Capítulo 15 – Pistas e mais pistas
O auror Reese voltou à sala do capitão McLagan.
- Tenho uma notícia ruim e uma notícia ainda pior.
- Não tenho tempo para isso, Nick.
- A notícia ruim é que não tenho certeza se foi o garoto quem deu a droga à moça. A notícia pior é que a mãe da jovem é do Ministério da Magia em Colorado.
- Oh, Deus! Os jornais vão adorar! - O capitão McLagan respirou fundo. - Por que acha que o garoto não é o culpado?
- Ele admite que esteve na suíte, mas alega que a garota lhe pediu para ir embora porque esperava alguém. Creio que o rapaz é inteligente demais para inventar uma história tão estúpida. Estou convencido de que ele sabe quem Judd Houston esperava. Mas não quer dizer quem era.
- Tem alguma idéia?
- Era a primeira vez que ela vinha a Londres e vieram visitar o Ministério. Ela não conhecia ninguém aqui. Disse que ia ao banheiro. Não há banheiro público aqui. Ausentou-se durante cerca de quinze minutos. O que acho que aconteceu é que, enquanto procurava um banheiro, esbarrou com alguém no Ministério, alguém que pode ter reconhecido. Talvez alguém que ela tenha visto na TV. Seja como for, devia ser alguém importante muito importante aqui dentro. Ele levou-a a um banheiro particular, deixou-a bastante impressionada, a ponto da moça concordar em encontrá-lo no Monroe Arms.
- Você não está dizendo que o Ministro Malfoy fez isso não é?
- Ainda não capitão, mas a essa altura do campeonato eu duvidaria até da minha própria sombra.
O capitão McLagan ficou pensativo.
- Não solte o garoto. Quero o nome do tal homem. Precisarei falar com o Ministro.
- Certo.
Enquanto o auror Reese se retirava, o capitão McLagan pegou o telefone e fez uma ligação. Poucos minutos depois, estava dizendo:
- Isso mesmo, senhor. Temos uma testemunha sob custódia
- Está numa cela no porão do Ministério.
- Não, senhor. Acho que o garoto vai nos dar o nome do homem amanhã.
- Sim, senhor. Eu compreendo.
A ligação foi cortada. O capitão McLagan suspirou e voltou a se concentrar na pilha de papéis em sua mesa.
Às oito horas da manhã seguinte, quando o auror Nick Reese foi à cela de Paul Yerby, deparou-se com o corpo do garoto pendurado de uma das barras mais altas.
MORTA DE 16 ANOS IDENTIFICADA COMO FILHA DE UMA FUNCIONÁRIA DO ALTO ESCALÃO DO MINISTÉRIO DA MAGIA NO COLORADO.
NAMORADO PRESO PELO MINISTÉRIO É ENCONTRADO MORTO NA SUA CELA.
MINISTÉRIO CAÇA TESTEMUNHA MISTERIOSA.
Ele ficou olhando para as manchetes e sentiu uma súbita vertigem. Dezesseis anos. Ela parecia mais velha. De que ele era culpado? De assassinato? Talvez de homicídio culposo. E mais, de estupro, por se tratar de uma menor.
Contempla-la saindo do banheiro da suíte usando apenas um sorriso. "Nunca fiz isso antes".
E ele a abraçara e acariciara. "Fico contente pela primeira vez ser comigo, meu bem".
Antes, partilhara com ela um copo de ecstasy líquido. "Beba isto. Fará com que se sinta bem. Fizeram amor e depois ela se queixara de não se sentir bem. Levantara-se da cama, cambaleara e caíra, batera com a cabeça na mesa. Um acidente. Claro, o Ministério não veria assim. Mas não há nada que possa me ligar a ela. Absolutamente nada.
Todo o episódio tinha um ar de irrealidade, um pesadelo que tinha acontecido com outra pessoa. De certa forma, porém, ver tudo em letra de imprensa fazia com que se tornasse horripilantemente real.
Uma reunião na Sala Secreta de Reuniões Ministeriais de Alto Sigilo começaria dentro de poucos minutos. Ele respirou fundo. Tinha que se controlar.
