COMMENTS: O capítulo tá grandinho eihn!
Rosa:A pedido seu, a fic vai ser um pouquinho maior hoje, viu? =D. Ahh Rosa... Num sei quem que me disse no MSN que você tava distribuindo remedinhos pra controle do vício de fanfic sabe... Aí eu tava interessada em encomendar alguns sabe, p/ estocar aqui em casa, quem sabe, um dia né...Bom, mais só num basta você pôr a review logo, os outros têm que botar também! A não ser que eu envie os capítulos por e-mail, para os primeiros que botarem review. =) Bjus e bigadu!
Norma: Obrigada pelas palavras gentis, pelos conselhos amigos, pelos elogios, pelas críticas construtivas, por ter lembrado de deixar review, pelo carinho com que se referiu ao nome desta, pela humildade das palavras, pelo respeito pela minha pessoa, me incentivou muito sabe... E quem disse que quero ir a algum lugar.. (Da próxima, deixa um nome que eu saiba quem é, ou tem algum problema?).
Kistis: Ufa, pensei que vocês tinha esquecido de mim! =) Ai que bom, num vou precisar chorar rs...Ih ela tirou notas ruins? Vixx... Bem, mandei beijos pra ela e que o pai dela libere a net!!!Bigadu!
Jéssy: Hehehe prendada... ela ta sendo tudo que ela num é no TLW rsrs...E calma menina!!!!!!!!!!!!! =D
Lady Carol:Eis que ela surgi rsrs... TAVA COM SAUDADES! Aparece mais vezes, num some direto não viu?E continuamos na expectativa de suas fics!!! Mesmo! Beijokaxxxxx =)
Spirita: Você apareceu!!!! Que bom!!! Bem, agora é só ler o cap. e torcer pro Antônio se ferrar hehehe...Bjuxxx
Tata: hehehe Tata, você é mto comédia lol!!! Calma o fofuxo vai aparecer nessa pra matar as saudades viu? =)..E a greve ainda não teve fim...
Mila:Rs num cobra não é????????? Duvido lol.........pelo menos em dinheiro né rsrs...Acho que já disse, mais essa fic eu tive a idéia de fazer quando lembrei daquele filminho feinho com a Julia Roberts e o Brad Pitt – A Mexicana. Eu gostei do filme embora foi um fracasso rs... mais eu tenho um gosto mto estranho pra filmes, pra vc ter uma idéia, eu gostei de Chicago, todos por aqui odiaram! Fazer uq rs....Beijokaxx!!!
Towanda: Rsrsrsrs conversinha de comadre, num sei porque mais me lembra uma pessoa do grupo no msn sabe rs........................................ Beijokaxxx te adoro!!!!!!!!!!!
Bem, como disse antes, a greve na teve fim, mais vou publicar os capítulos mesmo assim.Só que mais lentamente... =) !
Santa Madalena – Capítulo Nove
John agora tinha trabalho de sobra. Sua lanchonete vivia lotada de gente e tudo graças ao café expresso. Tudo que se pedia por lá, o café era quase obrigação acompanhar.Para quem só vendia 'pulque' (uma bebida inferior à Tequila, mais forte e popular) e algum lanche, era um ótimo começo para progredir.Se continuasse assim, em pouco tempo poderia reformar a John's Tequila.E talvez até o nome.
John atendia um freguês no caixa e para sua surpresa, Antônio era o próximo.
Ele olhou para ele, e ambos estavam sérios.
"Amigo..." Antônio cumprimentou com a mão no chapéu.
"Como vai Antônio... Gostaria de pedir alguma coisa?".
"Na verdade, só uma pergunta... O que você descobriu sobre aquela mulher, Marguerite?".
John ficou surpreso com a pergunta inusitada. Não esperava ouvir isso, pelo menos agora.
"Bem..." Ele sentou-se no banco e Antônio do outro lado. "Ainda não tive... A oportunidade, para perguntar alguma coisa, mas... Se eu a vir, eu perguntarei alguma coisa desta vez...".
