Capítulo 3 - Por água abaixo...

Gina foi para o banheiro e contemplou sua imagem pálida no espelho. Acabara de receber uma informação, um baque, uma punhalada pelas costas. Draco casaria com outra. "Por quê? O que eu fiz errado? Em que eu falhei?" Lá no fundo porém, Gina sabia que fora Draco quem lhe falhara. E agora, como ela iria encarar o futuro?

Quando Gina entrou na agência, naquela manhã, todos fizeram o maior esforço para não fitá-la. Ela foi para a sala de Jason Kriegs: um único olhar para seu rosto pálido e ele disse:

- Não deveria ter vindo hoje, Gina. Por que não vai para casa e...

Ela respirou fundo.

- Não, obrigada. Estarei bem.

Todos os jornais da tarde relataram com detalhes o casamento em Paris. O funcionário do alto escalão do Ministério Carl Andrews era sem dúvida o cidadão mais influente do Ministério e a história do casamento de sua filha, com o noivo de Virgínia Weasley, era uma grande notícia do momento.

Muotas corujas adentraram o escritório de Gina com dezenas de cartas presas nas patas.

- Aqui é do Profeta Diário, Srta. Weasley. Poderia nos dar uma declaração sobre o casamento?

- Aqui é do Profeta Corvinal...

Parecia interminável.

Gina tinha a impressão de que metade de Londres se compadecia de sua situação, enquanto a outra metade se regozijava pelo que lhe acontecera. Aonde quer que Gina fosse, havia murmúrios e conversas interrompidas abruptamente. Ela estava determinada a não demonstrar seus sentimentos.

- Como pôde deixar que ele fizesse isso...?

- Quando você ama um homem de verdade, só quer a sua felicidade. Draco Malfoy é o melhor ser humano que já conheci. (Isso não era exatamente verdade!) Quero que ambos sejam felizes. (Isso também não era exatamente verdade!)

Ela enviou bilhetes de desculpas a todas as pessoas convidadas para o casamento e devolveu os presentes. Gina vinha esperando e ao mesmo tempo receando o telefonema de Draco. Ainda assim, ela estava despreparada quando aconteceu. Ficou abalada pelo som familiar de sua voz.

- Gina... Não sei o que dizer.

- É verdade, não é?

- É... Sim...

- Então não há nada a dizer, não acha? Me fez de boba esse tempo todo e agora me trocou pela filha de alguém mais influente.

- Não foi nada disso, eu só queria explicar como aconteceu. Antes de conhecer você, Alicia e eu estávamos quase noivos. E quando tornei a vê-la, eu... Eu compreendi que ainda a amava.

- Eu entendo, Draco. Adeus.

Cinco minutos depois, a secretária de Gina avisou pelo telefone, advento trouxa que há pouco tempo estava sendo usado no mundo bruxo.

- Há uma ligação na linha um, srta. Weasley.

- Kat, diga que não estou. Não quero falar com ninguém ...

- É o inominável Andrews.

"O pai da noiva. O que ele quer comigo?" - Especulou Gina em silêncio. Ela pegou o telefone. Uma voz profunda disse:

- Srta. Weasley?

- Pois não?

- Acho que nós dois devemos ter uma conversinha. Gina hesitou.

- Não sei o que...

- Estarei aí para pegá-la dentro de uma hora. A linha ficou muda.

Exatamente uma hora depois, uma limusine parou na frente do prédio em que Gina trabalhava. Um motorista abriu a porta do carro para ela. O inominável Andrews estava sentado no banco traseiro. Era um homem de aparência distinta para os bruxos, para os trouxas seria um tanto excêntrico, tinha cabelos brancos lisos bem parecidos com o de Dumbledore, um bigode pequeno e impecável. Tinha o rosto de um patriarca. Mesmo no outono, vestir vestes de cores claras era a sua marca registrada.

Quando Gina entrou no carro, o inominável Andrews disse:

- Você é uma jovem muito bonita.

