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Peço desculpas a vocês meninas, mas infelizmente não pude comentar todas as reviews do último capítulo.Problemas... Mas no próximo vão ter comments sim, ok?Beijokaxxx, Lê Orth.
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Santa Madalena – Capítulo Doze
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John e José à medida que iam entrando pelo corredor lateral externo da casa, ouviam mais risos e música. José olhou para o amigo que o seguia sorridente. "Vai se acostumando amigo, é assim que a nossa família é...".
John sorriu e estava ansioso para ver o que estava acontecendo na casa.
José abriu a porta e o som dos violões tocando uma música envolvente e cheia de calor, contagiava a todos.Verinha, Marguerite e mais duas primas e tias gordinhas dançavam no centro da sala, enquanto os outros em volta cantavam e batiam palmas.Um senhor muito velho e outros dois mais jovens, um em cada degrau da pequena escadaria tocavam a música em seus violões.
José foi logo estalando os dedos e dançando com as mulheres em volta dele. John entrou e estava próximo à porta vendo aquela animada dança.Todos pareciam felizes e cantavam juntos.
Mas o que ele estava observando era a mais bonita da casa.Com uma saia verde-clara e uma blusa verde estilo cigana, Marguerite dançava sorrindo com as outras meninas, mas ela era a que mais se destacava.O ritmo quente da música era levado com maestria por seu molejo.Os movimentos mais que sensuais que seus quadris harmoniosamente faziam com os passos, os gestos delicados e ao mesmo tempo provocantes, fazia com que John só percebesse ela naquela sala.Estava realmente deslumbrante.
Ela o viu e sorriram.Mas não parou de dançar, apenas gesticulou que ficasse à vontade.E com certeza ele estaria.
Aos poucos, as moças foram sentando e outras mulheres foram se levantando e continuavam aqueles aonde parecia um círculo dançante, que ninguém poderia ficar parado.
A música não terminava, de modo que eles emendavam uma atrás da outra.Ninguém ficava parado, mesmo sentado.Até John batia palmas.Ver aquela Marguerite diferente do habitual, tão embalada e envolvida com o ritmo era quase hipnótico para ele.
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"Quem é esse homem?". Dona Soledad se perguntou olhando para John da cabeça aos pés. "Bem, se for mais um de minha filha, dessa vez caprichou..." Sorriu.
O repertório das músicas havia cessado e os aplausos unânimes.Aplausos dedicados aos músicos e também a Marguerite e as suas primas e as tias gordinhas.
"Não podemos deixar a música morrer!" Uma senhora de idade, mas muito animada, gritou do lado de fora enquanto colocava uma fita no aparelho de som e as alegres badaladas da salsa invadiram a todos. Alguns saíram para ficar mais perto do som, mas em seguida um menino veio correndo e berrando "A pichorra! Já vão quebrar a primeira pichorra!".
Foi um alvoroço geral, os que haviam ficado na sala saíram em disparado, apertando-se entre cotoveladas na estreita porta de saída da sala que dava acesso ao pátio. Até que não restou mais ninguém. Ninguém, exceto John e Marguerite.E os três músicos que calmamente tocavam e cantavam.
Ele sentia-se acanhado com toda aquela gente que, afinal, não conhecia. Ela, envolvida com a música, continuava dançando.Sentiu uma estranha sensação de sentir toda aquela vibração musical que fechou os olhos, apenas sendo embalada por aquele ritmo 'caliente'.
"Cuando pienso em tu piel morena, la saliva se me escasea, y la sangre me borbotea y empiezo a sudar...".
John começou a observar certos "detalhes" que antes não havia visto ou, talvez, ignorado.As mãos seguras segurando partes da saia e as pernas tão bem trabalhadas, movendo-se ao ritmo dos quadris, feitos para receber um homem, moviam-se conforme mandava a música, e ele já começava a se questionar se eram realmente as batidas do som ou de se coração.
Os ombros, expostos, eram lindos. Como seria o que havia abaixo deles? Viu uma gotinha de suor escorrer desde o lóbulo da orelha, deslizando pelo pescoço e perdendo-se entre os deliciosos seios de Marguerite enquanto ele mesmo começava a sentir um fogo que o incendiava da cabeça aos pés.
"Ela precisa de um homem que cuide dela, que a respeite e saiba faze-la mulher com muita paixão... John, que isso? Ela é só... uma amiga. Isso, uma amiga. Só. Mas então por que me sinto assim?" John pensava enquanto seu corpo o denunciava, sentindo o volume apertado contra suas calças, insinuando seus desejos que, direta ou indiretamente, ainda não havia se dado conta de existir.
"Meto em mi coche la tercera, pongo la canción que me altera. Y la hormona se me acelera, ya quiero bailar...".
Marguerite pensava em Antônio. Será que viria à festa? "Mas também se viesse, para quê? Estava tão estranho no outro dia... ele bem que podia ter umas aulinhas com John de como ser um homem de verdade, gentil e carinhoso. "De repente assustou-se ao encontrar-se pensando em John, ou melhor, comparando-o com Antônio. "John é só um amigo, nada mais...".
