Este é meu primeiro fic em português. Eu tenho uma songfic escrita com o
minha namorada, mas este é meu primeiro trabalho em português totalmente
por conta própria. Este fic vai ser Harry/Gina, Ron/Hermione e o resto
depende de suas opiniões. Espero que gostem e aproveitem este fic. Nenhum
dos personagens me pertence, apenas as idéias da história são minhas.
Spoilers de: Todos os livros, inclusive Quadribol através das eras e Bestas
Fantásticas e onde encontrá-las. E quero também agradecer a mulher que
tornou tudo isto possível, meu amor, Luciana Trindade que também esta
fazendo o papel de beta para este fic.
N.O.M
Um pesado clima chuvoso prendia todos os habitantes de Little Whinging trancados dentro de suas casas. Todos exceto um: Harry Potter. Um garoto alto e magro com os cabelos desleixados e compridos, roupas velhas e folgadas, que ficavam muito largas, mas agora não eram mais compridas, pois Harry finalmente superara em altura o seu primo, que fora o dono original delas.
Harry não se importava com a tempestade por que ela combinava com seus sentimentos. Ele estava passando por um turbilhão emocional muito grande. Havia recém perdido seu padrinho Sirius, a última chance que tinha de ter uma família que se importasse com ele, já que seus tios, Vernon e Petúnia, o odiavam. Harry se sentia triste e deprimido com a perda de Sirius, mas também sentia raiva e ódio de Voldemort e Bellatrix Lestrange, que eram os culpados pela perda que sofrera. Também havia uma mistura de felicidade e pesar por saber que ele teria que matar - ou ser morto - por Voldemort, de acordo com a antiga profecia. Pesar, por ter que carregar um enorme fardo para a idade, e felicidade, porque ele sabia que teria a chance de vingar Sirius, seus pais e Cedrico, que haviam sido mortos apenas por estar no caminho de Voldemort até Harry.
Harry havia começado a correr todos os dias para se esquecer de tudo que estava acontecendo. Para limpar sua mente ele tinha que se manter ocupado, ou todos aqueles sentimentos iriam consumi-lo por dentro. Então, ele apenas corria, ou mesmo estudava os seus livros dos anos anteriores ou lia as cartas de seus amigos.
Durante as duas semanas em que ele estava na Rua dos Alfeneiros com seus tios era assim que vinha se mantendo ocupado para não ficar deprimido. Além disso, ele tinha que se preparar. Afinal, se ele quisesse se vingar de Voldemort teria que estar preparado físico, mental e magicamente.
Quando não estava escrevendo Harry estava lendo cartas de seus amigos, que eram muitas, uma vez que agora eles escreviam quase todos os dias. Três "novos" amigos estavam também escrevendo regularmente, e até mesmo alguns colegas que haviam participado do A.D lhe escreviam de vez em quando.
Além das cartas de Rony e Hermione, agora ele recebia cartas de Neville Longbottom, seu colega na escola, que havia ficado muito mais próximo de Harry, já que havia participado da última grande aventura do trio. Recebia cartas também de Luna "Di-Lua" Lovegood, vizinha de Ron e Gina, que também havia tido participação na aventura e de Virgínia "Gina" Weasley, a irmã mais nova de Ron, que há algum tempo atrás havia tido uma quedinha por Harry, e neste último ano letivo havia mostrado o quanto era inteligente e divertida.
Harry passava o resto do tempo que dispunha revisando seu estudo dos anos anteriores para descobrir qualquer coisa que pudesse ajudá-lo a deter Voldemort, ou fazendo outros exercícios para melhorar sua condição física. Assim sendo, apesar da chuva torrencial que caía, Harry continuava a correr. Precisava se concentrar em suas metas acima de tudo.
Estava distraído, e então sentiu a irritação e a preocupação de alguém. A principio pensou que estava novamente percebendo as emoções de Voldemort, mas então notou que sua cicatriz não estava doendo. Então, se concentrou ao seu redor. Ele podia ouvir claramente os passos de alguém correndo para poder acompanhá-lo, e uma respiração pesada, já que a pessoa havia parado para descansar, aproveitando-se de que Harry não estava mais correndo. Neste momento Harry notou que estava conseguindo usar um pouco de Legilemência e o que estava sentindo era alguém se aproximar.
