Comments: Atendendo a pedidos, este capítulo será um pouco maior do que os
outros - Lady F. =)
Mary: viu??? Enganei até tu!!! Há há há! Lol...
Towanda:hehehe você vai ficar sem unhas a partir deste cap rs... =)!!!
Rosa: Rs, vc tá sumidona, estou com saudades! Hehehe, que nada foi esperteza mesmo, sabia que o povo ia cair matando em cima da 'primeira vez' dos dois rs... que bom que você gostou, e espero que goste deste também!
Spirita: Lol, calminha amiguinha, o tempo não atropela os acontecimentos rs... espero que fique feliz com esse cap. ou melhor que fique super animada com o próximo!!!E ai de vc se n continuar a ler!!!! Grrrrrrrrr!!! Rs... =)))
Nessa Reinehr:Pode deixar,a Vera vai ficar melhorzinha neste epi, he!O rbigada pelas palavras gentis, adorei sua review outra vez! Bem, saudades do Antonio? Que isso mulher!!!! Lol....
BEIJOKAXXX A TODOS!!! DIVIRTAM-SE!!!
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Santa Madalena – Capítulo Dezessete
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"Por favor, Vera, coma, está gostoso..." Marguerite insistia com o prato de comida na mão. "Sei que você gosta de legumes... E vai lhe fazer bem...".
"Vai trazer um filho para mim?" Questionava com os olhos vermelhos.As duas mulheres se olharam e ficaram em silêncio. "Então eu não vou comer!". Deitou-se novamente e botou as cobertas por cima da cabeça.O recado já estava dado.
Soledad sinalizou para a filha deixar o prato e sair.Marguerite concordou.Deixou o prato e deu um beijo em sua mãe e na amiga. "Tenho que ir trabalhar, John está me esperando... Venho correndo para casa, não se preocupem...".
Soledad balançou a cabeça e assistiu a filha sair, como nos últimos dias, preocupada.Ela havia contado para John, que ficara também estarrecido.Ele tentou localizar José, mas não estava em casa e nem no trabalho.Simplesmente, sumiu.
"Verinha... Ei... A vida continua querida! Apesar dos tropeços, temos que nos levantar e continuar caminhando" Dizia Soledad em um tom afetivo, acariciando a cabeça da moça. "... Não pode ficar em um quarto chorando, enquanto há pessoas e coisas novas lá for a sua espera...".
"Eu não quero ver ninguém...".
"Sei querida, foi apenas uma forma minha de expressar... Vera, você já é uma mulher, não é mais aquela menininha que corria e brincava de bolinha de gude na rua. Você cresceu e agora tem que encarar os problemas de frente... Sei como é isto, você não está se sentindo bem, claro, mas olhe por outro lado. Nós mulheres, hoje em dia temos muito no que trabalhar para sermos valorizadas e termos uma vida digna... Somos corajosas, e por mais que passemos por momentos difíceis não podemos nos deixar abater! Não é o fim do mundo...".
Vera saiu de baixo das cobertas secando as lágrimas.Sentou-se e encarou à senhora que levemente sorria. "Acabou o meu mundo".
"Não, não acabou, sua vida só está começando querida... Pense bem... Só se vive uma vez".
Vera suspirou e olhou para baixo.Parecia refletir muito. "Onde está José?".
Dona Soledad abriu a boca para dizer alguma coisa – que nem ela sabia o quê – quando o telefone tocou. "Já volto".
.........................................
"Trabalho? Mas estou no dia de folga!". Soledad estava inconformada com a notícia de uma lavadeira de que iria ter que voltar para Mérida para trabalhar.
"É que... Que... Recebemos uma encomenda... Uma encomenda grande".
"Encomenda? Mas não tínhamos clientes novos para os próximos meses! E há essas horas? São quase oito horas".
"Ah... Isso eu não sei, mas tem que voltar rápido, temos muito trabalho a fazer!". A voz aflita do outro lado da linha estava deixando Soledad nervosa.
"Mas..." Antes que ela pudesse protestar esta estranha chamada telefônica ou ao menos saber de quem era aquela voz que nunca ouvira antes, o telefone do outro lado havia batido nervosamente no gancho. "Ora essa!" Soledad balançou a cabeça negativamente.
Alguém batia a porta. Soledad abriu e surpreendeu-se.
.......................................
"Marguerite... Estive pensando... Eles nunca pensaram em adotar uma criança?".
Como se uma luz estivesse iluminado sua face, Marguerite sorriu como a muito não fazia. "É isso!".
"Isso o que?" Perguntou intrigado o homem que secava as louças.
"Eles não pensaram nisso até agora!... Deus! É tão simples, estava a nossa frente e não enxergamos! É isso, adoção!!!". Marguerite sorriu e abraçou John agradecida. "Muito obrigada John!!! Você salvou o casamento de Verinha, Obrigada!!!".
"Ora, só dei uma sugestão, simples, mas que parece ser a saída perfeita!". Os dois agora comemoravam felizes.Ainda abraçados, Marguerite se afastou um pouco e sorriu face a face com John. "Temos que dizer isso o quanto antes a ela, John!".