"Você não a viu desde a festa?" Um ponto de interrogação se instalou na testa de Antônio.
"Ah... Sim... Mas foi muito rápido... ela estava em um ônibus...".
"Ham sei... Sabe... Marquei um encontro com ela ontem... Na ponte...".
John não estava gostando nada do jeito que Antônio estava se referindo à Marguerite, até porque ele parecia não fazer questão nenhuma de que toda a lanchonete soubesse disso.Não fazia nenhum esforço para falar baixo.Fazia- se de desentendido.
"Sei... E então, como foi?".
"Então que ela não apareceu... Fui até a casa dela para busca-la, mas não estava...".
"Ah não? Bem, e você sabe onde ela estava?".
Antônio balançou a cabeça negativamente. John aliviou-se um pouco.
"É... Mais não tem problema não..." Ele se aproximou de John do outro lado do balcão apoiando os cotovelos. "Eu não perdi a minha noite ontem..." Cochichou e um sorriso maligno tomou conta de seus lábios. "... Um pouco feia... Mas rebola como ninguém!... Ora, não me olhe com essa cara de quem viu um fantasma, você acha que eu ia ficar chupando dedo em casa, sozinho?". Ele riu não mostrando se quer algum ressentimento.
John estava pasmo. "Como ele pode fazer isso com Marguerite? Não é justo!".
"Você não agiu certo Antônio, fantasma nenhum, é o que acho..." John completou.
"Ora agi sim, e muito bem agido..." Ele sorriu lembrando-se da garota de programa. "Quem mandou ela não aparecer no encontro? Aposto que estava com outro..." Ele deu os ombros e acendeu um cigarro. "E sabe o que mais?... Vou insistir com ela... Mas não a quero mais... Só pra fazê-la enxergar o que é ficar uma tarde inteira esperando... Só que ela vai esperar um pouco mais... Ela vai me pagar John, escreva aí, ela vai me pagar...".
"Pagar o quê e por que Antônio está maluco? E se ela só estava trabalhando ou...".
"... Você sabe de alguma coisa John? Se souber, me conte, você é meu amigo não é?". Interrompeu e ficou encarando.
John balançou a cabeça, dizendo que não. Ficou em silêncio.Antônio soltou um pouco de fumaça na cara de John Cortez, que no mesmo minuto, tirou o cigarro da boca dele e jogou no lixo. O sorriso que estava nos lábios do homem desapareceu.
John apontou para a placa em cima da cafeteira, que dizia "Não fumar aqui" e olhou para Antônio, de braços cruzados.
"Sabe ler Antônio?".
"O que pensa que está fazendo amigo, você está com algum problema?".
"Não mais, joguei no lixo o que estava me incomodando...".
Antônio rodou os olhos e virou-lhe as costas. "Você está muito enjoado John... Acalme-se a vida é bela!" Ele abriu os braços e sorriu estranhamente. Saiu da lanchonete sob olhares dos fregueses nas mesas.
John fechou os olhos e se apoiou no balcão. Respirou fundo e tentou ficar calmo.Realmente, tocar no nome de Marguerite e dizer aquelas besteiras todas o fizeram ficar com o sangue quente.
Ele respirou mais uma vez pesadamente. Permaneceu assim por uns segundos até que outro cliente chegasse ao caixa e chamasse por ele.
Voltando a realidade, atendeu o senhor normalmente. Mas sua cabeça estava voando longe. Achou uma tremenda falta de respeito. Preocupado ainda com o que Antônio dissera alguns minutos antes, ele não parava de pensar em Marguerite. "Pobre Marguerite, me ajudou e se prejudicou... Não posso permitir que ela continue me ajudando...".
Mas agora, depois que ele praticamente disse que queria apenas se divertir com ela, tudo mudou. "Ela não merece isso... Desculpe, amigo, mais eu não vou deixar você fazê-la sofrer... Não mesmo..." Pensou.