Olhou-o de cima a baixo, encostado na parede, os braços cruzados, a coluna ereta, impondo sua presença de macho decidido e forte. A camisa de botões tinha apenas os primeiros abertos, não mostrando nada e, ao mesmo tempo, mostrando tudo. Começava a imaginar-se acariciando aquele peito forte com suas mãos e, logo, com a língua, percorrendo toda aquela imensidão masculina e viril.
A camisa, de manga longa que John havia dobrado até um pouco abaixo dos cotovelos deixava transparecer a força que havia naqueles braços. Seu corpo todo parecia estar sendo invadido por ondas de prazer, um vai e vem voluptuoso ao sonhar com esses braços fortes envolvendo-a, tocando-a, arrancando suas roupas para logo fazerem amor.
Sem saber ao certo porque, não podia mais suportar a cilada que seu corpo havia preparado e Marguerite aproximou-se alguns passos, sem parar de dançar. John descruzou os braços e já ia dizer algo quando...
"Marguerite! Marguerite!" Verinha entrou toda apressada. "O que vocês estão fazendo aqui???" perguntou sem disfarçar nem um pouco, como quem pega duas crianças fazendo arte.
"Nossa, nem percebemos que vocês tinham saído! Eu estava tão animada!" Marguerite respondeu tirando um cacho de cabelo do rosto, tentando ser o mais natural possível.
"Bom, eu vou então lá fora, com licença garotas... Eh... Vou tomar umas tequilas ali com o José..." John saiu de fininho se livrando dos olhares mais que curiosos de Vera.
E Marguerite ia fazendo o mesmo quando Verinha a segurou pelo braço. "Escondendo o jogo, hein? Eu achando que você tava a fim do Antônio quando era atrás do John que você tava correndo, hein? Espertinha! Fingir ser amiga é uma boa tática mesmo!" Verinha falava sorrindo enquanto dava umas piscadas ou cotoveladinhas em Marguerite, que a olhava séria e sem graça.
"Não seja boba, ele é só um amigo, não fica arrumando chifre em cabeça de cavalo...".
"Ah sei, e o José é meu irmão gêmeo! Mas você escolheu bem, amiga... Que guapo esse John! E super decente, trabalhador e...".
"Vamos sair logo daqui?".
"Vamos, mas quem queria ficar era você... com o John Cortez!" Verinha continuou brincando, fazendo biquinho e jogando beijos para provocar mais ainda Marguerite.
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"Até breve tia!" Marguerite se despedia da última tia que saia de sua casa junto com o outro bando.Só restaram na casa José, John, sua mãe e Verinha.Claro, para ajudar na limpeza.
"Madre, vai passar a noite aqui comigo?".
"Sim filha...".
As duas estavam varrendo a sala e conversando.De repente, Dona Soledad, parou de varrer e com uma das mãos segurou a vassoura e com a outra apoiada na cintura perguntou sem hesitar. "Quem é este homem que veio com José?".
Marguerite também por um instante parou de varrer, depois continuou. "Sim, é John, um amigo que conheci na feira deste ano...".
"Hum..." A mãe de Marguerite continuava parada olhando para ela, que hora e meia olhava para a mãe.
"Madre, se quer acabar isto logo não é bom parar agora... Vamos! O que está me olhando?". Marguerite parou.
"Hum... Nada filha... Nada...".
Dona Soledad e Marguerite voltaram a varrer quando entrou Verinha com um enorme saco de lixo. "Margie, onde eu ponho isto?".
"Ah..." Ela olhou para sua mãe que a olhava de rabo de olho. "Deixa que eu jogo fora, pega essa vassoura e varre aqui...".
"Ta legal...". As duas trocaram seus objetos e Marguerite saiu apressada.
Alguns minutos depois, Dona Soledad não se agüentou e perguntou a mesma coisa que havia perguntado à sua filha.
"Ah tia, não se preocupe, é o John amigão do José, do Antônio...".
"Antônio??? Aquele vagabundo???".
Verinha enrugou o nariz e arregalou os olhos. "Vagabundo o Antônio? Coitado tia, a senhora deve ta confundido os Antônios na sua cabeça!".
"Antônio que trabalha em Mérida? E que anda com o José pra cima e pra baixo? Moreno, alto, bonitão, se acha o dono da cocada preta?".
Vera demonstrou surpresa. "De onde a tia conhece o Antônio ué?".
"Haha Verinha, de longa data! Aliás, todo mundo sabe que tipo de homem ele é...".
Verinha olhou pra fora da porta para procurar se alguém estava ali.Cochichando ela perguntou. "Que tipo?".
"Hei vocês duas, parem de papo, andem, andem, comecem a varrer ainda tem muito 'chili' no chão!!!". José entrou dando ordens e saiu as pressas, pois uma chuva de vassouradas caiu sobre ele. "Hei eu estava brincando só... AU!!! NA BUNDA NÃO EIHN VERA!".