Harry se atirou rapidamente na direção de que o estava seguindo. Manteve contato com o braço esquerdo e com um breve movimento logo dominou seu perseguidor. Revelando-o ele descobriu que se tratava de Mundungo Fletcher. Para confirmar se era ele mesmo Harry perguntou prontamente:
- Por que você abandonou a minha vigília ano passado? - ele ergueu as sobrancelhas esperando uma resposta rápida. Pronto para agir caso não ouvisse o que esperava.
- Eu estava indo negociar uns caldeirões que tinham caído de uma vassoura - respondeu Mundungo. Harry sentiu que o homem estava aflito quando comentou sobre as origens dos caldeirões e que estava mentindo, mas mesmo assim que realmente era Mundungo, então o soltou.
- Harry é melhor você voltar para casa não queremos que fique doente não é? - ele disse para o rapaz enquanto se afastava. Relutantemente Harry concordou e viu que devia mesmo voltar para o Número 4, como ele costumava dizer, já que não podia mais chamar aquele local de casa.
Ao chegar na casa de seus tios Harry nem se importou em secar-se, o que molhou muito o chão que sua "querida" tia tanto se esforçava para manter limpo. Ele viu a cara feia que tia Petúnia estava lhe fazendo, e sentiu a ira que ela estava querendo desferir contra ele, mas também percebeu o medo que ela sentia de que algum dos amigos de Harry aparecesse do nada caso ela começasse a gritar com o sobrinho.
Harry seguiu em frente e ao passar pela sala também sentiu o rancor de seu tio e o pavor que seu tio tinha de Olho Tonto Moody. Ele pôde seguir tranqüilamente sem que seu tio o incomodasse. Harry se sentiu muito feliz. Estava conseguindo fazer Legilemência sem muito esforço. Agora apenas desejava aprender a controlar isso, pois não queria sentir os pensamentos de seus tios o tempo inteiro.
Ao chegar em seu quarto ele pôde ouvir Duda falando com seus amigos pelo telefone sobre a última garota com a qual tinha ido para a cama. Harry sentiu que era mentira no mesmo instante. E assim que seu primo desligou se aproximou para provocá-lo:
- Não sabia que mentir é feio, Dudinha? - Harry tinha uma expressão cínica no rosto. Fez questão de mostrar que sabia o que estava falando.
- Mentir sobre o que primo? - respondeu Duda, Harry podia sentir o medo se espalhar por todo o corpo do primo. Um sorriso malvado apareceu em seu rosto e então ele descobriu o que foi que "Dudinha" tinha visto quando o dementador se aproximara dele no ano anterior.
- Ora "primo" - enfatizou a palavra para amedrontar Duda ainda mais - Você acha mesmo que pode me enganar? Eu sei que nenhuma garota jamais se aproximaria de você - encostou ameaçadoramente o indicador no tórax corpulento do primo agora bem mais baixo que ele.
Não sei do que você está falando aberração - gritou.
Harry viu os olhos do primo se arregalarem de medo e fúria. Sabia que estava atingindo Duda em um ponto vulnerável. Ele gostou de ver a dor que estava causando no outro rapaz. Estava começando a obter a sua vingança contra aqueles que tanto haviam lhe causado mal.
- Ah! Você sabe sim primo. E agora eu também sei. Qual era o nome daquela garota mesmo Dudinha? Ana, não era? Eu posso até ver ela rindo do seu calção laranja... Poço de banha é o apelido carinhoso que ela te deu, não é mesmo? - disse divertido enquanto via o pânico aumentar em seu primo.
A mente dele se abriu facilmente. Harry era capaz de ver Duda sendo motivo de piadas e humilhação por ser burro e gordo.
- Ora, Dudinha. Eu não sabia que você tinha tantos amigos assim em Smelltings... Vou adorar conhecê-los. Aposto que eles também vão adorar ouvir algumas das histórias que eu tenho para contar... Como quando nasceu aquele rabo de porco em você, por exemplo... - Harry viu que tinha conseguido o que pretendia. Duda estava furioso e tremendo de raiva quando avançou para cima dele.
- Priminho, você não vai querer brigar comigo, vai? Porque se você me machucar não sei o que os meus amigos farão quando eu contar a eles... - Harry colocou a mão no queixo, como que se estivesse avaliando uma idéia mais interessante - Pensando bem me acerte bem aqui - apontou para seu próprio queixo - mal posso esperar para ver você ser transformado em porco por completo. Se bem que não seria uma grande mudança...
