Capitulo 3 – O novo caso do Ministério
O dia amanheceu tranqüilo, um vento fresco soprava e o céu estava limpo, já passava das nove da manhã quando a Sra. Weasley pediu a Rony e a Harry para fazerem uma desgnomização no jardim. Os dois acharam aquilo perfeito, pois não tinham tido tempo para conversar sobre a noite anterior visto que a Sra. Weasley ficava sempre por perto. Lupin parecia ter saído às pressas de manhã e só voltaria a tarde, fato que deixou os garotos, sobretudo Harry, muito intrigados.
- Você deve estar brincando? – disse Rony enquanto apanhava um gnomo que se debatia raivosamente. – A Opera de fadas era do seu pai?
- Parece que sim – respondeu Harry apanhando um gnomo também, mas ao contrario de Rony, não conseguiu segura-lo com muita firmeza e o gnomo acabou dando uma mordida bem doída em sua mão fazendo o garoto soltar um ai´´ e deixar gnomo cair no chão.
- Eu ainda não entendo uma coisa – disse Rony observando Harry – Você disse que houve um ataque, e pelo jeito morreram pessoas, se isso tudo já faz alguns dias, como ninguém ta sabendo?.
- Lupin não me disse – respondeu Harry dando os ombros e passando a mão no local da mordida.
– As vezes eles querem abafar o caso, você sabe como o Fudge é não é mesmo?! – disse Rony.
- Abafar o caso? – perguntou Harry rindo – Acho que não cara, depois do ano passado, não acho que eles queiram esconder mais nada.
Rony olhou para o amigo e deu os ombros, Harry fez o mesmo e os dois permaneceram em silencio por um tempo.
- Aposto que jogo o meu mais longe que o seu - disse Rony por fim já girando seu gnomo no ar.
- Vai sonhando – respondeu Harry apanhando rapidamente um gnomo que tentou escapar igual ao anterior, mas não conseguiu.
Os garotos passaram boa parte da manhã ocupados com a desgnomização do jardim, fizeram uma competição de quem atirava o gnomo mais longe, pelo visto ainda parecia que o número de gnomos que havia no jardim dos Weasley havia aumentado desde a última vez que Harry os vira. Foram interrompidos pela senhora Weasley que os chamou de dentro da casa.
- Vamos ver o que ela quer – disse Rony atirando o último gnomo que havia encontrado por cima da cerca e seguindo em direção a porta de entrada.
Nem bem os garotos haviam passado pela porta a Sra. Weasley entregou a cada um deles dois envelopes lacrados, um continha o lacre com o brasão de Hogwarts e o outro estava lacrado com um símbolo que Harry não soube dizer qual era.
- O que é isso ? – perguntou Rony apanhando os envelopes.
- A lista de materiais de vocês e os resultados dos seus N.O.M.s – respondeu a Sra. Weasley voltando para a cozinha, mas virando para trás e encarando Rony. – E ai de você se eu não gostar do que eu ver aí Sr. Ronald Weasley.
Harry riu da expressão de horror que se formou no rosto de Rony, que olhou apreensivo para o envelope que continha os resultados dos exames.
- Não se preocupa – disse ele baixinho para o amigo – Tenho certeza de que você foi bem.
Então sem demora começou a abrir o envelope que continha a lista de materiais.
MATERIAIS PARA OS ALUNOS DO SEXTO ANO
O livro avançado de feitiços
De Miranda Goshawk
A história da Magia
De Stuart Mustaf
Conjuração e Transiguração avançadas
De Alberto Zilkins
O livro das mil poções
De Armand Rosen
Herbologia avançada e seu uso.
De Florência Roberts
Artes das Trevas: Um guia avançado de auto-proteção
De Kauts Winters
Monstros e criaturas mágicas
De Allan Campbel
- Pelo visto parece que esse ano a coisa vai ser puxada – disse Rony que acabava de passar os olhos pela lista – Esses livros são famosos, são para quem já ta bem avançado na matéria, não entendo por que eles pediram esses para o sexto ano.
- Com certeza para compensar o ano da sapa velha – disse Harry claramente se referindo a Dolores Umbridge – Mas acho que vai ser assim com todos os anos, afinal agora todos sabem que o Voldemort voltou.
