O lar é onde o coração está

Autor: Phoenix

Nessa Reinehr

Olá, muito bom ver que vc está gostando, mas se o Ned vai voltar, vc vai descobrir já. Quanto a incluir romance entre Roxton e Marguerite.... quem sabe....mas se não for aqui pode ser em outra fic, vou anotar a sua sugestão!

Towanda

Quem nunca desabafou em diários que atire a primeira pedra! (Espero qe ninguém atire....), daí a idéia de colocar trechos do diário...

Rosa

Acho essencial colocar referências de frases tomadas emprestadas de outras pessoas, é uma questão de respeito; mas vc tem razão este cap é triste.... acho que a fic de uma forma geral.... tentei dar a carga emocional, a melancolia que acompanha a saudade, o arrependimento, a dúvida.... Uma coisa importante: concordo que as autoras devem ter liberdade para escrever as fics, mas sinto muito por ter errado na cronologia.... eu não me dei conta de que os outros moradores não sabiam do segredo de Marguerite e, principalmente, que quando isso aconteceu, Ned já havia partido. Assim como disse à Gio, acho que vou ter que recorrer a sua consultoria de vez em quando, pois como ela é expert em Ned e Vê, já deu para ver que vc é expert em TLW como um todo!

Marina

Olá Marina, muito prazer em conhecê-la e que bom que vc está gostando da fic. Acho que vc realmente deve voltar a ler as fics o mais rápido possível pois as histórias estão cada vez melhores, tanto dos autores novos, quanto dos autores mais antigos, que continuam dando um show!

Taiza

Que bom que alguém entendeu que o tamanho dos caps tem como propósito aumentar a curiosidade de vcs (será que alguém vai acreditar nisso??). Mas, uma coisinha: que audácia é esta de me chamar de golpista?! Deste jeito, quem vai te condenar e açoitar sou eu! Quanto à observação de uma leitora atenta: pode acreditar que eu reviso os textos intensamente, mas sempre escapa alguma coisa aos olhos humanos. Obrigada pelo toque!

Gio

Que bom que bom que bom que bom que vc está gostando Gio! Ainda bem que curiosidade não mata, porque senão vc não poderia ver o que vai acontecer! Como eles reagirão......? Mistério!

Nay

Chamar meus caps de aperitivo foi interessante! Me garantiu boas risadas!Mas não se preocupe, vc não está sendo chata em cobrar caps maiores... o que não quer dizer que eu vou aumentar! Obrigada pelos elogios e, sobre a jornada do Malone.... vc logo verá!

Lady F.

Devo confessar que quase morri de susto quando vi sua cascata de reviews, mas adorei! Bom, vc estará absolutamente desculpada pela demora em ler a fic, contanto que não pare de ler nem de por review! Agradeço imensamente todos os elogios que vc fez a minha fic. Falar sobre R & M é meio difícil, pois não sou "especialista" neles, mas se eu der alguma derrapada, por favor, me avisem. Paulo Coelho sempre aparece quando eu menos espero e mais preciso! Gosto muito das coisas que ele escreve.Que bom que todos vcs gostaram das cartas, foram feitas com carinho! Quanto a saber quem eu sou, saberão....um dia, mas isso não está parecendo atrapalhar o contato escritora-leitoras! A carta de Roxton foi especial, porque fala de lealdade, incondicional, o mais nobre dos sentimentos para mim! Aleluia! Alguém concorda com o tamanho dos capítulos! Ufh! Não serei jogada aos leões... não por todas! Por fim (senão isto aqui vai virar outro cap....) quero dizer que as músicas selecionadas, além de darem uma idéia de cada cap, são todas especiais para mim, por isso foram incluídas. Ah! Quase ia me esquecendo: onde vc queria que Malone tivesse reaparecido?

Aí vem o próximo cap....divirtam-se!

Trilha: Encontros e despedidas (Maria Rita – Cd Maria Rita)

"Mande notícias do mundo de lá

Diz quem fica

Me dê um abraço,

Venha me apertar,

Tô chegando

Coisa que gosto é poder partir sem ter planos

Melhor ainda é poder voltar quando quero

(...)

E assim chegar e partir

São só dois lados da mesmo viagem (...)"

No capítulo anterior:

"Despediram-se com um sorriso. Malone, ainda impressionado com as palavras da mulher, acomodou-se na aldeia. Estava exausto, mas o fluxo de pensamentos era tão intenso que ele demorou a pegar no sono. Quando isso finalmente aconteceu, ele teve um longo e terno sonho; sonhou que nunca havia ido embora, as coisas eram como antes e nada abalava a tranqüilidade que reinava na casa da árvore. No dia seguinte, bem cedo, com o coração transbordando de esperança e saudade, ele partiu. Agora sim começaria a jornada de sua vida".

CAPÍTULO 6

O caminho de volta para casa tornou-se mais longo devido às condições em que se encontrava o jornalista. Havia andado muito nesta sua jornada em busca de si mesmo, comia mal, dormia mal e a saudade de todos, especialmente de Verônica só contribuíam para abater ainda mais seu corpo e seu espírito. Estava cansado, exausto na verdade, mas a vontade de chegar era tamanha que seu corpo debilitado adquiria novo ânimo cada vez que ele pensava em ver seus amigos de novo.

