Bom, antes de tudo, os agradecimentos, claro.
HelenaBlack: Obrigada, amiga! Valeu mesmo! E só uma coisa: por que será que você é sempre a primeira a me mandar reviews???
BabI Black: pronto! Aqui está! Ora, mas que impaciência! Espero que goste e que comente de novo...
Irmãs Potter: Obrigada! Vocês também são bem apressadas hein? Ora bolas!
Capítulo 2: Encharcados
Era uma noite chuvosa de Domingo e James estava sentado em uma das poltronas do salão comunal da Grifinória junto com seus amigos, perto da lareira, tentando esquecer da tarde tediosa que tivera naquele dia. Estava pensativo, tentando esquecer também o último episódio em que a Evans o chamara de patético. Essa menina é anormal? Pensou ele. O que há de errado comigo? Por que ela me ignora? Por que ela me odeia?! Afinal, quem resistiria a um Maroto?
Lily tinha se tornado um tormento na sua vida de galanteador. Desde o quarto ano de James em Hogwarts, ela não deu a mínima para os seus charmes e planos para conquistá-la. Essa última vez foi arrasador. Evans sempre acabava com as esperanças daquele pobre maroto. Ou quase todas.
"É isso! É a única coisa que não tentei!"
"Ah não! Chega Pontas! Qual é a tua, hein, cara? Desiste! Ela te odeia, te humilhou umas vinte vezes. Afinal você é ou não é um de nós? Não sei se lembra, mas nós Marotos não corremos atrás de mulher", disse Sirius, cansado de ver seu melhor amigo daquele jeito.
"Sou, e sempre serei. É exatamente por isso que preciso sair com a Evans, Almofadinhas! Agora é questão de honra e reputação. A escola inteira acha que estou aos pés dela!", disse James.
"E está", a voz de Remus veio de trás de um livro. O garoto baixou o exemplar de Como entender melhor os segredos das Poções e encarou James com ar de quem tem razão. "Eu nunca te vi agir assim antes Pontas. Cara, nas raras vezes que eu te vi levando um fora, você fazia cara de apocalipse, mas depois esquecia que tinha sido rejeitado."
"O que aconteceu com você, James?", perguntou Sirius. "Cadê meu amigo galanteador? Você nunca precisou correr atrás de mulher!" James olhou os amigos, apreensivo. Não queria estar sentindo aquilo. Não queria nem pensar que pudesse estar...amando. Não. Não posso estar amando Lily Evans! Não posso! Definitivamente não.
"Bom, acho que vocês merecem saber meus sentimentos. Eu nunca senti isso antes. Sinto uma necessidade enorme de estar ao lado de Lily. Não sei. Não posso ficar sem ela assim como não posso ficar sem quadribol. Ela é a garota mais fascinante que já conheci". Disse James tentando não encarar os olhares preocupados de seus amigos. Os outros Marotos se entreolharam confusos.
"Pontas, meu amigo. Sinto dizer mas acho que você está apaixonado", Remus disse tudo o que não queria ouvir.
"Ai Remus! Isola!!!", disse Sirius, batendo três vezes na moldura de um quadro empoeirado. Peter fez o mesmo.
"O que vocês tem contra o amor? Todo mundo se apaixona um dia" argumentou Remus.
"Deve ser terrível amar e não ser amado. Opa, foi mal, Pontas" disse Peter. James balançou a cabeça, dando um breve sorriso.
"Nem é esse o problema! Quem ama se sente culpado por beijar outras meninas!", disse Sirius, nervoso. "James não está amando porque ficou com aquela sonserina outro dia."
"Mas não disse que não me senti culpado", disse James de cabeça baixa.
"Putz", falou Sirius, desanimado. Um silêncio tomou conta do lugar e ouvia-se apenas os estalos da lareira.
"Gente, vou pra cama", disse James, levantando-se e seguindo para o dormitório desanimado.
James não conseguiu dormir. Lily lhe vinha à cabeça o tempo todo. Desistiu de ficar ali, pegou sua capa da invisibilidade e saiu dar uma volta. Não pegou o Mapa, pois estava com Sirius e não quis acordá-lo. Pensou em dar uma volta fora do castelo, mas mudou de idéia quando sentiu respingos de chuva em seu rosto, vindos de uma janela aberta.
Continuou andando a esmo, pesando em Lily e nos deveres de História da Magia e Poções que esquecera de fazer. Virou uma esquina e... Bam.
Temera ter trombado com Filch, porque sua capa havia escorregado de seu corpo. Ia pegar detenção. Putz, pensou ele. Mas James se surpreendeu ao ver uma garota ruiva, muito bonita, se levantando do chão.
"Ah, não! Potter! O que está fazendo aqui?", disse ela, nervosa.
