COMMENTS:

Taiza: Obrigada Tata! É essa a idéia que quero passar, e estou super feliz que consegui faze-los entender!O romance que aos poucos cresce é ingênuo e nem mesmo os dois percebem.Tomara que caia a fixa logo he!A Vera realmente vai virar uma coelha rsrsrs, mas com muitos coelhinhos o José vai ter que ralar pra comprar bastante cenoura!Faze o quê, eles querem assim ué hehehe...Eu avisei! =) Beijokaxxx!

Nessa Reinehr: Brigadu brigadu e brigadu! Ah, a Dona Soledad é muito gente fina mesmo he!E o Antônio um fédasúnha mesmo... Mais ele vai ter o que merece, pode aguardar com pipoca e guaraná! Beijokaxxx!

Rosa: Mamuxa, brigadu!hehehe... Com certeza eles farão parte desses 90% de pobres no planeta, isso se não aumentar pra 91% só por causa da quantidade de filhos he!

Viajei na batatinha? Que nada, você reparou no porte do nosso Antônio???? Três ta pra lá de bom pra ele, e olha que duvido que ele não pega mais!Faze o quê, vida de cafageste é assim mesmo... Hehehe Terremoto, maremoto e tudo que tem direito rs... Beijokaxxx!!!!!!

Mila: Então, para seu divertimento, aí está o novo capítulo! =D Beijokaxxx!

Towanda: A discussão eu também adorei hehe... Que demorando uq!!! Ta doidona? Rs... Beijokaxxx!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Bem, peço desculpas por demorar a pôr este capítulo no ar, mas como vocês sabem, estou sem net, temporariamente.Aí vai um ditadinho que vale pra todo mundo:

.............. 0/ ............. 'O capítulo novo tarda, mas não FALHA!'
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Santa Madalena – Capítulo Quatorze

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Um mês se passou.

Marguerite continuou a ajudar John todas as tardes em sua lanchonete.Ele agora fazia questão de acompanha-la até sua casa.Os últimos dias estavam perigosos pela região, pois alguns chefes do tráfico de drogas tinham sido assassinados pelos traficantes de Mérida.A comunidade sabia, mas a polícia não.

Esses tipos de crime eram muito comuns por ali, mas as pessoas nunca se acostumaram em morar ao lado do perigo eminente de perderem suas vidas e as vidas de seus familiares.Sempre, algum inocente não saia com vida dessas tramas e desta vez não foi diferente.

José agora praticamente morava na casa de Vera.Foram dias e noites a espera de um resultado positivo.Todas as sextas-feiras fazia o teste de gravidez, mas o resultado foi o mesmo em todos; negativo.

Marguerite a acompanhou em todos eles, e sempre dava um jeito de animar Verinha, que sempre se culpava por não conseguir.Marguerite pedia paciência assim como para ela ir ao médico ver o que havia de errado.Mas ela dizia não, e paciência nunca fora uma de suas virtudes.

"Espera!" Marguerite parou no meio da rua, em mais uma sexta voltando da farmácia.

"O que foi?" Vera se assustou olhando a amiga com um sorrindo crescendo nos lábios. "Está me assustando!".

"Quem sabe há alguma coisa com José?".

"Não, não, tenho certeza que não, ele dá conta do recado".

"Ai Vera que poluída! Eu não estou falando disso... As vezes há algum problema com o, 'equipamento', ou alguma coisa dentro de José?".

"Ta chamando meu chuchu de broxa?". Vera colocou as mãos na cintura e alterou a voz, nem percebendo.As pessoas ao redor olharam para as duas, e Marguerite teve vontade de esgana-la com suas próprias mãos, mas resolveu conter-se.

"Não, isso acontece e é normal, de qualquer maneira vocês dois deveriam ir ao médico".

"José não vai aceitar"

"Mas deve aceitar! E se vocês não puderem ter filhos?".

"Ai cruzes, vira essa boca pra lá mulher...".

"É uma possibilidade oras.. E então?".

Vera pensou um pouco e sorriu um pouco receosa. "Está bem! Vou falar com ele hoje mesmo".

"Isso, é assim que se faz..." Marguerite e Vera se abraçaram e seguiram para a casa.

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"Obrigada mais uma vez John... Você tem sido um verdadeiro cavalheiro me trazendo todos os dias pra casa..." Abraçou o amigo sorrindo, e retribuída com o mesmo calor.