A menção daquele nome fez um arrepio agudo passar pelas costas de Rony que fez uma careta.
- Desculpe – disse Harry.
- Deixa, cedo ou tarde vou ter que me acostumar – disse Rony voltando os olhos novamente para a lista de materiais. – Espera um pouco, olha só isso – terminou o amigo apontando para uma parte na carta que tanto ele quanto Harry não haviam notado.
COMUNICADO
Estamos informando que também estará sendo formado um clube de duelos para os alunos do terceiro ano em diante, visto os acontecimentos recentes e a necessidade do mesmo, entrementes, serão permitidos apenas alunos que apresentarem autorização dos pais ou responsáveis.
Atenciosamente
Minerva MacGonagall
Vice-Diretora
- Legal não ?! – disse Rony empolgado – Um novo clube de duelos, talvez com essa historia todas eles queiram que agente aprenda a se defender melhor, pelo visto o ano vai ser bem agitado.
- Vamos ver – tornou Harry sorrindo – Mas aqui não diz quem será o professor.
- Não sendo o Snape eu aceito qualquer um – disse Rony guardando a lista de materiais no bolso e apanhando o papel de resultado dos N.O.M.s.
Harry fez o mesmo, ele e Rony se olharam por um momento em silencio e depois se voltaram para os envelopes.
- Vocês vão ficar olhando para isso por quanto tempo? – disse uma voz atrás deles.
Os garotos levaram um susto e se viraram rapidamente para dar de cara com Gina que apenas deu um sorrisinho e foi se sentar em uma cadeira, a garota apoiou a cabeça nas mãos e ficou olhando para eles insistentemente. Os dois permaneceram parados sem saber o que fazer.
- Vocês nunca vão saber se foram bem ou mal se não abrirem. – disse a garota novamente.
Harry respirou fundo.
- Pois é, você esta certa – disse o ele ao mesmo tempo em que abria o envelope, Rony o imitou.
A medida que os olhos de Harry iam passando pela carta um sorriso ia se abrindo em sua boca. Fora melhor do que esperava, havia tirado a nota máxima, um Excepcional´´ em Defesa contra as Artes das Trevas . Obteve também "timo´´ em Transfiguração,Trato de Criaturas mágicas e Feitiços, não houve nenhuma nota abaixo de Aceitável´´ com exceção de Adivinhação,que como ele já esperava, havia sido reprovado.
- Foi tão bem assim? – perguntou Rony olhando o sorriso no rosto do amigo.
- O suficiente – disse Harry sorrindo ainda mais, mas ficando com uma expressão um tanto quanto indecisa no rosto – Consegui um Excede as Expectativas´´ em Poções.
- Você também? – perguntou Rony incrédulo – Acho que alteraram esse exame, eu também consegui Excede as Expectativas´´ em Poções e Transfiguração, e no geral não fui mal, nenhuma nota abaixo de Aceitável´´ com exceção de Adivinhação que eu acabei reprovando mas, consegui um "timo´´ em Feitiços e Defesa contra as Artes das Trevas, apesar de ter transformado um prato em cogumelo.
- Bom, e agente tirou "timo´´ em Feitiços foi por que erramos uma coisa só, afinal "timo´´ é a segunda maior nota – disse Harry pensativo – Você foi por causa do cogumelo, e eu deve ter sido por causa do rato que eu fiz inchar.
- Viram só – disse Gina rindo ao observar os dois – Não foi tão ruim assim, vocês é que estavam fazendo muito drama.
- Drama é?! – respondeu Rony – Eu quero só ver quando for você que tiver que prestar os N.O.M.s, aí você vai ver o que é drama.
- Ao contrario de você Rony – disse Gina sorrindo – Eu estudo.
Rony na mesma hora emburrou a cara para a irmã que deu risada e se levantou da cadeira dirigindo-se a cozinha logo depois e deixando os garotos sozinhos.
- Sabe, estou sentindo falta da Gina pequena e tímida de antes – comentou Rony – Essa nova versão crescida esta sendo difícil de lidar – mas então notou que Harry estava com uma expressão preocupada no rosto – O que foi?
- Excede as Expectativas´´ em Poções – respondeu Harry com uma expressão preocupada – É uma boa nota, mas o Snape só aceita Excepcional´´, e a MacGonagall me disse que se eu quiser ser um Auror, eu tenho que saber bem Poções...