- Obrigada. - murmurou ela, tensa.

A limusine partiu.

- Não falei apenas no sentido físico, srta. Weasley. Venho acompanhando a maneira como tem enfrentado todo esse caso sórdido. Deve ter sido angustiante para você. Não pude acreditar na notícia quando a ouvi. - A voz estava impregnada de raiva. - O que aconteceu com a boa e velha moral? Para dizer a verdade, estou revoltado com Draco por tê-la tratado de uma maneira tão vergonhosa. E estou furioso com Alicia por ter casado com ele. De certa forma, sinto-me culpado, porque ela é minha filha.

Ele tinha a voz embargada pela emoção. Rodaram em silêncio por algum tempo. Quando Gina finalmente se manifestou, foi para dizer:

- Conheço Draco. Tenho certeza de que ele não teve intenção de me magoar. O que aconteceu... Simplesmente aconteceu. Só quero o melhor para ele. Draco merece, e eu não faria coisa alguma para prejudicá-lo.

- É muita generosidade sua. - Ele estudou-a por um momento. - É mesmo uma jovem bruxa extraordinária.

A limusine tinha parado. Gina olhou pela janela. Haviam chegado ao haras de Carl Andrews no qual criava hipogrifos vencedores de grandes provas de corridas. Até onde a vista podia alcançar, havia campos ondulantes do capim azulado.

Gina e o inominável Andrews saíram do carro e foram até a cerca da pista de corridas. Tinha ficadom parados ali, observando os lindos animais se exercitarem. Carl Andrews virou-se para Gina.

- Sou um homem simples. - murmurou ele. - Sei como isso deve lhe parecer, mas é a verdade. Nasci aqui e poderia passar o resto da minha vida aqui. Não há lugar igual no mundo. Basta olhar ao redor, srta. Weasley. Isto é tão perto quanto jamais poderemos chegar do paraíso. Pode me culpar por não querer deixar tudo isso? Passei a metade da minha vida em Washington, e detesto aquela cidade.

- Então por que aceita ir para lá?

- Porque tenho um senso de obrigação. Sou um inominável e um representante do Ministério da Magia de Londres, e por isso, continuarei por lá tentando fazer o melhor trabalho que puder. - Ele fez uma pausa, depois mudou de assunto abruptamente. - Quero que saiba o quanto admiro seus sentimentos e a maneira como se comportou. Se quisesse ser desagradável, creio que poderia ter provocado um escândalo e tanto. Mas como aconteceu... Eu gostaria de demonstrar meu agradecimento.

Gina virou-se para fitá-lo.

- Pensei que poderia gostar de escapar por algum tempo, fazer uma pequena viagem ao exterior. Claro que eu arcaria com toda...

- Por favor, não faça isso.

- Eu só estava...

- Eu sei. Não conheço sua filha, inominável Andrews, mas se Draco a ama, ela deve ser muito especial. Espero que os dois sejam felizes.

Ele disse, contrafeito:

- Acho que deve saber que eles estão de volta para casar aqui de novo. Em Paris foi uma cerimônia civil, mas Alicia quer agora um casamento na igreja.

Era uma pontada no coração.

- Entendo. Mas eles não têm nada com que se preocupar.

- Obrigado.

O casamento ocorreu duas semanas depois, na Capela do Calvário, o mesmo lugar em que Gina e Draco haviam planejado casar. Aquilo era demais. A igreja estava lotada.

Draco Malfoy, Alicia e o inominável Carl Andrews Tinha ficadom de pé diante do celebrante, no altar. Alicia Andrews era uma morena atraente, com uma presença imponente e um ar aristocrático.

O celebrante se aproximava do final da cerimônia:

- Merlin destinou bruxo e bruxa a seguirem juntos pela vida...

