- Por que eu não posso ir no meu cavalo?
- Porque faria muito barulho, eu não quero acordar o resto das pessoas. Vamos, suba atrás de mim.
Contrariada, Laeriel pega a mão de Legolas e sobe em seu cavalo.
- Segure em mim.
- Certo.
Os dois saíram cavalgando pela madrugada.
- Mas thelich baded? [Pra onde você pretende ir?]
- Para um lugar seguro. Longe daqui.
Eles cavalgaram durante três dias e três noites, chegando em Mirkwood no meio da noite.
- Sí na i veth, i veth naid bain... [Aqui é o final, o final de tudo...] - Legolas falava consigo mesmo. - Laeriel.
- Humm?
- Vamos, acorde.
- Já chegamos?
- Sim, já chegamos. - Legolas abriu um sorriso.
- Na vedui! [Finalmente!] - ela também sorriu, descendo do cavalo e o enchendo de beijos.
Passando pela entrada, seguiram até a porta da casa da família de Laeriel.
- Bado minui! [Vá em frente!]
Ainda insegura, ela bateu três vezes. Depois de esperarem, a porta se abriu.
- Laeriel?
- Oi, mãe.
- Laeriel, minha filha! Você está viva! - ela a abraçou.
- Estou viva, mãe.
- Você não sabe como ficamos preocupados! 100 anos!
- Pois é. Esse é Legolas, mãe. Agradeça a ele, foi por causa dele que eu voltei.
Legolas apenas sorria.
- Baren bar lin. Le hannon a tholel, le hannon! [Minha casa é sua casa. Obrigada por ter vindo, obrigada!]
- Carnen an gwend. Buion na 'ell! [Não foi nada. O prazer foi todo meu!]
- Vamos, entrem! Eu tenho que dizer a todos que você voltou. Vão ficar tão felizes!
- Não, mãe.
- O quê?
- Por favor, só fale amanhã. Nós estamos muito cansados, precisamos dormir.
- Oh, mas é claro! A viagem deve ter sido longa.
- E foi.
- Então, certo. Vou arrumar duas camas para vocês.
Eles entraram e logo dormiram.

CONTINUA ...