- A cara, não fica assim – disse Rony entendendo o que o amigo queria dizer – Tirar Excepcional´´ em um N.O.M é muito difícil.
- Eu sei – respondeu Harry – Sabia que não iria tirar um Excepcional´´ mas mesmo assim...
- Quer saber de uma coisa?- disse Rony dando um tapa amigável nas costas do amigo – Jogue as notas para o alto e vá ser apanhador profissional.
Depois disso os dois se olharam e deram risada, apesar de tudo, Harry não estava desanimado, suas notas haviam sido boas, e mal sabia ele que o dia estava apenas começando.
O restante da manhã correu tranqüilo na Toca, Rony mostrou suas notas para a Sra. Weasley que ficou muito feliz com o filho, pois não havia nenhum nota abaixo de Aceitável´´ com a exceção de Adivinhação, mesmo assim, significava que Rony havia sido aprovado em todas as outras matérias obtendo vários N.O.M.s.
Por volta das onze e meia Harry, Rony e Gina começaram a ajudar a Sra. Weasley a por a mesa para o almoço. Um cheiro bem gostoso de comida invadia a cozinha dos Weasleys e foi neste momento que entrou pela janela uma grande coruja marrom, trazendo na perna o que pareciam ser dois exemplares de O Profeta Diário´´.
- Hoje eles atrasaram a entrega – disse a Sra. Weasley depositando alguns Nuques na bolsinha de couro que a coruja trazia amarrada a perna – Tudo bem querido, eu já paguei para você também – finalizou para Harry que estava começando a procurar algumas moedas no bolso, então a mulher se virou e rapidamente e foi cuidar da panela em que estava fazendo arroz.
Harry, que já havia acabado de arrumar a mesa se sentou, assim como Rony que foi acompanhado pela irmã .O garoto apanhou seu exemplar do profeta para ler enquanto esperar a Sra. Weasley terminar de cozinhar, nem bem Harry abrira o jornal, seus olhos se arregalaram, no centro da primeira página havia uma foto de Fudge, em cima de um palanque dando alguma declaração, o Fudge da foto retirava o chapéu e respirava fundo antes de dizer algo para o bando de repórteres postados a sua frente. Em baixo da foto lia-se.
MANSÃO EVANDERS ATACADA
Em uma declaração à imprensa, o ministro da Magia Cornélio Fudge confirmou os boatos a cerca do ataque a mansão da família Evanders ocorrido na sexta- feira passada dia 29 de julho.
"Infelizmente receio ter que confirmar que os boatos são verdadeiros, na sexta feira passada, um grupo seleto de seguidores Daquele-Que-Não-Deve-Ser- Nomeado conhecidos como Comensais da Morte, atacou a mansão da família Evanders situada em uma área exterior de Londres" declarou Fudge exibindo um semblante extremamente abatido. Segundo o relato de Fudge, os alvos principais não teriam sido os membros da família. Evanders, mas sim os da família Viksius que estavam se hospedando na mansa. As duas famílias, como é do conhecimento de todos, são duas das mais tradicionais e antigas de nossa comunidade, famosas por sua amizade e ainda por estarem entre seus membros,alguns dos bruxos mais poderosos de que se tem noticia. "Segundo testemunhas, os Comensais teriam tentado persuadir Laviniah Viksius, mulher do falecido e renomado Auror, Ériol Viksius, a se aliar a eles, e diante da recusa de Laviniah, teriam iniciado o ataque a todas as pessoas presentes." Continuou o ministro em sua declaração, segundo Fudge, o ataque resultou no primeiro conflito seguido de mortes desde a invasão do ministério no ano passado pelos Comensais da Morte assim como também por Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado.. "É com imensa tristeza que lhes comunico que todos os membros da família Evanders presentes no local no momento do ataque vieram a falecer, assim como Laviniah Viksius, mas segundo testemunhas, a morte de Laviniah não foi provocada por um dos Comensais e sim pelo seu próprio filho Siegfried Viksius, que foi detido no local do crime e levado sobre custódia não oferecendo nenhum resistência e assumindo a culpa pelo assassinato da mãe, a irmã de Siegfried e também filha de Laviniah, Lilith Viksius estava presente no local e escapou do ataque com algumas escoriações leves. Lilith esta sendo