A porta da igreja foi aberta, e Virgínia Weasley entrou. Permaneceu lá no fundo por um momento, escutando, depois foi até o último banco, onde ficou de pé. O celebrante dizia:

-...Portanto, se alguém sabe de algum motivo para que este casal não deva ser unido no matrimônio, que fale agora ou se cale... - ele levantou os olhos e avistou Gina. ...Para sempre.

Quase que numa reação involuntária, cabeças se viraram na direção de Gina. Sussurros se espalharam pela multidão. Muitas pessoas sentiram que estavam prestes a testemunhar uma cena dramática. Uma súbita tensão dominou a igreja. O celebrante esperou mais um instante, depois limpou a garganta, nervoso.

- Sendo assim, pelo poder que me foi investido, eu os declaro agora marido e mulher. - Havia um tom de profundo alívio em sua voz. - Pode beijar sua esposa.

Quando o ministro tornou a levantar os olhos, Gina já havia desaparecido.

O registro final no diário de Virgínia Weasley dizia o seguinte:

Querido Diário: Foi um lindo casamento. A esposa de Draco é muito bonita. Usava um adorável vestido de noiva branco, em renda e cetim. Draco parecia mais bonito do que nunca. E dava a impressão de estar muito feliz. Eu me sinto satisfeita porque antes de acabar com ele, vou fazê-lo desejar nunca ter nascido.

Foi o inominável Carl Andrews quem promoveu a reconciliação entre sua filha e Draco Malfoy.

Carl Andrews era viúvo. Um multimilionário, o inominável possuía plantações de mimbletonias, planta que era capaz de curar diversas doenças bruxas, investimentos em galeões e um haras criador de hipogrifos de categoria internacional. Era um dos homens mais poderosos do mundo bruxo. Era um homem com uma filosofia simples: Nunca esqueça um favor, nunca. Perdoe uma desfeita. Orgulhava-se de escolher vencedores, tanto nas corridas de hipogrifos quanto na política, e desde o início reconhecera Draco Malfoy como promissor. O fato de que Draco poderia casar com sua filha era uma bonificação inesperada, até que Alicia tolamente cancelara tudo. Ao receber a notícia do iminente casamento de Draco Malfoy com Virgínia Weasley, ele Tinha ficado perturbado. E muito. O inominável Andrews conhecera Draco Malfoy quando o contratara como advogado para um problema legal. Tinha ficado impressionado. Draco era inteligente, bonito e articulado, com um encanto que atraía as pessoas. O inominável passara a almoçar com Draco regularmente. Draco nem imaginava o cuidado meticuloso com que era avaliado. Um mês depois de conhecer Draco, o inominável Andrews chamou Jules Milinight para uma reunião.

- Creio que descobrimos nosso próximo vice Ministro.

Milinight era um homem sério, criado numa família religiosa. O pai era professor de História da Magia, e a mãe, dona-de-casa. Quando tinha onze anos, Jules Milinight viajava num carro voador com os pais e o irmão menor e aconteceu o inesperado. Houve um acidente fatal. O único sobrevivente foi Jules, que perdeu um olho.

Jules Milinight compreendia a dinâmica da política melhor do que qualquer outra pessoa que o inominável Andrews já conhecera. Milinight sabia onde os votos se encontravam e como obtê-los. Tinha uma fantástica noção do que o povo queria ouvir e do que se cansaria de ouvir. Ainda mais importante para o inominável Andrews era o fato de que Jules Milinight era um homem em quem se podia confiar, um homem íntegro. Os gostavam dele. A venda preta sobre um olho lhe proporcionava uma aparência vistosa. O queimportava para Milinight, mais do que qualquer outra coisa no mundo, era sua família. O inominável jamais conhecera um homem que se orgulhasse tanto de sua esposa e filhos.

- Há muitas pessoas precisando de ajuda, inominável. Quero fazer o que puder.

- Pense em quantas pessoas poderia ajudar se trabalhasse para mim no Ministério da Magia em Londres.

Fora uma escolha afortunada. Milinight sabia como se podia fazer as coisas.