As duas sorriram e balançaram a cabeça. "Tia, eu quero saber direitinho essa história depois... A senhora não me escapa...".
"Por que, não vá me dizer que quer aquele cafetão meio boiola?".
"Não tia longe de mim... É que... uma amiga minha gosta dele...".
"Pode falar que eu sei que é a cabeça oca da minha filha, eu já estou sabendo...".
Verinha sorriu sem graça. "Tia, a senhora é fogo!".
Dona Soledad subiu as escadas. "Vou para o meu quarto essa dor nas cadeiras está horrível hoje, avise à minha filha... Boa noite...".
"Boa noite tia e tome algum remédio" Verinha estava realmente preocupada com o que acabara de ouvir. "Ai se o José estiver sabendo de alguma coisa, eu corto o 'fluflu' dele, ai dele!!!".
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Marguerite pegou o saco e saiu da sala.Levou para a porta de casa, onde jogou num grande barril que era limpo a cada sexta-feira.Bateu as mãos e suspirou. "Acho que terminei por hoje...".
"Margie!" Verinha veio correndo.
"O que foi?".
"Cadê o José?".
"Nossa Vera, clama, o que foi? O que está acontecendo, me diz!".
"É coisa minha Margie, vamos fala!".
"Eu não sei, deve estar nos fundos... Vera espera!".
Antes que ela concluísse Vera já corria para os fundos da casa.E Marguerite parou ali e esperou.Minutos depois, ela volta segurando a orelha de José.
"Calma chuchú!".
"Chuchu?Não ouse me chamar desta maneira seu pilantra!".
"O que eu fiz desta vez?".
"Quieto!". Ela bateu nele e ele chorou. "Marguerite eu preciso ter uma conversinha com esse malandro aqui, depois agente se fala... Tchau John!".
"Tchau Vera, Tchau José!".
Marguerite deu passagem para os dois e não entendia o porque daquele acesso de raiva de Vera, mas sabia que tinha algum motivo, que depois descobriria.
Ela olhou para John e os dois começaram a rir. "Você entendeu alguma coisa?".
"Eu não, esses dois se merecem!". Eles continuavam a rir.
Os risos cessaram e eles conversavam sobre o dia que estava terminando num lindo por de sol, no horizonte avermelhado.
"Achei sua família muito animada...".
Ela sorriu lembrando-se deles. "Também acho".
"É sério, gostei muito de todos...".
"Sei... São engraçados, divertidos, carinhosos... Mas na hora de arrumar a bagunça, fogem como o diabo da cruz!".
John soltou uma risada. "Acontece...".
"Eles são boa gente, adoro eles! Eles passam uma boa energia, todos são muito unidos, nas festas, e cantam bem...".
"Dançam bem...".
Os dois se olharam e Marguerite ficou ruborizada, abaixando a cabeça com um tímido sorriso dos lábios. "Sim...".
"Você dança muito bem Marguerite... É uma ótima dançarina...".
"Ai para, estou com vergonha...".
"Não precisa ter vergonha de mim, você sabe...".
Ela sorriu. "Obrigada, mas você precisava ver minha mãe quando jovem, dançava como ninguém...".
"Hum, e porque quando jovem, ela dança muito bem também, acho que isso é de família...". Os dois sorriram.
John e Marguerite continuavam a conversar no portão da casa dela, sob os olhares escondidos de sua mãe, na janela do quarto dela.De repente, Marguerite gritou. "Cuidado!" E se jogou para cima de John, de modo que eles caíram um sobre o outro no corredor escuro.
"O que foi aquilo?". John perguntou assustado.
Eles permaneceram ali alguns instantes, que pareceram eternidade aos dois.Marguerite evitou olhar em seus olhos e se levantou rapidamente.Ele veio atrás e foram em direção ao objeto que veio da casa de Vera.
Marguerite botou a mão na boca e abaixou-se, pegando uma panela amassada no chão.
"Mas que está acontecendo?" Perguntou surpresa e ela e John foram correndo para a casa de Vera.
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"ORDINÁRIO! CAFAGESTE! MULHERENGO! GALINHA!!!". E UM VASO FOI ARREMESSADO AO LADO DA PORTA EM QUE John entrava e recuou levando um susto.
"Calma chuchu, não é nada disso que você está pensando minha flor!".
"Grrrrrrrrrrr NÃO ME CHAMA DE FLOR E MUITO ENOS DE CHUCHU!".E outro vaso quase o acertou.
"Vera, o que está acontecendo?" Marguerite desviou passando pelos cacos no chão e chegou parte da amiga furiosa.
"Ah o que está acontecendo? É que o safado do José ficou paquerado a prima Margarola!".
"Margarola? Logo ela? Quer dizer, foi isso mesmo José?".
"F-F-F-Foi n-n-n-n-não prima!!! Ela viajou na maionese! Eu só tenho você no meu coração chuchu!".
