Capítulo 19 - A elucidação do crime.

O inominável Andrews sentia uma fúria gélida. "Como pude ser tão idiota? Escolhi o homem errado. Ele está tentando destruir tudo por que sempre me empenhei. Vou lhe ensinaro que acontece com as pessoas que tentam me trair".

O inominável permaneceu sentado à sua mesa, imóvel, por um longo tempo, decidindo o que faria. Depois, pegou um telefone e fez uma ligação.

- Srta. Weasley, disse-me que ligasse quando eu tivesse mais alguma coisa.

- E o que tem, inominável?

- Primeiro, vou lhe dizer o que quero. Daqui por diante, espero contar com um apoio total do Profeta Diário... contribuições para a campanha, editoriais entusiasmados, tudo o que for necessário.

- E o que receberei em troca de tudo isso? - indagou Gina.

- A cabeça de Draco Malfoy. Foi sempre isso que quis, não é? Os aurores acabam de emitir um mandado para a prisão dele por uma série de assassinatos.

Ele ouviu Virgínia Weasley inspirar fundo.

- Continue a falar.

E o auror contou-lhe tudo.

Depois de desligar o telefone, Virgínia aparatou na sala de Baker e falava tão depressa que Matt Baker não podia entender uma só palavra.

- Pelo amor de Deus, acalme-se! - pediu ele. - O que está tentando dizer?

- O Ministro! Nós o pegamos, Matt! Acabei de falar com o inominável Carl Andrews. Os aurores estão no gabinete do Ministro neste momento com um mandado para a sua prisão, sob a acusação de assassinato. Há um monte de provas contra ele Matt, e o Ministro não tem álibi. É o furo do século!

- Não pode publicar isso. - Ela se mostrou aturdida.

- Como assim?

- Gina, uma notícia dessas é grande demais para apenas... Tsto é, os fatos precisam ser conferidos e reconferidos...

- E reconferidos de novo até que virem a manchete em outro jornal? Não, obrigada. Não tenho a menor intenção de perder este furo.

- Não pode acusar o Ministro da Magia de assassinato sem...

Gina sorriu.

- Não farei isso, Matt. Só precisamos publicar a notícia de que há um mandado para a sua prisão. E o suficiente para destruí-lo.

- Mas o inominável Andrews...

- Está entregando o próprio genro. Não me pergunte porquê, ele é um homem tão sem escrúpulos quanto Malfoy. O fato dele achar que Malfoy é culpado, não seria suficiente para me ligar. Malfoy fez algo que ele não gostou, aliás, que o deixou furioso.

- Não é suficiente. Temos de verificar tudo primeiro e... Verificar com quem...

- com Katharine Graham? Perdeu o juízo, Matt? Publicamos a notícia imediatamente ou perdemos o furo.

- Não posso permitir que faça isso, não sem antes verificar tudo que...

- Com quem você pensa que está falando? Este é o meu jornal, e farei qualquer coisa que eu quiser.

Matt Baker levantou-se.

- E uma irresponsabilidade. Não permitirei que meu pessoal escreva essa matéria.

- Nem precisa. Eu mesma escreverei.

- Gina, se fizer isso, vou embora. Para sempre.

- Não vai, não, Matt. Você e eu vamos partilhar um Prêmio Pulitzer. - Ela observou-o se virar e sair da sala. - Você vai voltar, Matt.

E no mesmo dia, Gina chamou Sibila Trelawney à sua sala e disse:

- Quero saber qual é o meu horóscopo para as próidmas vinte e quatro horas.

- Pois não, Srta. Weasley. Terei o maior prazer. - Sibila Trelawney tirou do bolso uma pequena efeméride e abriu-a. Estudou as posições das estrelas e

planetas por algum tempo, depois arregalou os olhos.

- O que é? - Sibila Trelawney fitou-a.

- Eu... alguma coisa muito importante parece estar acontecendo. - Ele apontou para a efeméride. - Veja aqui. Marte em trânsito está passando sobre a sua nona casa de Plutão por três dias, fazendo uma quadratura com a sua...

- Isso não importa. - interrompeu Gina, impaciente. - Vá direto ao ponto.

Ela piscou, aturdido.

- O ponto? Ah, sim... - Sibila Trelawney tornou a olhar para o livro. - Há algum tipo de grande acontecimento prestes a ocorrer. E você está bem no meio. Será ainda mais famosa do que é agora, srta. Weasley. o mundo inteiro vai conhecer seu nome.

