O lar é onde o coração está
Autor: Phoenix
Sobre os reviews:
Agradeço a todo mundo que deixou comentários, Towanda, Nessa, Rosa e especialmente à Taiza por ter chamado atenção sobre a frase "bons amigos são a família que nos permitiram escolher"; realmente, foi uma falha ter colocado a referida frase e não ter citado o autor. Ela realmente é atribuída à Shakespeare e citada no texto "A gente aprende". Digo citada, pois achei o texto na Internet e na rede não se pode ter absoluta certeza de nada! Só posso matar a curiosidade quanto ao que vai acontecer... aos pouquinho, mas quanto a quem eu sou Nessa Reinehr..... vc não leu? Eu sou Phoenix!
Trilha: Could it be any harder (The Calling – Cd Camino Palmero)
"Like sand on my feet, the smell of sweet perfume
You stick to me forever
And I wish you didn't go,
I wish you didn't go, I wish you didn't go away
To touch you again
With life in your hands
It couldn't be any harder"
No capítulo anterior:
"A jovem resolveu fazer um chá e tomar na varanda, quem sabe assim acalmasse a tempestade que parecia ter se instalado em seu coração. Talvez pelo efeito relaxante do chá e pelo cansaço acumulado de tantos dias sem dormir direito, ela foi cochilando; havia deixado a xícara apoiada em seu colo, mas ela foi escorregando e acabou caindo, esta bateria contra o chão e partir-se-ia em mil pedaços, mas alguma coisa impediu....ou seria alguém?"
CAPÍTULO 1
Apesar de muito cansada, Verônica acordou de sobressalto sentindo uma presença a seu lado. Era Finn; ela havia ido buscar água, resolveu dar uma olhada na varanda e encontrou Verônica.
"Por um momento pensei que fosse outra pessoa...."
"Quem? Ned?"
"Talvez.... pelo menos gostaria que fosse"
"Mais cedo ou mais tarde ele vai voltar..... você vai ver"
Verônica ouvia as palavras de incentivo de Finn, mas elas pareciam cada vez mais distantes. Ela despediu-se e foi se deitar, mas sem esperança de ter bons sonhos. Finn, por sua vez, sempre tentava animar Verônica, pois, apesar do pouco tempo em que estava na casa, havia se apegado muito à todos, principalmente à ela. Talvez pelo fato das duas terem histórias parecidas: mulheres fortes que aprenderam a se virar sozinhas pela força das circunstâncias. Por diversas vezes conversou com Roxton, Marguerite e Challenger, a fim de saber se haveria possibilidade de Ned voltar mesmo, ou se Verônica estaria se apoiando em uma esperança vazia.
Eles sempre diziam que ele com certeza voltaria, mas ela continuava se perguntando: porque ele não havia voltado ainda? Ou melhor, porque ele havia partido? Parecia estranho que alguém que gostasse tanto de Verônica como todos afirmavam, tivesse ido embora quando ela estava desaparecida, deixando apenas uma carta com uma vaga promessa. Mas ela não conviveu com Malone e, portanto não sabia de fato quem era ele, a maneira como pensava, agia ou que tipo de relação tinha de fato com Verônica.
Pela manhã, bem cedo, Roxton e Challenger foram à aldeia Zanga, pois precisavam trocar algumas coisas que estavam faltando. Agora as tarefas mais pesadas tinham que ser divididas entre os dois; Verônica costumava ajudar, mas diante de sua apatia, resolveram não incomodá-la, e só pedir sua ajuda em caso de necessidade extrema.
Os habitantes da aldeia eram sempre muito receptivos com eles, pois já os consideravam tão amigos quanto Verônica, por isso era quase impossível deixá-los rapidamente. Em virtude disso, avisaram em casa que só voltariam ao anoitecer, ou no dia seguinte bem cedo. Era comum que passassem grande parte do dia conversando na aldeia: Roxton entretido com os guerreiros, sempre tentando aprender o máximo sobre as técnicas de caça e camuflagem na selva, mas principalmente, informações sobre como sobreviver em meio às surpresas bizarras do dia a dia no mundo perdido.
