Santa Madalena – Capítulo Quatro
*~*
Marguerite estava na igreja fazendo uma oração.Já eram quase seis horas, hora de abrir a barraca.Tinha trabalhado a tarde toda com sua amiga Vera.Toda vez antes de abrir a barraca para o público, ela se recolhia para suas orações na pequenina igreja de Santa Madalena. Pedia sempre as mesmas coisas, mas nessa oração, sentiu um desejo especial de proteção.Desde hoje pela manhã ela não estava se sentindo muito bem.Não estava doente.Era alguma coisa na alma.Ela não soube explicar, mas não contou pra ninguém.Pra quê contaria?
Não sabia explicar se era boa ou ruim.Na dúvida, pediu apenas proteção.
"Marguerite!!!" A amiga entrou na igreja apressada. "Você já viu as horas mulher? Quase na hora de abrir a barraca!".
"Shhh... Estamos na igreja e sim, já vi as horas...". Marguerite cochichou e terminou a oração.
A amiga na mesma hora se recompôs e fez o sinal da cruz para a santa no altar. "Perdão santinha...".
"Vamos, já terminei...".
"... Ai, você não esqueceu de pedir um homem bem bonito pra mim este ano não é?".
"Para sua informação eu venho na igreja para rezar, e não para pedir casamento...".
"Ai mais devia! Com todo respeito minha santinha!..." Vera olha para trás e sorri sem graça. As duas caminham em direção a porta da igreja. "Já pensou, ficarmos para a titia?".
"Ah, só você mesmo Vera, que pensamentos! Onde você anda com a cabeça?".
"Nem te conto!" As duas sorriram e saíram da igreja, apressadas.
Andando até a barraca delas, no meio da multidão de todos os anos, Vera avistou José.
"Olha lá seu príncipe encantado..." Marguerite sorriu ao ver os olhos dela brilharem.
"Eu vou lá, vai abrindo a barraca amiga...". A moça saiu correndo em direção à Jose que correu até ela também a pegando no colo e a rodou.Depois os dois deram um beijo que José foi encurvando Vera pra trás.
"Nossa, isso é que é saudade de duas semanas sem se verem..." Marguerite assistiu a cena e foi para a barraca próxima dali.
Ela reparou também que ele estava acompanhado com outros dois homens que não conseguiu reconhecer.Não tinha certeza se era Antônio Sanches, seu atual paquera.Mesmo assim decidiu esperar na barraca.
Alguns minutos após os fogos que indicaram a abertura da festa, sua amiga chegou empolgada de mãos dadas com José.Os dois homens chegaram também. Marguerite estava limpando o balcão quando eles chegaram.
"Oh José! Como está?". Ela sorriu dando-lhe dois beijos na face por cima do balcão.
"Estou indo Magde, trabalhando muito como sempre...".
"Hum sei, e hoje é natal..."
"É sério!" Ele sorriu meio sem graça. Verinha continuou. "Ele está trabalhando em Mérida amiga, não contei pra você?".
"Que eu me lembre não Verinha... Mas então como vão as coisas? Trabalhando no que?". Marguerite era esperta e sabia que era muito esquisito aquele fanfarrão estar trabalhando.Então fazendo perguntas foi o melhor jeito de saber se era verdade ou não.Ela via a dedicação e o carinho de Verinha por ele e como sua amiga não queria vê-la sofrer.
"Trabalhando numa fábrica de autopeças... Bem, mais aqui é lugar de festa e por isso mesmo, vamos aproveitar!" Ele sorriu e abraçou Verinha.
"Festa só se for pra você, eu e Vera temos que trabalhar...". Marguerite logo avisou puxando a amiga para dentro da barraca.José ficou um pouco desanimado, mas continuou por ali. "Ah propósito, Magde esses são meus amigos, Antônio Sanches e John Cortez...".
Antônio estava ao lado de José no balcão, John estava um pouco distraído atrás de José.