Gina foi dominada por um sentimento de intensa euforia. O mundo inteiro conheceria seu nome. Ela estava na cerimônia de premiação e o orador dizia: "E

agora a ganhadora do Prêmio Pulitzer pela mais importante reportagem na história do jornalismo. A vencedora é a srta.. Virgínia Weasley." Todos se levantavam para uma tremendaovação, o barulho era ensurdecedor.

- Srta. Weasley...

Gina sacudiu a cabeça para dissipar o sonho.

- Mais alguma coisa?

- Não - respondeu Gina. - Obrigada, Sibila. Isso já é suficiente.

Às sete horas daquela noite, Gina olhava para uma prova da matéria que escrevera. A manchete bradava:

MINISTRO MALFOY ACUSADO DE ASSASSINATO. SERÁ INTERROGADO POR SEIS MORTES.

Gina leu o texto por baixo, depois virou-se para Lyle Stooper, seu editor-executivo:

- Pode publicar. Mande rodar uma edição extra. Quero que o jornal saia nas ruas dentro de uma hora.

Lyle Stooper hesitou.

- Não acha que Matt Baker deveria dar uma olhada ... ?

- O jornal é meu, não dele. Mande rodar. Agora.

- Pois não, madame. - Ele pegou o telefone e fez uma ligação. - Vamos rodar.


Às sete e meia daquela noite, Reese e McLagan preparavam-se para voltar ao Gabinete Ministerial. Joseph McLagan comentou, com alguma aflição na voz:

- Peço a Deus para que não seja necessário usar, mas, apenas como precaução, estou levando minha varinha e o mandado judicial para a prisão do Ministro.

Trinta minutos depois, a secretária de Draco avisou:

- O auror Reese e o capoitão McLagan estão aqui.

- Mande-os entrar.

Draco, muito pálido, observou-os quando entraram no Gabinete Ministerial. Alicia se postava ao seu lado, apertando sua mão com toda força. Reese perguntou:

- Está pronto para responder às nossas perguntas agora, Sr. Ministro?

Draco acenou com a cabeça.

- Estou.

- Sr. Ministro, Judd Houston tinha um encontro marcado para vê-lo no dia 15 de outubro?

- Tinha.

- E recebeu-a?

- Não. Tive de cancelar.

FlashBack

O telefonema ocorrera pouco antes das três horas da tarde.

- Querido, sou eu. Estou sozinha na cabana em Maryland, com muita saudade de você. Neste momento estou na beira da piscina, nua.

- Precisamos tomar uma providência imediata a respeito.

- Quando pode escapar?

- Estarei aí dentro de uma hora.

FlashBack

Draco virou-se para o grupo.

- Se o que estou prestes a lhes dizer sair desta sala, causaria um dano irreparável ao Minsitério e às nossas relações com outro país. Faço isso com a

maior relutância, mas vocês não me deixaram opção.

Enquanto o grupo olhava, espantado, Draco foi até uma porta lateral e abriu-a.

Sylvia Picone entrou na sala.

- Esta é Sylvia Picone, a esposa do embaixador italiano. No dia 15 de outubro, a sra. Picone e eu estivemos juntos em sua cabana em Maryland, de quatro horas da tarde até duas horas da madrugada. Não sei absolutamente nada sobre o assassinato de Judd Houston, ou qualquer das outras mortes.


Mila entrou na sala de Virgínia Weasley.

- Gina, estou em cima de um caso muito interessante. Antes de Owen Cloudmind ser assassinado, ele esteve na casa de Carl Yourdon, um recepcionista no

Monroe Arms Hotel. Yourdon morreu num suposto acidente de barco. Ele morava com a irmã. Eu gostaria de levar uma equipe até lá e fazer um segmento gravado para o noticiário das dez horas da noite.

- Acha que não foi um acidente?

- Há coincidências demais.

Virgínia Weasley pensou por um momento.

- Está bem. Vou providenciar.

- Obrigada. Aqui está o endereço. Vou me encontrar com a equipe lá. Quero passar em casa antes para trocar de roupa.

Ao entrar em seu apartamento, Mila experimentou a súbita sensação de que havia algo errado. Alguém estivera ali. Ela circulou pelo apartamento devagar, verificou os armários com a devida cautela. Nada desaparecera.