"É a Margarola nos pensamentos não é? Me diz, anda!Quando você vai pro banheiro você fica lá uma, duas horas, pensando nela não é? Me diz ordinário!". Ela tacou um tamanco que quase acertou John.
"Calma Vera, vamos conversar!". Marguerite tentou acalmar.
José virou-se de costas para ela e apontou para John. "Era você quem estava paquerando a Margarola não é?".
John arregalou imediatamente os olhos. "EU? Eu nem sei quem é Margarola José!Oh, cuidado!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!".
Mas já era tarde demais.Verinha tinha acertado outro tamanco na cabeça de José.Ele gritou e colocou as mãos na cabeça e caiu sobre o chão.
"YES! Consegui!" Vera comemorou.
"Vera agora você foi longe demais, o que é isso!".Marguerite brigou.
"Ah ele mereceu, agora diz eihn... 'Chuchu'..." Ela se aproximou do homem caído no chão.Marguerite e John se olharam assustados. "Me diz safado, me diz que era mentira!...............................José?".
John abaixou e viu que José estava desmaiado.Botou a cabeça perto do nariz e se levantou. "Acho que ele não está respirando...".
Marguerite arregalou os olhos e John piscou.Vera ouviu e desabou sobre José.
"Joséééééé!!!! Fala comigo meu chuchu, me perdoa!!! Por favor meu amor, minha vida, minha razão de viver, meu docinho, minha laranjinha, meu abacate, meu melão...".
"... Acho que um horti-fruti inteiro não vai fazer ele ficar bem Vera...".John disse e Vera parou.Depois voltou a chorar sobre o peito de José.
"Me perdoa meu coração!!! Oh Deus, eu quero morrer! Me leve também!!! Oh senhor!!!Oh minha Santa Madalena, oh meu Santa Guadalupe! Olha por nós, leva nós!".
Enquanto Vera suplicava, soluçava, chorava sobre José, ele abriu um dos olhos e viu ela ali e sorriu. Ela se levantou e ele rapidamente fechou os olhos. "Oh José, por favor, me escute, acorde! Você é galinha mais é MEU galinha!Alias... Galo né... Eu sou uma galinha muito feliz ao seu lado... E eu quero ter muitos pintinhos com você!Mas se você morrer fica difícil!!! Eu prometo que nunca mais brigo com você!!! Nunca Mais!".
Marguerite ia dizer alguma coisa, que provavelmente iria dizer algo para Vera, mas John a segurou e fez para silenciar-se.Ela o olhou com um olhar dizendo que havia entendido.
"Ai... Ai... Onde estou?". José se levantava devagar botando a mão onde tinha sido acertado. "Oh... Saia de perto de mim Popó de saia...".
"Oh meu chuchu!!! Você está bem?" Ela beijava-o abraçando. "Graças a Madalena, está vivo!!!".
"Sim estou...".
"Oh querido, desculpe, não queria acertar você... Com tanta força...".
"Não?" Surpreendeu. "Isso vai levar algum tempo pra esquecer...".
"Oh me perdoa queridinho!!! Por favor, não sou nada sem você!".
"Só se você acreditar que eu não estava dando em cima daquela baranga da Margarola...".
"Ah...".
"Intão eu vou embora... Ai! Como sofro!!!".
"Não não não não! Fique por favor....... Está bem, acredito em você........Agora deixa eu cuidar disso...". Ela botou as mãos sobre o enorme galo em sua cabeça e ele gritou.
"Nossa, não sabia que tinha tanta força assim nos braços...".
"Ah não, uma lavadeira não ter força no braço sei...".
"Oh coitadinho!Deite aqui...". Ela sentou-se no chão e José começou a reclamar e se aconchegar em seu colo. "Está melhor?".
"Sim... ai ai ai..." Ele estava agora perto dos seios dela sorrindo sem que ela percebesse. "Bem melhor...".
Marguerite olhou para John pasma. "Bem, já que vocês agora estão bem, eu vou embora... Vamos John... Deixe esses malucos aí...".
"Boa noite e se comportem... José bota um gelo aí, ou amanhã você vai acordar com duas cabeças...".
"Sim..." Ele quase não ouviu com os carinhos de Vera.
"Vocês também se comportem ok?E como adultos...". Vera retrucou sorrindo para Marguerite que saiu rapidamente, vermelha de vergonha.
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Eles se olharam e sorriram. "Ainda bem que você conhece a peça...".
"Sim, estou acostumado..." Sorriu novamente. "Nossa, como escureceu rápido! Bem, já vou indo".
"Tudo bem...".
Os dois ficaram em silêncio durante alguns minutos. "Amanhã às 6h ?"
"Se puder ir..." John sorriu.
"Boa noite...".
"Boa noite".
John saiu caminhando e Marguerite ainda permaneceu um bom tempo olhando para ele.Depois que ele virou a esquina balançou a cabeça. "Hora do banho!".
CONTINUA...
