MEU VERDADEIRO AMOR
Disclaimer: Isso é uma obra de ficção. Algumas personagens e lugares citados pertencem à J. K. Rowling e foram usados sem permissão. Essa história foi escrita sem fins lucrativos. Qualquer transgressão a marcas registradas não é intencional. Outras citações serão feitas quando necessário.
Coruja Anônima
Depois de passar uma semana na enfermaria, Harry finalmente foi liberado por Madame Pomfrey. Mesmo com as visitas de Ron e Mione, ele estava se sentindo extremamente sozinho ali e deu graças a Merlin quando pode voltar a assistir aulas e fazer suas refeições no Salão Principal com seus colegas. É claro que Hermione lhe passava as matérias e as tarefas que deveriam ser feitas, mas durante todo aquele tempo apenas três coisas ocupavam a cabeça de Harry. A primeira era Sirius. Por mais que o garoto tentasse, o padrinho não saía de sua mente e agora sentia falta de suas visitas noturnas às torres do castelo.
As outras duas coisas que por algumas vezes lhe tiraram o sono eram Malfoy e o beijo. Ainda não conseguira sequer formular uma teoria do porquê de Malfoy tê-lo 'ajudado' aquela noite. E quanto ao beijo, bem, era o que mais lhe martelava a cabeça. Se, afinal, era u simples sonho, por que acordou com os lábios úmidos? Sem contar que ele geralmente sabia distinguir sonhos da realidade, mas depois da emboscada que Voldemort armou no ano anterior, não tinha mais certeza de nada.
O grifinório considerava que as coisas haviam voltado ao normal depois de dois dias de aulas, mas teve que se espantar quando recebeu uma coruja no café da amanhã seguinte. Era uma coruja da escola que trazia um pedacinho minúsculo de papel sem remetente. Ela levantou vôo assim que Harry a livrou da correspondência, sem esperar por uma resposta. Ao abrir o bilhete, uma expressão interrogativa se postou em sua face. Havia uma única linha escrita: "Me encontre em frente a tapeçaria de Barnabás, o Amalucado, no sétimo andar, hoje, à meia-noite."
Aquilo era muito estranho. Quem será que precisava falar com ele? Sem contar que ele conhecia aquele lugar muito bem. Em frente a tapeçaria, do outro lado do corredor, estava a porta para a Sala Precisa, que ele usara no ano anterior para treinar a AD (Armada de Dumbledore). Talvez fosse alguém do grupo, mas então porque não queria falar abertamente com ele, nos intervalos? O moreno não estava entendo nada e teria que pensar muito até a meia-noite para saber se iria ou não ao encontro dessa pessoa misteriosa.
Havia sido muito triste mentir descaradamente para seus amigos, primeiro no almoço a respeito da carta, e agora ao se livrar deles para poder ir ao encontro do desconhecido. Em seu dormitório cobriu-se com a Capa da Invisibilidade e se equipou com o Mapa do Maroto. Sabia o caminho para aquela tapeçaria de cor, mas não queria realmente ter uma surpresa em relação ao seu encontro. Antes de sair da Torre da Grifinória, deu uma checada no mapa, mas ainda não havia ninguém naquele corredor, exceto por dois pontinhos muitos juntos encostados na parede do final do corredor que indicavam T. Boot e L. Turpin, dois corvinais do mesmo ano de Harry.
O garoto teve de esperar por algum tempo até que todos fossem dormir, e quando finalmente deixou a Torre da Grifinória para trás, já estava dez minutos atrasado. Para sua ajuda, uma das escadas que ele estava subindo resolveu se deslocar, e ele teve que tomar um caminho muito mais comprido para chegar ao local. Um pouco antes de dobrar o corredor, Harry olhou novamente no mapa, mas este indicava que não havia ninguém ali. Decidiu então seguir em frente e ver com seus próprios olhos o que estava acontecendo afinal.
Agradecimentos: a Lume, mesmo que ela me ache má e esteja me ameaçando de morte... ;)
