MEU VERDADEIRO AMOR
Disclaimer: Isso é uma obra de ficção. Algumas personagens e lugares citados pertencem à J. K. Rowling e foram usados sem permissão. Essa história foi escrita sem fins lucrativos. Qualquer transgressão a marcas registradas não é intencional. Outras citações serão feitas quando necessário.
Aliados?
Harry estava novamente de pé, levantara-se junto com o desconhecido sabendo que finalmente este revelaria sua identidade. Mas nada, durante toda aquela conversa, o havia preparado para dar-se de cara com Malfoy. Foi como um choque ver a pele alva, os olhos cinzas e frios e o cabelo loiro platinado sendo refletidos contra a luz. Jamais imaginaria ter uma conversa civilizada com um sonserino antes, e muito menos que este lhe viesse pedir ajuda. Mas pelo menos tudo isto era plausível. Agora, escutar tudo isso vindo de um Malfoy? Não, certamente tinha alguma coisa errada, talvez estivesse sofrendo de alucinações ou... Ou então estavam preparando uma armadilha para ele! Era isso!
"Não minta para mim Malfoy! Isso é algum tipo de armadilha? O que você realmente quer comigo?" Esbravejava Harry enquanto um Malfoy estático apenas olhava para ele. Harry não sabia, mas era exatamente essa a reação que Draco mais temia. Como faria agora para convencer o outro de que estava falando a verdade?
Claro, que nem tudo aquilo era verdade. Draco sabia que ao receber a marca negra, o nível de magia de um bruxo elevava-se e ele queria esse poder extra. Mas o resto, cada palavra, era pura e unicamente a verdade. E havia ainda, o que Draco não havia contado. Ele achou que depois das reações de Harry seria definitivamente muito arriscado lhe contar sobre seus sentimentos. O mais correto seria aproximar-se de Harry por algum tempo com a desculpa de que não queria transformar-se em Comensal. E depois, somente depois, lhe explicar a verdade sobre sua iniciação aos seguidores de Voldemort.
"Harry, me escute!" gritou Malfoy, sobrepondo sua voz à do grifinório "Tudo isso é verdade, cada palavra do que eu lhe falei!"
"Então porque não pede ajuda a Dumbledore?" cortou Harry "O diretor com certeza saberia o que fazer melhor do que eu!"
"Você sabe que eu não posso! Se Dumbledore souber de qualquer coisa, seríamos perseguidos por Aurores e Comensais, eu colocaria minha família num beco sem saída! Harry preste atenção ao que eu digo: não faz nenhum sentido eu estar aqui se eu realmente não precisasse de sua ajuda! Você tem que acreditar em mim!"
Harry se deteve por um momento. Estas últimas palavras de Malfoy eram verdadeiras, tinham mais lógica do que toda a história contada pelo loiro. Agora o grifinório travava uma luta consigo mesmo. Afinal, ajudar Draco seria expor-se a qualquer plano que este tivesse para atingi-lo. Mas se Draco estivesse falando a verdade, ele era o único que podia ajeitar aquela situação, pelo menos por hora.
"Malfoy, entenda minha situação! Eu não tenho como saber se você fala a verdade. Eu gostaria de acreditar em você, mas não sei se devo."
"Então diga-me," Contrapôs o sonserino "O que você quer que eu faça para provar minhas intenções!"
"Eu não sei. Acho que não há meio de se provar algo assim" Harry voltou a sentar-se no sofá, mas desta vez não aparentava ansiedade e sim cansaço "Vamos fazer o seguinte: por hora, eu acredito em você. Podemos então nos considerar aliados, certo?" O outro acenou a cabeça concordando com o moreno "Mas ainda assim, não sei exatamente o que posso fazer para te ajudar. Tem alguma idéia?"
Agradecimentos: a Rodrigo e a Ju Oliveira, que me enviaram e-mails maravilhosos me incentivando.
