mesma, para ver se conseguia pegar no sono, mas para o azar da menina este fato só ocorreu quando deram duas horas da manhã, o que a fez chegar atrasada na faculdade, mais uma vez.

Ai, que droga... Maldito InuYasha... Não dormi direito por causa dele...Ao pensar em seu namorado, Kagome enrubesce. Nunca imaginara que poderia se apaixonar por uma pessoa que julgava irritante, chata, horrível e tudo mais de ruim. É engraçado como a vida prega peças.

Kagome não prestava atenção ao que o professor falava. Seu pensamento tinha se virado totalmente para o aniversário de Kohako. Iria ser em um parque de diversões, o lugar ideal para ficar com InuYasha, embora achasse meio perigoso, pois os brinquedos que ele iria querer ir, com certeza não seriam do tipo "carrossel" e "roda-gigante". Mesmo assim, Kagome resolveu correr o risco. Assim que a aula terminou ligou para Sango, e perguntou à amiga se poderia levar InuYasha consigo, junto de Souta.

Claro que pode, Kagome. Eu já ia ligar pra você o trazer também. É que com toda essa história de compra presente, você sendo assaltada e aquele hentai do Miroku, eu acabei esquecendo de convidar o InuYasha.

Tá. A que horas nós temos que chegar no parque?

Às duas. Não se atrase, hein?

Pode deixar. Até daqui a pouco, Sango.

Até!

Kagome saiu correndo até o ponto de ônibus mais próximo. Já era uma da tarde. Não queria se atrasar duas vezes no mesmo dia. Resolveu, então, ir primeiro no apartamento de InuYasha e depois passar na casa de sua mãe para pegar o Souta. Chegou no prédio onde morava InuYasha. Este parecia bem antigo e mal cuidado. Estava completamente coberto de pixações, fora as janelas quebradas e o portão enferrujado. Kagome subiu até o quinto andar e foi até o apartamento 503, o de InuYasha.

Tocou a campainha uma vez, duas vezes, três vezes, até que se cansou e resolveu gritá-lo.

InuYasha! InuYasha!! Ai meu Deus. Se ele demorar, eu vou me atrasar! InuYasha! De repente ela escutou uma porta sendo aberta, mas não era a de InuYasha, e sim a porta ao lado. Um homem gordo, de barba mal feita, vestindo uma blusa regata suja pelo que parecia molho de macarrão e um short, que na opinião de Kagome, era muito pequeno para um homem daquele tamanho: duas vezes o dela.

Por que você está gritando? Você me acordou, sabia, menina? Perguntou o homem sério.

Bem, eu estava... estava chamando o...

Não quero saber. Acordou-me e pronto.

Me desculpe, não era minha intenção acordar o senhor. Se tiver alguma coisa que eu possa fazer...

Bem, há sim uma coisa. Passe uma noite comigo que estará tudo resolvido.Disse o homem com um sorriso malicioso.

Passar a noite... com o senhor?

Isso mesmo! Kagome ficou apavorada. Empalideceu totalmente. O homem tentou agarrá-la, mas esta conseguiu escapar. Saiu correndo em direção à escada e assim que chegou fechou a porta na cara do homem. Mas, como não era forte o suficiente para segurar a porta, Kagome voltou a correr. Começou a descer as escadas, até que se viu encurralada. Quando viu duas portas a sua frente, não sabia qual das duas dava para a recepção, e na pressa, não consegui verificar qual era a verdadeira e acabou entrando em uma sala mal iluminada, cheia de papeis, coisas velhas e toda empoeirada.

Acabou, menina. Não tem mais para onde fugir. O homem agarrou brutalmente o rosto de Kagome com uma das mãos e tentava beijá-la, enquanto a sua outra mão procurava pelo botão que prendia a saia de Kagome.

Não! Me larga! Me solta! Socorro! InuYasha!

Ei, seu brutamontes de uma figa! Alguém acertou o homem com uma pedra em sua cabeça.

Mas o que...? Ele se virou para ver quem seria, e deu de cara com InuYasha.

O que você pensa estar fazendo com a Kagome?