Harry sentiu o pânico superar a raiva do primo e gargalhou de leve com a sua vitória. Estava se sentindo muito bem, agora que Duda finalmente estava pagando por ter sido um grande idiota com ele por 10 anos. Ele também notou que havia parado de chover. Já era possível ver alguns raios de sol quebrando as nuvens.
- Eu sei que já fui muito mais longe com uma garota do que você, Potter. A não ser que você conte até onde foi com os seus namorados. Cedrico, e qual é o nome deste último que você chama enquanto dorme? Sirius, não é? - Duda finalmente provocara Harry de volta.
Ao ouvir o nome do seu padrinho sair da boca de Duda como se fosse um palavrão, alguma coisa dentro de Harry se libertou. Sentiu-se do mesmo jeito que havia se sentido quando se aproximou de Dumbledore no ano anterior. Mas notou que o desejo de causar mal a pessoa próxima desta vez vinha dele mesmo, e não de uma fonte externa.
Com força e velocidade que surpreenderam tanto a ele próprio quanto Duda, Harry avançou contra o primo e o levantou do chão, segurando-o apenas com uma mão. Ele sentiu a magia irradiar do seu corpo, deixando o ar tenso e pesado. A chuva que estava praticamente cessada se intensificou, e trovões puderam ser ouvidos ao longe.
- Não, Duda. Eu tive uma namorada ano passado: A Cho. Uma garota bem bonita, que me beijou. E não uma garota que me humilhou quando eu a convidei para sair, dizendo que nunca iria sair com um gordo inútil e burro, como aconteceu com você - Harry mal reconhecia a voz que saia de sua boca. Uma voz imponente, que trouxe o pavor de volta ao seu primo. Mas que ele estava gostando muito - e se algum dia você voltar a mencionar o nome do meu padrinho com essa sua boca imunda, eu vou te ensinar o que é sentir dor de verdade, primo.
Quando Duda finalmente atingiu o chão, ficou encolhido olhando para Harry. Cheio de pavor e medo. Harry viu que Duda havia sujado as calças de pânico, e gargalhou. A tensão e a ira aparentemente saíram de seu corpo junto com mágica que permitiu que ele levantasse o primo do chão com apenas uma mão.
Harry agora estava mais calmo, e novamente a chuva havia diminuído. Ele voltou ao seu quarto onde encontrou duas corujas esperando por ele. Uma era sua própria coruja das neves, Edwiges. A outra era uma coruja parda normal.
Havia também duas outras cartas jogadas sobre a mesa de Harry. Ele apanhou a carta que estava com a coruja parda e esta levantou vôo. Pegou então as três cartas que estavam com Edwiges e se preparou para lê-las.
A carta que a coruja parda havia trazido estava endereçada a ele, e vinha de Hogwarts. Edwiges trouxera cartas de Ron, Gina e Hermione; e sobre a mesa estava uma carta de Luna, além de uma carta de Gringotes, o banco dos magos.
Harry abriu primeiro a carta de Hogwarts na qual se encontravam seus conceitos nos N.O.Ms (Níveis Ordinários de Magia), provas muito difíceis de nivelamento, que deviam ser realizados no quinto ano de educação mágica de todos os magos em treinamento da Grã Bretanha.
Caro Sr. Potter, abaixo estão os resultados de seus N.O.Ms. qualquer reclamação, ou pedido de revisão, deverão ser enviados ao Ministério da Magia aos cuidados do Setor de Autoridade de Exames Bruxos. Seguem-se os seus conceitos:
Adivinhação: Passável
Astronomia: Aceitável
Defesa Contra as Artes das Trevas: Ótimo
Feitiços: Ótimo
Herbologia: Aceitável
História da Magia: Passável
Poções: Excede Expectativas
Transfiguração: Excede Expectativas
Trato de Criaturas Mágicas: Excede Expectativas
Também gostaríamos de parabenizá-lo por sua nota em Defesa contra as Artes das Trevas. Sendo que o senhor conseguiu a maior nota de todos os examinados desde que os N.O.Ms foram instituídos.
Professora Griselda MarchBanks
(Chefe da Autoridade de Exames Bruxos)
Harry estava muito feliz com suas notas, pois com elas, poderia seguir a única carreira que havia pensado em seguir no mundo dos bruxos. Harry ia poder se tornar um Auror.