Marguerite estava em um mercadinho olhando uma das prateleiras. Tinha que fazer uma simples compra pro almoço em família daqui a duas semanas.
Andando um pouco mais, encontrou José, em frente a uma bancada cheia de panelas diferentes.
Passou a cesta que carregava algumas coisas para o outro braço e os cruzou. José estava tão concentrado olhando as panelas que não a viu chegar.
"Vai virar cozinheiro?". Marguerite olhou meio de lado.
Ele botou a mão no peito, arregalou os olhos e deu um pulo pra trás de susto. "Credo Marguerite!". Exclamou.
Marguerite botou as mãos na cintura desconfiada. "Credo o quê? Só fiz uma pergunta, está devendo a alguém?" Sorriu.
Ele balançou a cabeça. "Há!... O que você quer saber?".
"Se você vai virar cozinheiro..." Ela sorriu.
"Eu não, eu sou macho, macho não cozinha! Lugar de macho é no sofá, em frente à televisão. Isso aqui é pra tia...".
"Ai que lindo esse seu 'macho', quem vê até acredita, mais quem não te conhece é que te compra! Mas pra que tia você vai dar uma panela?".
"Pra tia, senhora sua mãe...".
"Minha mãe? Por que uma panela pra minha mãe?".
"Ah eu não sei... O importante é ter bastante coisa boa esse ano!!!".
"Ah, vai sonhando que eu vou cozinhar pra você ficar de pernas pro ar, vai...".
"Ih isso tudo é inveja porque não vai ganhar panela nova".
"Ah ta bom... Escuta, qual dessas devo levar?" Ela suspendeu duas garrafas de pulque.
Ele olhou, olhou e disse calmamente voltando a virar-se para as panelas. "Nenhuma".
"Nenhuma? Eu falei pra escolher, nenhuma não está nas opções!" Se irritou.
"Ih prima, pára de falar difícil... Nenhuma e pronto...".
"Mais eu tenho que levar uma das duas, José!".
"Então larga de ser pão dura e leva uma bela garrafa de Tequila...".
"Tequila? Você ta pensando que sou o que, um cofrinho?".
"Ah, vamos deixar meu comentário pra mais tarde... Ah mais você é pão dura mesmo, num abre a mão nem pra dar tchau!". Ele deu os ombros.
"Vai tomar banho, José!".
"Por que se eu não to fedido!!!".
Marguerite enfiou uma garrafa e deixou a outra perto das panelas, saindo batendo o pé, irritadíssima até o caixa. Esquecendo-se até do troco.
Quando ela estava quase saindo ouviu José gritar. "VIU PRIMA, NÃO DISSE QUE NÃO ABRIA A MÃO NEM PRA DAR TCHAU PRO SEU PRIMINHO LINDO!!!".
Ela ficou com vergonha e saiu depressa dali, todos olhavam para ela não entendendo nada. ""timo, José, agora por sua culpa vou ouvir a mãe reclamar que não teremos nada pra beber!". Bufou.
"John!" Ela sorriu ao entrar na lanchonete. "Acho que cheguei a tempo...".
Marguerite usava um vestido lindo vermelho sangue. Um corpete que modelava suas formas e que exibia o simples decote que realçava os seios.Quase deixou John babando.Ela estava incrivelmente bonita naquele vestido.Uma mecha de cada lado de seu cabelo estava presa atrás com uma presilha dourada.A pele suada fez alguns fios grudar em seu colo.Exalava um perfume delicioso que John sentiu de perto.
"Hei John, você está bem?".
"Sim, sim... Eu estou..." Parecendo despertar ele respondeu meio desordenado.
"Tem certeza?".
"Sim, não é nada... Bem, como foi seu dia?".
Ela torceu o nariz. "Acredita que quando estava vindo para cá, lembrei de algumas coisas e entrei no mercado... Encontrei José e ele me chamou de pão dura, só porque não queria comprar uma Tequila!".