- O homem em quem estou pensando para concorrer ao governo do estado é Draco Malfoy.

- O advogado? Filho de Lucius Malfoy, o Comensal da Morte?

- Isso mesmo. Mas parece que ele se redimiu. E se não se redimiu também, paciência. Ninguém precisa saber. Ele é um político natural. Tenho a impressão de que não poderá perder se o apoiarmos.

- Mas Andrews parece contraditório colocar um filho de um comensal no camando do Ministério...

- Caro Jules, Draco Malfoy não estará no comando de coisa nenhuma. Quem estará no comando serei eu. Mas deixarei com que ele pensa que é ele quem manda nas coisas.

Os dois começaram a analisar as possibilidades.

O inominável Andrews conversou com Alicia sobre Draco Malfoy.

- O garoto tem um grande futuro pela frente, meu bem.

- E também tem um grande passado, papai. É o maior conquistador do mundo bruxo desde os tempos de Hogwarts. - disse enquanto arrumava seus cabelos com a varinha.

- Ora, querida, não deve dar ouvidos a intrigas. Convidei Draco para jantar aqui na sexta-feira.

O jantar na sexta-feira correu muito bem. Draco foi encantador e Alicia descobriu-se atraída, contra a sua vontade, claro. Por que iria se sentir atraída por alguém como Draco? Tudo bem que ele era bonito, charmoso, mas era o maior galinha que Alícia conhecia.

O inominável observou-os atentamente, fazendo perguntas que sabia que mostrariam o melhor de Draco.

Ao final da noite, Alicia convidou Draco para um jantar no sábado seguinte.

- Terei o maior prazer.

Daquela noite em diante, eles passaram a sair apenas um com o outro.

- Eles vão casar em breve. - previu o inominável para Jules Milinight. - É tempo de lançarmos a campanha de Draco.

Draco foi convocado para uma reunião no escritório do inominável Andrews.

- Quero lhe fazer uma pergunta. - disse o inominável. - Gostaria de ser o próximo vice Ministro do Londres?

Draco ficou surpreso.

- Eu... Eu nunca havia pensado nisso.

- Pois Jules Milinight e eu pensamos. A eleição será no ano que vem. Isso nos dá tempo mais do que suficiente para projetar sua imagem, fazer as pessoas saberem quem é. Conosco por trás, você não pode perder.

E Draco sabia que era verdade. O inominável Andrews era um homem poderoso, no controle de uma máquina política bem ajeitada que podia criar mitos ou destruir qualquer pessoa que se interpusesse em seu caminho.

- Você teria de assumir uma dedicação total. - advertiu o inominável.

- Não tem problema.

- Tenho notícias ainda melhores para você, filho. Para mim, isso é apenas o primeiro passo. Você serve por um ou dois mandatos como vice Ministro, e prometo que depois o levaremos para a Cadeira Maior: Ministro da Magia, o que acha?

Draco engoliu em seco.

- Hã... Fala sério?

- Não costumo brincar com essas coisas. Você tem uma coisa que o dinheiro não pode comprar: carisma. As pessoas se sentem atraídas por você. Gosta das pessoas com sinceridade, e isso é evidente.

- Eu... Eu não sei o que dizer, Carl. - Mas Draco sabia muito bem e estava se aproveitando da situação.

- Não precisa dizer coisa alguma. Tenho de voltar a Washington amanhã, mas começaremos a trabalhar na minha próxima vinda para cá.

Poucas semanas depois, foi iniciada a campanha para o cargo de Vice Ministro do Ministério da Magia. Cartazes com a foto de Draco fazendo caras e bocas falsas foram espalhados por toda parte. Ele aparecia na televisão, em comícios e seminários políticos. Jules Milinight tinha suas pesquisas particulares, que indicavam que a popularidade de Draco crescia a cada semana.