mantida em uma área protegida no ministério e em momento algum pareceu mostrar algum ressentimento pelo irmão, apesar de lamentar diariamente a morte da mãe, ao contrario de Siegfried que permaneceu quieto na maior parte do tempo sem esboçar nenhuma reação". O ministro também informou que Siegfried Viksius(16) também foi, segundo testemunhas, o responsável pela morte do Comensal da Morte conhecido como Rudolph Lestrange que estava foragido de Azkaban desde o ano passado. A morte de Rudolph teria sido o fato que provocou a fuga dos Comensais da Morte restantes.Quando questionado sobre Lilith Viksius( 16 ), irmã gêmea de Siegfried,o ministro declarou que a garota não daria nenhum depoimento a imprensa pois ainda estava muito abalada com os acontecimentos.Quanto ao que teria se passado no local Fudge fez a seguinte declaração: "Não sabemos exatamente como a coisa toda aconteceu, o ministério recebeu um aviso anônimo sobre a possibilidade de um ataque, imediatamente mandamos alguns dos nossos Aurores para o local, infelizmente não chegamos a tempo e os Aurores encontraram a mansão parcialmente destruída e vários corpos estirados ao chão, o conhecimento atual dos acontecimentos se deve ao depoimento das testemunhas, que são os elfos-domesticos que trabalhavam a serviço da família Evanders, assim como o mordomo da família, que infelizmente se tratando de um aborto, não pode intervir...e sem mais relatos. " Disse Fudge encerrando a entrevista e parecendo se irritar com as constantes perguntas.O ministério se recusou a dar maiores informações sobre o que possivelmente tenha ocorrido na mansão dos Evanders, Laviniah Viksius era muito conhecida pelo seu trabalho de diretora no centro de treinamento de combates mágicos situado próximo a Alemanha.Seus dois filhos estudaram lá até então e algumas testemunhas dizem que o motivo da visita dos Viksius aos Evanders foi por causa da transferência de Siegfried e Lilith para a escola de magia e bruxaria de Hogwarts, dirigida por Albus Dumbledore, entretanto com a morte de Laviniah juntamente com os Evanders, das se inicio ao novo terror espalhado por Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado.
Escrito por André Siephen .
-Evanders e Viksius, as duas famílias (pgs.2,3,4), Medidas tomadas pelo ministério para a proteção de todos (pg. 5,6,7), Novos guardas designados para Azkaban (p. 8,9)
Harry havia feito toda a leitura em voz alta, e na cozinha dos Weasley pairava um silencio mórbido, ninguém estava inclinado a dizer nada, ele virou a página do jornal e se deparou com a foto de um garoto muito bonito, possuía cabelos bem negros e que caiam em franjas pontiagudas e não muito grossas sobre os olhos, que pareciam ser azuis de um tom escuro muito incomum além de expressarem uma frieza incomoda, o garoto caminhava para frente em direção a algum lugar sendo ladeado por dois grandes bruxos muito fortes, que impediam as pessoas ao redor dele, em sua maioria repórteres, de chegarem mais perto.Em baixo da foto lia-se o nome, Siegfried Viksius (16).
Harry ainda passeou os olhos pelas outras fotos, mas não havia mais nenhuma referente a família Viksius , somente os Evanders, cada foto acompanhava uma descrição sobre a pessoa em questão, mas Harry não leu nenhuma descrição, imediatamente fechou o jornal e o atirou a um canto permanecendo em silencio. No mesmo instante a Sra. Weasley terminava de por a mesa, e ao olhar para a mulher, os garotos puderam notar que seus olhos estavam levemente marejados.
- A senhora conhecia essas pessoas mãe? – perguntou Rony meio receoso.
- Conhecia...- respondeu a Sra. Weasley – E conhecia bem, eram todos ótimas pessoas, e grandes amigos também, morreram por recusar Você-Sabe-Quem, e o que Fudge faz? Tenta esconder os fatos...que desrespeitos – terminou ela com uma expressão muito séria no rosto, porem Harry notou um certo pesar na sua voz.
Ele e Rony se entreolharam rapidamente, como Rony havia dito antes, Fudge estava tentando abafar o caso, e com toda a certeza a Sra. Weasley não havia gostado nada da atitude do ministro.