O papel em anexo à carta dizia o seguinte:
Tendo em vista os Conselhos que o senhor recebeu na semana da Carreira em Hogwarts, escolha as classes que o senhor deseja freqüentar para seus níveis avançados dentre as seguintes, que são as que senhor se encontra classificado para poder freqüentar:
Adivinhação _________
Astronomia ___________
Defesa Contra as Artes das Trevas __________
Feitiços ___________
Herbologia ___________
Poções ___________
Transfiguração ____________
Trato de Criaturas Mágicas ___________
Minerva MacGonagall
(Vice Diretora da escola de Bruxaria e Feitiçaria de Hogwarts)
Harry rapidamente assinou seu nome para as aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas, Feitiços, Poções, Transfiguração e Trato de Criaturas Mágicas. Havia também uma lista dos materiais necessários para todas as classes as quais Harry poderia se escrever. Ele passou os olhos pela lista e viu que seria muito bom se pudesse ir logo ao Beco Diagonal para comprar os tais livros, e se adiantar nas matérias que estudaria durante aquele ano letivo. Precisava manter-se ocupado. Mais um papel caiu ao chão, e Harry se ajoelhou para pegá-lo. Ele reconheceu imediatamente a escrita fina e elegante de Alvo Dumbledore, Diretor de Hogwarts.
Caro Harry,
Veio a minha atenção que você foi convocado a comparecer ao Banco Gringotes amanhã à tarde. Tendo em visto os recentes fatos, não vejo problema em que você vá sozinho. Combinei com Gui Weasley para que ele o levasse para a Toca. Espero que estas férias sejam melhores que as anteriores, e que você as aproveite bem a partir de agora. Sua vassoura já foi enviada para a casa dos seus amigos. E espero que faça bom uso dela, já que foi muito difícil derrubar o Trasgo que a guardava.
Sinceramente,
Alvo Percival Wulfrico Brian Dumbledore.
Harry começou a rir, quando Dumbledore confirmou o rumor de que a idiota da Professora Umbridge havia contratado um trasgo para impedir que qualquer um recuperasse a sua Firebolt. Mas não sabia nada sobre ter que ir ao Banco no dia seguinte à tarde. Então ele rapidamente pegou a carta de Gringotes que estava em cima de sua mesa e rasgou o lacre.
Prezado Sr. Potter,
Devido ao recente falecimento de Sirius Black - Harry sentiu um aperto na garganta ao ler aquelas palavras, mas continuou a leitura, pois precisava saber por que havia sido convocado a ir ao Gringotes - o testamento deixado por ele será posto em prática. O senhor, como um dos principais beneficiários, deverá comparecer ao Banco Gringotes para a leitura do testamento no 15o dia do mês de Julho ás 13 horas.
Atenciosamente, Galal. (Chefe do Setor de Heranças e Testamentos).
Então era por isso que ele estava sendo chamado para ir ao banco. Harry considerou seriamente não comparecer à leitura do testamento. Mas no final das contas, acabou decidindo que seria melhor saber quais eram os últimos desejos de Sirius. Rapidamente a tristeza começou a tomar conta de seu coração, então pegou as cartas de seus amigos para desviar sua atenção com alguma coisa alegre.
Oi Harry,
Cara, ainda não tivemos nenhuma palavra de Dumbledore sobre quando você poderá vir nos visitar. - "Então Dumbledore estava pretendendo surpreender aos Weasley. Isso ia ser bem divertido", pensou Harry - A Gina e a Luna estão me ajudando a treinar quadribol. Harry você tem que ver a Gina com uma Goles nas mãos... Ela é fantástica! No mais, as coisas estão bem chatas aqui. A Luna não pára de me procurar e querer conversar comigo. Está me incomodando um pouco já... Por que será que ela está fazendo isso? - Harry caiu na gargalhada. Ron não conseguia ver que Luna tinha uma quedinha por ele - Mal posso esperar para você chegar aqui. Aí eu vou ter uma desculpa para me livrar dela. Ainda não recebemos nosso N.O.Ms. A Hermione já deve estar subindo pelas paredes, querendo saber que matérias ela vai poder cursar no próximo semestre (ela vai ficar desapontada se não puder cursar todas, eu acho). Espero poder te ver logo cara.
Abraços, Ron.
Harry estava rindo muito da carta do amigo, e mal podia esperar para ver a cara dele no dia seguinte quando ele chegasse de surpresa na Toca. Ele então pegou a carta de Hermione.