John sorriu, Marguerite ficava muito graciosa quando irritada. Logo sua expressão ficou séria. "Marguerite... Sei que está cansada, vá para casa... Agora os clientes que aparecem por aqui eu posso dar conta sozinho...".
"Não quer que eu continue ajudando?".
"Não! Não é isso, é que... Bem, você trabalha o dia todo para ganhar seu dinheiro e, ainda ao fim do dia quando está cansada, tem que parar aqui e me ajudar então...".
"... Ah pode parar John! O que é isso, é um prazer te ajudar, amigos são pra essas coisas! Agora, pare de bobeira e vamos ao trabalho!". Eles sorriram.
"Marguerite...".
"Oi?".
"Obrigado. Mesmo".
Agora era Marguerite que o admirava. Seus olhos a cada dia que o via pareciam ganhar mais vida. Antes, ela não tinha notado, mas agora, os olhos daquele homem tinham um brilho diferente e eram os mais bonitos que ela alguma vez já viu. Eles sorriram e ela logo botou o avental e começou a atender às mesas.
"Mulher de fibra como você é difícil de achar, Marguerite..." Pensou. Depois, cochichou. "Depois preciso falar com você...".
"Urgente?".
"Não muito... Mas é de seu interesse... Sobre Antônio".
A xícara que estava em sua mão caiu, se quebrando no chão. "Oh meu Deus!" Ela olhou para os cacos e se abaixou para recolhê-los.
John na mesma hora foi ajudá-la. "Tudo bem, tenho muitas xícaras...".
"Ai, só dou prejuízo! Desculpe!".
"Não, não esquenta...".
Recolhendo os cacos John pensava. "Por que será que ela se assustou quando toquei no nome de Antônio?".
E Marguerite também. "O que será que ele quer falar comigo? E sobre Antônio?...".
CONTINUA...
Revisar ou não revisar?Eis a questão!
Rosa:A pedido seu, a fic vai ser um pouquinho maior hoje, viu? =D. Ahh Rosa... Num sei quem que me disse no MSN que você tava distribuindo remedinhos pra controle do vício de fanfic sabe... Aí eu tava interessada em encomendar alguns sabe, p/ estocar aqui em casa, quem sabe, um dia né...Bom, mais só num basta você pôr a review logo, os outros têm que botar também! A não ser que eu envie os capítulos por e-mail, para os primeiros que botarem review. =) Bjus e bigadu!
Norma: Obrigada pelas palavras gentis, pelos conselhos amigos, pelos elogios, pelas críticas construtivas, por ter lembrado de deixar review, pelo carinho com que se referiu ao nome desta, pela humildade das palavras, pelo respeito pela minha pessoa, me incentivou muito sabe... E quem disse que quero ir a algum lugar.. (Da próxima, deixa um nome que eu saiba quem é, ou tem algum problema?).
Kistis: Ufa, pensei que vocês tinha esquecido de mim! =) Ai que bom, num vou precisar chorar rs...Ih ela tirou notas ruins? Vixx... Bem, mandei beijos pra ela e que o pai dela libere a net!!!Bigadu!
Jéssy: Hehehe prendada... ela ta sendo tudo que ela num é no TLW rsrs...E calma menina!!!!!!!!!!!!! =D
Lady Carol:Eis que ela surgi rsrs... TAVA COM SAUDADES! Aparece mais vezes, num some direto não viu?E continuamos na expectativa de suas fics!!! Mesmo! Beijokaxxxxx =)
Spirita: Você apareceu!!!! Que bom!!! Bem, agora é só ler o cap. e torcer pro Antônio se ferrar hehehe...Bjuxxx
Tata: hehehe Tata, você é mto comédia lol!!! Calma o fofuxo vai aparecer nessa pra matar as saudades viu? =)..E a greve ainda não teve fim...