"Estava sem sono, aí vim dar uma volta. Algum problema?", disse ele sem deixar de exibir seu melhor sorriso. Observou Lily atentamente. A garota estava com os cabelos soltos e brilhantes, e com os olhos verdes e inesquecíveis fitando os seus.
"Todos! É contra as regras da escola perambular de noite, sabia Potter?", disse a garota com ironia. "Ah, não. Você não deve saber. Vive desrespeitando as regras, não é?"
"Realmente, talvez eu viva desrespeitando regras. Mas incrivelmente eu sei que é proibido andar pelo castelo à noite. Mas por que está tirando uma com a minha cara? Você também está andando de noite pela escola. E eu sei que você não faz plantão de monitora aos Domingos", disse James. Lily não sabia o que dizer. Ora, ele estava certo. Não devia estar perambulando por aí também.
"Bom, é que..."
"Não precisa explicar Sta. Evans. Regras são regras. Os dois, me acompanhem", a voz de Filch encheu os ouvidos dos dois. James e Lily se encararam como se estivessem culpando um o outro por eles terem sido pegos.
Filch os levou para a sala de McGonagall e mandou-os esperar do lado de fora.
"Podíamos fugir agora", sugeriu ele.
"Está maluco, garoto? Quer botar a gente em mais encrenca? Você é realmente patético", disse ela, descartando a hipótese de James.
"Você nunca pegou detenção, não é?", perguntou James, abrindo um sorriso maroto.
"Não."
"Sabia. Olha, posso dizer que sou bem experiente em pegar detenção. O que a gente fez não foi muito grave. Já fiz coisas piores. Não fica assustada, olha, no máximo a Minerva vai mandar a gente fazer alguma coisa com Hagrid na Floresta Proibida, ou copiar umas 50 páginas de um livro, ou qualquer coisa assim...", disse James, pensativo. Lily revirou os olhos. James riu.
A porta abriu e a professora Minerva McGonagall veio ao encontro deles com uma camisola verde cintilante e encarou os dois.
"Potter de novo. Você não tem jeito!", disse ela apontando o dedo para o garoto. James passou as mãos nos cabelos negros e despenteados, um pouco sem graça, mas acostumado a ouvir isso. "Evans? Meu Deus, onde esse mundo foi parar?!", disse a professora, pondo as mãos no rosto cansado. "Ok. Os dois vão cumprir detenção agora mesmo", disse ela referindo-se a Filch que estava parado atrás dela, sorrindo. "Potter tem que treinar quadribol e você, Evans, deve estar querendo estudar. Bom, Hagrid há de ter alguma coisa para vocês fazerem."
"Mas professora, está chovendo!", reclamou Lily, aborrecida.
"Não tenho nada com isso, não vou me preocupar com detenções esta semana, tenho muitos pergaminhos pra corrigir", disse a professora com seu tom mais severo. "Fique feliz por não tirar pontos por sua irresponsabilidade."
Filch se encarregou de levar os dois para a cabana de Hagrid. A chuva caía forte sobre eles e os óculos de James estavam completamente embaçados. As luzes estavam acesas e Filch bateu na porta. Um homem muito grande e alto abriu a porta. Hagrid sempre fora muito educado e os convidou para tomar chá com bolinhos, ou ao menos se secar, mas Filch argumentou que estavam ali para pagar detenção. Hagrid olhou-os com cara de Ora, o que vocês aprontaram? O inspetor explicou a causa e perguntou se ele não poderia levá-los a uma expediçãozinha na Floresta. Lily arregalou os olhos.
"Bom, crianças. Tenho que colher uma planta que vive no meio da floresta para ajudar a professora Sprout a fazer veneno contra umas pragas que tem aparecido nas estufas.", disse ele aos dois. Hagrid pediu para Lily segurar a coleira de Canino que babou em suas vestes. James deu uma risada gostosa e Lily o fuzilou com o olhar.
Seguiram Hagrid por uma estrada tortuosa na floresta escura enquanto Lily reclamava.
"Estou encharcada!"
"Só você?", disse James, rindo da própria situação.
"Isso é tudo culpa sua Potter!"
"Minha culpa?! Você também estava desrespeitando as regras", disse James, forçando-se a acusá-la também.
"Mas foi culpa sua porque você começou a falar comigo", disse Lily nervosa. James, que estava andando em sua frente, virou-se para encará-la.
"Lily, você é muito certinha. Curte um pouco sua primeira detenção e fica quieta", disse James, rindo de novo.
"Seu idiota!"
"O que é?", disse o garoto ainda olhando para ela. Aliás, não conseguia parar de fitar aqueles olhos fascinantes.
"Perdemos Hagrid! E é culpa sua! Seu irresponsável! Imbecil!", disse Lily. Sentiu seus órgãos revirarem. Ela o odiava. O chamou de imbecil.