Challenger, por sua vez, preferia ficar observando os líderes espirituais, a fim de compreender um pouco mais a aura de misticismo que pairava na aldeia e no lugar como um todo. Não que ele acreditasse em elementos místicos, mas procurar a base científica que alguns eventos estranhos poderiam ter, aguçava sua mente inquieta.
Eles sempre perguntavam se os Zanga tinham alguma notícia de Malone, mas a resposta era sempre negativa; também perguntavam por Summerlee, mas a resposta era a mesma. Mas naquele dia as coisas seriam diferentes. Assim que chegaram na aldeia, a sacerdotisa já os esperava.
"Sabia que vocês viriam...."
"Sabia?!". Perguntou Challenger intrigado. Ele ainda se surpreendia com as palavras da sacerdotisa
"Sim. O vento da noite soprou diferente. Sabia que vocês viriam porque preciso que façam um favor"
"A senhora diga o que deseja. Teremos prazer em ajudar"
"Obrigada caçador, suas palavras apenas expressam sua nobreza, que não repousa nos títulos, mas na alma"
Roxton esboçava um sorriso, mas foi logo interrompido pela ansiedade de Challenger.
"Qual seria este favor?". Perguntou ele preocupado, pois percebeu que a voz da sacerdotisa estava um pouco mais grave que de costume.
"Gostaria que pedissem à Verônica que viesse até aqui. Preciso falar com ela, esperei que viesse, mas há muito ela não vem até aqui, e já é hora de conversarmos. Talvez ela não se mostre muito disposta a vir, mas digam que é muito importante o que tenho para dizer a ela"
"E não poderia nos dizer nada....?". Questionou Challenger
"Ora Challenger! O que é isso? Vamos logo falar com Verônica, pois parece sério, acho que é um assunto só dela"
"Desculpe-me senhora, mas é que acho que o que tem a falar refere-se a nosso amigo Ned.... estou enganado?" Retrucou Challenger, sua curiosidade superava em muito a sua vergonha naquele momento
"Apenas digam a ela que não se demore...agora vou deixar que partam. Também tenho coisas a fazer.... "
Dizendo isto ela virou-se e entrou em sua tenda, deixando os dois aventureiros intrigados com suas palavras enigmáticas. Eles se despediram e partiram imediatamente. Não trocaram nenhuma palavra no caminho de volta; mantiveram-se atentos aos ruídos da selva, mas a atenção flutuava entre o estado de alerta e as dúvidas sobre o conteúdo real das palavras da mulher. Roxton não entendia como Challenger, sempre tão reservado e respeitoso com assuntos alheios não tinha podido conter sua curiosidade. Mas, apesar de tê- lo repreendido, as palavras da mulher também não paravam de tilintar na sua mente. O que será que aquela mulher teria para dizer a Verônica com tanta urgência? Pensava ele.
Challenger por sua vez, tinha quase certeza de que a sacerdotisa Zanga sabia algo sobre Malone, mas inúmeras coisas poderiam caber neste algo. Malone teria passado pela aldeia, deixado alguma mensagem para Verônica, ou os guerreiros teriam-no visto? Estaria ele bem??
Eram tantas dúvidas que nem perceberam o tempo passar; quando se deram conta, já estavam aos pés da casa da árvore. Marguerite já havia visto os dois chegando e achou estranha a rapidez com que voltaram da aldeia. Quando o elevador chegou, a curiosidade era tanta que ela quase se jogou dentro dele.
"Já de volta? Onde estão as coisas que vocês foram buscar?"
"Onde está Verônica?". Perguntou Roxton ignorando a pergunta de Marguerite.
Mas é claro que a herdeira não se fez de rogada; não aceitaria ser ignorada por ninguém, muito menos por ele.