Na Sala de Reunião estavam reunidos Sime Lombardo e Jules Milinight. Draco entrou e foi se sentar atrás de sua mesa.
- Bom dia, senhores.
Depois de cumprimentos gerais, Jules Milinight disse:
- Já viu o Profeta Diário, sr. Ministro?
- Não.
- Identificaram a moça que morreu no Monroe Arms Hotel. Infelizmente, é uma péssima notícia.
Draco ficou rígido em sua cadeira, numa reação inconsciente.
- É mesmo?
- O nome dela é Judd Houston. A filha de Jackie Houston.
- Oh, Deus! - As palavras mal escaparam dos lábios do Ministro. Todos tinham ficado surpresos com a sua reação. Ele se recuperou no mesmo instante.
- Eu... Conhecia Jackie Houston... Há muito tempo. É uma notícia terrível. Muito terrível.
Sime Lombardo comentou:
- O Profeta Diário vai investir contra nós por causa disso. Há alguma coisa que possamos fazer para calar Virgínia Weasley?
Draco pensou na noite apaixonada que passara com ela.
- Não - respondeu ele. - A liberdade de imprensa, senhora.
Jules Milinight virou-se para o Ministro.
- Sobre Jackie Houston?
- Eu cuido disso. - Draco apertou um botão do interfone. - Ligue-me com Jackie Houston no Ministério no Colorado.
- O momento não poderia ser pior. - murmurou Jules.
O interfone tocou. Draco atendeu.
- Pois não? - Ele escutou por um momento, depois desligou. – Jackie está a caminho de Londres.
Draco olhou para Jules Milinight.
- Há um editorial no Profeta Diário. É bastante duro.
Jules Milinight estendeu para o Ministro o jornal aberto na página do editorial.
MINISTRO INCAPAZ DE CONTROLAR CRIME NO MUNDO BRUXO.
- E continua daí. - acrescentou Jules.
- Virgínia Weasley... - murmurou Sime Lombardo. - Alguém deveria ter uma conversinha com ela.
Em sua sala no Profeta Diário, Matt Baker relia o editorial atacando o Ministro por ser indulgente com o crime, quando Owen Cloudmind entrou. Era um jornalista de quarenta e poucos anos, brilhante, vivido, que antes fora um auror. Era um dos melhores repórteres investigadores do mundo bruxo.
- Foi você quem escreveu este editorial, Owen?
- Eu mesmo.
- Este parágrafo sobre o crime diminuindo em vinte e cinco por cento em Minnessota ainda me incomoda. Por que falou justamente sobre Minnesota?
- Foi uma sugestão da Princesa de Gelo - explicou Cloudmind.
- Ficou ridículo - comentou Matt Baker, um tanto brusco. - Falarei com ela.
Virgínia Weasley falava ao telefone quando Matt Baker entrou em sua sala.
- Deixarei os detalhes para você, mas precisamos levantar tanto dinheiro para ele quanto pudermos. O inominável Henry, de Minnesota, virá almoçar hoje aqui e me entregará uma lista de nomes. Obrigada.
Ela desligou e levantou os olhos.
- Olá, Matt.
Matt Baker aproximou-se da mesa.
- Quero conversar com você sobre este editorial.
- Ficou bom, não é?
- É horrível, Gina. Não passa de propaganda. O Ministro não é responsável pelo controle do crime em Londres.
- Mas como não? Quando eu era pequena, o Ministério era responsável por tudo o que acontecia no Mundo Bruxo. E além do mais... - Virgínia Weasley recostou-se na cadeira, muito calma. - Matt, este é o meu jornal. Direi qualquer coisa que eu quiser. Draco Malfoy é um péssimo Ministro, e Gregory Henry daria um grande Ministro. Vamos ajudá-lo a conquistar a Ministério. - Ela viu a expressão de Matt e abrandou. - Ora, Matt, não fique assim. O Profeta Diário estará do lado do vencedor. Henry será ótimo para nós. Está vindo para cá agora. Gostaria de almoçar conosco?