Mila:Rs num cobra não é????????? Duvido lol.........pelo menos em dinheiro né rsrs...Acho que já disse, mais essa fic eu tive a idéia de fazer quando lembrei daquele filminho feinho com a Julia Roberts e o Brad Pitt – A Mexicana. Eu gostei do filme embora foi um fracasso rs... mais eu tenho um gosto mto estranho pra filmes, pra vc ter uma idéia, eu gostei de Chicago, todos por aqui odiaram! Fazer uq rs....Beijokaxx!!!
Towanda: Rsrsrsrs conversinha de comadre, num sei porque mais me lembra uma pessoa do grupo no msn sabe rs........................................ Beijokaxxx te adoro!!!!!!!!!!!
Bem, como disse antes, a greve na teve fim, mais vou publicar os capítulos mesmo assim.Só que mais lentamente... =) !
Santa Madalena – Capítulo Nove
John agora tinha trabalho de sobra. Sua lanchonete vivia lotada de gente e tudo graças ao café expresso. Tudo que se pedia por lá, o café era quase obrigação acompanhar.Para quem só vendia 'pulque' (uma bebida inferior à Tequila, mais forte e popular) e algum lanche, era um ótimo começo para progredir.Se continuasse assim, em pouco tempo poderia reformar a John's Tequila.E talvez até o nome.
John atendia um freguês no caixa e para sua surpresa, Antônio era o próximo.
Ele olhou para ele, e ambos estavam sérios.
"Amigo..." Antônio cumprimentou com a mão no chapéu.
"Como vai Antônio... Gostaria de pedir alguma coisa?".
"Na verdade, só uma pergunta... O que você descobriu sobre aquela mulher, Marguerite?".
John ficou surpreso com a pergunta inusitada. Não esperava ouvir isso, pelo menos agora.
"Bem..." Ele sentou-se no banco e Antônio do outro lado. "Ainda não tive... A oportunidade, para perguntar alguma coisa, mas... Se eu a vir, eu perguntarei alguma coisa desta vez...".
"Você não a viu desde a festa?" Um ponto de interrogação se instalou na testa de Antônio.
"Ah... Sim... Mas foi muito rápido... ela estava em um ônibus...".
"Ham sei... Sabe... Marquei um encontro com ela ontem... Na ponte...".
John não estava gostando nada do jeito que Antônio estava se referindo à Marguerite, até porque ele parecia não fazer questão nenhuma de que toda a lanchonete soubesse disso.Não fazia nenhum esforço para falar baixo.Fazia- se de desentendido.
"Sei... E então, como foi?".
"Então que ela não apareceu... Fui até a casa dela para busca-la, mas não estava...".
"Ah não? Bem, e você sabe onde ela estava?".
Antônio balançou a cabeça negativamente. John aliviou-se um pouco.
"É... Mais não tem problema não..." Ele se aproximou de John do outro lado do balcão apoiando os cotovelos. "Eu não perdi a minha noite ontem..." Cochichou e um sorriso maligno tomou conta de seus lábios. "... Um pouco feia... Mas rebola como ninguém!... Ora, não me olhe com essa cara de quem viu um fantasma, você acha que eu ia ficar chupando dedo em casa, sozinho?". Ele riu não mostrando se quer algum ressentimento.
John estava pasmo. "Como ele pode fazer isso com Marguerite? Não é justo!".
"Você não agiu certo Antônio, fantasma nenhum, é o que acho..." John completou.
"Ora agi sim, e muito bem agido..." Ele sorriu lembrando-se da garota de programa. "Quem mandou ela não aparecer no encontro? Aposto que estava com outro..." Ele deu os ombros e acendeu um cigarro. "E sabe o que mais?... Vou insistir com ela... Mas não a quero mais... Só pra fazê-la enxergar o que é ficar uma tarde inteira esperando... Só que ela vai esperar um pouco mais... Ela vai me pagar John, escreva aí, ela vai me pagar...".