"Roxton você não me ouviu? Ou é mais uma maneira de tentar me irritar, digo tentar, porque você nunca consegue isso de fato....."
"Marguerite, será que você poderia ficar quieta por um momento e dizer logo onde está Verônica?"
Marguerite ficou muda diante do arroubo de Challenger. Se fosse Roxton a falar assim com ela, seria compreensível, fazia parte da maneira como tratavam um ao outro, mas George nunca havia falado assim, mas ela não se atreveu a perguntar o porque antes de responder a pergunta.
"Ela foi ao rio, Finn a convenceu a dar uma volta. Mas o que aconteceu hein? Vocês parecem preocupados...."
"Tem muito tempo que saíram? Bem, de qualquer forma vou atrás delas....cuidem de tudo por aqui"
Roxton saiu e Marguerite virou-se para Challenger esperando obter uma resposta, mas ele já havia sumido e ela decidiu que todos deveriam estar meio loucos naquele dia, inclusive ela por achar que alguma coisa misteriosa poderia ter acontecido. Resolveu fazer um chá e ler um livro.
Verônica havia aceitado ir ao rio só para não fazer uma desfeita à Finn, que, nos últimos tempos era uma das mais empenhadas em alegrá-la. Seu corpo estava ali, mas seus pensamentos vagavam por lugares muito distantes. Finn, percebendo isso, não quis puxar conversa e preferiu ficar apenas olhando a paisagem; fazer com que a amiga saísse de casa já era um avanço e achava que aos poucos ela reagiria mais animadamente. Ela surpreendeu-se quando Verônica levantou-se e propôs que fossem à aldeia.
"Irmos à aldeia? Há tanto tempo que você não faz isso!"
"Por isso mesmo... estou afastada há muito tempo e sinto que preciso ir até lá"
"Não acha que deveríamos avisar em casa? Pode ficar tarde e eles vão ficar preocupados". Na verdade, Finn queria que alguém além dela fosse com Verônica à aldeia, pois estava apreensiva com a forma repentina com que a amiga decidiu mudar de rumo. O olhar de Verônica parecia ter adquirido uma vivacidade inesperada e por que não dizer, uma angústia incompreensível para Finn.
"Não dá tempo. Temos que ir agora, se quiser pode voltar para casa"
"Claro que não, eu vou com você.... só achei estranho a decisão repentina mas..."
Verônica nem ouviu as últimas palavras de Finn, estava decidida a chegar o mais rápido possível na aldeia; voaria se pudesse. Seus passos largos e ágeis iam deixando o rio para trás e Finn se esforçava para alcançá-la. Em pouco tempo elas chegaram à aldeia e mais uma vez a sacerdotisa já estava esperando no centro.
"Veio mais rápido do que imaginei....". Disse a sacerdotisa com a mesma voz grave.
"Onde está ele?". Perguntou Verônica com voz trêmula.
"O que seus amigos disseram?"
"Meus amigos? Não disseram nada, os vi quando saíram cedo para vir aqui, mas saí antes que retornassem"
"Então porque veio?"
"Meu coração pediu..."
"Venha comigo, precisamos conversar"
A sacerdotisa e Verônica entraram em uma tenda e lá passaram muito tempo. Finn sentia-se um peixe fora d'água com todas aquelas pessoas olhando para ela. O que pensariam se ela dissesse que veio do futuro? Divertiu-se com este pensamento e nem notou a aproximação de Verônica, que, após dizer um seco "vamos", seguiu o caminho de casa. O semblante de Verônica não parecia ter melhorado, muito pelo contrário, agora ela parecia mais tensa que antes e levava um papel em suas mãos. O que a sacerdotisa teria lhe dito? E que novo mistério poderia estar contido naquele papel?
CONTINUA......
DISCLAIMER: Os personagens aqui citados fazem parte da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World", não sendo, portanto de propriedade do(a) autor(a) desta fanfiction.