Marguerite se ruborizou quando viu Antônio.Sentiu suas pernas tremerem e seu coração quase sair pela boca de emoção.Ela ainda não havia sido apresentada a ele.Charmoso, moreno de olhos castanhos, alto e interessante.Cumprimentou-a com dois beijos também na face sobre o balcão.Ele também estava um pouco sem graça e os dois sorriam um para o outro.
Verinha cutucou a amiga por baixo do balcão e sorriu. "José, o que vai querer esse ano, fiz alguns bombons recheados de cereja, sei que você adora!".
"É por isso que eu adoro você minha querida, mais tem que ter desconto!".
Verinha rodou os olhos e foi para o outro lado do balcão mostrar os doces para José que a acompanhou.Queria deixar sua amiga e Antônio um pouco a sós.
Alguns segundos se passaram e Antônio começou. "Mora por aqui mesmo?".
"Sim, sou vizinha da Verinha... Você é amigo a muito tempo de José?".
"Alguns meses nós nos conhecemos na fila do refeitório da loja em que trabalhamos em Mérida, nós trabalhamos juntos...".
"Oh sim..." Marguerite prestava atenção a cada palavra daquele homem, mas seu pensamento estava longe.Já imaginava mil coisas envolvendo este moreno alto e sedutor.
Alguns minutos se passaram e Marguerite atendeu alguns clientes e voltou a conversar com Antônio que a observava com cuidado.Mais não tinha mais nada para conversarem.Estava ficando monótono minuto a minuto.Marguerite decidiu dizer o que veio primeiro em sua mente.
"E então, só vieram vocês dois?". "Oh que pergunta idiota Marguerite!" Pensou novamente vendo a cara de espanto de Antônio.
"Não... Você não viu John aqui... John!" Antônio chamou o amigo que estava do outro lado da barraca com as mãos no bolso olhando a barraca da frente.Ele olhou quem o chamou e veio até eles.
"Este é John, John esta é Marguerite, amiga de Vera e José...".
John e Marguerite se olharam por algum tempo antes de se cumprimentarem.Sem perceber os dois sorriram um para o outro e seus olhos brilhavam.
"Olá...". Marguerite disse.
"Olá senhorita...". John sorriu dando-lhe um aperto de mão. Marguerite ficou um pouco surpresa mais estendeu a mão simpática.
"Ai ninguém nunca havia me chamado de senhorita antes!" Pensou. "Hum... Mãos firmes, ásperas... Este é trabalhador...".
"Hum... Mãos delicadas, um pouco calejadas... Esta mulher é diferente das outras...".
Nenhum dos dois largaram as mãos de ambos.Percebendo, Antônio que observava a cena empurrou um pouco John e começou a conversar com Marguerite outra vez, um assunto sobre a festa.John olhou meio de lado para o amigo, não entendendo o gesto, mas permaneceu ali, ouvindo a conversa.
Mas depois de algum tempo, a conversa se tornou chata e desinteressante.Antônio só falava da festa e queria muito saber a respeito da casa, onde morava e com quem.Marguerite estava se enchendo.
Só permaneceu ali porque percebeu os olhares de John.Ela também olhava para ele em meio a uma pausa e outra para servir os fregueses.
"E então senhor John gosta de doces?". Ela virou-se à ele.
"Sim, gosto muito...". Ele ficou meio surpreso com a pergunto inesperada.
"Já provou algum da nossa barraca?".
"Não, ainda não, o que vocês têm aí?".
Marguerite pediu licença para Antônio que agora estava um pouco sério. Mostrou para John cada doce que fez e que sua amiga Verinha, que estava discutindo com José fez.
"... E por último, este aqui... Receita especial e secreta, que pertenceu desde a primeira geração da minha família... Chama-se Angel Del mar..." Ela pegou o doce em forma de uma menininha com um vestido.John sorriu.
"Criativo...".
"Obrigada...". Ela sorriu também.