"É minha imaginação" - disse Mila para si mesma. Mas ela propria não acreditava nisso.

Quando chegou à casa em que morava a irmã de Carl Yourdon, Mila tocou a campainha.

- Onde vamos fazer a entrevista? - perguntou Mills, o fotógrafo.

- Quero fazer dentro da casa. Chamarei vocês quando estivermos prontas.

- Combinado.

Nesse instante, Marianne Yourdon abriu a porta.

- O que deseja?

- Sou...

- Ah, sei quem você é! Já li suas reportagens no Profeta Diário.

- Podemos conversar um pouco?

Marianne Yourdon hesitou.

- Entre.

Mila seguiu-a para a sala de estar. Marianne Yourdon ofereceu-lhe uma cadeira.

- É sobre meu irmão, não é? Ele foi assassinado. Tenho certeza.

- Quem o matou?

Marianne Yourdon desviou os olhos.

- Não sei.

- Owen Cloudmind esteve aqui?

Os olhos da mulher se contraíram.

- Ele me enganou. Eu disse onde poderia encontrar meu irmão e... - os olhos dela se encheram de lágrimas. - Agora Carl está morto.

- Sobre o que Cloudmind. queria falar com seu irmão?

- Não sei.

Mila estudou-a por um instante.

- Será que se importaria se eu fizesse uma pequena entrevista com você para o jornal? Pode apenas dizer umas poucas palavras sobre o assassinato de seu irmão e o que pensa do crime nesta cidade.

Marianne Yourdon acenou com a cabeça.

- Acho que não tem problema.

- Obrigada.

Mila foi até a porta da frente, abriu-a e acenou para Vernon Mills. Ele pegou a câmera fotográfica e encaminhou-se para a casa, seguido por Andrew Wright.

- Nunca fiz nada parecido antes. - comentou Marianne.

- Não precisa ficar nervosa. Levará apenas uns poucos minutos.

Vernon entrou na sala com a câmera.

- Onde você quer fotografar?

- Faremos tudo aqui mesmo, na sala. - Ela acenou com a cabeça para um canto.

- Podem ligar no momento em que estiverem prontas para começar.

Ele largou o controle em cima de uma mesa. Marianne Yourdon disse:

- Não! Esperem um instante! Sinto muito. Eu... não posso fazer isso.

- Por quê? - perguntou Mila.

- E... é perigoso. Posso falar com você a sós?

- Claro. - Mila olhou para Vernon e Wright.

- Ficaremos esperando no carro. Mila virou-se para Marianne Yourdon.

- Por que é perigoso para você ar uma entrevista ao Profeta Diário?

Marianne murmurou, relutante:

- Não quero que eles me vejam.

- Eles quem?

Marianne engoliu em seco.

- Carl fez uma coisa... Uma coisa que não deveria ter feito. Foi morto por causa disso. E os homens que o mataram também tentarão me matar. - Ela tremia toda.

- O que Carl fez?

- Oh Deus! - exclamou Marianne. - Supliquei para que ele não fizesse!

- Não fizesse o quê? - insistiu Mila.

- Ele... Ele escreveu uma carta de chantagem. - Mila ficou surpresa.

- Uma carta de chantagem?

- Isso mesmo. Acredite em mim, Carl era um homem honesto. Mas acontece que ele gostava... Tinha gostos caros, e com seu salário não tinha condição de viver da maneira como queria. Não pude impedi-lo. Ele foi assassinado por causa daquela carta. Sei disso. Descobriram onde ele estava, e agora sabem onde eu moro. Vão me matar. - Marianne chorava agora. - Vão me matar também.

- Fale-me sobre a carta. - Marianne Yourdon respirou fundo.

- Meu irmão ia viajar em férias. Esqueceu um casaco que queria levar na viagem e voltou ao hotel para buscá-lo. Pegou o casaco e já estava em seu carro, na garagem subterrânea, quando a porta do elevador privativo da Suíte Imperial abriu. Carl me disse que viu um homem sair. E se surpreendeu ao vê-lo ali. Ficou ainda mais surpreso quando o homem voltou ao elevador e limpou suas impressões digitais. Carl não podia imaginar o que estava acontecendo. Mas depois... no dia seguinte ele leu sobre o assassinato da pobre moça, e compreendeu que fora aquele homem que a matara.

Marianne hesitou.

- Foi quando ele resolveu mandar a carta para o Ministério.

Mila repetiu, devagar:

- Para o Ministério?