Autor: Phoenix
Sobre os reviews:
Agradeço a todo mundo que deixou comentários, Towanda, Nessa, Rosa e especialmente à Taiza por ter chamado atenção sobre a frase "bons amigos são a família que nos permitiram escolher"; realmente, foi uma falha ter colocado a referida frase e não ter citado o autor. Ela realmente é atribuída à Shakespeare e citada no texto "A gente aprende". Digo citada, pois achei o texto na Internet e na rede não se pode ter absoluta certeza de nada! Só posso matar a curiosidade quanto ao que vai acontecer... aos pouquinho, mas quanto a quem eu sou Nessa Reinehr..... vc não leu? Eu sou Phoenix!
Trilha: Could it be any harder (The Calling – Cd Camino Palmero)
"Like sand on my feet, the smell of sweet perfume
You stick to me forever
And I wish you didn't go,
I wish you didn't go, I wish you didn't go away
To touch you again
With life in your hands
It couldn't be any harder"
No capítulo anterior:
"A jovem resolveu fazer um chá e tomar na varanda, quem sabe assim acalmasse a tempestade que parecia ter se instalado em seu coração. Talvez pelo efeito relaxante do chá e pelo cansaço acumulado de tantos dias sem dormir direito, ela foi cochilando; havia deixado a xícara apoiada em seu colo, mas ela foi escorregando e acabou caindo, esta bateria contra o chão e partir-se-ia em mil pedaços, mas alguma coisa impediu....ou seria alguém?"
CAPÍTULO 1
Apesar de muito cansada, Verônica acordou de sobressalto sentindo uma presença a seu lado. Era Finn; ela havia ido buscar água, resolveu dar uma olhada na varanda e encontrou Verônica.
"Por um momento pensei que fosse outra pessoa...."
"Quem? Ned?"
"Talvez.... pelo menos gostaria que fosse"
"Mais cedo ou mais tarde ele vai voltar..... você vai ver"
Verônica ouvia as palavras de incentivo de Finn, mas elas pareciam cada vez mais distantes. Ela despediu-se e foi se deitar, mas sem esperança de ter bons sonhos. Finn, por sua vez, sempre tentava animar Verônica, pois, apesar do pouco tempo em que estava na casa, havia se apegado muito à todos, principalmente à ela. Talvez pelo fato das duas terem histórias parecidas: mulheres fortes que aprenderam a se virar sozinhas pela força das circunstâncias. Por diversas vezes conversou com Roxton, Marguerite e Challenger, a fim de saber se haveria possibilidade de Ned voltar mesmo, ou se Verônica estaria se apoiando em uma esperança vazia.
Eles sempre diziam que ele com certeza voltaria, mas ela continuava se perguntando: porque ele não havia voltado ainda? Ou melhor, porque ele havia partido? Parecia estranho que alguém que gostasse tanto de Verônica como todos afirmavam, tivesse ido embora quando ela estava desaparecida, deixando apenas uma carta com uma vaga promessa. Mas ela não conviveu com Malone e, portanto não sabia de fato quem era ele, a maneira como pensava, agia ou que tipo de relação tinha de fato com Verônica.
Pela manhã, bem cedo, Roxton e Challenger foram à aldeia Zanga, pois precisavam trocar algumas coisas que estavam faltando. Agora as tarefas mais pesadas tinham que ser divididas entre os dois; Verônica costumava ajudar, mas diante de sua apatia, resolveram não incomodá-la, e só pedir sua ajuda em caso de necessidade extrema.
Os habitantes da aldeia eram sempre muito receptivos com eles, pois já os consideravam tão amigos quanto Verônica, por isso era quase impossível deixá-los rapidamente. Em virtude disso, avisaram em casa que só voltariam ao anoitecer, ou no dia seguinte bem cedo. Era comum que passassem grande parte do dia conversando na aldeia: Roxton entretido com os guerreiros, sempre tentando aprender o máximo sobre as técnicas de caça e camuflagem na selva, mas principalmente, informações sobre como sobreviver em meio às surpresas bizarras do dia a dia no mundo perdido.
