MEU VERDADEIRO AMOR
Disclaimer: Isso é uma obra de ficção. Algumas personagens e lugares citados pertencem à J. K. Rowling e foram usados sem permissão. Essa história foi escrita sem fins lucrativos. Qualquer transgressão a marcas registradas não é intencional. Outras citações serão feitas quando necessário.
Encontro na Sala Vem e Vai
'Por Merlin, como fora um erro tão grande beijá-lo, por que eu fiz isso?' Mas Draco sabia bem a resposta a sua própria pergunta. Ele precisava fazê- lo, percebia que aquilo era necessário, como algo instintivo de sua parte. E agora, estava enlouquecendo com a solidão de ser um sonserino e sentia novamente a necessidade de encontrar-se com Harry, falar de novo com ele, como fizera aquela vez na cozinha, e principalmente, beijá-lo. Experimentar mais uma vez os seus lábios sendo acariciados pelos dele, explorar a boca do outro com sua língua e reconhecer seu carinho por ele.
Mas seria apenas 'carinho'? Teria que ser, pois se fosse algo mais, se fosse amor, Draco estaria em péssima situação. Afinal, ele ainda era um sonserino, filho de Lúcio Malfoy e futuro Comensal da Morte. Gostava de Harry e queria tê-lo, mas apenas ele, sem Dumbledore ou os amigos dele vindo junto. Isso tudo era uma grande confusão e resultaria em um grande problema. Se já ia ser difícil explicar a Harry o que ele estava sentindo, como explicar que ia continuar onde estava, indo todos os finais de semana para casa apenas para treinar Maldições Imperdoáveis?
Decididamente precisava falar com ele. Antes de tudo, explicar a situação, que estava se tornando insuportável para ele. Harry saíra no dia anterior da enfermaria e agora estava muito bem, bem o suficiente para um encontro escondido com ele. Sabia do lugar ideal aonde se encontrariam. Havia uma sala muito estranha no sétimo andar da qual seu pai lhe contara, para ele usar em emergências como esta. Bem, talvez não como esta. Mas de qualquer forma iria usar a sala em frente a tapeçaria de Barnabás. Iria mandar uma coruja a Harry pela manhã explicando brevemente o encontro e teria todo o dia ainda para reunir a coragem necessária para o encontro.
Draco vira da mesa do Sonserina o moreno recebendo sua coruja com muito espanto. O grifinório leu rapidamente o bilhete e se viu constrangido, falando alguma coisa a seus amigos. Provavelmente inventando alguma história qualquer para escapar das perguntas. Mas sua expressão não dizia mais nada, se iria ou não ao encontro era uma incógnita. Durante cada uma e todas as aulas daquele dia, Draco se pegara pensando invariavelmente no encontro marcado para as doze horas daquela noite. O outro compareceria? E ele próprio estaria lá, teria coragem de encarar Potter e lhe contar tudo o que pesava em sua mente e em seu coração? Que bobagem, marcara o encontro, como poderia não estar lá? Claro que esperaria pelo outro.
Malfoy estava extremamente ansioso, e por isso deixou sua Sala Comunal nas masmorras extremamente cedo. Envolto por uma capa negra com capuz e que se arrastava pelo chão, o loiro fez rapidamente o percurso até a Sala Precisa. Notou que no fundo do corredor havia um casal se beijando ardentemente e por isso precisaria se esconder e esperar que eles saíssem dali. Por sorte dele, azar dos namorados, Filch apareceu ainda antes da meia-noite e os expulsou do corredor, passando perigosamente perto do seu esconderijo. Malfoy estava meio que do lado, meio que atrás de um móvel que lembrava muito uma cômoda, mas que abrigava alguns vasos antigos.
Faltando dez minutos para meia noite, Draco passou três vezes pela porta da sala, sempre desejando e pensando em 'Um lugar onde nada, nem ninguém possa me achar a não ser o próprio Harry Potter. Um quarto confortável onde possamos conversar em paz, com calma.'
Agradecimentos: a Alexandra, que desta vez teve que esperar mais pelo capítulo novo, bjks.