"Bem, então o que estamos fazendo parados aqui, vamos logo contar as boas novas a Vera!".
Uma frase certa e ao mesmo tempo incerta fez com que se observassem alguns segundos e olhassem para si mesmos.Estavam colados e se afastaram um pouco envergonhados.
"Eh... Vou pegar um casaco... Vá fechando as janelas" John disse enquanto entrava pela porta de sua casa.
Marguerite fez o que ele pediu e logo depois, seguiam sob o céu estrelado de Madalena, rumo a casa dela.
...........................................
"Posso entrar?" Com um tom baixo e cheio de angústia no olhar, José estava diante da senhora pasma.Emagrecido alguns quilos, com olheiras e um hálito pavoroso de Tequila, José estava mal vestido e parecia perdido.
Soledad balançou a cabeça e abriu caminho para ele entrar.Ela fechou a porta e observou o homem que parecia procurar algo em silêncio.Ele começou.
"Antes que me faça alguma pergunta... Estive por aí..." Disse arrastando as palavras. "Onde está Vera? Na casa dela não tem ninguém".
"Quem você pensa que é para deixar sua futura esposa andando sozinha por aí sem ao menos dar sinal de vida?".
"Onde eu estive só tive direito a fazer um telefonema... Agradeça por eu estar aqui, de pé e vivo...".
Soledad reparou que ele mantinha-se sentado, mas deixou que prosseguisse.
"... Todos esses dias, hora em hora, minuto a minuto, eu não deixei de pensar em Verinha... Quando voltava para casa, ou melhor, quando ia para o bar do Cortez, não lembro de mais nada, a não ser quando eu acordei na delegacia...".
Soledad enrugou as sobrancelhas. "Delegacia?".
"É..." coçou a cabeça num gesto familiar. "Aí, estava no meio daqueles gordos e fedidos com roupas de zebras... Quando vi Antônio entrar e sair, com uma touca preta...".
"Antônio? O que ele fazia por lá?".
"Eu sei lá!" Gesticulou com as mãos e deu os ombros. "Vai ver que foi pedir alguma informação... Aí uns minutos depois eu fui carregado pra fora de lá...".
"José, tem certeza de que era ele?".
José contou os dedos na mão e se fez ficar sério. "Sim, era aquele safado sim, eu conheceria aquele jeitão de andar até debaixo d'água...".
"Muito estranho" foi o que ela pensou de imediato.Nem foi preciso dizer mais nada, via-se pela sua expressão que não gostou daquela conversa.Sabia que José era mentiroso e que contava boas estórias, mas ela sabia quando ele dizia a verdade.Só que não podia levar em consideração seu estado, poderia muito bem estar bêbado ou algo parecido.Mas sabendo tudo o que sabia a respeito daquele homem obscuro ela não precisou ter provas para acreditar nas palavras de José.
Interrompendo seus pensamentos, José se levantou um pouco bambo. "Onde está a Vera, precisamos conversar...".
"...Está dormindo".Interrompeu.
"Não..." Uma voz familiar veio do alto da pequena escada interrompendo a senhora de cabelos negros. "Já acordei". Vera descia com um penhoar florido de Marguerite.
Soledad abaixou a cabeça e fechou os olhos em devoção. "Ilumina minha Santa, ilumina!". Quando ia saindo para a cozinha, Vera a segurou pelo braço gentilmente. "Pode ficar aqui tia...".
José não tirou os olhos dela em nenhum momento.Chegou a suspirar quando a viu. "Senti sua falta meu chuchu...".
"... Não me venha com papo furado José..." Interrompeu ela severamente, porém sem se alterar. "O que você quer?".
"Eu vim para ver você".
"Estou aqui!" Ela abriu os braços e os abaixou batendo na cintura. "Já me viu? Pronto, agora pode ir...".
"... Eu sei que estive afastado, mas não foi minha culpa, não foi de propósito...".
"Ah claro, sempre! Nunca é sua culpa! Perde o dinheiro do aluguel e também não é sua culpa, enche a cara no bar e não é sua culpa, me larga aqui como um trapo velho que não serve pra nada e não é sua culpa também! Sabe, já estou farta de todas as suas desculpas...".
"Mas não é desculpa Verinha, eu disse agora mesmo para a tia e...".
"... Olha, já disse e não quero voltar atrás José... Por mais incrível ou difícil que possa parecer eu te amo, muito... Por isso mesmo acho melhor nós... Nós seguirmos nosso caminho...". José sorria. "... Separados".
Com voz um pouco tremida ela fechou a boca antes que pudesse falar mais coisas para José.O sorriso dele diminuiu e seus olhos se encheram d'água.
"Não, não Vera, não pode fazer isso".
"Posso e vou... Você tem o direito de seguir sua vida sem mim, encontrar... alguém que possa lhe dar, filhos, que tanto quis...". Ela desviou o olhar e prendendo os lábios as lágrimas desceram uma por vez.
José incrédulo permanecia parado ouvindo aquilo tudo. "Acho melhor vocês conversarem em uma outra hora...". Soledad tentou amenizar.