Challenger, por sua vez, preferia ficar observando os líderes espirituais, a fim de compreender um pouco mais a aura de misticismo que pairava na aldeia e no lugar como um todo. Não que ele acreditasse em elementos místicos, mas procurar a base científica que alguns eventos estranhos poderiam ter, aguçava sua mente inquieta.
Eles sempre perguntavam se os Zanga tinham alguma notícia de Malone, mas a resposta era sempre negativa; também perguntavam por Summerlee, mas a resposta era a mesma. Mas naquele dia as coisas seriam diferentes. Assim que chegaram na aldeia, a sacerdotisa já os esperava.
"Sabia que vocês viriam...."
"Sabia?!". Perguntou Challenger intrigado. Ele ainda se surpreendia com as palavras da sacerdotisa
"Sim. O vento da noite soprou diferente. Sabia que vocês viriam porque preciso que façam um favor"
"A senhora diga o que deseja. Teremos prazer em ajudar"
"Obrigada caçador, suas palavras apenas expressam sua nobreza, que não repousa nos títulos, mas na alma"
Roxton esboçava um sorriso, mas foi logo interrompido pela ansiedade de Challenger.
"Qual seria este favor?". Perguntou ele preocupado, pois percebeu que a voz da sacerdotisa estava um pouco mais grave que de costume.
"Gostaria que pedissem à Verônica que viesse até aqui. Preciso falar com ela, esperei que viesse, mas há muito ela não vem até aqui, e já é hora de conversarmos. Talvez ela não se mostre muito disposta a vir, mas digam que é muito importante o que tenho para dizer a ela"
"E não poderia nos dizer nada....?". Questionou Challenger
"Ora Challenger! O que é isso? Vamos logo falar com Verônica, pois parece sério, acho que é um assunto só dela"
"Desculpe-me senhora, mas é que acho que o que tem a falar refere-se a nosso amigo Ned.... estou enganado?" Retrucou Challenger, sua curiosidade superava em muito a sua vergonha naquele momento
"Apenas digam a ela que não se demore...agora vou deixar que partam. Também tenho coisas a fazer.... "
Dizendo isto ela virou-se e entrou em sua tenda, deixando os dois aventureiros intrigados com suas palavras enigmáticas. Eles se despediram e partiram imediatamente. Não trocaram nenhuma palavra no caminho de volta; mantiveram-se atentos aos ruídos da selva, mas a atenção flutuava entre o estado de alerta e as dúvidas sobre o conteúdo real das palavras da mulher. Roxton não entendia como Challenger, sempre tão reservado e respeitoso com assuntos alheios não tinha podido conter sua curiosidade. Mas, apesar de tê- lo repreendido, as palavras da mulher também não paravam de tilintar na sua mente. O que será que aquela mulher teria para dizer a Verônica com tanta urgência? Pensava ele.
Challenger por sua vez, tinha quase certeza de que a sacerdotisa Zanga sabia algo sobre Malone, mas inúmeras coisas poderiam caber neste algo. Malone teria passado pela aldeia, deixado alguma mensagem para Verônica, ou os guerreiros teriam-no visto? Estaria ele bem??
Eram tantas dúvidas que nem perceberam o tempo passar; quando se deram conta, já estavam aos pés da casa da árvore. Marguerite já havia visto os dois chegando e achou estranha a rapidez com que voltaram da aldeia. Quando o elevador chegou, a curiosidade era tanta que ela quase se jogou dentro dele.
"Já de volta? Onde estão as coisas que vocês foram buscar?"
"Onde está Verônica?". Perguntou Roxton ignorando a pergunta de Marguerite.
Mas é claro que a herdeira não se fez de rogada; não aceitaria ser ignorada por ninguém, muito menos por ele.