"De que é feito?".
"Castanhas ao mel...".
"Quanto custa?".
"O primeiro é de graça...". Ela sorriu e ele a olhou um pouco confuso.
"Como assim o primeiro é de graça? Como sabe que vou comer mais um?".
"Eu tenho certeza, sempre que alguma pessoa come pela primeira vez esse doce, quer mais um...".
"Ah é? Olha, e se eu não gostar?".
"Não tem problema, amanhã você vai voltar e vai pedir outra vez!".
"Ora, ora! Está me desafiando senhorita?". Os dois sorriram.
"Não, apenas digo com mais de 20 anos de experiência...".
"Oh não minta, é muito feio você não passa dos 20 anos que eu sei... E, por falar nisso, sua mão deixa você ficar trabalhando aqui sozinha com sua amiga?". John parecia falar serio.
Marguerite se ruborizou.
"... Já não disse que mentir é feio?... Bem vou experimentar, quero ganhar essa aposta com a bela senhorita...".
Marguerite botou as mãos na cintura espantada. "Que aposta? Eu não fiz nenhuma aposta com o senhor!".
John, que já ia morder um pedaço do doce, parou e devolveu. "John, por favor...". E mordeu o doce.
Marguerite cruzou os braços esperando a aprovação do homem.Ela até havia se esquecido de Antônio que chegou perto dos dois.
"Hey Marguerite, me dê um desse doce também, eu sim repetirei...".
Ele olhou para John que não expressava nada, nem se gostou ou não do doce. Marguerite virou-se e entregou um doce na mão de Antônio que logo mordeu um grande pedaço. "Hum... Muito bom..." Ele disse de boca cheia. "Quero mais dois...".
John apreciava cada pedaço do doce.Marguerite pegou mais os dois doces para Antônio que deu o dinheiro a ela. "Pode ficar com o troco...".
Ela estranhou mais não aceitou. "Não tome o troco, nunca se sabe quando vamos precisar das moedas...". Ela sorriu e entregou-lhe o troco.Antônio não gostou muito mais aceitou.
"E então senhor... Oh desculpe, John... O que achou?".
"O melhor doce que já comi em toda a minha vida... Infelizmente você ganhou a aposta...". Os dois sorriram e Marguerite pegou mais um doce a pedido dele. "Não disse que iria gostar...".
"É tem razão... Parabéns! Você cozinha muito bem...".
"Imagino que sua esposa também cozinhe muito bem senhor...".
"Cozinhava... Ela já faleceu...".
"Oh me desculpe, sinto muito...".
"Não tudo bem, não sabia...".
Neste momento Marguerite percebeu a mancada e todo o peso que havia no coração daquele homem.Ele parecia ser um homem solitário desde então, e não errou na conclusão.
José veio com até os outros e disse alguma coisa para cada um.
"Tudo bem, vamos agora dar uma volta pela rua, pra ver o que tem de novo esse ano... Vamos rapazes?". Os homens se despediram de Marguerite, primeiro Antônio que chegou na frente, depois John.Naquele instante John sabia que aquela mulher talvez fosse a mais bela de toda a cidade.Não só por dentro mais por fora, ela teve uma ótima impressão. "É, quem sabe uma futura grande amiga... Se for que existe amizade entre homens e mulheres...". E saiu com os outros.
Verinha veio logo atrás sorridente. "E então, o que achou... Marguerite eu falei com você!".
"Sim, me parece ser um homem muito solitário...". Disse pensativa.
Vera não entendeu e ficou alguns minutos tentando resolver a charada. "Antônio solitário? De onde ela tirou isso?..." Pensou. "Bem, vamos ganhar o nosso dinheiro, há fregueses esperando...". Ela deu duas batidas de leve nas costa dela e as duas foram atender os fregueses.
CONTINUA...