- Não. Não gosto das pessoas que comem com as mãos. - Ele virou-se e deixou a sala. No corredor, encontrou o inominável Henry, um homem na casa dos cinqüenta anos, um político presunçoso.
- Ah, inominável, meus parabéns.
O inominável Henry ficou perplexo.
- Obrigado. Há... Pelo quê?
- Por reduzir o crime em vinte e cinco por cento no seu estado.
E Matt Baker se afastou, deixando o inominável a fitá-lo com uma expressão desconcertada.
O almoço foi na sala de refeições de Virgínia Weasley, mobiliada com antiguidades. Um chef trabalhava na cozinha, preparando o almoço, quando Gina e o inominável Henry entraram. O maitre adiantou-se para cumprimentá-los.
- O almoço será servido assim que desejar, srta. Weasley. Aceitam um drinque?
- Não para mim. - respondeu Gina. - Inominável?
- Não costumo beber durante o dia, mas quero uma Cerveja Amanteigada.
Virgínia Weasley sabia que o inominável Henry bebia muito durante o dia. Tinha uma ficha completa sobre ele. Henry tinha uma esposa e cinco filhos, mas mantinha uma amante no Japão. O que importava era o fato de Gregory Henry ser um homem que acreditava em deixar as grandes empresas em paz e o Profeta Diário era uma grande empresa. Gina tencionava fazer com que se tornasse ainda maior, e Henry haveria de ajudá-la quando se tornasse o Ministro.
Sentaram-se à mesa. O inominável Henry tomou um gole da sua cerveja.
- Quero lhe agradecer pela campanha de levantamento de fundos, Gina. Foi um gesto magnífico.
Ela sorriu, efusiva.
- O prazer foi meu. Farei tudo o que estiver ao meu alcance para ajudá-lo a derrotar Draco Malfoy.
- Acho que tenho uma boa chance..
- Também acho. As pessoas começam a se cansar de Malfoy e seus escândalos. Meu palpite é de que ele será liquidado se houver mais algum escândalo daqui até a eleição.
O inominável Henry estudou-a por um momento.
- Acha que haverá?
Gina acenou com a cabeça e murmurou:
- Eu não ficaria surpresa.
O almoço foi delicioso.
O telefonema de Antonio Dissenary, um assistente da médica-legista, causou certa felicidade a Gina.
- Srta. Weasley, disse que queria que eu a mantivesse informada sobre o caso de Judd Houston, não é mesmo?
- Disse, sim...
- O Ministério nos pediu para manter sigilo, mas como tem sido uma grande amiga, pensei...
- Não se preocupe. Cuidarei bem de você. Fale-me sobre a autópsia.
- Pois não, madame. A causa da morte foi uma droga chamada Veneno de Mimbletonia ou ecstasy líquido.
- O quê?!
- Ecstasy trouxa. Ela a tomou na forma líquida.
"Tenho uma pequena surpresa para você. Quero que experimente... Isto é ecstasy líquido. Um amigo me deu..."
E a mulher encontrada no rio Londres morrera de uma overdose de Veneno de Mimbletonia
Gina se manteve imóvel, o coração batendo forte.
Gina mandou chamar Owen Cloudmind.
- Quero que investigue a morte de Judd Houston. Acho que o Ministro está envolvido.
Owen Cloudmind fitou-a com absoluta incredulidade.
- O Ministro?
- Estão tentando encobrir os fatos. Não tenho a menor duvida quanto a isso. Aquele garoto que prenderam... acho que o suicídio dele foi conveniente demais... Investigue isso também. E quero
que investigue os movimentos do Ministro na tarde e noite da morte da moça. A investigação deve ser muito particular. Sigilosa. Só vai se reportar a mim.
Owen Cloudmind respirou fundo.
- Sabe o que isso pode significar?
- Sim. Trate de começar. E mais uma coisa, Owen...
- O que é?
- Procure na Internet por uma droga chamada Veneno de Mimbletonia. E procure por uma ligação com Draco Malfoy.
Num setor medi-bruxo da Internet, devotado aos perigos da droga, Cloudmind descobriu a história de Mirian Friedland, a antiga secretária de Draco Malfoy. Ela estava no St. Mungus em Londres. Cloudmind telefonou para perguntar sobre seu estado. Um medi-bruxo informou:
- A srta. Friedland faleceu há dois dias. Nunca se recuperou do coma.