Tantas vezes, nesta viagem arrependeu-se de ter tomado a decisão de ir embora, mas agora o arrependimento tinha se presentificado ainda mais e se transformado na esperança de que tudo pudesse voltar a ser como antes. Até os dias mais monótonos na casa da árvore pareciam agora maravilhosos diante da solidão que amargou nestes últimos tempos. Mas agora tudo voltaria a ser como antes, pelo menos era isso que ele imaginava quando parava para descansar, e isso aconteceu muitas e muitas vezes.

Quando achava que não teria mais forças para andar, começava a lembrar-se de momentos marcantes que teve com os novos amigos, que rapidamente tornaram-se velhos amigos. Lembrou-se do assombro e do pavor que sentiu quando chegou ao mundo perdido, ávido por anotar todo e qualquer detalhe, mas absolutamente despreparado para aquele admirável mundo novo.

Logo em sua chegada, conheceu Verônica e foi salvo por ela duplamente: ela o livrou de uma planta letal e aqueceu seu coração, permitindo que sua existência ficasse cada vez menos vazia e solitária. Gladys era sua noiva, mas jamais havia sido uma companheira de fato. Alguém com quem pudesse sentir-se à vontade e ser ele mesmo, com suas qualidades e defeitos. Era assim que se sentia com a jovem da selva.

Tantos temores contra os quais ele teve que lutar, tantas barreiras teve que transpor e tantas histórias teria para contar caso um dia voltasse para Londres. É bem verdade que já não tinha mais tanta certeza se queria voltar de fato, pelo menos não sozinho. Já havia decidido ficar uma vez, e por que não decidiria novamente caso encontrassem a saída um dia?

Chegando a um riacho, ele sentou para lavar o rosto e beber um pouco d'água. Depois de matar a sede, abriu sua mochila e comeu o que ainda restava: algumas frutas que havia recolhido pelo caminho e 'buritacas', um alimento produzido pelos Zanga, de sabor leve, feito com milho e semelhante à biscoitos. Remexendo a mochila, encontrou um papel que tinha trazido enrolado em forma de canudo e um de seus diários com muitas folhas a serem preenchidas.

Quando decidiu deixar a casa, sentiu que precisava levar alguma lembrança material de Verônica, então pegou uma das folhas mais antigas de seu cavalete onde ela havia desenhado a si mesma e a ele, abraçados, com uma bonita paisagem do plateau ao fundo. Ela desenhava muito bem, e a imagem representava seu desejo mais profundo e mais distante naquele momento. Ali, na beira do rio, olhou demoradamente para o desenho e seus olhos encheram-se de lágrimas. Pegou o diário e começou a escrever:

"Aqui estou eu de volta. Quando decidi partir, também foi aqui que parei para descansar e relembrar os momentos que vivi com meus novos companheiros. Naquele momento eu achava que o único caminho a seguir era rumo ao desconhecido; agora vejo quão errada foi a trilha que eu peguei. O destino me colocou no caminho certo ao me mandar para cá e eu não tive lucidez suficiente para ver isso. Esta minha louca jornada serviu para que essa verdade se tornasse cristalina; pelo menos ela não foi em vão: me fez ver que talvez eu queira a vida que não escolhi".

Malone fechou o diário, juntou suas coisas na mochila e voltou a caminhar, agora mais decidido do que nunca. De vez em quando se distraía pensando no que iria dizer quando chegasse e se deparasse com os rostos provavelmente assustados de seus companheiros, já que ele havia deixado cartas claramente de despedidas. Pensava principalmente no que iria dizer à Verônica quando a encontrasse, como se desculparia por ter desistido tão facilmente dela. Mas o pensamento que mais assolava sua mente era como a jovem reagiria diante de sua presença: ainda aceitaria seus argumentos, seu mais sincero pedido de desculpas; ainda o aceitaria em sua vida?

Apesar de saber dos riscos de caminhar à noite pela selva, a ansiedade em chegar superava a cautela. Em um local protegido e a uma distância segura de raptors e outros perigos, o jornalista deitou um pouco para recuperar a mínima energia necessária para completar a tarefa. Pouco antes do amanhecer, retomou sua caminhada e quando os primeiros raios de sol surgiram, ele percebeu que estava diante da cerca que protegia a casa da árvore de visitantes indesejados.

Olhou para cima, mas não viu sinais de movimento na casa; era muito cedo ainda e todos deveriam estar dormindo. Jogou um graveto na cerca para testar se estava ligada; não estava, um golpe de sorte armado pelo destino, pensou ele. Mas como subir era sua nova pergunta. O elevador deveria estar travado lá em cima e isso dificultaria tudo. Pensou em gritar para que alguém o descesse, mas dando uma segunda olhada, viu o golpe de sorte número 2, muito mais inesperado que o primeiro: o elevador havia sido deixado, displicentemente, embaixo.

CONTINUA....

Obs: Admirável mundo novo (título do livro de Aldous Huxley)

DISCLAIMER: Os personagens aqui citados fazem parte da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World", não sendo, portanto de propriedade do(a) autor(a) desta fanfiction.