DISCLAIMER: Harry Potter, nomes, personagens, e qualquer coisa relativa pertencem a J.K.Rowling.

N/A: Finalmente resolvi publica-la aqui no FanFiction. Mas infelizmente não consigo me acertar com as tags então o texto não saiu muito bem. Agora vamos aos tópicos realmente importantes: 1- Agradecimentos e dedicações: A Nanda e a Jully, pelo apoio e pela amizade. E ao Will e a Carol pela paciência comigo. 2- Shippers: T/G, H/G, R/H;(acho que de importante só...) 3- Avisos: eu não recomendo essa fic para as pessoas que gostem da Cho, ou que odeiem a Gina. Bem, acho que é só... Ah, por favor, Leiam & Reviews!!!!!!!!!!!

Capítulo 1- O retorno

Era ele novamente, não havia como não ser... alto, pálido, olhos negros assim como o cabelo: Tom Riddle. Gina olhou-o, hesitante. "Não poderia ser ele", pensou, e, lembrando-se de suas aulas de Oclumancia, fez um esforço para acordar - sem resultado. Compreendeu então que aquilo era só um sonho e não uma invasão do próprio Lord Voldemort , mas nem que quisesse poderia ignorá-lo - não se Riddle resolvesse aproximar-se dela como fazia quando a convidava para uma volta no diário.

Quando Tom estava a poucos centímetros e tomou-a nos braços, aplicando-lhe um beijo ardente, Gina não pode resistir. Cada centímetro do seu corpo havia relaxado e a pouca energia que lhe restava, estava concentrada naquele beijo...

- Ah, pequena e doce Virgínia... - murmurou Riddle, entre beijos e carícias, quando a admirou. - você cresceu... não é mais aquela garota que eu seduzia quando era criança... O que aconteceu com a minha garotinha?

- Eu cresci, Tom. Acho que você também.. .

- Ah - Riddle permitiu um sorriso malicioso, quando eles deram uma ''breve pausa''. - Você principalmente... Olhe... Uma mulher!

Beijaram-se novamente, com mais intensidade do que era possível, ele prendia-a na parede com as suas mãos, mas Gina não se importou. Só queria ficar perto dele... Riddle parou por um instante, interessado em acariciar o rosto dela. Era tão bom aquele toque... era tão bom senti-lo! Mas alguma coisa estava errada. Abriu seus olhos e viu Riddle sorrindo novamente. O mesmo sorriso de quando contava suas preocupações sobre a Câmara Secreta. "Ele é um diário, só uma lembrança!", lembrou Gina.

- Não! - gritou a Gina no sonho, e a Srta. Virgínia Weasley da realidade também acordou gritando, um grito fino e agudo.

Sua respiração estava ofegante e ela sequer notou que alguns dos passageiros do avião olhavam-na sem nenhuma discrição por cima de suas cadeiras. Ainda sentia o toque dos lábios quentes de Tom Riddle... mas o sorriso frio penetrava-lhe na mente com mais facilidade que o ''lado bom" do sonho.

- A senhorita está bem? - a voz da aeromoça trouxe-lhe de volta a realidade.

- Oh! Sim, me desculpe. Eu tive um pesadelo - ''Gina Weasley", pensou ela, ''admita que embora tenha sido um pesadelo, você amou o que Riddle fez (não que ele nunca tivesse feito isso, mas nunca tentara passar dos limites)". - Poderia me trazer um copo d'água?

A aeromoça sorriu e apressou-se em ir cumprir o pedido. Enquanto esperava, Gina repassava mentalmente tudo que acontecera a ela nos últimos tempos.

** Flashback **

Na sua última noite em Hogwarts, véspera do Baile de Formatura, o Prof. Dumbledore a chamara:

- Há algum tempo - começou ele, sob o olhar atento de Gina -, a senhorita veio me procurar pedindo para ser útil, assim como os seus irmãos, a Srta. Granger e o Sr. Potter - à menção daquele nome, Gina corou um pouco e abaixou os olhos. - Tudo bem, eu sei quais são os seus reais motivos. E não há motivo melhor, eu acrescentaria, do que um sentimento verdadeiro. A senhorita acha que ele continuaria firme, depois de quatro anos de um curso completo de auror?

- Como? - perguntara Gina, com um sorriso.

- Isso mesmo. Ofereço a você um curso completo de Defesa Contra Arte das Trevas na melhor escola especializada que eu encontrar. O que acha?

- Professor, eu amaria isso, mas por quê?

O Professor Dumbledore enviou-lhe um olhar atento:

- Bem, senhorita Weasley...

- Me chame de Gina, por favor!

- Ótimo, Gina, além de crer que a senhorita faria um excelente uso dessa chance, devido a sua coragem grifinória, à sua inteligência, e a tudo que já passou, também acho que é perigoso a senhorita não ter uma base contra as Artes das Trevas, uma vez que já foi usada a favor dela e...

- Então o senhor acha que Você-Sabe-Quem vai querer me usar... de novo? - Dumbledore confirmou com a cabeça, e ela continuou: - E como um curso me ajudaria?

Dumbledore sorriu.

- Confie em mim!

** Fim do Flashback **

E foi o que Gina fez. Confiara em Dumbledore, e passara por mais de 10 países em 4 anos, aprendendo tudo o que era possível, principalmente sobre as Artes das Trevas. Agora, era uma bruxa poderosa, difícil de ser vencida em um duelo ou algo do tipo, conhecedora de mais feitiços do que era possível. Era uma mestra, e uma verdadeira auror.