"Vera... Eu te amo e você sabe disso... Você é a única que eu quero para ser a minha esposa, e não quero outra... Que não tenhamos filhos, no entanto que eu tenha você ao meu lado! Ouviu o que eu disse? Eu te amo!!! Você foi o meu primeiro amor e sempre vai ser!".
Vera agora não conteve as lágrimas. "Mas eu não posso lhe dar o que você sempre sonhou! Como vai ser feliz do meu lado?".
"Já disse que com você não importa se tenho filhos, dinheiro, Tequila ou outra coisa... É de você que eu preciso!".
Nesse instante Marguerite entrou devagar, seguida por John na sala. Viu José ajoelhado aos pés de Vera e não acreditou.João expressou surpresa, mas a cena não deixava de ser bonita.Ficaram em silêncio, e nem mesmo Soledad os percebeu.
De dentro do bolso, José parecia procurar alguma coisa.Os dois se olhavam de um jeito único.Ele pegou sua mão e beijou.Depois sem perceber, tirou alguma coisa do bolso e sorriu. "Comprei isto para você...".
Ele colocou o anel no dedo fino dela, e como se não acreditasse, ela olhou para suas mãos, mas torceu o nariz.Aproximou o dedo com o anel perto dos olhos não parecendo acreditar no que via.
"Vale uma figurinha do Bob Esponja??? " Leu no anel de plástico azul com um enorme quadrado amarelo escrito em letras rosas.
José balançou a cabeça rapidamente e tomou o anel errado de Vera.Sorriu vermelho de vergonha. "Opa... anel errado, esse é meu...".
Enfiou de novo a mão no bolso e desta vez tirou um simples anel dourado com uma pequena pedrinha que 'parecia' uma se fosse arrancar suspiros dos três que assistiam a cena, ela olhou para eles e em meio de soluços sorriu.
Marguerite via a cena e, por emoção, encheu-se de lágrimas e instintivamente, apertou o braço de John, onde estava feito grude. John gostou daquela manifestação, por mais imperceptível que fosse.
Rapidamente se ajoelhou e abraçou José. "Pensei que você não me amasse mais, que tivesse me abandonado pra sempre, que tivesse encontrado alguma vagabunda, que estivesse se divertindo jogando sinuca com seus colegas pés de cana, que estivesse morto, ou preso...".
"... Essa última aí, bem, eu acho que foi verdade, as outras não... Mas isso não importa!".
Finalmente José e Vera fizeram as pazes.
"Isso é ótimo, merece uma comemoração!" John sorriu junto com os outros.
"Sim, viva os noivos!!!" Marguerite gritou feliz e eles em coram gritaram 'viva!'. Virou-se para John enquanto sua mãe abraçava os dois noivos. "Acho que podemos dar a notícia agora?".
"Deixe-a para quando estourarmos a Cidra!". (Cidra não é uma dos patrocinadores desta Fic! =7 ).
Ela sorriu e seus olhos brilharam como nunca. Ele delicadamente tirou um cacho que cobria um pouco seu rosto e sorriu. John e Marguerite se olharam e permaneceram alguns destes segundos profundamente mergulhados em seus olhares.Distantes da realidade, eles sorriam discretamente um para o outro.
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"Não, não vou poder ficar mais querido, recebi um telefonema de Mérida, mais trabalho".
"Mas não pode deixar pra amanhã?". John insistiu.
"Não, do jeito que a moça falou aflita ao telefone a encomenda é muito grande...".
"Oh, que pena...".
"Não, não se preocupe, já fiz o que tinha que fazer por aqui, pelo menos por hoje..." Ela sorriu e olhou Vera e José sentados no sofá conversando e sorrindo, com melhores expressões.
John sorriu para a senhora simpática já de sacolas prontas para partir.
Instantes depois, Marguerite veio da cozinha de mãos vazias. "Acabaram todas as bebidas!".
Um desânimo apareceu em todos, mas não era tão importante, poderiam comemorar apenas ficando unidos esta noite.
"Bem, se quiser eu tenho bastante no restaurante, podemos ir lá e pegar algumas garrafas, não é longe...".
"Não precisa gente!" Vera disse aparentando melhora.
"Precisa sim, hoje é um dia muito especial... John, pode ir buscar..." José gesticulou ainda um pouco tonto.
"Certo, não demoro...".
"Oh, então aproveitarei a sua companhia meu filho e vou caminhando para a rodoviária".
"Será um prazer" Disse ele pegando a outra sacola.
"Eu quero acompanhar você madre, assim John não volta sozinho para cá... E não adianta dizer que não precisa, pois eu vou assim mesmo...".
"Pode ir Margie..." Vera cutucou José, que mais uma vez não entendeu. "Nós ficaremos aqui esperando vocês".
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"Dona Soledad, tem certeza que não quer que eu a leve para a rodoviária?".
"Bobagem meu filho, não estamos longe, é na outra rua...".
"Madre, não seja teimosa...". Marguerite disse sabendo que não ia ter efeito algum.
John e Marguerite se despediram e ficaram olhando a senhora virar a esquina tranqüilamente.Já estavam muito próximos à lanchonete e a lua cheia iluminava as ruas estreitas.
John abriu a porta da lanchonete e acendeu a luz, deu lugar para Marguerite entrar, fechando a porta.