*~*~*
*** Bom, o primeiro passo já foi dado né galera, agora é pegar a pipoca e o refri (diet, lógico)... =) "R" ***
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Marguerite estava na igreja fazendo uma oração.Já eram quase seis horas, hora de abrir a barraca.Tinha trabalhado a tarde toda com sua amiga Vera.Toda vez antes de abrir a barraca para o público, ela se recolhia para suas orações na pequenina igreja de Santa Madalena. Pedia sempre as mesmas coisas, mas nessa oração, sentiu um desejo especial de proteção.Desde hoje pela manhã ela não estava se sentindo muito bem.Não estava doente.Era alguma coisa na alma.Ela não soube explicar, mas não contou pra ninguém.Pra quê contaria?
Não sabia explicar se era boa ou ruim.Na dúvida, pediu apenas proteção.
"Marguerite!!!" A amiga entrou na igreja apressada. "Você já viu as horas mulher? Quase na hora de abrir a barraca!".
"Shhh... Estamos na igreja e sim, já vi as horas...". Marguerite cochichou e terminou a oração.
A amiga na mesma hora se recompôs e fez o sinal da cruz para a santa no altar. "Perdão santinha...".
"Vamos, já terminei...".
"... Ai, você não esqueceu de pedir um homem bem bonito pra mim este ano não é?".
"Para sua informação eu venho na igreja para rezar, e não para pedir casamento...".
"Ai mais devia! Com todo respeito minha santinha!..." Vera olha para trás e sorri sem graça. As duas caminham em direção a porta da igreja. "Já pensou, ficarmos para a titia?".
"Ah, só você mesmo Vera, que pensamentos! Onde você anda com a cabeça?".
"Nem te conto!" As duas sorriram e saíram da igreja, apressadas.
Andando até a barraca delas, no meio da multidão de todos os anos, Vera avistou José.
"Olha lá seu príncipe encantado..." Marguerite sorriu ao ver os olhos dela brilharem.
"Eu vou lá, vai abrindo a barraca amiga...". A moça saiu correndo em direção à Jose que correu até ela também a pegando no colo e a rodou.Depois os dois deram um beijo que José foi encurvando Vera pra trás.
"Nossa, isso é que é saudade de duas semanas sem se verem..." Marguerite assistiu a cena e foi para a barraca próxima dali.
Ela reparou também que ele estava acompanhado com outros dois homens que não conseguiu reconhecer.Não tinha certeza se era Antônio Sanches, seu atual paquera.Mesmo assim decidiu esperar na barraca.
Alguns minutos após os fogos que indicaram a abertura da festa, sua amiga chegou empolgada de mãos dadas com José.Os dois homens chegaram também. Marguerite estava limpando o balcão quando eles chegaram.
"Oh José! Como está?". Ela sorriu dando-lhe dois beijos na face por cima do balcão.
"Estou indo Magde, trabalhando muito como sempre...".
"Hum sei, e hoje é natal..."
"É sério!" Ele sorriu meio sem graça. Verinha continuou. "Ele está trabalhando em Mérida amiga, não contei pra você?".
"Que eu me lembre não Verinha... Mas então como vão as coisas? Trabalhando no que?". Marguerite era esperta e sabia que era muito esquisito aquele fanfarrão estar trabalhando.Então fazendo perguntas foi o melhor jeito de saber se era verdade ou não.Ela via a dedicação e o carinho de Verinha por ele e como sua amiga não queria vê-la sofrer.
"Trabalhando numa fábrica de autopeças... Bem, mais aqui é lugar de festa e por isso mesmo, vamos aproveitar!" Ele sorriu e abraçou Verinha.
"Festa só se for pra você, eu e Vera temos que trabalhar...". Marguerite logo avisou puxando a amiga para dentro da barraca.José ficou um pouco desanimado, mas continuou por ali. "Ah propósito, Magde esses são meus amigos, Antônio Sanches e John Cortez...".
Antônio estava ao lado de José no balcão, John estava um pouco distraído atrás de José.
