MEU VERDADEIRO AMOR

Disclaimer: Isso é uma obra de ficção. Algumas personagens e lugares citados pertencem à J. K. Rowling e foram usados sem permissão. Essa história foi escrita sem fins lucrativos. Qualquer transgressão a marcas registradas não é intencional. Outras citações serão feitas quando necessário.


Boa Noite

"Não, não tenho a menor pista do que podemos fazer." Malfoy sentou-se novamente na poltrona, com ares também cansados "Eu simplesmente precisava de alguém para me apoiar, pelo menos por enquanto. E você sabe que nenhum sonserino poderia me ajudar... Provavelmente eu acabaria traído por Crabbe ou Goyle, o que seria uma grande mancha aos Malfoys..."

"Certo, mas não podemos ficar parados sem fazer nada. Eu não posso ficar aqui só ouvindo você reclamar que não quer ser Comensal enquanto pratica Maldições Imperdoáveis!"

"'Tá bem, 'tá bem... não precisa ficar 'esquentadinho' de novo..." disse Draco finalmente voltando à sua costumeira voz arrastada, com ares de superioridade "Podemos fazer o seguinte: está tarde e ambos estamos cansados, portanto vamos dormir esta noite e pensar um pouco. Nos encontramos novamente aqui amanhã, às onze horas, para ver se conseguimos chegar a alguma conclusão."

"Parece bom." Disse Harry levantando-se e indo em direção à porta "Nos vemos amanhã então..."

"Ah, Potter! Não se esqueça de que para os outros ainda somos inimigos mortais. Não posso de um dia para outro começar a te tratar bem, certo?"

"Ok, Malfoy. Boa noite!" e saiu pela porta envolto pela capa da invisibilidade.

Draco continuou esparramado na confortável poltrona, mas agora havia um sorriso iluminando seu rosto. Um sorriso verdadeiro, que ele não mostrava para muitas pessoas. Suspirou fortemente e levantou-se cobrindo novamente o rosto com o capuz. Agora seguindo para as Masmorras da Sonserina ele tomava muito cuidado para não tombar com Filch ou McGonagall, que de vez em quando fazia algumas rondas. Snape também o fazia, mas ele era fácil de enrolar. Encontrou o Salão Comunal vazio e foi direto para a cama. Estava cansado, havia gasto muita energia discutindo com Harry e já era tarde, mas se sentia extremamente feliz. Finalmente havia se aproximado de verdade dele.


Harry seguia exausto pelos corredores sem se importar com o barulho que fazia sob a capa. Havia checado o Mapa do Maroto, e o caminho até a Torre da Grifinória estava vazio. Ele caminhava devagar, pensando no estranho encontro desta noite que tivera com Draco Malfoy. Por hora, havia se decidido acreditar nele. Ou, pelo menos, lhe dissera isso. Ainda estava muito desconfiado em relação às intenções do sonserino para lhe falar como um amigo, ou mesmo um colega.

Por fim, chegou ao retrato da Mulher Gorda, que ficou muito indignada em ser acordada tão tarde para dar passagem a um aluno. Mesmo cansado, Harry sabia que não conseguiria dormir, era informação demais para sua cabeça e então sentou-se à frente da lareira que acabara de acender. A breve história dos Malfoy, que não tinha nada de realmente novo, ainda surpreendia ao ser contada e confirmada por um deles. A única coisa que chamou a atenção a Harry, estava na situação atual do loiro. Se havia sido tão bem criado pelos pais, se os admirava tanto, porque não queria seguir seus passos? Ele havia dito que não queria estar do lado perdedor, mas isso não havia convencido Harry. Tinha algo estranho nisso e ele precisava descobrir, mas só no próximo dia.