.........................................
Dona Soledad seguia tranqüila pela pequena rua perto a rodoviária.Andava depressa, por mais que estivesse perto temia algum pivete arrancar-lhe a bolsa.Por segurança, guardava o dinheiro no de família.
Sentiu estar sendo seguida.Olhou para trás disfarçadamente, mas não viu ninguém, apenas a escuridão da rua deixada para trás.Tentou desviar o pensamento, mas alguma coisa não a deixava seguir em paz.Apertou o passo.
Alguns minutos depois, um carro parou ao seu lado.Ela não parou e seguiu em frente.
"Ei señora... ¿Dónde yo puedo encontrar una farmacia aquí?".
Uma voz juvenil e doce a surpreendeu.Ela respirou aliviada e olhou para trás a fim de ver quem era.
Um rápido golpe acertou em cheio sua cabeça.Dois homens a carregaram e a botaram no banco de trás do carro branco.No banco da frente, um deles certeza a enganaram imitando uma voz infantil.
No volante, uma mulher se mantinha fria, com óculos escuros e um batom vermelho.Tinha os olhos na estrada, enquanto pisava fundo no acelerador, saindo as pressas dali antes que pudessem ser vistos.
"Eu disse que você ia me pagar queridinha..." O homem ao lado da mulher sorriu discretamente em meio de seus pensamentos, enquanto olhava um mapa. "Para o sul".
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Vera acariciava a gata Marry de sua amiga enquanto ouvia José lhe contar algumas histórias de quando ficou afastado dela.Olhou para o relógio que marcava 8:32.
"José, eles estão demorando...". O homem olhou para o relógio e com um pouco de dificuldade viu a hora. "Que isso, eles já devem estar voltando, não liga não... Mas, aí, como eu estava falando, o cara chegou e me disse que eu era parecido com o Gael...".
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Marguerite estava abaixada olhando o armário cheio de garrafas contendo bebidas.Estava em dúvida, eram muitas.Achou melhor pedir a ajuda de John.
Levantou-se e virou, para dar de cara com ele. "Opa..." Sorriram como crianças. "Bem, qual delas escolher?".
Novamente, os dois estavam frente a frente.John deu os ombros. "Não sei, você faz isso melhor do que eu...".
"O que eu faço melhor do que você?". Um olhar expressivo e um silêncio sugestivo tomaram conta do lugar enquanto ela prendia um sorriso que brotava de seus lábios.John olhava para cima a fim de achar alguma resposta a altura.
"Hum... Você dança melhor do que eu, e sabe como fazer um drink como ninguém... A escolha é sua...".
Quando ele tocou na palavra dança Marguerite soltou o riso como a muito não fazia.
"Não acredito que ainda lembra daquilo!" Ela botou a mão escondendo a face ruborizada.
"Ah Marguerite, acredite, nem que passasse um milhão de anos eu não esqueceria... de como você dança bem".
"Que isso!" Sorriu ela.Eles se afastaram um pouco e o silêncio novamente tomou conta do local.
De repente, John levantou o dedo indicador sugestivamente. "É impressão minha ou estou ouvindo...".
Antes que ele pudesse completar a frase Marguerite notou o tom divertido que enfeitou a face daquele homem a sua frente e interviu. "Não, você não está ouvindo nada...".
"Não, resposta errada... Estou ouvindo sim, e me parece muito bem a mesma música que tocou em sua casa aquele dia...".
"Oh não, você está sonhando John!". Ela tentou disfarçar.
Ouviam sim a mesma música em que Marguerite dançou praticamente sozinha na sala de sua casa, no dia do almoço de família.John sorriu divertidamente como se dissesse o que ela entendeu sem precisar ouvir a frase.
"Não vou dançar, eu tenho vergonha!" Ela sorriu divertidamente e se afastou de John que estava com um ar muito humorístico.
"Só um pouco!!! Prometo não olhar..." Ele colocou a palma de suas mãos a frente dos olhos e abriu um pouco os dedos.Sabia que era difícil aquela cena se repetir ali, mas não custava tentar.Daria tudo para vê-la dançar novamente.
Marguerite ficou tímida e balançava a cabeça não acreditando.
John caminhou um pouco e sinalizou para ela esperar ali.Ela o seguiu com o olhar e como um raio aquele sonho perturbador iluminou sua mente.Um frio percorreu sua espinha e ela fechou os olhos, conseguindo afastar aquelas cenas altamente sensuais.
John havia ligado o rádio e sintonizou até achar a música.Aumentou e sem perceber, estava olhando em seus lindos olhos profundamente.Marguerite sentiu como se estivesse nua, como se ele pudesse ver através de sua roupa, sua pele já suando.
Ela sorriu sensualmente, mas não percebendo isto.
Deu alguns passos para trás enquanto John se aproximava devagar.Ela se viu sem saída e sua respiração ofegante se confundiu com a dele, bem próximo a ela.Havia uma parede por trás de seu corpo e por um instante sentiu-se como estivesse embriagada.
Ele esticou os braços passando ao seu lado, sem a encostar.As luzes se apagaram e ele se afastou um pouco. Chegando perto de seu ouvindo, disse provocante "Eu disse que não ia ver".