Olá Harry,
Mal posso esperar para ver os resultados dos nossos N.O.Ms. Eu quero muito saber quais os livros que vamos precisar para o nosso próximo ano. Mal consigo me conter para começar a estudar para os nossos N.I.E.Ms. Afinal, eles vão ser muito importantes para nossas futuras carreiras. Eu fiquei muito feliz quando li que você começou a revisar as matérias dos anos anteriores. Só espero que você leve bem a sério estes dois anos que nós ainda temos pela frente. E, Harry, você não vai acreditar no que a Gina me contou. A Luna não pára de visitá-los porque seu pai não achou seguro que eles viajassem com Voldemort à solta. E como ela mora pertinho dos Weasley, ela tem ido para a Toca todos os dias, e fica se atirando em cima do Ron. Mas ele não me contou nada sobre isso... - Harry estava praticamente rolando no chão de tanto rir, com os ciúmes de Hermione. Ela era bem perspicaz com os sentimentos dos outros, mas para lidar com os próprios ela ainda tinha muitos problemas - O Ron bem que deve estar gostando muito disso. De qualquer forma, ter uma garota assanhada e louca se atirando para cima dele deve ser uma grande novidade... Meus pais não querem me deixar ir à Toca nestas férias. Eles dizem que eu já passo muito pouco tempo com eles, e que já nem me reconhecem mais. E ainda tem o fato que a Madame Pomfrey mandou uma carta para eles, dizendo que eu precisava de muita paz e descanso por causa de tudo aquilo que aconteceu no Ministério. Então meus pais exigiram saber o que aconteceu, e agora eles não só fizeram uma assinatura do Profeta Diário e do Pasquim, como também exigiram que caso eu tivesse problemas ou algo estranho acontecesse, que eu conte tudo a eles. Bom, Harry. Esta carta já esta ficando meio comprida, e Edwiges parece estar com pressa para ir embora...
Beijos afetuosos, Hermione.
"Então Hermione finalmente estava sofrendo de ciúmes... Isso era bastante divertido. Agora faltava muito pouco para os dois perceberem finalmente o que sentiam um pelo outro", Harry pensou enquanto dobrava a carta para guardá-la. Mas Rony não tinha mencionado nada sobre a atitude de Luna para Hermione. Quem havia contado tudo tinha sido a Gina. E neste momento Harry percebeu o que a Gina estava pretendendo fazer: Ela ia pôr algum senso, nem que fosse à força, na cabeça daqueles dois teimosos de uma figa.
Harry abriu a carta de Gina. Agora estava ansioso para ler e ver se a garota falaria alguma coisa sobre o plano que obviamente tinha para Hermione e Rony. Também estava feliz, pois as cartas da Gina eram sempre muitas engraçadas e vivas.
Harry,
Bem, a esta altura ou o Ron ou a Hermione devem ter te contado sobre a Luna... Então você já deve Ter desconfiado do meu plano. O Ron é muito cabeça-dura para admitir que sente algo pela Hermione, e infelizmente é burro o suficiente para não perceber que ela sente a mesma coisa por ele. Já a Hermione, deve desconfiar de alguma coisa, mas é muito cabeça-dura por achar que o Rony tem que tomar a iniciativa e dar o primeiro passo. Enfim, duas mulas mancas... O que eu vou fazer é criar uma "rival" para a Hermione, para que ela tenha a necessidade de ser mais ativa. E se possível, bater bem forte com uma marreta na cabeça do Ron para ele ver o que esta bem à frente dele. - Harry deu uma gargalhada. E o Ron também não pára de dizer como o Dino podia ser um namorado melhor e me escrever. E que eu devia procurar um cara mais atencioso e blá, blá blá... - Harry achava graça quando ela simplificava as coisas daquele jeito - O tonto ainda não notou (novidade, dã) que eu só disse aquilo sobre o Dino para ver a reação dele. Ah! E ele também não pára de dizer o quanto você é mais legal e divertido que o Dino. O meu irmão definitivamente não se toca. Parece que ele quer que eu fique com você, já que eu sei que a quedinha dele é pela Hermione. Tem horas que é tão irritante que dá até vontade de te agarrar na frente dele para ele aprender uma lição... - Harry sentiu as bochechas corarem e ficou assustado, mas se acalmou a ler a linha seguinte - Brincadeira Harry. Não precisa ficar apavorado... Mas isso não quer dizer que