- Isso mesmo.

- E para quem ele mandou a carta?

- Para o homem que viu na garagem. Sabe quem é ... Aquele que está sempre com o Ministro... Acho que o nome dele é Jules Milinight.


Através das paredes da sala, ele podia ouvir o som do tráfego na rua, fora do Ministério, e voltou a ter consciência do lugar em que se encontrava.

Revisou tudo o que estava acontecendo, e concluiu que se achava seguro. Draco Malfoy seria preso pelos assassinatos que não cometera, Melvin Wicks, o vice-Ministro, assumiria a presidência. o inominável Andrews não teria qualquer dificuldade para controlar o vice-Ministro Wicks. "E não há nada para me ligar a qualquer das mortes" - pensou Milinight. - "Fiz tudo completamente certo para que a culpa recaísse em Malfoy."

Começou a pensar em sua vida e em tudo que tinha acontecido até ali.

FlashBack

Havia uma reunião de oração naquela noite e Jules Milinight a aguardava com ansiedade. o grupo gostava de ouvi-lo falar sobre religião e poder.

Jules Milinight passara a se interessar pelas garotas quando tinha quatorze anos. Deus lhe dera uma libido extraordinariamente forte, as garotas ficavam fascinadas. Além disso, Deus concedera a Jules o dom da persuasão e ele fora capaz de atrair moças hesitantes para o banco traseiro de carros, a celeiros e camas. Infelizmente, engravidara uma das garotas e fora obrigado a casar. Ela lhe dera duas filhas. A família poderia ter se tornado um fardo honeroso, imobilizando-o, mas acabara se tornando uma cobertura excepcional para suas atividades extracurriculares. Pensava em ingressar no sacerdócio, mas depois conhecera o inominável Carl Andrews e sua vida mudara.

No início, não houvera problemas em seus relacionamentos secretos. Depois, um amigo lhe dera uma droga chamada Veneno de Mimbletonia ou Ecstasy trouxa e Jules a partilhara com Pansy Parkiston, que pertencia à sua igreja. Alguma coisa saíra errada e ela morrera. Encontraram seu corpo no rio Londres.

O lamentável incidente seguinte ocorrera quando Mirian Friedland, secretária de Draco Malfoy, tivera uma reação negativa e entrara em coma. "Não foi culpa minha" - pensou Jules Milinight. E não o afetara. Era óbvio que Mirian consumia muitas outras drogas.

E depois viera a pobre Judd Houston. Ele a encontrara num corredor do Ministério, onde ela procurava por um banheiro. A moça o reconhecera no mesmo

instante e se mostrara impressionada.

- Você é Jules Milinight! Sempre o vejo nos jornais

- Fico contente em ouvir isso. Posso ajudá-la em alguma coisa?

- Eu procurava um banheiro. - Ela era jovem e muito bonita.

- Não há banheiros públicos no Ministério.

- Oh, não!

Jules dissera, num tom de conspiração:

- Talvez eu possa ajudar. Venha comigo.

Ele a levara a um banheiro particular no andar superior e esperara na porta.

Perguntara quando a moça saíra:

- Está apenas visitando Londres?

- Isso mesmo.

- Por que não me deixa mostrar a verdadeira Londres? Gostaria de conhecê-la?

Dava para sentir que a moça se sentia atraída por ele.

- Eu... eu bem que gostaria... se não for dar muito trabalho...

- Para uma moça tão bonita quanto você? Não será trabalho nenhum. Começaremos a noite com um jantar.

Ela sorrira.

- Parece emocionante.

- Prometo que será. Mas não deve dizer a ninguém que vamos nos encontrar. Será um segredo nosso.

- Não contarei. Prometo.

- Tenho uma reunião de alto nível com o governo russo no Monroe Arms Hotel esta noite. - Jules percebera que a moça tinha ficado ainda mais impressionada e continuara:

- Podemos jantar depois na Suíte Imperial do hotel. Por que não se encontra comigo ali por volta das sete horas?

Ela acenara com a cabeça, excitada.

- Está bem.

Ele explicara o que ela tinha de fazer para entrar na suíte.

- Não haverá qualquer problema. Basta me telefonar para avisar que já chegou.

E fora o que ela fizera.

No início, Judd Houston se mantivera relutante. Quando Jules a abraçara, ela protestara:

- Não quero... sou virgem.

Isso o tinha deixado ainda mais excitado.