CONTINUA...
Mary: viu??? Enganei até tu!!! Há há há! Lol...
Towanda:hehehe você vai ficar sem unhas a partir deste cap rs... =)!!!
Rosa: Rs, vc tá sumidona, estou com saudades! Hehehe, que nada foi esperteza mesmo, sabia que o povo ia cair matando em cima da 'primeira vez' dos dois rs... que bom que você gostou, e espero que goste deste também!
Spirita: Lol, calminha amiguinha, o tempo não atropela os acontecimentos rs... espero que fique feliz com esse cap. ou melhor que fique super animada com o próximo!!!E ai de vc se n continuar a ler!!!! Grrrrrrrrr!!! Rs... =)))
Nessa Reinehr:Pode deixar,a Vera vai ficar melhorzinha neste epi, he!O rbigada pelas palavras gentis, adorei sua review outra vez! Bem, saudades do Antonio? Que isso mulher!!!! Lol....
BEIJOKAXXX A TODOS!!! DIVIRTAM-SE!!!
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Santa Madalena – Capítulo Dezessete
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"Por favor, Vera, coma, está gostoso..." Marguerite insistia com o prato de comida na mão. "Sei que você gosta de legumes... E vai lhe fazer bem...".
"Vai trazer um filho para mim?" Questionava com os olhos vermelhos.As duas mulheres se olharam e ficaram em silêncio. "Então eu não vou comer!". Deitou-se novamente e botou as cobertas por cima da cabeça.O recado já estava dado.
Soledad sinalizou para a filha deixar o prato e sair.Marguerite concordou.Deixou o prato e deu um beijo em sua mãe e na amiga. "Tenho que ir trabalhar, John está me esperando... Venho correndo para casa, não se preocupem...".
Soledad balançou a cabeça e assistiu a filha sair, como nos últimos dias, preocupada.Ela havia contado para John, que ficara também estarrecido.Ele tentou localizar José, mas não estava em casa e nem no trabalho.Simplesmente, sumiu.
"Verinha... Ei... A vida continua querida! Apesar dos tropeços, temos que nos levantar e continuar caminhando" Dizia Soledad em um tom afetivo, acariciando a cabeça da moça. "... Não pode ficar em um quarto chorando, enquanto há pessoas e coisas novas lá for a sua espera...".
"Eu não quero ver ninguém...".
"Sei querida, foi apenas uma forma minha de expressar... Vera, você já é uma mulher, não é mais aquela menininha que corria e brincava de bolinha de gude na rua. Você cresceu e agora tem que encarar os problemas de frente... Sei como é isto, você não está se sentindo bem, claro, mas olhe por outro lado. Nós mulheres, hoje em dia temos muito no que trabalhar para sermos valorizadas e termos uma vida digna... Somos corajosas, e por mais que passemos por momentos difíceis não podemos nos deixar abater! Não é o fim do mundo...".
Vera saiu de baixo das cobertas secando as lágrimas.Sentou-se e encarou à senhora que levemente sorria. "Acabou o meu mundo".
"Não, não acabou, sua vida só está começando querida... Pense bem... Só se vive uma vez".
Vera suspirou e olhou para baixo.Parecia refletir muito. "Onde está José?".
Dona Soledad abriu a boca para dizer alguma coisa – que nem ela sabia o quê – quando o telefone tocou. "Já volto".
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"Trabalho? Mas estou no dia de folga!". Soledad estava inconformada com a notícia de uma lavadeira de que iria ter que voltar para Mérida para trabalhar.
"É que... Que... Recebemos uma encomenda... Uma encomenda grande".
"Encomenda? Mas não tínhamos clientes novos para os próximos meses! E há essas horas? São quase oito horas".
"Ah... Isso eu não sei, mas tem que voltar rápido, temos muito trabalho a fazer!". A voz aflita do outro lado da linha estava deixando Soledad nervosa.
"Mas..." Antes que ela pudesse protestar esta estranha chamada telefônica ou ao menos saber de quem era aquela voz que nunca ouvira antes, o telefone do outro lado havia batido nervosamente no gancho. "Ora essa!" Soledad balançou a cabeça negativamente.
Alguém batia a porta. Soledad abriu e surpreendeu-se.
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"Marguerite... Estive pensando... Eles nunca pensaram em adotar uma criança?".
Como se uma luz estivesse iluminado sua face, Marguerite sorriu como a muito não fazia. "É isso!".
"Isso o que?" Perguntou intrigado o homem que secava as louças.
"Eles não pensaram nisso até agora!... Deus! É tão simples, estava a nossa frente e não enxergamos! É isso, adoção!!!". Marguerite sorriu e abraçou John agradecida. "Muito obrigada John!!! Você salvou o casamento de Verinha, Obrigada!!!".
"Ora, só dei uma sugestão, simples, mas que parece ser a saída perfeita!". Os dois agora comemoravam felizes.Ainda abraçados, Marguerite se afastou um pouco e sorriu face a face com John. "Temos que dizer isso o quanto antes a ela, John!".
"Bem, então o que estamos fazendo parados aqui, vamos logo contar as boas novas a Vera!".
