MEU VERDADEIRO AMOR
Disclaimer: Isso é uma obra de ficção. Algumas personagens e lugares citados pertencem à J. K. Rowling e foram usados sem permissão. Essa história foi escrita sem fins lucrativos. Qualquer transgressão a marcas registradas não é intencional. Outras citações serão feitas quando necessário.
Noite na Enfermaria
Enquanto Harry se levantava, pensava a sorte que era não ter ninguém vagando pela escola ainda. Com certeza a última coisa de que precisava eram gozações de colegas.
"Afinal, o que tem de tão importante para falar com aquele velho gagá que nem ao menos se dá ao trabalho de prestar atenção no caminho que está fazendo?" Perguntou Malfoy utilizando todo o cinismo que conseguiu reunir.
"Faça um favor a si mesmo e cale a boca, antes que acabe sem dentes nela" Retrucou Harry sem nem um pingo de paciência restante "E nunca mais, nunca mais, chame Dumbledore de velho gagá."
E sem dizer mais nada, Harry seguiu seu caminho em direção à conhecida gárgula, deixando para trás um Malfoy estatelado no chão e impressionado com firmeza de Harry ao defender o diretor.
Durante todo aquele dia, Draco teve de se punir mentalmente várias vezes por acabar pensando em Harry. O desejo de estar junto a ele estava se tornando crescente, ele não conseguia mais reprimi-lo. E além disso, ele notava que não bastava a companhia de Harry. Queria abraça-lo e protege-lo, pois muita coisa ruim ainda estaria por vir e ele sabia disso.
Obviamente que ele não sabia dos grandes planos do Lord das Trevas, claro que seu pai não lhe contava. Mas ele também não era idiota. Sabia exatamente o tipo de negócios que seu pai tratava quando Nott, Crabbe ou Goyle iam à sua mansão. Sem contar que Lúcio andava anormalmente feliz. Isso, concluiu Draco, era extremamente perigoso.
Acontece que, naquele dia, as duas últimas aulas seriam Poções e, naturalmente, o idiota do Longbottom explodiu mais um caldeirão. Granger estava fazendo seu trabalho com o Weasley e Harry era o par do 'desastre ambulante', para o seu azar.
Na verdade o caldeirão implodiu, o que fez com que apenas Neville que estava com a cara praticamente dentro dele se ferisse gravemente e fosse mandado, via Flu, ao St. Mungus. Ninguém mais se feriu, com a exceção de Harry, que ao dar uma de herói e tentar salvar o colega, machucou gravemente o braço esquerdo.
Malfoy assistiu de camarote à bagunça armada nas masmorras e riria se a situação não fosse mais séria. Snape estava realmente furioso com o estrago, mas na sua face via-se apenas a preocupação com a saúde de Longbottom. Com certeza, coisa pequena não era. Após despacharem o menino, Draco viu Snape acompanhar pessoalmente Harry à enfermaria, e depois disso, notou que no jantar, nem a Sangue-ruim, nem o Pobretão, estavam na mesa da Grifinória. Agora ele começava a se preocupar de verdade.
Esperou a Sala Comunal Sonserina se esvaziar para, discretamente ir até a enfermaria. Quase foi pego quando, ao chegar na esquina do corredor, viu Madame Pomfrey praticamente expulsando Granger e Weasley dali, mandando-os dormir em sua Torre. Os dois seguiram indignados e preocupados, enquanto Draco se aproximava sorrateiramente da porta.
Abriu uma fresta e pôde notar que as luzes principais já estavam todas apagadas. Colocou toda a sua cabeça para dentro e viu pelas sombras que Madame Pomfrey estava em seu escritório e, entrando no aposento principal, notou que Harry era o único paciente aquela noite. No entanto não podia chegar perto enquanto a medi-bruxa estivesse acordada, pois o leito dele era bem de frente para a porta da sala dela.
Agradecimentos: à Lovely Secrets, pela review deixada com tanto carinho, e à Ana Carolina, que me mandou um e-mail inspirador. Obrigada!