- Ele subiu mais cinco pontos. - informou Milinight ao inominável. - Está apenas dez pontos atrás do vice Ministro, e ainda nos resta bastante tempo. Mais algumas semanas e eles deverão estar emparelhados.

O inominável Andrews acenou com a cabeça.

- Draco vai ganhar. Não tenho a menor dúvida quanto a isso.

Carl Andrews e Alicia comiam o desjejum.

- Nosso garoto já a pediu em casamento?

Alicia sorriu.

- Ainda não pediu expressamente, mas tem feito insinuações.

- Não o deixe insinuar por muito tempo. Quero que se casem antes que ele se torne vice Ministro. Será muito melhor se o vice Ministro tiver uma esposa.

Alicia abraçou o pai.

- Não imagina como estou contente por você tê-lo trazido para a minha vida. Sou louca por ele.

O inominável sorriu radiante.

- Enquanto ele a fizer feliz, também fico feliz.

Tudo o que planejara estava correndo com perfeição.

Na noite seguinte, quando chegou em casa, o inominável encontrou Alicia em seu quarto, arrumando as malas, o rosto manchado de lágrimas. Ele ficou preocupado.

- O que aconteceu, meu bem?

- Vou embora desta cidade! E nunca mais quero ver Draco de novo enquanto viver!

- Hei, espere um instante! Do que está falando?

Alicia virou-se para fitá-lo.

- Estou falando de Draco. - O tom era amargurado. - Ele passou a noite passada num motel com a minha melhor amiga. E ela mal pôde esperar para me telefonar e dizer que ele foi um amante maravilhoso!

O inominável ficou imóvel, chocado.

- Ela não poderia estar apenas...

- Não. Liguei para Draco. Ele... Ele não pôde negar. Decidi ir embora. Vou para Paris.

- Tem certeza que é isso...?

- Certeza absoluta, papai. Esse namoro não deveria nem ter começado.

E no dia seguinte Alicia partiu.

O inominável chamou Draco para uma conversa.

- Estou desapontado com você, filho.

Draco respirou fundo.

- Lamento o que aconteceu, Carl. Foi... Foi uma dessas coisas que não dá para evitar. Tomei algumas cervejas amanteigadas, aquela mulher me abordou e... Ora, foi difícil dizer não.

- Posso compreender - murmurou o inominável, num tom solidário. - Afinal, você é um homem, certo?

Draco sorriu, aliviado.

- Certo. E posso lhe assegurar que não vai acontecer de novo...

- Mas é uma pena. Você daria um excelente vice Ministro.

O sangue se esvaiu do rosto de Draco

- O que... O que está querendo dizer, Carl?

- Não pareceria correto se eu continuasse a apoiá-lo agora, não é mesmo, Draco? O que você fez com a minha filha... O que iriam dizer se eu o apoiasse agora?

- O que minha candidatura à vice Ministro tem a ver com Alicia?

- Venho dizendo a todos que havia uma grande possibilidade de que o próximo vice Ministro fosse meu genro. Terei de fazer novos planos, não é mesmo?

- Seja razoável, Carl. Não pode...

O sorriso do inominável Andrews desapareceu.

- Nunca me diga o que posso ou não posso fazer, Draco. Posso fazê-lo o próximo vice Ministro e posso destruí-lo! - Ele tornou a sorrir - Mas não me entenda mal. Sem ressentimentos. Eu lhe desejo o melhor que puder arrumar.

Draco permaneceu em silêncio por um longo momento

- Entendo... - Ele se levantou.

- Eu... Lamento muito tudo isso. - disse o inominável Carl Andrews com um grande sorriso estampado no rosto.

Depois que Draco se retirou, o inominável chamou Jules Milinight

- Vamos abandonar a campanha.

- Largar tudo? Por quê? Vamos ganhar. As últimas pesquisas...

- Faça o que estou dizendo. Cancele todos os compromissos de Draco. No que nos diz respeito, ele está fora da disputa.