Owen Cloudmind telefonou para o gabinete de Jackie Houston.
- Sinto muito, mas a senhora Jackie está a caminho de Londres. - informou a secretária.
Dez minutos depois, Owen Cloudmind seguia para o aeroporto nacional. Com o advento trouxa, aparatar ou mesmo vir por Chave de Portal cansava muito mais do que viajar de avião. Seria muito mais cômoda para ela, vir pelo transporte aéreo trouxa. Chegou atrasado.
Quando os passageiros desciam do avião, Cloudmind avistou Jules Milinight se encaminhar para uma loura atraente, na casa dos quarenta anos, e cumprimentá-la.
Os dois conversaram por um momento, e depois Milinight levou-a para uma limusine à espera.
Observando à distância, Cloudmind pensou: "Tenho de conversar com aquela mulher".
Descobriu o hotel onde Jackie ficaria hospedada.
Quando Jackie Houston foi introduzida na sala particular, encontrou Draco Malfoy à espera. Ele pegou as mãos dela e murmurou:
- Lamento profundamente, Jackie. Não há palavras. Quase dezessete anos haviam transcorrido desde que ele a vira pela última vez. Tinham se conhecido numa convenção bruxa em Hogsmead. Ele acabara de sair de Hogwarts. Era jovem, atraente e ansiosa, os dois tiveram uma ligação breve e ardente. Há dezessete anos. E Judd tinha dezesseis anos.
Draco não ousou fazer a Jackie a pergunta que havia em sua mente. "Não quero saber."
Olharam um para o outro em silêncio e, por um momento, Draco pensou que ela falaria do passado. Desviou os olhos. Mas Jackie Houston disse:
- O Ministério acha que Paul Yerby teve alguma coisa a ver com a morte de Judd.
- Isso mesmo.
- Não teve.
- Não?
- Paul era apaixonado por Judd. Nunca lhe faria qualquer mal. - A voz de Jackie tremia. - Eles... Eles iam casar um dia.
- Segundo minhas informações, Jackie, encontraram as impressões digitais do rapaz no quarto de hotel em que ela foi morta.
- Os jornais disseram que aconteceu... Na Suíte Imperial do Monroe Arms - murmurou Jackie Houston.
- É verdade.
Draco, Judd recebia uma pequena mesada. O pai de Paul era um escriturário aposentado. De onde Judd tirou o dinheiro para a Suíte Imperial?
- Eu... Eu não sei.
- Alguém precisa descobrir. Não irei embora até saber quem é o responsável pela morte de minha filha. - Ela franziu o rosto. - Judd tinha uma visita a você marcada para aquela tarde. Chegou a vê-la?
- Não... Mas bem que gostaria. Infelizmente, surgiu uma emergência e... – houve uma breve hesitação. - Tive de cancelar o encontro.
Num apartamento no outro lado da cidade, deitados na cama, os corpos nus comprimidos, ele pôde sentir a tensão na mulher.
- Você está bem, Jane?
- Estou, sim, Alex.
- Parece longe daqui, meu bem. Em que pensa?
- Nada. - respondeu Jane McGrath.
- Nada?
- Para dizer a verdade, eu pensava naquela pobre moça que foi assassinada no hotel.
- Li as notícias. Ela era filha de alguém do Ministério.
- Isso mesmo.
- O Ministério já sabe com quem ela estava?
- Não. Estiveram no hotel, interrogando todo mundo.
- Você também?
- Eu também. Mas só pude falar sobre o telefonema.
- Que telefonema?
- O que alguém na suíte deu para o Ministério. Ele ficou subitamente imóvel.
Depois de um instante, comentou em tom casual:
- Isso não significa nada. Todo mundo gosta de ligar para o Ministério.
- Faça isso de novo, meu bem. Tem mais mel para passar?
Owen Cloudmind acabara de voltar à sua sala do aeroporto quando o telefone tocou.
- Cloudmind.