"Já disse que não tem problema".

Os dois sorriram, e Marguerite entrou. "Não quer tomar um café? Fiz um bolo muito bom".

"Não, não, muito obrigado... Tenho que ir mesmo... Bem, então... Até amanha...".Respondeu um pouco tímido.

"Oh.. Tudo bem, até amanhã..." Ela deu o adeus e se virou para entrar na casa.Ao mesmo tempo os dois viraram e chamaram um pelo nome do outro.Riram envergonhados.

"Pode falar John...".

"Não, pode ir, as damas primeiro!".

Marguerite se aproximou do portão, colocando suas mãos sobre a grade.John também se aproximou.

"Queria lhe fazer um pedido". Ela começou.

"Bem... Pode dizer".

Marguerite olhou para os lados e se aproximou.O coração de John bateu mais acelerado. "Vamos ao cinema?".

John respirou aliviado. "Ah... cinema... Claro...".

"O que foi? John se for problema de dinheiro, bem, foi em quem convidei, eu pago".

"Não, de maneira nenhuma!" Respondeu rapidamente. "Quando podemos ir?".

"Hum... Acho que quinta-feira está bom, e você?".

"Tudo bem, quinta-feira vamos ao cinema!".Concluiu.

Marguerite sorriu.Um pouco tímida abaixou a face e mordeu os lábios levemente.Ria por dentro e se sentia muito feliz. "Tudo bem... Bom... Boa noite!".

"Boa noite Marguerite...".

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Minutos depois, Marguerite havia tomado um banho e correu para a casa de Vera.

"E então?".

"Sim, ele vai!".

Vera deu um berro e abraçou a amiga pulando de felicidade.Marguerite estava calma. "O que foi?".

"Ai, vocês vão começar a namorar, isso é muito legal!!!".

Marguerite imediatamente olhou estranhando as palavras da amiga.Mesmo assim, sentiu um cala frio ao ouvir a frase. "Não, não Verinha! Você está confundido as coisas! John e eu somos apenas amigos, isso é muito claro! E eu só o convidei para ir ao cinema na quinta pois você ficou no meu pé, dizendo aquelas coisas...".

"Que coisas?".

"Ora Vera, não se lembra?... Para você e José mudarem de ambiente... Pra ver se a coisa anda...". Marguerite sinalizou com a cabeça e Vera abriu a boca entendendo.

"Arram, lembrei!".

"Só uma coisinha" Marguerite emendou.

"O que é?".

"A chave vai estar debaixo do tapete da cozinha.Você e José pulem o muro e não deixem ninguém ver vocês".

"Pode deixar amiga! Obrigada, outra vez, você está sendo muito legal com a gente".

"Ta, ta, sei, agora vê se não me façam muita bagunça, está bem?".

"Pode deixar, por Santa Madalena, não vai ter nem barulho!".

"Difícil..." Marguerite pensou e sorriu. "Tudo bem. Nos vemos na quinta".

"Fechado!".

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Quinta-feira, 7 da noite.

John combinou de pegar Marguerite uma hora depois do expediente.E lá estava ele, pontual, tocando a campainha da casa amarela.Arrumou a pequena e amarela flor em sua camisa, e ajeitou os cabelos pela última vez.Fez uma cara de espanto e rapidamente cheirou as axilas.Estava tudo bem, e ele se tranqüilizou.

"Estou descendo!". Gritou ela pela janela.

John olhou para cima e deu um tchauzinho.Marguerite saiu da janela e John ficou ali esperando.Por um momento pensou estar sendo observado, mas sempre tinha essas idéias quando temia algo. "Veja só, como um garoto no primeiro encontro". Sorriu.

Marguerite deu uma última ajeitada no decote, e vestiu o casaco branco estampado com flores amarelas.Sua trança embutida estava perfeita. "Vera poderia ser cabeleireira".

Passou mais um pouco de perfume nos pulsos e atrás da orelha.Parou um instante e balançou a cabeça sorrindo.Rapidamente, como se quisesse disfarçar para si mesma, colocou um pouco do perfume no colo e tampou a garrafinha. "Estou me sentindo na quarta série, quando fui ao encontro do meu primeiro beijo". Sorriu.