"Pagar o quê e por que Antônio está maluco? E se ela só estava trabalhando ou...".
"... Você sabe de alguma coisa John? Se souber, me conte, você é meu amigo não é?". Interrompeu e ficou encarando.
John balançou a cabeça, dizendo que não. Ficou em silêncio.Antônio soltou um pouco de fumaça na cara de John Cortez, que no mesmo minuto, tirou o cigarro da boca dele e jogou no lixo. O sorriso que estava nos lábios do homem desapareceu.
John apontou para a placa em cima da cafeteira, que dizia "Não fumar aqui" e olhou para Antônio, de braços cruzados.
"Sabe ler Antônio?".
"O que pensa que está fazendo amigo, você está com algum problema?".
"Não mais, joguei no lixo o que estava me incomodando...".
Antônio rodou os olhos e virou-lhe as costas. "Você está muito enjoado John... Acalme-se a vida é bela!" Ele abriu os braços e sorriu estranhamente. Saiu da lanchonete sob olhares dos fregueses nas mesas.
John fechou os olhos e se apoiou no balcão. Respirou fundo e tentou ficar calmo.Realmente, tocar no nome de Marguerite e dizer aquelas besteiras todas o fizeram ficar com o sangue quente.
Ele respirou mais uma vez pesadamente. Permaneceu assim por uns segundos até que outro cliente chegasse ao caixa e chamasse por ele.
Voltando a realidade, atendeu o senhor normalmente. Mas sua cabeça estava voando longe. Achou uma tremenda falta de respeito. Preocupado ainda com o que Antônio dissera alguns minutos antes, ele não parava de pensar em Marguerite. "Pobre Marguerite, me ajudou e se prejudicou... Não posso permitir que ela continue me ajudando...".
Mas agora, depois que ele praticamente disse que queria apenas se divertir com ela, tudo mudou. "Ela não merece isso... Desculpe, amigo, mais eu não vou deixar você fazê-la sofrer... Não mesmo..." Pensou.
Marguerite estava em um mercadinho olhando uma das prateleiras. Tinha que fazer uma simples compra pro almoço em família daqui a duas semanas.
Andando um pouco mais, encontrou José, em frente a uma bancada cheia de panelas diferentes.
Passou a cesta que carregava algumas coisas para o outro braço e os cruzou. José estava tão concentrado olhando as panelas que não a viu chegar.
"Vai virar cozinheiro?". Marguerite olhou meio de lado.
Ele botou a mão no peito, arregalou os olhos e deu um pulo pra trás de susto. "Credo Marguerite!". Exclamou.
Marguerite botou as mãos na cintura desconfiada. "Credo o quê? Só fiz uma pergunta, está devendo a alguém?" Sorriu.
Ele balançou a cabeça. "Há!... O que você quer saber?".
"Se você vai virar cozinheiro..." Ela sorriu.
"Eu não, eu sou macho, macho não cozinha! Lugar de macho é no sofá, em frente à televisão. Isso aqui é pra tia...".
"Ai que lindo esse seu 'macho', quem vê até acredita, mais quem não te conhece é que te compra! Mas pra que tia você vai dar uma panela?".
"Pra tia, senhora sua mãe...".
"Minha mãe? Por que uma panela pra minha mãe?".
"Ah eu não sei... O importante é ter bastante coisa boa esse ano!!!".
"Ah, vai sonhando que eu vou cozinhar pra você ficar de pernas pro ar, vai...".
"Ih isso tudo é inveja porque não vai ganhar panela nova".
"Ah ta bom... Escuta, qual dessas devo levar?" Ela suspendeu duas garrafas de pulque.
Ele olhou, olhou e disse calmamente voltando a virar-se para as panelas. "Nenhuma".
"Nenhuma? Eu falei pra escolher, nenhuma não está nas opções!" Se irritou.
"Ih prima, pára de falar difícil... Nenhuma e pronto...".