Marguerite se ruborizou quando viu Antônio.Sentiu suas pernas tremerem e seu coração quase sair pela boca de emoção.Ela ainda não havia sido apresentada a ele.Charmoso, moreno de olhos castanhos, alto e interessante.Cumprimentou-a com dois beijos também na face sobre o balcão.Ele também estava um pouco sem graça e os dois sorriam um para o outro.
Verinha cutucou a amiga por baixo do balcão e sorriu. "José, o que vai querer esse ano, fiz alguns bombons recheados de cereja, sei que você adora!".
"É por isso que eu adoro você minha querida, mais tem que ter desconto!".
Verinha rodou os olhos e foi para o outro lado do balcão mostrar os doces para José que a acompanhou.Queria deixar sua amiga e Antônio um pouco a sós.
Alguns segundos se passaram e Antônio começou. "Mora por aqui mesmo?".
"Sim, sou vizinha da Verinha... Você é amigo a muito tempo de José?".
"Alguns meses nós nos conhecemos na fila do refeitório da loja em que trabalhamos em Mérida, nós trabalhamos juntos...".
"Oh sim..." Marguerite prestava atenção a cada palavra daquele homem, mas seu pensamento estava longe.Já imaginava mil coisas envolvendo este moreno alto e sedutor.
Alguns minutos se passaram e Marguerite atendeu alguns clientes e voltou a conversar com Antônio que a observava com cuidado.Mais não tinha mais nada para conversarem.Estava ficando monótono minuto a minuto.Marguerite decidiu dizer o que veio primeiro em sua mente.
"E então, só vieram vocês dois?". "Oh que pergunta idiota Marguerite!" Pensou novamente vendo a cara de espanto de Antônio.
"Não... Você não viu John aqui... John!" Antônio chamou o amigo que estava do outro lado da barraca com as mãos no bolso olhando a barraca da frente.Ele olhou quem o chamou e veio até eles.
"Este é John, John esta é Marguerite, amiga de Vera e José...".
John e Marguerite se olharam por algum tempo antes de se cumprimentarem.Sem perceber os dois sorriram um para o outro e seus olhos brilhavam.
"Olá...". Marguerite disse.
"Olá senhorita...". John sorriu dando-lhe um aperto de mão. Marguerite ficou um pouco surpresa mais estendeu a mão simpática.
"Ai ninguém nunca havia me chamado de senhorita antes!" Pensou. "Hum... Mãos firmes, ásperas... Este é trabalhador...".
"Hum... Mãos delicadas, um pouco calejadas... Esta mulher é diferente das outras...".
Nenhum dos dois largaram as mãos de ambos.Percebendo, Antônio que observava a cena empurrou um pouco John e começou a conversar com Marguerite outra vez, um assunto sobre a festa.John olhou meio de lado para o amigo, não entendendo o gesto, mas permaneceu ali, ouvindo a conversa.
Mas depois de algum tempo, a conversa se tornou chata e desinteressante.Antônio só falava da festa e queria muito saber a respeito da casa, onde morava e com quem.Marguerite estava se enchendo.
Só permaneceu ali porque percebeu os olhares de John.Ela também olhava para ele em meio a uma pausa e outra para servir os fregueses.
"E então senhor John gosta de doces?". Ela virou-se à ele.
"Sim, gosto muito...". Ele ficou meio surpreso com a pergunto inesperada.
"Já provou algum da nossa barraca?".
"Não, ainda não, o que vocês têm aí?".
Marguerite pediu licença para Antônio que agora estava um pouco sério. Mostrou para John cada doce que fez e que sua amiga Verinha, que estava discutindo com José fez.
"... E por último, este aqui... Receita especial e secreta, que pertenceu desde a primeira geração da minha família... Chama-se Angel Del mar..." Ela pegou o doce em forma de uma menininha com um vestido.John sorriu.
"Criativo...".
"Obrigada...". Ela sorriu também.