Respirou fundo e pegou o batom vermelho, e delicadamente, contornou os lábios.Esfregou um ao outro. "Ótimo".

Pegou a bolsa e as chaves de casa, colocando-as de baixo do tapete de casa, como prometido a Verinha.Descendo as escadas, percebeu que suas pernas estavam bambas.Olhou estranhamente para mais um pequeno espelho e disse antes de abrir a porta e fazer o sinal da cruz. "Eu eihn".

Abriu a porta de repente, encontrando John encostado na parede esperando.

"Uau" Um suspiro involuntário e a palavra saltaram de sua boca.Marguerite botou a mão em frente a boca e riu vermelha.John tentou se explicar.

"Desculpe, não quis constranger... é que... Você está muito bonita!".

Marguerite parou de rir e ficou com um pequeno sorriso no canto dos lábios vermelhos. "Obrigada... Você também está ótimo... Vamos?" Deu ela o braço e John segurou.Os dois antes de passarem pelo portão, olharam um para o outro.Caminharam então, mas foram impedidos de continuar.Os dois não passavam lado a lado no pequeno portão.Os dois sorriram sem graça e John cedeu. "Primeiro as damas".

Marguerite murmurou positiva e John saiu logo após, fechando o portão.

Assim que viraram a esquina, como flechas, Vera e José pularam o muro e foram saltitantes até a porta dos fundos.Pegaram a chave e torceram para que abrisse.E abriu.José puxou rapidamente Vera para dentro que fechou a porta com os pés.

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Marguerite e John pegaram o ônibus e estavam na porta do antigo cinema às 7:40h da noite.Já tinham comprado os bilhetes.O filme de título "¡Ai si mi Juanito cantara!" Era um drama de um velho senhor que tinha um passarinho de 20 anos que nunca cantou.John e Marguerite preferiram ver esse filme aos outros - todos pornôs.

John deixou Marguerite na sala onde o filme ia ser exibido e foi comprar pipoca e refrigerante.Voltou e sentou-se ao lado dela, que olhava para a sala escura procurando algo.

"Já voltei".

Marguerite ouviu isto e levou um susto virando para ver John sorrindo. "Que susto!".

"Me desculpe".

Ela sorriu também e se abanou.A sala estava praticamente vazia, e os dois sentaram-se em uma das fileiras centrais.O filme nacional começou.

John tentavam prestar atenção, mas era um tédio só.Olhava para Marguerite, com os grandes olhos vidrados nas cenas. "Nem o escuro conseguiu apagar sua beleza". Pensava consigo mesmo. Aconchegou-se um pouco mais perto dela a sua poltrona que olhou de rabo de olho. "Ai minha Santa, é agora que vou pro brejo".

Marguerite estava tão tensa que não se mexera.John se aproximou receoso, mas resolver fazer o que a muito queria.

"Quer pipoca?".

Marguerite soltou um grito e assustou John, que por sua vez jogou a pipoca para o alto.Uma chuva de queijo ralado misturado com a pipoca caiu sobre os dois que se olharam seriamente.

Segundos depois, não conseguiam parar de rir.A pipoca estava por todos os lados e os dois ali, rindo sem parar, com a sala só para os dois.

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Ao final do filme, que adquiriu um tom muito dramático.O velho senhor conseguiu fazer que seu passarinho desse um 'piu' antes de falecer.Marguerite se encheu de emoção e tomada por um súbito impulso, agarrou a mão de John que estava ao seu lado, mas sem tirar os olhos da tela.John olhou para as mãos juntas e seu coração acelerou mais uma vez.Olhou para Marguerite e sorriu, mas ela nem percebera, tomada pela emoção da cena final.Ele repousou delicadamente a outra mão sobre a dela, e quando ela olhou para John, seus rostos estavam a um centímetro do outro.

Como se estivessem sido segados, as luzes acenderam.Os dois colocaram-se corretamente em postura e os três ou quatro senhores e senhoras que haviam por ali, levantaram-se e saíram.

"Bem, acho que o filme acabou".

"Sim". Os dois sorriram e se levantaram.Saíram do cinema como vieram, de braços dados, e Marguerite comentando do filme e as cenas que considerou emocionantes.John ouvia com atenção.Não era o que dizia que ele se interessou e sim em seus gestos, e atitudes.Seu sorriso, principalmente.E fora direto para a rodoviária.

Continua...