Uma frase certa e ao mesmo tempo incerta fez com que se observassem alguns segundos e olhassem para si mesmos.Estavam colados e se afastaram um pouco envergonhados.
"Eh... Vou pegar um casaco... Vá fechando as janelas" John disse enquanto entrava pela porta de sua casa.
Marguerite fez o que ele pediu e logo depois, seguiam sob o céu estrelado de Madalena, rumo a casa dela.
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"Posso entrar?" Com um tom baixo e cheio de angústia no olhar, José estava diante da senhora pasma.Emagrecido alguns quilos, com olheiras e um hálito pavoroso de Tequila, José estava mal vestido e parecia perdido.
Soledad balançou a cabeça e abriu caminho para ele entrar.Ela fechou a porta e observou o homem que parecia procurar algo em silêncio.Ele começou.
"Antes que me faça alguma pergunta... Estive por aí..." Disse arrastando as palavras. "Onde está Vera? Na casa dela não tem ninguém".
"Quem você pensa que é para deixar sua futura esposa andando sozinha por aí sem ao menos dar sinal de vida?".
"Onde eu estive só tive direito a fazer um telefonema... Agradeça por eu estar aqui, de pé e vivo...".
Soledad reparou que ele mantinha-se sentado, mas deixou que prosseguisse.
"... Todos esses dias, hora em hora, minuto a minuto, eu não deixei de pensar em Verinha... Quando voltava para casa, ou melhor, quando ia para o bar do Cortez, não lembro de mais nada, a não ser quando eu acordei na delegacia...".
Soledad enrugou as sobrancelhas. "Delegacia?".
"É..." coçou a cabeça num gesto familiar. "Aí, estava no meio daqueles gordos e fedidos com roupas de zebras... Quando vi Antônio entrar e sair, com uma touca preta...".
"Antônio? O que ele fazia por lá?".
"Eu sei lá!" Gesticulou com as mãos e deu os ombros. "Vai ver que foi pedir alguma informação... Aí uns minutos depois eu fui carregado pra fora de lá...".
"José, tem certeza de que era ele?".
José contou os dedos na mão e se fez ficar sério. "Sim, era aquele safado sim, eu conheceria aquele jeitão de andar até debaixo d'água...".
"Muito estranho" foi o que ela pensou de imediato.Nem foi preciso dizer mais nada, via-se pela sua expressão que não gostou daquela conversa.Sabia que José era mentiroso e que contava boas estórias, mas ela sabia quando ele dizia a verdade.Só que não podia levar em consideração seu estado, poderia muito bem estar bêbado ou algo parecido.Mas sabendo tudo o que sabia a respeito daquele homem obscuro ela não precisou ter provas para acreditar nas palavras de José.
Interrompendo seus pensamentos, José se levantou um pouco bambo. "Onde está a Vera, precisamos conversar...".
"...Está dormindo".Interrompeu.
"Não..." Uma voz familiar veio do alto da pequena escada interrompendo a senhora de cabelos negros. "Já acordei". Vera descia com um penhoar florido de Marguerite.
Soledad abaixou a cabeça e fechou os olhos em devoção. "Ilumina minha Santa, ilumina!". Quando ia saindo para a cozinha, Vera a segurou pelo braço gentilmente. "Pode ficar aqui tia...".
José não tirou os olhos dela em nenhum momento.Chegou a suspirar quando a viu. "Senti sua falta meu chuchu...".
"... Não me venha com papo furado José..." Interrompeu ela severamente, porém sem se alterar. "O que você quer?".
"Eu vim para ver você".
"Estou aqui!" Ela abriu os braços e os abaixou batendo na cintura. "Já me viu? Pronto, agora pode ir...".
"... Eu sei que estive afastado, mas não foi minha culpa, não foi de propósito...".
"Ah claro, sempre! Nunca é sua culpa! Perde o dinheiro do aluguel e também não é sua culpa, enche a cara no bar e não é sua culpa, me larga aqui como um trapo velho que não serve pra nada e não é sua culpa também! Sabe, já estou farta de todas as suas desculpas...".
"Mas não é desculpa Verinha, eu disse agora mesmo para a tia e...".
"... Olha, já disse e não quero voltar atrás José... Por mais incrível ou difícil que possa parecer eu te amo, muito... Por isso mesmo acho melhor nós... Nós seguirmos nosso caminho...". José sorria. "... Separados".
Com voz um pouco tremida ela fechou a boca antes que pudesse falar mais coisas para José.O sorriso dele diminuiu e seus olhos se encheram d'água.
"Não, não Vera, não pode fazer isso".
"Posso e vou... Você tem o direito de seguir sua vida sem mim, encontrar... alguém que possa lhe dar, filhos, que tanto quis...". Ela desviou o olhar e prendendo os lábios as lágrimas desceram uma por vez.
José incrédulo permanecia parado ouvindo aquilo tudo. "Acho melhor vocês conversarem em uma outra hora...". Soledad tentou amenizar.
"Vera... Eu te amo e você sabe disso... Você é a única que eu quero para ser a minha esposa, e não quero outra... Que não tenhamos filhos, no entanto que eu tenha você ao meu lado! Ouviu o que eu disse? Eu te amo!!! Você foi o meu primeiro amor e sempre vai ser!".