- Não quero que faça coisa alguma que não deseje fazer. - assegurara ele. - Vamos apenas sentar e conversar.

- Está desapontado?

Ele apertara a mão de Judd.

- Claro que não, minha querida.

Ele tirara do bolso um vidro de Veneno de Mimbletonia e derramara um pouco em dois copos.

- O que é isso? - perguntara Judd.

- Serve para aumentar a energia. A nós. - Jules levantara seu copo num brinde e a observara tomar tudo.

- É gostoso - dissera Judd.

Passaram a meia hora seguinte conversando. Jules esperara que a droga fizesse efeito. Depois, aproximara-se e tornara a abraçar a moça... e desta vez não houvera resistência.

- Tire as roupas. - ordenara ele.

- Está bem.

Os olhos de Jules acompanharam-na na ida para o banheiro. Ele também começara a se despir. Judd saíra poucos minutos depois, nua, e ele se sentira bastante excitado com a visão daquele corpo jovem. Ela era linda. Deitara na cama ao lado de Jules e fizeram amor. Judd era inexperiente, mas o fato de ser virgem proporcionara a ele toda a excitação extra de que precisava. No meio de uma frase, Judd sentara-se na cama, com uma súbita vertigem.

- Está se sentindo bem, minha querida?

- Há... estou bem... apenas me sinto um pouco... - ela se apoiara no lado da cama por um momento. - Volto num instante.

Judd se levantara. E enquanto Jules observava, ela cambaleara, caíra e batera com a cabeça na quina da mesa de ferro.

- Judd! - Ele saltara da cama e correra até ela. - Judd!

Não conseguira sentir qualquer pulsação. "Oh, Deus!" - pensara ele. - "Como você pode fazer isso comigo? Não foi minha culpa. Ela escorregou".

Ele olhara ao redor. Não devem encontrar qualquer sinal da minha presença na suíte. Vestira-se depressa, fora ao banheiro, molhara uma toalha, pusera-se a limpar as superfícies de todos os lugares em que poderia ter tocado. Pegara a bolsa de Judd, tornara a olhar ao redor para se certificar de que não esquecera coisa alguma, descera no elevador privativo para a garagem. A última coisa que fizera antes de ir embora fora limpar as impressões digitais

dos botões do elevador.

Quando Paul Yerby aparecera como uma ameaça, Milinight usara suas ligações para liquidá-lo. Não havia a menor possibilidade de alguém ligá-lo

morte de Judd.

E depois ele recebera a carta de chantagem. Carl Yourdon, o recepcionista do hotel, vira-o na garagem. Jules mandara Sime se livrar de Yourdon, alegando que era para proteger o Ministro. Isso deveria encerrar o problema.

Mas Owen Cloudmind começara a fazer demais perguntas e liquidou-o também.

FlashBack

Agora, precisava cuidar de outra repórter intrometida. Pois ainda restavam duas ameaças: Marianne Yourdon e Mila Bulstrode.

E Sime se encontrava a caminho para matar as duas.


Marianne Yourdon repetiu:

- Sabe quem é... Jules Milinight. - Mila estava atordoada.

- Tem certeza? É dificil não reconhecer alguém assim, não é mesmo? Preciso usar seu telefone.

Mila foi apressada até o telefone, ligou para Virgínia Weasley. A secretária atendeu.

- Gabinete do Sra. Weasley.

- Sou eu, Mila. Preciso falar com ela. É urgente.

- Espere um instante, por favor.

Um momento depois, Gina entrou na linha.

- Mila... Alguma coisa errada?

Ela respirou fundo.

- Gina, acabei de descobrir quem estava com Judd Houston na ocasião em que ela morreu.

- Já sabemos disso. Era...

- Jules Milinight.

- O quê?! - um grito.

- Estou com a irmã de Carl Yourdon, o recepcionista do hotel que foi assassinado. Carl Yourdon viu Milinight limpar suas impressões digitais do elevador na garagem do hotel, na noite em que Judd Houston morreu. Yourdon enviou a Milinight uma carta de chantagem. Acho que Milinight mandou então assassiná-lo.

N/A: Desculpe se decepcionei vocês... Mas o Malfoy não é o assassino das moças... Fiz de tudo para que pensassem que era ele e no final não é (como eu sou mal!!!!)... Bem este é o penúltimo capítulo... Deixa eu ir para escrever o último... Bjinhs