O restante do almoço havia ocorrido em total silencio, ninguém ali se sentiu inclinado a tocar novamente no assunto, todos sabiam que com o retorno de Voldemort, aquele tipo de noticia se tornaria mais comum, então não havia por que ficar comentando, mas algo ainda estava deixando Harry inquieto.
- Tem alguma coisa estranha nesse ataque.– disse Harry a Rony quando já estavam subindo as escadas rumo ao quarto do amigo.
- Concordo com você – respondeu Rony olhando para trás e vendo se não havia ninguém por perto para ouvir a conversa dos dois. – Um cara da nossa idade, matar a mãe e mais um Comensal...não é coisa que se vê todo dia.
- Concordo com você, mas não é só isso– tornou Harry seriamente – Não acho que se tratou de um simples ataque.
- Por que você acha isso? – perguntou Rony entrando em seu quarto logo após de Harry, e em seguida fechando a porta.
- Por causa dos membros da ordem – respondeu Harry olhando para o amigo que pareceu não entender a principio – Naquele dia, Lupin e Tonks tiveram que sair de repente da casa da Sra. Figg, e Lupin me contou também que era por que Voldemort tentaria recrutar uma pessoa que iria recusar.
- Que no caso, como diz o profeta deve ter sido a Laviniah Viksius. – disse Rony tentando ignorar que Harry havia dito Voldemort.
- Isso – continuou Harry – Ele também me disse que outros membros da Ordem foram lá também para lá tentar impedir o ataque – continuou – O que eu quero dizer, é que eu não acho que eles tentariam intervir por qualquer coisa, por isso acredito que deva haver algo ali.
- Isso é bem verdade – disse Rony pensativo – Mas você leu no jornal, eram duas famílias antigas e tudo mais, eu mesmo já ouvi esses nomes, e o nome Ériol Viksius é muito conhecido, as vezes eles tinham alguma ligação com a Ordem.
- Ériol Viksius era o Auror de quem o Profeta falou? – perguntou Harry.
- Sim – respondeu Rony – Há muitas historias de duelos contra bruxos das trevas poderosos em que aparece o nome dele, lembro que uma vez quando eu era mais novo, fui ao ministério com o papai e agente passou no departamento dos Aurores, havia uma estante de medalhas só com o nome dele.
- Mas então por que Voldemort – disse Harry ao que Rony fazia uma careta –iria tentar recrutar a esposa de um Auror ?– perguntou Harry sem entender – Ainda mais de Auror tão famoso assim?
- Como é que eu vou saber disso ?- respondeu Rony dando os ombros – Talvez por vingança, tanto os Viksius quanto os Evanders lutaram contra Você-Sabe- Quem na primeira vez que ele subiu ao poder, vai ver ele queria eles do seu lado agora – terminou Rony ao que Harry ia responder algo, mas foi interrompido, os garotos ouviram vozes vindas lá de baixo e logo em seguida o som de uma porta que parecia ser a da entrada, se fechando.
- Chegou alguém – disse Rony abrindo a porta do seu quarto e espiando para fora.
- Harry...Rony – gritou a Sra. Weasley lá de baixo – Vocês dois aí em cima, desçam aqui e vejam quem chegou.
A voz da mulher parecia ser bem animada o que deixou os garotos curiosos, eles saíram do quarto de Rony e desceram as escadas a passos rápidos, ao alcançarem a porta de entrada, pararam no lugar com os olhos arregalados.
- Hermione! – disseram os dois em coro em um misto de surpresa e alegria.
- Sentiram minha falta? – perguntou a garota sorrindo abertamente.
Imediatamente os três se abraçaram e naquele momento os pensamentos sobre o ataque foram varridos das cabeça dos garotos.
Rony certa vez, tentou espiar as duas para saber o que elas conversavam tanto, o resultado disso, foi Harry, ao subir as escadas, encontrar um Rony paralisado por um feitiço lançado por Hermione, que saiu do quarto com a varinha em punho e deu um sorrisinho maldoso para ele.
- Bem feito – disse a garota – Ninguém mandou vir bisbilhotar.
E desde então Rony manteve até uma certa distancia do quarto da Harry já esperava, uma das primeiras coisas que Hermione fez quando chegou na Toca, fora perguntar aos dois sobre os N.O.M.s, a garota se ficou muito feliz com as boas notas dos amigos, e depois, para o horror de Rony, mostrou suas próprias notas.