Vera agora não conteve as lágrimas. "Mas eu não posso lhe dar o que você sempre sonhou! Como vai ser feliz do meu lado?".
"Já disse que com você não importa se tenho filhos, dinheiro, Tequila ou outra coisa... É de você que eu preciso!".
Nesse instante Marguerite entrou devagar, seguida por John na sala. Viu José ajoelhado aos pés de Vera e não acreditou.João expressou surpresa, mas a cena não deixava de ser bonita.Ficaram em silêncio, e nem mesmo Soledad os percebeu.
De dentro do bolso, José parecia procurar alguma coisa.Os dois se olhavam de um jeito único.Ele pegou sua mão e beijou.Depois sem perceber, tirou alguma coisa do bolso e sorriu. "Comprei isto para você...".
Ele colocou o anel no dedo fino dela, e como se não acreditasse, ela olhou para suas mãos, mas torceu o nariz.Aproximou o dedo com o anel perto dos olhos não parecendo acreditar no que via.
"Vale uma figurinha do Bob Esponja??? " Leu no anel de plástico azul com um enorme quadrado amarelo escrito em letras rosas.
José balançou a cabeça rapidamente e tomou o anel errado de Vera.Sorriu vermelho de vergonha. "Opa... anel errado, esse é meu...".
Enfiou de novo a mão no bolso e desta vez tirou um simples anel dourado com uma pequena pedrinha que 'parecia' uma se fosse arrancar suspiros dos três que assistiam a cena, ela olhou para eles e em meio de soluços sorriu.
Marguerite via a cena e, por emoção, encheu-se de lágrimas e instintivamente, apertou o braço de John, onde estava feito grude. John gostou daquela manifestação, por mais imperceptível que fosse.
Rapidamente se ajoelhou e abraçou José. "Pensei que você não me amasse mais, que tivesse me abandonado pra sempre, que tivesse encontrado alguma vagabunda, que estivesse se divertindo jogando sinuca com seus colegas pés de cana, que estivesse morto, ou preso...".
"... Essa última aí, bem, eu acho que foi verdade, as outras não... Mas isso não importa!".
Finalmente José e Vera fizeram as pazes.
"Isso é ótimo, merece uma comemoração!" John sorriu junto com os outros.
"Sim, viva os noivos!!!" Marguerite gritou feliz e eles em coram gritaram 'viva!'. Virou-se para John enquanto sua mãe abraçava os dois noivos. "Acho que podemos dar a notícia agora?".
"Deixe-a para quando estourarmos a Cidra!". (Cidra não é uma dos patrocinadores desta Fic! =7 ).
Ela sorriu e seus olhos brilharam como nunca. Ele delicadamente tirou um cacho que cobria um pouco seu rosto e sorriu. John e Marguerite se olharam e permaneceram alguns destes segundos profundamente mergulhados em seus olhares.Distantes da realidade, eles sorriam discretamente um para o outro.
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"Não, não vou poder ficar mais querido, recebi um telefonema de Mérida, mais trabalho".
"Mas não pode deixar pra amanhã?". John insistiu.
"Não, do jeito que a moça falou aflita ao telefone a encomenda é muito grande...".
"Oh, que pena...".
"Não, não se preocupe, já fiz o que tinha que fazer por aqui, pelo menos por hoje..." Ela sorriu e olhou Vera e José sentados no sofá conversando e sorrindo, com melhores expressões.
John sorriu para a senhora simpática já de sacolas prontas para partir.
Instantes depois, Marguerite veio da cozinha de mãos vazias. "Acabaram todas as bebidas!".
Um desânimo apareceu em todos, mas não era tão importante, poderiam comemorar apenas ficando unidos esta noite.
"Bem, se quiser eu tenho bastante no restaurante, podemos ir lá e pegar algumas garrafas, não é longe...".
"Não precisa gente!" Vera disse aparentando melhora.
"Precisa sim, hoje é um dia muito especial... John, pode ir buscar..." José gesticulou ainda um pouco tonto.
"Certo, não demoro...".
"Oh, então aproveitarei a sua companhia meu filho e vou caminhando para a rodoviária".
"Será um prazer" Disse ele pegando a outra sacola.
"Eu quero acompanhar você madre, assim John não volta sozinho para cá... E não adianta dizer que não precisa, pois eu vou assim mesmo...".
"Pode ir Margie..." Vera cutucou José, que mais uma vez não entendeu. "Nós ficaremos aqui esperando vocês".
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"Dona Soledad, tem certeza que não quer que eu a leve para a rodoviária?".
"Bobagem meu filho, não estamos longe, é na outra rua...".
"Madre, não seja teimosa...". Marguerite disse sabendo que não ia ter efeito algum.
John e Marguerite se despediram e ficaram olhando a senhora virar a esquina tranqüilamente.Já estavam muito próximos à lanchonete e a lua cheia iluminava as ruas estreitas.
John abriu a porta da lanchonete e acendeu a luz, deu lugar para Marguerite entrar, fechando a porta.