"De que é feito?".
"Castanhas ao mel...".
"Quanto custa?".
"O primeiro é de graça...". Ela sorriu e ele a olhou um pouco confuso.
"Como assim o primeiro é de graça? Como sabe que vou comer mais um?".
"Eu tenho certeza, sempre que alguma pessoa come pela primeira vez esse doce, quer mais um...".
"Ah é? Olha, e se eu não gostar?".
"Não tem problema, amanhã você vai voltar e vai pedir outra vez!".
"Ora, ora! Está me desafiando senhorita?". Os dois sorriram.
"Não, apenas digo com mais de 20 anos de experiência...".
"Oh não minta, é muito feio você não passa dos 20 anos que eu sei... E, por falar nisso, sua mão deixa você ficar trabalhando aqui sozinha com sua amiga?". John parecia falar serio.
Marguerite se ruborizou.
"... Já não disse que mentir é feio?... Bem vou experimentar, quero ganhar essa aposta com a bela senhorita...".
Marguerite botou as mãos na cintura espantada. "Que aposta? Eu não fiz nenhuma aposta com o senhor!".
John, que já ia morder um pedaço do doce, parou e devolveu. "John, por favor...". E mordeu o doce.
Marguerite cruzou os braços esperando a aprovação do homem.Ela até havia se esquecido de Antônio que chegou perto dos dois.
"Hey Marguerite, me dê um desse doce também, eu sim repetirei...".
Ele olhou para John que não expressava nada, nem se gostou ou não do doce. Marguerite virou-se e entregou um doce na mão de Antônio que logo mordeu um grande pedaço. "Hum... Muito bom..." Ele disse de boca cheia. "Quero mais dois...".
John apreciava cada pedaço do doce.Marguerite pegou mais os dois doces para Antônio que deu o dinheiro a ela. "Pode ficar com o troco...".
Ela estranhou mais não aceitou. "Não tome o troco, nunca se sabe quando vamos precisar das moedas...". Ela sorriu e entregou-lhe o troco.Antônio não gostou muito mais aceitou.
"E então senhor... Oh desculpe, John... O que achou?".
"O melhor doce que já comi em toda a minha vida... Infelizmente você ganhou a aposta...". Os dois sorriram e Marguerite pegou mais um doce a pedido dele. "Não disse que iria gostar...".
"É tem razão... Parabéns! Você cozinha muito bem...".
"Imagino que sua esposa também cozinhe muito bem senhor...".
"Cozinhava... Ela já faleceu...".
"Oh me desculpe, sinto muito...".
"Não tudo bem, não sabia...".
Neste momento Marguerite percebeu a mancada e todo o peso que havia no coração daquele homem.Ele parecia ser um homem solitário desde então, e não errou na conclusão.
José veio com até os outros e disse alguma coisa para cada um.
"Tudo bem, vamos agora dar uma volta pela rua, pra ver o que tem de novo esse ano... Vamos rapazes?". Os homens se despediram de Marguerite, primeiro Antônio que chegou na frente, depois John.Naquele instante John sabia que aquela mulher talvez fosse a mais bela de toda a cidade.Não só por dentro mais por fora, ela teve uma ótima impressão. "É, quem sabe uma futura grande amiga... Se for que existe amizade entre homens e mulheres...". E saiu com os outros.
Verinha veio logo atrás sorridente. "E então, o que achou... Marguerite eu falei com você!".
"Sim, me parece ser um homem muito solitário...". Disse pensativa.
Vera não entendeu e ficou alguns minutos tentando resolver a charada. "Antônio solitário? De onde ela tirou isso?..." Pensou. "Bem, vamos ganhar o nosso dinheiro, há fregueses esperando...". Ela deu duas batidas de leve nas costa dela e as duas foram atender os fregueses.
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*** Bom, o primeiro passo já foi dado né galera, agora é pegar a pipoca e o refri (diet, lógico)... =) "R" ***