- Como você conseguiu tirar Excepcional´´ em poções? – perguntou o garoto incrédulo provocando risos em Harry e em Hermione.
Lupin também passava boa parte do tempo na Toca, vez ou outra dando uma saída sem dizer nada para ninguém, mas logo ele estava de volta, possivelmente tratando de assuntos da Ordem, pelo menos foi o que pensou Harry.
- Há algo o incomodando Harry? – perguntou Lupin certa vez em que ele e Harry estavam sozinhos na sala.
- Ahh bem...é sobre os N.O.M.s – disse o garoto meio receoso.
- Oh sim, Molly me contou que você teve ótimas notas – tornou o professor sorrindo para Harry.
- Sim...bem, elas foram boas mas eu consegui Excede as Expectativas´´ em Poções, não que seja uma nota ruim, é ótima, mas o Snape só aceita Excepcional´´.
Ao contrario da reação séria que Harry esperava, Lupin lançou um pequeno sorriso ao garoto.
- E para ser um Auror você precisa sabem bem Poções certo?! – disse o professor.
- É bem...sim...- disse Harry meio confuso – Mas como você sabe que eu quero ser um Auror?
- Eu ouvi Rony comentando com Hermione sobre isso – disse Lupin calmamente – Mas não desanime, você pode ter uma surpresa ao retornar para Hogwarts esse ano.
Estranhamente algo na resposta de Lupin pareceu tranqüilizar Harry que resolveu não pensar mais no assunto.
- Ahh, tem mais uma coisa – disse Harry para o professor – Como exatamente funciona a Opera de Fadas?
Lupin pareceu ficar muito feliz com o interesse de Harry na Opera, e explicou para Harry exatamente o que fazer, o garoto sorrio e passou o restante daquela tarde fechado no quarto de Rony.
- Recebi uma carta de Arthur hoje – disse a Sra. Weasley enquanto servia o jantar certa noite – Parece que ele o ministério vai dar uma folga para ele, e amanhã ele ira conosco a Londres comprar os materiais escolares de vocês.
O Sr. Weasley não havia aparecido em casa desde o dia em que Harry chegara lá, o garoto veio a descobrir que o pai de Rony havia sido promovido a chefe do departamento geral de assuntos trouxas, e isso incluía a segurança dos mesmos contra os meios mágicos, sendo assim, com o retorno de Voldemort, Fudge o havia encarregado de cuidar para que nenhum trouxa fosse ferido, e isto o estava mantendo preso no ministério por causa do trabalho.
Após terminar o jantar e quando todos já estavam se dirigindo aos seus quarto, Harry pediu para que o esperassem na sala e subiu rapidamente para o quarto de Rony. Todas as pessoas ali acharam aquilo estranho, mas se dirigiram para a sala dos Weasleys e se sentaram.
- O que será que ele esta tramando? – perguntou Rony para Hermione que apenas deu os ombros indicando que não sabia.
- Isto aqui – disse Harry que já havia voltado, ele estendeu as mãos a frente e nelas estava a Opera de Fadas que ganhara de Dumbledore.
Todos olharam para o garoto, sobretudo Hermione que arregalou os olhos.
- Você tem uma Opera de Fadas? – perguntou a garoto interessada.
- Tenho sim – respondeu Harry sorrindo, havia esquecido de mencionar isso para a amiga – Mas só recentemente eu descobri como funciona. – e ao dizer isso lançou um sorriso a Lupin que retribuiu.
Quando estava sozinho já havia aberto a Opera de Fadas seguindo os conselhos de Lupin, e havia realmente gostado do que viu.Lembrando-se do aviso de Dumbledore em sua carta, ele virou o rosto para o lado e soltou a trava que fechava a Opera. A reação foi imediata, o ambiente escureceu instantaneamente mesmo a lareira estando acesa, o lugar ganhou uma iluminação fraca e reconfortante, uma luz forte emanava da Opera de Fadas e Harry a depositou no centro da mesa para que todos pudessem ver, mas não se podia enxergar dentro da Opera, pois a luz era muito forte.