"Roxton você não me ouviu? Ou é mais uma maneira de tentar me irritar, digo tentar, porque você nunca consegue isso de fato....."
"Marguerite, será que você poderia ficar quieta por um momento e dizer logo onde está Verônica?"
Marguerite ficou muda diante do arroubo de Challenger. Se fosse Roxton a falar assim com ela, seria compreensível, fazia parte da maneira como tratavam um ao outro, mas George nunca havia falado assim, mas ela não se atreveu a perguntar o porque antes de responder a pergunta.
"Ela foi ao rio, Finn a convenceu a dar uma volta. Mas o que aconteceu hein? Vocês parecem preocupados...."
"Tem muito tempo que saíram? Bem, de qualquer forma vou atrás delas....cuidem de tudo por aqui"
Roxton saiu e Marguerite virou-se para Challenger esperando obter uma resposta, mas ele já havia sumido e ela decidiu que todos deveriam estar meio loucos naquele dia, inclusive ela por achar que alguma coisa misteriosa poderia ter acontecido. Resolveu fazer um chá e ler um livro.
Verônica havia aceitado ir ao rio só para não fazer uma desfeita à Finn, que, nos últimos tempos era uma das mais empenhadas em alegrá-la. Seu corpo estava ali, mas seus pensamentos vagavam por lugares muito distantes. Finn, percebendo isso, não quis puxar conversa e preferiu ficar apenas olhando a paisagem; fazer com que a amiga saísse de casa já era um avanço e achava que aos poucos ela reagiria mais animadamente. Ela surpreendeu-se quando Verônica levantou-se e propôs que fossem à aldeia.
"Irmos à aldeia? Há tanto tempo que você não faz isso!"
"Por isso mesmo... estou afastada há muito tempo e sinto que preciso ir até lá"
"Não acha que deveríamos avisar em casa? Pode ficar tarde e eles vão ficar preocupados". Na verdade, Finn queria que alguém além dela fosse com Verônica à aldeia, pois estava apreensiva com a forma repentina com que a amiga decidiu mudar de rumo. O olhar de Verônica parecia ter adquirido uma vivacidade inesperada e por que não dizer, uma angústia incompreensível para Finn.
"Não dá tempo. Temos que ir agora, se quiser pode voltar para casa"
"Claro que não, eu vou com você.... só achei estranho a decisão repentina mas..."
Verônica nem ouviu as últimas palavras de Finn, estava decidida a chegar o mais rápido possível na aldeia; voaria se pudesse. Seus passos largos e ágeis iam deixando o rio para trás e Finn se esforçava para alcançá-la. Em pouco tempo elas chegaram à aldeia e mais uma vez a sacerdotisa já estava esperando no centro.
"Veio mais rápido do que imaginei....". Disse a sacerdotisa com a mesma voz grave.
"Onde está ele?". Perguntou Verônica com voz trêmula.
"O que seus amigos disseram?"
"Meus amigos? Não disseram nada, os vi quando saíram cedo para vir aqui, mas saí antes que retornassem"
"Então porque veio?"
"Meu coração pediu..."
"Venha comigo, precisamos conversar"
A sacerdotisa e Verônica entraram em uma tenda e lá passaram muito tempo. Finn sentia-se um peixe fora d'água com todas aquelas pessoas olhando para ela. O que pensariam se ela dissesse que veio do futuro? Divertiu-se com este pensamento e nem notou a aproximação de Verônica, que, após dizer um seco "vamos", seguiu o caminho de casa. O semblante de Verônica não parecia ter melhorado, muito pelo contrário, agora ela parecia mais tensa que antes e levava um papel em suas mãos. O que a sacerdotisa teria lhe dito? E que novo mistério poderia estar contido naquele papel?
CONTINUA......
DISCLAIMER: Os personagens aqui citados fazem parte da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World", não sendo, portanto de propriedade do(a) autor(a) desta fanfiction.