Peço desculpas a vocês meninas, mas infelizmente não pude comentar todas as reviews do último capítulo.Problemas... Mas no próximo vão ter comments sim, ok?Beijokaxxx, Lê Orth.
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Santa Madalena – Capítulo Doze
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John e José à medida que iam entrando pelo corredor lateral externo da casa, ouviam mais risos e música. José olhou para o amigo que o seguia sorridente. "Vai se acostumando amigo, é assim que a nossa família é...".
John sorriu e estava ansioso para ver o que estava acontecendo na casa.
José abriu a porta e o som dos violões tocando uma música envolvente e cheia de calor, contagiava a todos.Verinha, Marguerite e mais duas primas e tias gordinhas dançavam no centro da sala, enquanto os outros em volta cantavam e batiam palmas.Um senhor muito velho e outros dois mais jovens, um em cada degrau da pequena escadaria tocavam a música em seus violões.
José foi logo estalando os dedos e dançando com as mulheres em volta dele. John entrou e estava próximo à porta vendo aquela animada dança.Todos pareciam felizes e cantavam juntos.
Mas o que ele estava observando era a mais bonita da casa.Com uma saia verde-clara e uma blusa verde estilo cigana, Marguerite dançava sorrindo com as outras meninas, mas ela era a que mais se destacava.O ritmo quente da música era levado com maestria por seu molejo.Os movimentos mais que sensuais que seus quadris harmoniosamente faziam com os passos, os gestos delicados e ao mesmo tempo provocantes, fazia com que John só percebesse ela naquela sala.Estava realmente deslumbrante.
Ela o viu e sorriram.Mas não parou de dançar, apenas gesticulou que ficasse à vontade.E com certeza ele estaria.
Aos poucos, as moças foram sentando e outras mulheres foram se levantando e continuavam aqueles aonde parecia um círculo dançante, que ninguém poderia ficar parado.
A música não terminava, de modo que eles emendavam uma atrás da outra.Ninguém ficava parado, mesmo sentado.Até John batia palmas.Ver aquela Marguerite diferente do habitual, tão embalada e envolvida com o ritmo era quase hipnótico para ele.
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"Quem é esse homem?". Dona Soledad se perguntou olhando para John da cabeça aos pés. "Bem, se for mais um de minha filha, dessa vez caprichou..." Sorriu.
O repertório das músicas havia cessado e os aplausos unânimes.Aplausos dedicados aos músicos e também a Marguerite e as suas primas e as tias gordinhas.
"Não podemos deixar a música morrer!" Uma senhora de idade, mas muito animada, gritou do lado de fora enquanto colocava uma fita no aparelho de som e as alegres badaladas da salsa invadiram a todos. Alguns saíram para ficar mais perto do som, mas em seguida um menino veio correndo e berrando "A pichorra! Já vão quebrar a primeira pichorra!".
Foi um alvoroço geral, os que haviam ficado na sala saíram em disparado, apertando-se entre cotoveladas na estreita porta de saída da sala que dava acesso ao pátio. Até que não restou mais ninguém. Ninguém, exceto John e Marguerite.E os três músicos que calmamente tocavam e cantavam.
Ele sentia-se acanhado com toda aquela gente que, afinal, não conhecia. Ela, envolvida com a música, continuava dançando.Sentiu uma estranha sensação de sentir toda aquela vibração musical que fechou os olhos, apenas sendo embalada por aquele ritmo 'caliente'.
"Cuando pienso em tu piel morena, la saliva se me escasea, y la sangre me borbotea y empiezo a sudar...".
John começou a observar certos "detalhes" que antes não havia visto ou, talvez, ignorado.As mãos seguras segurando partes da saia e as pernas tão bem trabalhadas, movendo-se ao ritmo dos quadris, feitos para receber um homem, moviam-se conforme mandava a música, e ele já começava a se questionar se eram realmente as batidas do som ou de se coração.
Os ombros, expostos, eram lindos. Como seria o que havia abaixo deles? Viu uma gotinha de suor escorrer desde o lóbulo da orelha, deslizando pelo pescoço e perdendo-se entre os deliciosos seios de Marguerite enquanto ele mesmo começava a sentir um fogo que o incendiava da cabeça aos pés.
"Ela precisa de um homem que cuide dela, que a respeite e saiba faze-la mulher com muita paixão... John, que isso? Ela é só... uma amiga. Isso, uma amiga. Só. Mas então por que me sinto assim?" John pensava enquanto seu corpo o denunciava, sentindo o volume apertado contra suas calças, insinuando seus desejos que, direta ou indiretamente, ainda não havia se dado conta de existir.
"Meto em mi coche la tercera, pongo la canción que me altera. Y la hormona se me acelera, ya quiero bailar...".
Marguerite pensava em Antônio. Será que viria à festa? "Mas também se viesse, para quê? Estava tão estranho no outro dia... ele bem que podia ter umas aulinhas com John de como ser um homem de verdade, gentil e carinhoso. "De repente assustou-se ao encontrar-se pensando em John, ou melhor, comparando-o com Antônio. "John é só um amigo, nada mais...".
