MEU VERDADEIRO AMOR
Disclaimer: Isso é uma obra de ficção. Algumas personagens e lugares citados pertencem à J. K. Rowling e foram usados sem permissão. Essa história foi escrita sem fins lucrativos. Qualquer transgressão a marcas registradas não é intencional. Outras citações serão feitas quando necessário.
O Sonho de Um Beijo
Draco esperou por meia hora até notar que a luz do escritório de Madame Pomfrey havia sido apagada, restando somente a iluminação do abajur da mesa de cabeceira de Harry. O loiro de aproximou e procurou o prontuário na mesa ao pé da cama, mas nada achou. Desse jeito ele não teria como descobrir o real estado de Harry. Olhou para o garoto deitado e viu que ele estava com braço esquerdo praticamente inteiro enfaixado.
Se aproximou da cabeceira da cama e notou que ele estava muito pálido e com uma expressão nada agradável na face. Provavelmente estava sonhando com o acontecido e ainda sentia um pouco de dor, apesar de que Madame Pomfrey certamente dera a ele um pouco da Poção para Dormir sem Sonhos. Draco começou a pensar agora, que aquela não era a primeira oportunidade que tinha de realizar seu desejo, mas se Potter não parasse de bancar o herói, logo chegaria a última.
Por fim decidiu-se que iria em frente. Já estava ali e o outro não se lembraria de nada mesmo. Draco abaixou-se devagar em direção à Harry. Roçou levemente os lábios do outro garoto com os seus próprios, e naquele momento sentiu que não havia nada mais certo a fazer. Então aprofundou o beijo, tentando abrir a boca de Harry com sua própria língua. Sentia-se maravilhosamente bem o fazendo, mas sabia que estava se descontrolando e precisava parar. Interrompeu bruscamente o beijo e para seu espanto Harry começava a acordar, abrindo vagarosamente os olhos.
Draco saiu em disparada da enfermaria, torcendo para que o moreno não tivesse acordado de verdade. Mas podia jurar que ao passar pela porta ele ouviu o outro pedir que não fosse embora. Ainda assim, não estava disposto a arriscar, sabia que seu desejo real, de ter Potter acordado para si era pedir demais.
O sonserino não voltou à enfermaria, mas vez ou outra parava para prestar atenção nas conversas de Granger e Weasley. Dessa forma ele pôde descobrir que Harry ficaria por volta de uma semana lá e que seu tratamento estava progredindo muito bem. Pelo menos podia respirar um pouco mais aliviado e agir mais normalmente ao caçoar de Potter na frente dos outros. Claro, porque as brincadeiras de mau-gosto não podiam parar, seria dar bandeira demais.
Harry acordou se sentindo muito estranho. Não tinha certeza se era realidade, porque estava sob a ação de várias poções, mas tinha quase certeza de que alguém estivera ali com ele. O grifinório sentia seus lábios úmidos e sabia que a pessoa o havia beijado. Se isso era um simples sonho, certamente era um muito bom, do qual ele não queira acordar. Por via das dúvidas murmurou um "Não vá, fique comigo!", mas quando abriu os olhos não havia ninguém com ele.
Por um lado, podia dizer que estava feliz. Geralmente seus sonhos podiam ser classificados como pesadelos, que quase sempre envolviam Voldemort, torturas e mais recentemente, a morte de seu padrinho. Era bom finalmente sonhar com algo gostoso, que o fazia sentir-se bem. Por outro lado, não queria que aquele beijo passasse de um sonho. No ano anterior havia beijado Cho Chang, mas havia sido muito diferente deste beijo. Parecia que neste último, havia emoção de verdade, que a pessoa que o beijara realmente gostava dele. E isso era tudo o que Harry precisava. Alguém real para estar ao seu lado e demonstrar seu carinho.
Agradecimentos: a Ana Carolina, que continua a me enviar e-mails maravilhosos. Valeu Ana!