Duas semanas depois, as pesquisas começaram a apresentar uma queda nos índices de Draco Malfoy. Os cartazes começaram a desaparecer, os anúncios nos jornais foram cancelados.

- O vice Ministro Addison está começando a subir de novo nas pesquisas - comentou Jules Milinight. - Se vamos encontrar um novo candidato, é melhor nos apressarmos.

O inominável estava pensativo.

- Temos bastante tempo. Vamos esperar.

Poucos dias mais tarde, Draco Malfoy foi à agência Brawner & Tiffer e pediu que cuidassem de sua campanha. Jason Kriegs apresentou-o a Gina, e Draco se sentiu imediatamente fascinado por ela. Então a Weasley poderia fazer sua campanha decolar. Gina não era apenas bonita, mas também inteligente e simpática... E acreditava nele. Era uma Weasley, mas mesmo assim valia a pena investir para fazer sua imagem melhorar. Draco notara algumas vezes uma certa indiferença em Alicia, mas a ignorara. Com Gina, era completamente diferente, mesmo ela sendo uma Weasley pobre era uma mulher efusiva e sensível, fora natural apaixonar-se por ela. De vez em quando, Draco pensava no que perdera. "Isso é apenas o primeiro passo. Você serve por um ou dois mandatos como vice Ministro e prometo que depois Você chegará a Ministro da Magia.

Draco tratou de se persuadir: Que se dane. Vou chegar à Vice-Ministro sem a ajuda de Carl Andrews.

Com o casamento de Draco iminente, o inominável Andrews chamou Milinight para uma conversa.

- Jules, temos um problema. Não podemos deixar que Draco Malfoy desperdice sua carreira ao casar com uma mulher desconhecida.

Jules Milinight franziu o rosto.

- Não sei o que podemos fazer agora, inominável. O casamento já foi marcado.

O inominável Andrews pensou um pouco.

- O páreo ainda não foi corrido, não é mesmo? - Ele telefonou para a filha em Paris.

- Alicia, tenho uma notícia terrível para você. Draco vai casar.

Houve um longo silêncio.

- Eu... Eu já soube.

- O mais triste é que ele não ama essa mulher. Disse-me que vai casar com ela como uma reação, porque você o deixou. Ele ainda é apaixonado por você.

- Draco disse isso?

- Claro que disse. Ele está fazendo uma coisa terrível. E, de certa forma, foi você quem o forçou a isso, meu bem. Quando o largou de repente, ele desmoronou.

- Pai, eu... Não tinha idéia.

- Nunca vi um homem mais infeliz.

- Não sei o que dizer

- Você ainda o ama?

- Sempre o amarei. Cometi um erro lamentável.

- Talvez não seja tarde demais.

- Mas ele vai casar!

- Meu bem, por que não esperamos para ver o que acontece? Talvez ele recupere o bom senso.

Depois que o inominável Andrews desligou, Jules Milinight perguntou:

- O que pretende fazer, inominável?

- Eu? - murmurou o inominável Andrews, com um ar inocente. - Nada. Apenas juntar de volta algumas peças, devolvendo-as aos lugares a que pertencem. Acho que terei uma conversinha com Draco.

N/A: Terceiro capítulo... Esse inominável Andrews hein? Só tramando para tirar o Draco da Gina. O que será que vai acontecer daqui para frente? Só Deus sabe! Gostaria de agradecer a todos que tem lido minha fic e deixado reviews. E gostaria também de pedir desculpas a todos que postaram seus reviews antes, eu tive que excluir a fic e postá-la novamente e assim os reviews se foram... comentem novamente. Muito obrigada mesmo!

Trecho do próximo capítulo: Draco não conseguia tirar Gina dos pensamentos. Gina nada fizera para merecer o que ele estava lhe fazendo. Ou fizera, ela era uma Weasley afinal e a amiguinha de Harry Potter merecia tudo o que ele estava fazendo sim. Mas ele a amava. "O que está acontecendo comigo? Vou telefonar para ela e explicar".