Olhou-o de cima a baixo, encostado na parede, os braços cruzados, a coluna ereta, impondo sua presença de macho decidido e forte. A camisa de botões tinha apenas os primeiros abertos, não mostrando nada e, ao mesmo tempo, mostrando tudo. Começava a imaginar-se acariciando aquele peito forte com suas mãos e, logo, com a língua, percorrendo toda aquela imensidão masculina e viril.
A camisa, de manga longa que John havia dobrado até um pouco abaixo dos cotovelos deixava transparecer a força que havia naqueles braços. Seu corpo todo parecia estar sendo invadido por ondas de prazer, um vai e vem voluptuoso ao sonhar com esses braços fortes envolvendo-a, tocando-a, arrancando suas roupas para logo fazerem amor.
Sem saber ao certo porque, não podia mais suportar a cilada que seu corpo havia preparado e Marguerite aproximou-se alguns passos, sem parar de dançar. John descruzou os braços e já ia dizer algo quando...
"Marguerite! Marguerite!" Verinha entrou toda apressada. "O que vocês estão fazendo aqui???" perguntou sem disfarçar nem um pouco, como quem pega duas crianças fazendo arte.
"Nossa, nem percebemos que vocês tinham saído! Eu estava tão animada!" Marguerite respondeu tirando um cacho de cabelo do rosto, tentando ser o mais natural possível.
"Bom, eu vou então lá fora, com licença garotas... Eh... Vou tomar umas tequilas ali com o José..." John saiu de fininho se livrando dos olhares mais que curiosos de Vera.
E Marguerite ia fazendo o mesmo quando Verinha a segurou pelo braço. "Escondendo o jogo, hein? Eu achando que você tava a fim do Antônio quando era atrás do John que você tava correndo, hein? Espertinha! Fingir ser amiga é uma boa tática mesmo!" Verinha falava sorrindo enquanto dava umas piscadas ou cotoveladinhas em Marguerite, que a olhava séria e sem graça.
"Não seja boba, ele é só um amigo, não fica arrumando chifre em cabeça de cavalo...".
"Ah sei, e o José é meu irmão gêmeo! Mas você escolheu bem, amiga... Que guapo esse John! E super decente, trabalhador e...".
"Vamos sair logo daqui?".
"Vamos, mas quem queria ficar era você... com o John Cortez!" Verinha continuou brincando, fazendo biquinho e jogando beijos para provocar mais ainda Marguerite.
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"Até breve tia!" Marguerite se despedia da última tia que saia de sua casa junto com o outro bando.Só restaram na casa José, John, sua mãe e Verinha.Claro, para ajudar na limpeza.
"Madre, vai passar a noite aqui comigo?".
"Sim filha...".
As duas estavam varrendo a sala e conversando.De repente, Dona Soledad, parou de varrer e com uma das mãos segurou a vassoura e com a outra apoiada na cintura perguntou sem hesitar. "Quem é este homem que veio com José?".
Marguerite também por um instante parou de varrer, depois continuou. "Sim, é John, um amigo que conheci na feira deste ano...".
"Hum..." A mãe de Marguerite continuava parada olhando para ela, que hora e meia olhava para a mãe.
"Madre, se quer acabar isto logo não é bom parar agora... Vamos! O que está me olhando?". Marguerite parou.
"Hum... Nada filha... Nada...".
Dona Soledad e Marguerite voltaram a varrer quando entrou Verinha com um enorme saco de lixo. "Margie, onde eu ponho isto?".
"Ah..." Ela olhou para sua mãe que a olhava de rabo de olho. "Deixa que eu jogo fora, pega essa vassoura e varre aqui...".
"Ta legal...". As duas trocaram seus objetos e Marguerite saiu apressada.
Alguns minutos depois, Dona Soledad não se agüentou e perguntou a mesma coisa que havia perguntado à sua filha.
"Ah tia, não se preocupe, é o John amigão do José, do Antônio...".
"Antônio??? Aquele vagabundo???".
Verinha enrugou o nariz e arregalou os olhos. "Vagabundo o Antônio? Coitado tia, a senhora deve ta confundido os Antônios na sua cabeça!".
"Antônio que trabalha em Mérida? E que anda com o José pra cima e pra baixo? Moreno, alto, bonitão, se acha o dono da cocada preta?".
Vera demonstrou surpresa. "De onde a tia conhece o Antônio ué?".
"Haha Verinha, de longa data! Aliás, todo mundo sabe que tipo de homem ele é...".
Verinha olhou pra fora da porta para procurar se alguém estava ali.Cochichando ela perguntou. "Que tipo?".
"Hei vocês duas, parem de papo, andem, andem, comecem a varrer ainda tem muito 'chili' no chão!!!". José entrou dando ordens e saiu as pressas, pois uma chuva de vassouradas caiu sobre ele. "Hei eu estava brincando só... AU!!! NA BUNDA NÃO EIHN VERA!".