Entretanto, não era só em termos mágicos que mudara. Sua aparência também. Não era mais a mesma e Riddle não se enganara ao dizer que ela havia crescido. Certamente sua mãe haveria de dizer ''OH, o que aconteceu com a minha garotinha?'', e ela não estaria errada: saíra de Londres com os cabelos lisos na altura do ombro, os olhos castanhos, um pouco ''acima do peso'', sem nenhum traço excepcional, com exceção do corpo definido e perfeito... e voltara com os cabelos ruivos, cacheados e brilhantes, os olhos ficaram de um tom próximo ao verde - devido a um feitiço que saíra um pouco imperfeito, mas que ela amara -, o corpo magro, mais perfeito do que nunca, e o rosto um pouco pálido, mas que era bem disfarçado por uma maquiagem leve. Ela estava linda, e sabia disso.

A água estava gelada, mas a boca de Gina continuou seca. Percebeu assustada, que estava tremendo e que, por mais que não desejasse, estava presa àquele sonho: presa aos lábios de Riddle, à amizade falsa porem reconfortante, por saber que mesmo fingido, dava-lhe a razão. Lembrando-se de todas as suas aulas de Oclumancia, tentou esquecer as emoções,embora isso não fosse tão fácil sem uma Penseira. Se não houvesse tantos trouxas ali, Gina certamente tiraria a sua varinha da mala e reveria o seu sonho,mas, ao se lembrar de Tom, sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha, e desejou não ter sonhado nada. Olhou seu relógio de prata e viu que ainda faltavam três horas para chegar a Londres. Porém, por mais que dissesse a si mesma para não dormir, acabou adormecendo e não sonhou mais.

O avião pousou com um ruído, despertando Gina. Tentou arrumar-se ao máximo, enquanto ouvia as recomendações para permanecer sentada. Afinal, não poderia apresentar-se mal ao Prof. Dumbledore e a um pequeno número de participantes da Ordem da Fênix. Eles esperavam muito dela e faria o possível para demonstrar que a confiança que depositaram seria recompensada. Mas também não precisava se apresentar como uma modelo. Tinha que ser discreta, como uma boa espiã que era, porém sem perder a classe: bastava ser elegante e tudo estaria bem. Pelas janelas, Gina observava ao máximo Londres lá fora. Ah, como sentia falta da Inglaterra. De seus pais, seus irmãos, seus amigos... Ela não se lembrava muito do aeroporto e procurava seguir as placas. Chegou a uma bifurcação e percebeu que os trouxas seguiam pelo caminho à direita, sem parecer reparar no caminho à esquerda. Observando a placa no alto, ela notou as seguintes palavras: DESEMBARQUE BRUXO.

Finalmente, meia hora depois, ela se dirigiu à recepção bruxa do aeroporto, como Dumbledore lhe informara para fazer.

- Virgínia Weasley... deixe-me ver - repetiu o bruxo na recepção analisando vários papéis. - Ah! Aqui está. Tenho ordens de entregar essa chave do quarto 113 do Grand Wizard Hotel. O Sr. Dumbledore pediu para avisar que espera a senhorita às 20 horas no restaurante do hotel. É só falar na recepção que um garçom a levará, senhorita. A sua bagagem já se encontra em seu quarto e um senhor está encarregado de levá-la com segurança. Deseja mais alguma coisa, Srta. Weasley?

- Não, obrigada, senhor. - disse Gina, sorrindo para o bruxo. Ele devia estar tão cansado, que mal reparou. Gina olhou-o penalizada, depois, segurando a sua pequena ''mala de mão", saiu do aeroporto.

Assim que ela colocou um pé fora, um sujeito apareceu tão repentinamente que ela, por um instante, pensou em se defender e lançar alguma azaração. Mas o tal sujeito murmurou:

- Srta. Weasley, eu suponho, reconhecendo-a pelos cabelos ruivos. Tenho ordens do Sr. Dumbledore para leva-la em segurança até o hotel. Prefere ir com uma Chave de Portal, ou Aparatar? Ou, ainda podemos ir de carro...?

- Eu preferia aparatar, senhor...? - Roberts. Allan Roberts, mas pode me chamar só de Allan, se quiser.

- Oh, claro - concordou ela, observando o ''tal sujeito", um homem alto e barrigudo, mas cujos olhos negros brilhavam. - Allan, eu só não sei ir até lá...

- Não se preocupe, Srta. Weasley. É só me dar à mão e aparatar.

Um pouco trêmula, pelo frio, Gina estendeu a mão e Allan apertou-a firmemente. Então, seus vultos sumiram, sem que qualquer pessoa, exceto os bruxos, pudessem perceber.

Faltavam trinta minutos para às oito horas quando Gina saiu do banho, enxugando os cabelos com a toalha, envolta em um robe. Penteou suas madeixas com a escova e elas permaneceram como antes: cacheadas e brilhantes. Despiu o robe e colocou um vestido vinho elegante e discreto que preparara para o jantar.

Deu uma olhada pelo quarto, perguntando-se por que a suíte em que estava possuía dois quartos: o que dormia havia uma cama de casal e o outro, duas camas de solteiro. Mas os seus olhos continham um brilho indefinível quando olhou para a cidade cheia de luzes que se estendia até onde sua vista alcançava, e uma lágrima escapou deles: finalmente, estava de volta, e esperava que essa volta trouxesse vida nova e esperança.