"Mais eu tenho que levar uma das duas, José!".
"Então larga de ser pão dura e leva uma bela garrafa de Tequila...".
"Tequila? Você ta pensando que sou o que, um cofrinho?".
"Ah, vamos deixar meu comentário pra mais tarde... Ah mais você é pão dura mesmo, num abre a mão nem pra dar tchau!". Ele deu os ombros.
"Vai tomar banho, José!".
"Por que se eu não to fedido!!!".
Marguerite enfiou uma garrafa e deixou a outra perto das panelas, saindo batendo o pé, irritadíssima até o caixa. Esquecendo-se até do troco.
Quando ela estava quase saindo ouviu José gritar. "VIU PRIMA, NÃO DISSE QUE NÃO ABRIA A MÃO NEM PRA DAR TCHAU PRO SEU PRIMINHO LINDO!!!".
Ela ficou com vergonha e saiu depressa dali, todos olhavam para ela não entendendo nada. ""timo, José, agora por sua culpa vou ouvir a mãe reclamar que não teremos nada pra beber!". Bufou.
"John!" Ela sorriu ao entrar na lanchonete. "Acho que cheguei a tempo...".
Marguerite usava um vestido lindo vermelho sangue. Um corpete que modelava suas formas e que exibia o simples decote que realçava os seios.Quase deixou John babando.Ela estava incrivelmente bonita naquele vestido.Uma mecha de cada lado de seu cabelo estava presa atrás com uma presilha dourada.A pele suada fez alguns fios grudar em seu colo.Exalava um perfume delicioso que John sentiu de perto.
"Hei John, você está bem?".
"Sim, sim... Eu estou..." Parecendo despertar ele respondeu meio desordenado.
"Tem certeza?".
"Sim, não é nada... Bem, como foi seu dia?".
Ela torceu o nariz. "Acredita que quando estava vindo para cá, lembrei de algumas coisas e entrei no mercado... Encontrei José e ele me chamou de pão dura, só porque não queria comprar uma Tequila!".
John sorriu, Marguerite ficava muito graciosa quando irritada. Logo sua expressão ficou séria. "Marguerite... Sei que está cansada, vá para casa... Agora os clientes que aparecem por aqui eu posso dar conta sozinho...".
"Não quer que eu continue ajudando?".
"Não! Não é isso, é que... Bem, você trabalha o dia todo para ganhar seu dinheiro e, ainda ao fim do dia quando está cansada, tem que parar aqui e me ajudar então...".
"... Ah pode parar John! O que é isso, é um prazer te ajudar, amigos são pra essas coisas! Agora, pare de bobeira e vamos ao trabalho!". Eles sorriram.
"Marguerite...".
"Oi?".
"Obrigado. Mesmo".
Agora era Marguerite que o admirava. Seus olhos a cada dia que o via pareciam ganhar mais vida. Antes, ela não tinha notado, mas agora, os olhos daquele homem tinham um brilho diferente e eram os mais bonitos que ela alguma vez já viu. Eles sorriram e ela logo botou o avental e começou a atender às mesas.
"Mulher de fibra como você é difícil de achar, Marguerite..." Pensou. Depois, cochichou. "Depois preciso falar com você...".
"Urgente?".
"Não muito... Mas é de seu interesse... Sobre Antônio".
A xícara que estava em sua mão caiu, se quebrando no chão. "Oh meu Deus!" Ela olhou para os cacos e se abaixou para recolhê-los.
John na mesma hora foi ajudá-la. "Tudo bem, tenho muitas xícaras...".
"Ai, só dou prejuízo! Desculpe!".
"Não, não esquenta...".
Recolhendo os cacos John pensava. "Por que será que ela se assustou quando toquei no nome de Antônio?".
E Marguerite também. "O que será que ele quer falar comigo? E sobre Antônio?...".
CONTINUA...
Revisar ou não revisar?Eis a questão!