- Olá, sr. Cloudmind. Aqui é Alex Cooper. Alex Cooper, um parasita insignificante, que se fantasiava como um informante da categoria de Watergate.
Era sua idéia de uma piada.
- Ainda paga por dicas quentes?
- Depende da temperatura.
- Esta vai queimar seu rabo. Quero cinco mil galeões.
- Adeus.
- Espere um pouco. Não desligue. É sobre a garota que foi assassinada no Monroe Arms.
Owen Cloudmind ficou interessado no mesmo instante.
- O que tem sobre ela?
- Podemos nos encontrar em algum lugar?
- Eu o verei no Hogs Head dentro de meia hora.
Às duas horas da tarde, Owen Cloudmind e Alex Cooper estavam sentados numa mesa reservado no Hogs Head. Alex Cooper era magro e insidioso, e Cloudmind detestava fazer negócios com ele. Não sabia de onde Cooper obtinha suas informações, mas ele já fora muito útil no passado.
- Espero que não esteja desperdiçando meu tempo. - comentou Cloudmind.
- Não creio que seja um desperdício de tempo. O que pensaria se eu lhe dissesse que há uma ligação entre a Ministério e a moça assassinada?
Havia um sorriso presunçoso na cara de Cooper. Owen Cloudmind conseguiu encobrir sua empolgação.
- Continue.
- Cinco mil galeões?
- Mil.
- Dois mil.
- Negócio fechado. Conte tudo.
- Minha garota é telefonista no Monroe Arms.
- Como ela se chama?
- Jane McGrath.
Cloudmind escreveu uma anotação.
- E daí?
- Alguém na Suíte Imperial fez uma ligação para o Ministério durante o tempo em que a garota estava lá.
Acho que o Ministro está envolvido, dissera Virgínia Weasley.
- Tem certeza?
- Absoluta.
- Vou verificar. Se for verdade, você receberá seu dinheiro. Mencionou isto para mais alguém?
- Não.
- Melhor assim. Não conte a ninguém. - Cloudmind levantou-se. - Ficaremos em contato.
- Há mais uma coisa. - murmurou Cooper.
Cloudmind parou.
- O que é?
- Tem de me manter fora disso. Não quero que Jane saiba que falei com alguém.
- Não tem problema.
E Alex Cooper ficou sozinho, pensando na maneira como gastaria os dois mil galeões sem que Jane soubesse o que fizera.
A mesa telefônica do Monroe Arms ficava num cubículo por trás da recepção. Quando Cloudmind entrou, segurando uma prancheta, Jane McGrath estava de serviço e dizia ao bocal:
- Estou ligando para você.
Ela completou a ligação e olhou para Cloudmind.
- O que deseja?
- Conta Telefônica. - Cloudmind mostrou uma identificação rapidamente. - Temos um problema aqui.
Jane McGrath estava surpresa.
- Que tipo de problema?
- Alguém protestou contra a cobrança de ligações que não fez. - Ele fingiu consultar a prancheta. - Dia 15 de outubro. Foi cobrada uma ligação para a Alemanha, e a pessoa alega que não conhece ninguém na Alemanha. Está furiosa.
- Pois não sei de nada a respeito! - protestou Jane, indignada. - Nem me lembro de ter feito qualquer ligação para a Alemanha no mês passado.
- Tem o registro do dia 15?
- Claro.
- Eu gostaria de vê-lo.
- Está bem.
Ela tirou uma pasta de debaixo de uma pilha de papéis e entregou-a. A mesa telefônica zumbia. Enquanto Jane atendia as ligações, Cloudmind examinou a pasta. Dia 12 de outubro... 13... 14... 16...
A página do dia 15 estava faltando.
N/A: Dois capítulos hoje... Fiquei um tempinho sem atualizar e resolvi colocar logo dois. Não sei quando vou atualiza-la novamente, por isso se deliciem com esses dois... Já tenho outros projetos de fics baseadas em livros do mestre Sidney Sheldon ou da fascinante Agatha Christie... Se eu resolver mesmo fazer eu coloco um review pra vocês aqui com o link e tudo mais... Bem bjus e até não sei quando.