Sons baixinhos como pequenos sinos e encheram a sala, assim também como vozes femininas muito bonitas e encantadoras cantando algo em uma língua que ninguém entedia, mas mesmo assim, era algo bonito de se ouvir e muito relaxante.
Rony que começava a se inclinar cada vez mais em direção a Opera quase caiu no chão com o susto, repentinamente, varias luzes pequenas saíram voando da Opera, elas dançavam no ar em volta das pessoas que estavam ali e iluminando o ambiente.
- Que lindo – exclamou Hermione maravilhada com aquilo tudo, assim como Gina e a Sra. Weasley que observavam as fadas com um grande sorriso no rosto, Harry estendeu a mão e uma das fadinhas pousou nela.
- O que eu não entendia – disse Harry – Era a parte de dizer a elas que música cantar, só então percebi que elas cantavam conforme o meu estado sentimental, se eu estou feliz elas cantavam uma musica bem alegre e por ai vai.
- Nossa cara que legal – disse Rony observando as varias luzes que voavam pela sua sala. – Sempre ouvi falar das Operas de Fadas, mas nunca tinha visto realmente.
- Verdade – disse Gina estendendo a mão e deixando uma fadinha pousar nela – Elas tem alguma coisa que faz agente se sentir bem.
Harry sorrio ao ver que os amigos estavam se divertindo. Ele pediu para as fadas cantarem e imediatamente, elas formaram um grande circulo no ar. Tudo silenciou por um breve momento, para então um barulho baixinho começar, era algo que Harry não estava totalmente acostumado. Um coro de inúmeras vozes muito bonitas começava soar semelhante ao canto das sereias, acompanhando um ritmo alegre e ao mesmo tempo muito relachante.Todos permaneceram em silencio para escutar e observas as diversas pequenas luzes que dançavam de um lado para o outro na sala.
Todos ali adoraram a Opera de Fadas, e ao final da música, parecia que todo o sinal de cansaço e desgaste das pessoas havia se extinguido, até mesmo Lupin que no últimos dias estava apresentando um semblante abatido parecia ter se restabelecido.
- Bom – disse a Sra. Weasley repentinamente dando uma olhada no relógio– Mas já esta na hora de vocês irem para a cama.
- Mas... - começaram Rony e Gina ao mesmo tempo.
- Nada de mas – cortou a Sra. Weasley – Amanhã todos nós teremos que acordar cedo para ir ao Beco Diagonal, e não podemos nos atrasar, subam e tratem de deixar as malas arrumadas, pois iremos nos hospedar no Caldeirão Furado até o dia do embarque para Hogwarts.
Ao ver a expressão decidida no rosto da mãe, os garotos pararam de protestar, Harry pediu as fadas para voltarem para o interior da Opera, e assim que a última fada entrou, deixando um rastro de pozinho cintilante no ar, a Opera se fechou magicamente fazendo um sonoro Clic´´.
Desejaram boa noite a todos, e após Harry apanhar sua Opera de Fadas, ele subiu juntamente com Rony e as garotas para seus quartos. Eles não perceberam que tanto a Sra. Weasley quanto Lupin estavam os observando atentamente, e assim que entraram em seus quartos, Lupin se levantou e caminhou em direção a porta da frente da Toca, a abrindo por um instante e logo em seguida a fechando novamente.
- Você deveria ser mais cuidadoso Remus – ouviu-se a voz de Tonks soar, pouco antes da cabeça da mulher aparecer flutuando no ar.- O que você faria se eu fosse um Comensal da Morte?
- Eu acho que correria esse risco – respondeu Lupin calmamente – Você sabe que Dumbledore enfeitiçou a Toca, ninguém que não seja da ordem poderia vir até aqui.
Tonks mostrou a língua para ele de um modo bem infantil, e Lupin deu um sorrisinho, ela estava com um novo visual, cabelos lisos e loiros que chegavam até os ombros , a frente se dividiam e caiam em duas grandes mechas sobre o rosto em formato de coração, os olhos estavam azuis em um tom bem claro, quase não dava para saber de quem se tratava, a não ser pelo formato do rosto e pela voz que continuava a mesma, mesmo porque, a cabeça era a única parte visível da mulher no momento.
- Aqui Tonks – disse a Sra. Weasley estendendo para Tonks uma xícara de café, a mulher retirou o que pareceu ser uma capa da invisibilidade, mas com um formato de roupa para uma única pessoa e então apanhou a xícara – Como anda caso do Siegfried.