"Imbecil não, tá, por favor. A culpa foi sua, porque você só sabe reclamar da vida. Seja feliz! Divirta-se mais! Você se dedica demais aos estudos, sabia?"
"E você de menos. Tente ser mais responsável Potter e talvez não seja expulso. Mas bem que seria muito bom me livrar de você", disse ela.
Estava chovendo muito e os dois estavam perdidos. James não enxergava praticamente nada. "E o que a gente faz agora?", perguntou a garota, com medo.
"Acho que devemos seguir um pouco mais e talvez encontremos Hagrid mais para frente", disse ele encarando o caminho tortuoso com má vontade. Lily concordou e seguiram em frente. Por Merlin! Por que ela me detesta assim?
Continuou andando até que ouviu um baque as suas costas. Lily tinha escorregado e estava caída, com as mãos no pé esquerdo, que estava num ângulo muito esquisito.
"Você está bem?", perguntou o garoto, apreensivo."Nossa. Você arrebentou seu pé", disse James com cara de espanto.
"Sim. Me ajude a levantar" James a encarou. A garota estava a ponto de chorar de dor.
"Você quebrou o pé. É melhor voltarmos, eu te levo até a enfermaria."
"Eu estou bem Potter! Só me ajude...", não podia deixá-la continuar andando. Até porque andar para Lily agora poderia ser uma coisa realmente difícil de se fazer.
"Quer ficar quieta e me ouvir só uma vez na vida, sua infeliz?! Você NÃO está em condições de andar então eu vou te levar até Madame Pomfrey e ela dará um jeito nesse seu pé", disse ele. James encarou-a. Lily viu a preocupação de James em seus olhos e deixou-o pegá-la no colo. Mas ele não resistiu a um comentário sem graça:
"Ei, você precisa perder uns quilinhos", disse ele caminhando na direção oposta.
"Ah Potter!", disse a garota tentando sair dos braços dele. James parecia ser fraco por sua magreza mas era mais forte do que ela imaginava.
"Pára de reclamar se não eu te largo aqui! Não precisa me chamar de Potter, eu deixo você me chamar de James, meu amor" Disse ele escondendo um sorriso de satisfação, Lily só revirou os olhos. "Quer sair comigo o próximo fim de semana?", disse ele de repente.
"Não. Nunca vou sair com você Potter", disse Lily, cruzando os braços e desviando o olhar. Seguiram para o castelo.
Chegaram à enfermaria molhando o chão antigo e Madame Pomfrey estava dando um cochilo em uma das poltronas. Acordou assustada ao ouvir James colocar Lily em uma das camas.
"O que houve?", perguntou Madame Pomfrey esfregando as mãos nos olhos.
"Estávamos cumprindo detenção na floresta com Hagrid aí Evans caiu e, bom, conseguiu fazer isso com o pé", disse James passando a mão no cabelo molhado, despenteando-o mais ainda.
"Bom, o sr., por favor, espere ali", mandou ela, indicando uma cadeira, enquanto puxava uma cortina em torno da mesa de Lily.
"Bom srta. Evans, vai ter de passar algumas horas aqui, descansando enquanto a poção faz efeito. Vai estar boa para freqüentar as aulas amanhã. Pode ir sr. Potter.", disse ela. James ainda olhava Lily, preocupado.
"Tchau, Potter", falou Lily. O garoto fez que sim com a cabeça, virou-se e saiu da enfermaria sem olhar para trás.
James seguiu para o dormitório, deprimido. Tomou um banho quente, vestiu o pijama e caiu na cama, exausto.
N/A: Gostaram? Adoro cenas na chuva. A única coisa que não pude escrever foi um beijo dos dois. Calma. Este momento irá chegar...
Não sei se Filch já trabalhava em Hogwarts nessa época. Acho que sim porque se os gêmeos pegaram o Mapa na sala dele, ele provavelmente o tomou de algum dos Marotos. Hagrid já devia estar lá pois a câmara secreta foi aberta pela primeira vez cinqüenta anos antes da segunda. E, convenhamos, James não é tão velho assim.
Devem ter tido vontade de arremessar Lily longe... eu entendo.
Dedicatória: Bom, aqui vai. Amanda do jazz. Sei que nem vai chagar a ler isso, mas, só pra agradecer e lembrar da terceira vez que fui assistir PdA. Foi ótimo. Hehehe. XD
Carol, minha querida amiga, esse capítulo molhado é pra você. (Carol, sei que está pensando porque não dediquei o primeiro capítulo a você ... mas é que, veja bem, não foi o primeiro, mas este foi mais emocionante, não acha???) Obrigada por tudo, tá??? Você é muito divertida! Adoro você.
