MEU VERDADEIRO AMOR

Disclaimer: Isso é uma obra de ficção. Algumas personagens e lugares citados pertencem à J. K. Rowling e foram usados sem permissão. Essa história foi escrita sem fins lucrativos. Qualquer transgressão a marcas registradas não é intencional. Outras citações serão feitas quando necessário.


Discussão Noturna

O dia passou muito devagar para os dois garotos. Eles não tinham nenhuma aula em comum e durante o almoço e o jantar, Harry não apareceu no Salão Principal. Isso mostrou-se como um alívio para Malfoy, que pôde concentrar- se melhor nos seus próprios afazeres. Ainda assim, incomodava-se com a conversa que tivera com o moreno pela manhã. Não gostava de ver o grifinório daquela maneira. Justo ele que sempre aparentara ser o mais forte dos bruxos, estava rejeitando comida com lágrimas pelo rosto por causa de alguém que se fora já a algum tempo. Às onze horas em ponto, Draco já estava à espera do outro na Sala Precisa.

Harry estranhava cada vez mais a situação. Desde a noite em que se encontraram na torre, a atitude de Draco era suspeita: mostrava-se ora solícito, ora arredio. E então veio o encontro no qual Malfoy lhe contou sua história. Mas ainda parecia que havia algo faltando... O que poderia ser? Harry não conseguiu se desviar da pergunta durante o dia todo, mostrando-se distante dos amigos e desatento às aulas. Ao anoitecer estava cansado por não ter comido nada o dia inteiro, mas rejeitou-se a ir jantar, ficando sozinho no Salão Comunal da Grifinória. Fazia um tedioso trabalho de História da Magia quando a resposta surgiu em um dos parágrafos do livro:

'Bare Grindewald, o famoso bruxo das trevas, finalmente sucumbiu à luz após anos de luta. Em 1945, o bruxo Alvo Dumbledore o derrotou definitivamente, entregando-o ao Ministério da Magia. Sua história nos indica como uma catástrofe deste porte poderia ter sido evitada, afinal Bare foi intensamente incentivado e motivado por sua família, de longa descendência negra. Seu pai, Smeltzer Grindewald, particularmente cuidou para que o filho recebesse em Durmstrang a melhor educação das trevas possível.'

Então aí estava o problema: o pai de Malfoy! Lúcio fora preso no dia do assassinato de Sirius e era impossível que estivesse solto, e logicamente que Draco culparia Harry de tudo! Todo o prestígio do qual Malfoy falara sobre sua família já havia sido manchado no mundo mágico com a prisão do pai, e o mais provável agora era que o loiro estivesse cuidando pessoalmente de vingar o nome da família que estaria sujo para sempre. Harry não tinha certeza do que o outro estava armando, mas estava claro que o sonserino não tinha boas intenções. Iria sim no encontro de hoje à noite, mas seria apenas para dizer poucas e boas para Malfoy

"Olá Har..." Começou Draco.

"Cale a boca Malfoy. É Potter pra você...." Dizia Harry enquanto passava a porta da sala pouco depois do horário combinado "E pode começar a contar o que planejava comigo, porque eu já descobri sua farsa."

O grifinório nunca notou, mas Draco sentia seu rosto mudar de cor rapidamente, como se enjôo que revirava seu estômago fizesse sua pele ficar subitamente azulada e então verde. Mas não, não podia. Harry tinha que estar pensando em outra coisa, ele não teria como ter descoberto suas reais intenções. Mesmo porque não estaria bravo desta maneira.

"O que você quer dizer com 'farsa', hein Potter?" Já que o moreno fazia tanta questão, Draco se esmerava em cuspir o nome do outro com todo o orgulho que conseguira reunir nos últimos minutos "Você realmente acha que tudo o que conversamos foi uma farsa?"

"Claro! Eu quero que me fale a respeito do seu pai, agora!" não foi um pedido, e sim uma ordem dada em alto e bom tom "Como você pode estar me oferecendo ajuda, se por minha culpa seu pai está preso? E não vá me dizer que se esqueceu deste pequeno detalhe!"


Agradecimentos: a Lo26 e a Juliayagami, que (Graças a Merlin!) não se cansam de mim ou da minha fic. E a Shadow Maid, que me deixou uma nova review. Obrigada meninas, adoro vocês!