- O ministério esta muito agitado por causa disso tudo – disse Tonks tomando um gole de café – O garoto foi acusado de homicídio doloso e uso de feitiço proibido, não esta sendo nada fácil, além das acusações terem sido sérias ele admite ser culpado, Dumbledore esta tendo muito trabalho.
- Que Merlim o proteja – disse a Sra. Weasley apreensiva – Ele usou alguma maldição imperdoável ?
Lupin e Tonks acenaram negativamente com a cabeça, e antes da mulher falar novamente Lupin se pronunciou.
- Ele usou um Obliterai´´ Molly – disse Lupin e nesse momento a Sra. Weasley arregalou os olhos de surpresa.
- Impossível – disse ela exaltada – Isso não é possível Remus, um garoto de 16 anos não tem poder suficiente para usar um feitiço assim.
- Isso mesmo – disse Tonks – Obliterai´´ é uma magia difícil de se executar até mesmo para um Auror, por isso que todos estão desconfiando muito dele, Dumbledore já conseguiu aliviar muito a barra do Sieg, e o fato do Quim ter sido designado para fazer o interrogatório ajudou também.
- Interrogatório? – perguntou a Sra. Weasley incrédula – Mas e...ele é só um garoto, para que um interrogatório, assim até parece que Siegfried é um criminoso a serviço de Você-Sabe-Quem.
- E é justamente isso que o Fudge pensa – disse Tonks com olhar de reprovação – Ele vive dizendo que o Sieg deve ter alguma ligação com Você- Sabe-Quem por causa da morte da Laviniah e do Lestrange.
- Mas isso não tem cabimento – disse a Sra. Weasley inconformada – Parece que o Fudge esqueceu que Siegfried é filho de Ériol e Laviniah Viksius, não tem o menor cabimento achar que o garoto possa estar envolvido com Você- Sabe-Quem.
- Todos nós sabemos disso Molly – disse Lupin calmamente – E Dumbledore também, por isso tenho toda a certeza de que nada vai acontecer com Siegfried, Dumbledore não permitiria.
- Bem – disse Tonks depositando a xícara de café já vazia sobre a mesinha a sua frente – Não adianta ficarmos aqui discutindo isso, o julgamento será amanhã de manhã, mas não era sobre isso que vim falar.
- Já esta tudo preparado? – perguntou Lupin.
- Sim – respondeu Tonks – A escolta chega aqui as oito em ponto, vocês realmente vão no carro voador do Arthur.
- Não há outro meio – respondeu Lupin – A rede do Flú não é mais segura e é arriscado viajar de vassouras com um grupo tão grande.
- Tem certeza de que não deseja ficar mais um pouco querida? – perguntou a Sra. Weasley para Tonks.
- Bem que eu gostaria Molly – disse a mulher agradecida, – Mas não posso, se demorar muito é capaz de notarem a minha ausência – ela rapidamente voltou a colocar a capa que estava usando quando chegará e instantaneamente seu corpo desapareceu no ar deixando somente a cabeça visível, então ela pareceu procurar algo atrás de si, e logo sua cabeça também desapareceu.
- Já vou indo – ouviu-se a voz de Tonks – Até mais Remus, até Molly.
O barulho abafado de passos ecoou e a porta da frente dos Weasleys se abriu para logo em seguida se fechar aparentemente sozinha, pois nada podia ser visto passando por ali.
- Bom, acho melhor nós irmos dormir também – disse a Sra. Weasley olhando o relógio– Amanhã será um dia bem corrido para todo mundo, mas antes eu tenho uma pergunta para você Remus– disse ela e Lupin acenou positivamente com a cabeça dando a entender para ela continuar – Você tem certeza, de que era a hora certa de Dumbledore entregar a Opera de Fadas ao Harry? Ele não é bobo Remus, logo o Harry ira descobrir que aquilo não é uma simples caixinha de música.
- Sei disso Molly – respondeu Lupin – Mas a decisão foi de Dumbledore, se não podemos confiar nele, em quem mais poderemos confiar?
- Bem, você esta certo – respondeu a Sra. Weasley se dirigindo para o seu quarto – Boa noite.
- Boa noite.