Ora, então essa é a sua namoradinha, InuYasha? Disse o homem apertando com mais força o rosto de Kagome, que por sua vez deixou algumas lágrimas escaparem de seus olhos.

Largue ela! Agora!

Por quê? Sabe que nessa forma, você não pode me derrotar. Por que está com essa forma, InuYasha? É por causa da garota? O homem olhou para Kagome, deu um sorriso e começou a aproximar o seu rosto do de Kagome.

Não se atreva. Falou InuYasha. O homem fingiu não ouvir e continuou a chegar seu rosto mais perto do de Kagome. Estava preste a beijá-la, quando InuYasha deu-lhe um soco nas costas e um outro na cabeça, que o manteve desacordado.

InuYasha? Kagome olhou para InuYasha e achou que tinha ficado maluca. InuYasha estava com os olhos com âmbar, cabelos prateados, garras e duas lindas orelhinhas de cachorro em sua cabeça. Sacudiu a sua cabeça e voltou a olhar InuYasha. Este estava com os cabelos novamente pretos, olhos castanhos, com orelhas normais e sem garras.

Kagome, ele te machucou?

Não. Eu estou bem.

O que foi? Por que você está me olhando desse jeito?

Não é nada, só que... Esquece. Deve ter sido só a minha imaginação.

O que você veio fazer aqui? Perguntou InuYasha enquanto subiam as escadas para irem pro apartamento dele.

É que hoje é o aniversário do Kohako, o irmãozinho da Sango, e eu queria saber se você não quer ir comigo.

Ah, é isso?

É, mas me diz. Onde você estava?

Eu estava dando uma volta por aí, por quê?

Nada, só curiosidade. Então, você vai?

Só se você me prometer uma coisa.

O quê?

Nunca mais se meta com esse meu vizinho. Por favor. Fiquei com medo de você se machucar.

Eu estou bem, e você pode ter certeza, não quero ver esse homem novamente tão cedo. InuYasha de um selinho em Kagome e correu para seu quarto para trocar de roupa. Kagome pôde, então, prestar atenção no apartamento de InuYasha. Nem parecia que estava naquele prédio mal cuidado caindo aos pedaços. O apartamento de InuYasha era muito bonito. Todo arrumado e limpo. Não havia uma poeirinha sequer.

Vamos, Kagome?

Vamos!

Desceram as escadas, saíram do prédio e logo estavam no ponto de ônibus. Esperaram cinco minutos e pegaram o ônibus. Pagaram a passagem e sentaram-se.

InuYasha?

O que foi?

Bem? O que aquele homem quis dizer que nessa forma você não o machucaria?

Eu não sei. Aquele homem é maluco, doido. Não fala coisa com coisa. O que você pensou que fosse?

Nada. Vamos descer aqui. Disse Kagome. Levantaram-se e desceram do ônibus. Andaram dois minutos e chegaram na casa da mãe de Kagome. Souta já estava à espera da irmã.

Mana! Poxa como você demorou! Pensei que você tivesse se esquecido de mim.

Eu não me esqueceria de você jamais!Disse Kagome ao irmão.

Ah, quem é ele?Perguntou Souta.

Ele é o InuYasha. Ele é meu namorado.

A mana tem um namorado! Disse Souta, os olhos brilhando de um jeito que InuYasha não gostou muito.

Souta, vá avisar à mamãe que a gente já vai.

Tá! O menino entrou em casa e avisou a mãe. Em dois minutos já estava de volta à porta.

Vamos! Disse Souta.

Eles voltaram ao ponto de ônibus onde pegaram o mesmo e foram para o parque de diversões.

Diga-me novamente, Kikyou. Por que estamos indo à um parque de diversões enquanto àquele maldito cara de cachorro beija minha garota? Perguntou Kouga insatisfeito.

Ora, meu caro. O InuYasha e aquela garota estão indo exatamente para o parque de diversões, e lá vamos pôr em prática um dos meus planos mais criativos!

Bem, se é para isto...

Continua...

Esse capítulo não ficou muito legal, mas foi o melhor que pude fazer...Época de provas é uma tristeza, ninguém merece...

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