As duas sorriram e balançaram a cabeça. "Tia, eu quero saber direitinho essa história depois... A senhora não me escapa...".
"Por que, não vá me dizer que quer aquele cafetão meio boiola?".
"Não tia longe de mim... É que... uma amiga minha gosta dele...".
"Pode falar que eu sei que é a cabeça oca da minha filha, eu já estou sabendo...".
Verinha sorriu sem graça. "Tia, a senhora é fogo!".
Dona Soledad subiu as escadas. "Vou para o meu quarto essa dor nas cadeiras está horrível hoje, avise à minha filha... Boa noite...".
"Boa noite tia e tome algum remédio" Verinha estava realmente preocupada com o que acabara de ouvir. "Ai se o José estiver sabendo de alguma coisa, eu corto o 'fluflu' dele, ai dele!!!".
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Marguerite pegou o saco e saiu da sala.Levou para a porta de casa, onde jogou num grande barril que era limpo a cada sexta-feira.Bateu as mãos e suspirou. "Acho que terminei por hoje...".
"Margie!" Verinha veio correndo.
"O que foi?".
"Cadê o José?".
"Nossa Vera, clama, o que foi? O que está acontecendo, me diz!".
"É coisa minha Margie, vamos fala!".
"Eu não sei, deve estar nos fundos... Vera espera!".
Antes que ela concluísse Vera já corria para os fundos da casa.E Marguerite parou ali e esperou.Minutos depois, ela volta segurando a orelha de José.
"Calma chuchú!".
"Chuchu?Não ouse me chamar desta maneira seu pilantra!".
"O que eu fiz desta vez?".
"Quieto!". Ela bateu nele e ele chorou. "Marguerite eu preciso ter uma conversinha com esse malandro aqui, depois agente se fala... Tchau John!".
"Tchau Vera, Tchau José!".
Marguerite deu passagem para os dois e não entendia o porque daquele acesso de raiva de Vera, mas sabia que tinha algum motivo, que depois descobriria.
Ela olhou para John e os dois começaram a rir. "Você entendeu alguma coisa?".
"Eu não, esses dois se merecem!". Eles continuavam a rir.
Os risos cessaram e eles conversavam sobre o dia que estava terminando num lindo por de sol, no horizonte avermelhado.
"Achei sua família muito animada...".
Ela sorriu lembrando-se deles. "Também acho".
"É sério, gostei muito de todos...".
"Sei... São engraçados, divertidos, carinhosos... Mas na hora de arrumar a bagunça, fogem como o diabo da cruz!".
John soltou uma risada. "Acontece...".
"Eles são boa gente, adoro eles! Eles passam uma boa energia, todos são muito unidos, nas festas, e cantam bem...".
"Dançam bem...".
Os dois se olharam e Marguerite ficou ruborizada, abaixando a cabeça com um tímido sorriso dos lábios. "Sim...".
"Você dança muito bem Marguerite... É uma ótima dançarina...".
"Ai para, estou com vergonha...".
"Não precisa ter vergonha de mim, você sabe...".
Ela sorriu. "Obrigada, mas você precisava ver minha mãe quando jovem, dançava como ninguém...".
"Hum, e porque quando jovem, ela dança muito bem também, acho que isso é de família...". Os dois sorriram.
John e Marguerite continuavam a conversar no portão da casa dela, sob os olhares escondidos de sua mãe, na janela do quarto dela.De repente, Marguerite gritou. "Cuidado!" E se jogou para cima de John, de modo que eles caíram um sobre o outro no corredor escuro.
"O que foi aquilo?". John perguntou assustado.
Eles permaneceram ali alguns instantes, que pareceram eternidade aos dois.Marguerite evitou olhar em seus olhos e se levantou rapidamente.Ele veio atrás e foram em direção ao objeto que veio da casa de Vera.
Marguerite botou a mão na boca e abaixou-se, pegando uma panela amassada no chão.
"Mas que está acontecendo?" Perguntou surpresa e ela e John foram correndo para a casa de Vera.
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"ORDINÁRIO! CAFAGESTE! MULHERENGO! GALINHA!!!". E UM VASO FOI ARREMESSADO AO LADO DA PORTA EM QUE John entrava e recuou levando um susto.
"Calma chuchu, não é nada disso que você está pensando minha flor!".
"Grrrrrrrrrrr NÃO ME CHAMA DE FLOR E MUITO ENOS DE CHUCHU!".E outro vaso quase o acertou.
"Vera, o que está acontecendo?" Marguerite desviou passando pelos cacos no chão e chegou parte da amiga furiosa.
"Ah o que está acontecendo? É que o safado do José ficou paquerado a prima Margarola!".
"Margarola? Logo ela? Quer dizer, foi isso mesmo José?".
"F-F-F-Foi n-n-n-n-não prima!!! Ela viajou na maionese! Eu só tenho você no meu coração chuchu!".