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Dona Soledad seguia tranqüila pela pequena rua perto a rodoviária.Andava depressa, por mais que estivesse perto temia algum pivete arrancar-lhe a bolsa.Por segurança, guardava o dinheiro no de família.
Sentiu estar sendo seguida.Olhou para trás disfarçadamente, mas não viu ninguém, apenas a escuridão da rua deixada para trás.Tentou desviar o pensamento, mas alguma coisa não a deixava seguir em paz.Apertou o passo.
Alguns minutos depois, um carro parou ao seu lado.Ela não parou e seguiu em frente.
"Ei señora... ¿Dónde yo puedo encontrar una farmacia aquí?".
Uma voz juvenil e doce a surpreendeu.Ela respirou aliviada e olhou para trás a fim de ver quem era.
Um rápido golpe acertou em cheio sua cabeça.Dois homens a carregaram e a botaram no banco de trás do carro branco.No banco da frente, um deles certeza a enganaram imitando uma voz infantil.
No volante, uma mulher se mantinha fria, com óculos escuros e um batom vermelho.Tinha os olhos na estrada, enquanto pisava fundo no acelerador, saindo as pressas dali antes que pudessem ser vistos.
"Eu disse que você ia me pagar queridinha..." O homem ao lado da mulher sorriu discretamente em meio de seus pensamentos, enquanto olhava um mapa. "Para o sul".
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Vera acariciava a gata Marry de sua amiga enquanto ouvia José lhe contar algumas histórias de quando ficou afastado dela.Olhou para o relógio que marcava 8:32.
"José, eles estão demorando...". O homem olhou para o relógio e com um pouco de dificuldade viu a hora. "Que isso, eles já devem estar voltando, não liga não... Mas, aí, como eu estava falando, o cara chegou e me disse que eu era parecido com o Gael...".
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Marguerite estava abaixada olhando o armário cheio de garrafas contendo bebidas.Estava em dúvida, eram muitas.Achou melhor pedir a ajuda de John.
Levantou-se e virou, para dar de cara com ele. "Opa..." Sorriram como crianças. "Bem, qual delas escolher?".
Novamente, os dois estavam frente a frente.John deu os ombros. "Não sei, você faz isso melhor do que eu...".
"O que eu faço melhor do que você?". Um olhar expressivo e um silêncio sugestivo tomaram conta do lugar enquanto ela prendia um sorriso que brotava de seus lábios.John olhava para cima a fim de achar alguma resposta a altura.
"Hum... Você dança melhor do que eu, e sabe como fazer um drink como ninguém... A escolha é sua...".
Quando ele tocou na palavra dança Marguerite soltou o riso como a muito não fazia.
"Não acredito que ainda lembra daquilo!" Ela botou a mão escondendo a face ruborizada.
"Ah Marguerite, acredite, nem que passasse um milhão de anos eu não esqueceria... de como você dança bem".
"Que isso!" Sorriu ela.Eles se afastaram um pouco e o silêncio novamente tomou conta do local.
De repente, John levantou o dedo indicador sugestivamente. "É impressão minha ou estou ouvindo...".
Antes que ele pudesse completar a frase Marguerite notou o tom divertido que enfeitou a face daquele homem a sua frente e interviu. "Não, você não está ouvindo nada...".
"Não, resposta errada... Estou ouvindo sim, e me parece muito bem a mesma música que tocou em sua casa aquele dia...".
"Oh não, você está sonhando John!". Ela tentou disfarçar.
Ouviam sim a mesma música em que Marguerite dançou praticamente sozinha na sala de sua casa, no dia do almoço de família.John sorriu divertidamente como se dissesse o que ela entendeu sem precisar ouvir a frase.
"Não vou dançar, eu tenho vergonha!" Ela sorriu divertidamente e se afastou de John que estava com um ar muito humorístico.
"Só um pouco!!! Prometo não olhar..." Ele colocou a palma de suas mãos a frente dos olhos e abriu um pouco os dedos.Sabia que era difícil aquela cena se repetir ali, mas não custava tentar.Daria tudo para vê-la dançar novamente.
Marguerite ficou tímida e balançava a cabeça não acreditando.
John caminhou um pouco e sinalizou para ela esperar ali.Ela o seguiu com o olhar e como um raio aquele sonho perturbador iluminou sua mente.Um frio percorreu sua espinha e ela fechou os olhos, conseguindo afastar aquelas cenas altamente sensuais.
John havia ligado o rádio e sintonizou até achar a música.Aumentou e sem perceber, estava olhando em seus lindos olhos profundamente.Marguerite sentiu como se estivesse nua, como se ele pudesse ver através de sua roupa, sua pele já suando.
Ela sorriu sensualmente, mas não percebendo isto.
Deu alguns passos para trás enquanto John se aproximava devagar.Ela se viu sem saída e sua respiração ofegante se confundiu com a dele, bem próximo a ela.Havia uma parede por trás de seu corpo e por um instante sentiu-se como estivesse embriagada.
Ele esticou os braços passando ao seu lado, sem a encostar.As luzes se apagaram e ele se afastou um pouco. Chegando perto de seu ouvindo, disse provocante "Eu disse que não ia ver".
CONTINUA...