"É a Margarola nos pensamentos não é? Me diz, anda!Quando você vai pro banheiro você fica lá uma, duas horas, pensando nela não é? Me diz ordinário!". Ela tacou um tamanco que quase acertou John.
"Calma Vera, vamos conversar!". Marguerite tentou acalmar.
José virou-se de costas para ela e apontou para John. "Era você quem estava paquerando a Margarola não é?".
John arregalou imediatamente os olhos. "EU? Eu nem sei quem é Margarola José!Oh, cuidado!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!".
Mas já era tarde demais.Verinha tinha acertado outro tamanco na cabeça de José.Ele gritou e colocou as mãos na cabeça e caiu sobre o chão.
"YES! Consegui!" Vera comemorou.
"Vera agora você foi longe demais, o que é isso!".Marguerite brigou.
"Ah ele mereceu, agora diz eihn... 'Chuchu'..." Ela se aproximou do homem caído no chão.Marguerite e John se olharam assustados. "Me diz safado, me diz que era mentira!...............................José?".
John abaixou e viu que José estava desmaiado.Botou a cabeça perto do nariz e se levantou. "Acho que ele não está respirando...".
Marguerite arregalou os olhos e John piscou.Vera ouviu e desabou sobre José.
"Joséééééé!!!! Fala comigo meu chuchu, me perdoa!!! Por favor meu amor, minha vida, minha razão de viver, meu docinho, minha laranjinha, meu abacate, meu melão...".
"... Acho que um horti-fruti inteiro não vai fazer ele ficar bem Vera...".John disse e Vera parou.Depois voltou a chorar sobre o peito de José.
"Me perdoa meu coração!!! Oh Deus, eu quero morrer! Me leve também!!! Oh senhor!!!Oh minha Santa Madalena, oh meu Santa Guadalupe! Olha por nós, leva nós!".
Enquanto Vera suplicava, soluçava, chorava sobre José, ele abriu um dos olhos e viu ela ali e sorriu. Ela se levantou e ele rapidamente fechou os olhos. "Oh José, por favor, me escute, acorde! Você é galinha mais é MEU galinha!Alias... Galo né... Eu sou uma galinha muito feliz ao seu lado... E eu quero ter muitos pintinhos com você!Mas se você morrer fica difícil!!! Eu prometo que nunca mais brigo com você!!! Nunca Mais!".
Marguerite ia dizer alguma coisa, que provavelmente iria dizer algo para Vera, mas John a segurou e fez para silenciar-se.Ela o olhou com um olhar dizendo que havia entendido.
"Ai... Ai... Onde estou?". José se levantava devagar botando a mão onde tinha sido acertado. "Oh... Saia de perto de mim Popó de saia...".
"Oh meu chuchu!!! Você está bem?" Ela beijava-o abraçando. "Graças a Madalena, está vivo!!!".
"Sim estou...".
"Oh querido, desculpe, não queria acertar você... Com tanta força...".
"Não?" Surpreendeu. "Isso vai levar algum tempo pra esquecer...".
"Oh me perdoa queridinho!!! Por favor, não sou nada sem você!".
"Só se você acreditar que eu não estava dando em cima daquela baranga da Margarola...".
"Ah...".
"Intão eu vou embora... Ai! Como sofro!!!".
"Não não não não! Fique por favor....... Está bem, acredito em você........Agora deixa eu cuidar disso...". Ela botou as mãos sobre o enorme galo em sua cabeça e ele gritou.
"Nossa, não sabia que tinha tanta força assim nos braços...".
"Ah não, uma lavadeira não ter força no braço sei...".
"Oh coitadinho!Deite aqui...". Ela sentou-se no chão e José começou a reclamar e se aconchegar em seu colo. "Está melhor?".
"Sim... ai ai ai..." Ele estava agora perto dos seios dela sorrindo sem que ela percebesse. "Bem melhor...".
Marguerite olhou para John pasma. "Bem, já que vocês agora estão bem, eu vou embora... Vamos John... Deixe esses malucos aí...".
"Boa noite e se comportem... José bota um gelo aí, ou amanhã você vai acordar com duas cabeças...".
"Sim..." Ele quase não ouviu com os carinhos de Vera.
"Vocês também se comportem ok?E como adultos...". Vera retrucou sorrindo para Marguerite que saiu rapidamente, vermelha de vergonha.
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Eles se olharam e sorriram. "Ainda bem que você conhece a peça...".
"Sim, estou acostumado..." Sorriu novamente. "Nossa, como escureceu rápido! Bem, já vou indo".
"Tudo bem...".
Os dois ficaram em silêncio durante alguns minutos. "Amanhã às 6h ?"
"Se puder ir..." John sorriu.
"Boa noite...".
"Boa noite".
John saiu caminhando e Marguerite ainda permaneceu um bom tempo olhando para ele.Depois que ele virou a esquina balançou a cabeça. "Hora do banho!".
CONTINUA...