eu não te ache bonito ou divertido e etc, etc, etc... Ai! Merlin! Já estou tagarelando de novo... Você é bem legal, Harry. E eu adoraria ter um namorado como você, mas eu sei que você não sente o mesmo por mim, então... Ah!Os gêmeos nos visitam de vez em quando para nos mostrar as suas ultimas invenções. Mamãe que não estava muito feliz com a idéia de eles terem esta loja de logros, mas ficou bem mais feliz agora que pôde ver como eles estão felizes e se dando bem nos negócios. É claro que ajuda o fato de que eles vivem trazendo presentes caros para a casa. O Percy é que ainda não criou coragem para vir implorar o nosso perdão com o rabinho entre as pernas. Está passando maus bocados por causa do que disse sobre você para o "Profeta Diário" no ano passado. O Carlinhos voltou para a Inglaterra e estava dividindo um apartamento com o Gui bem perto do Beco Diagonal. Papai ganhou uma baita promoção no Ministério para poder ajudar mais a Ordem com os recursos disponíveis por lá, e também porque o Prof. Dumbledore forçou Fudge a aceitar todos que ele forçou a se demitir no ano passado, e a promover algumas pessoas leais a ele, para que nós pudéssemos combater melhor Você-Sabe-Quem. Mas depois eu te conto mais sobre isso... Eu nunca tive tantos deveres assim nas férias e vou precisar muito da sua ajuda assim que você vier à Toca, já que a Hermione não vai poder vir (coitada)...Ah! E qualquer coisa eu também vou te incomodar durante o ano para você me ajudar, eu quero ir muito bem nos meus N.O.Ms, eu preciso se quiser me tornar uma medibruxa.
Até mais, Gina.
Após ler as cartas, Harry pegou a de Luna, que dizia:
Oi Harry,
Eu estive falando com meu pai e decidi que quero ser repórter quando sair de Hogwarts. Eu até já vou ter onde publicar minhas reportagens, mas decidi começar a trabalhar um pouco mais cedo, e gostaria que você pudesse me dar entrevistas sobre as aventuras que você enfrentou nos seus primeiros anos de Hogwarts. Eu sei que você não gosta muito de publicidade, mas matérias como estas podem ajudar bastante o Pasquim. Qualquer coisa nós nos falamos mais quando você estiver na Toca. Eu tenho visitado todos os dias os Weasley. O Ron é muito engraçado e eu conheço a Gina desde de pequena. Meu pai também quer muito te conhecer e agradecer pela entrevista que você nos concedeu ano passado.
Espero ver você logo, Luna Lovegood.
Após terminar de ler as cartas, Harry escreveu uma rápida resposta a Hermione, lhe passando os seus resultados nos N.O.Ms e as matérias para as quais se escreveria. E para aproveitar, e dar um impulso ao plano de Gina, colocou um comentário sobre como o Ron falou que a Luna passava muito tempo conversando com ele. E é claro, esqueceu de comentar que Ron estava reclamando disto. Também contou a Hermione que estava indo para a Toca no dia seguinte e disse que seria uma surpresa para Ron e Gina. Ele não mandou cartas aos outros amigos, pois os estaria vendo no dia seguinte.
Harry então começou a arrumar o seu malão para levar para a Toca. Primeiro colocou as suas roupas e notou que, à exceção dos seus uniformes, todas eram roupas usadas de Duda. Ele sentiu-se revoltado com isso, e resolveu que iria resolver o problema no dia seguinte de manhã no Beco Diagonal.
Depois de colocar as roupas na mala começou a guardar os livros que estivera usando em sua revisão. Foi guardando um a um, até que chegou no "Animais Fantásticos e Onde Encontrá-los", que tinha comprado para seu primeiro ano em Hogwarts. O livro estava aberto na seção sobre o Rês-Ma. Quando estava fechando o livro, seu olhar passou pela seguinte nota: "Seu sangue dá a quem bebe uma força imensa". Harry reabriu o livro na mesma seção e releu todo o histórico. Encontrara um "novo artifício" que poderia usar contra Voldemort.
Harry decidiu comprar sangue de Rês-Ma, mas sabia que para isso teria que ir a Travessa do Tranco. Aproveitaria então para procurar alguns livros que contivessem feitiços ou poderes que pudessem ajudá-lo. Também procurou no "Animais Fantásticos" sobre mais formas de conseguir outros poderes que lhe pudessem ser úteis. Assim sendo, encontrou mais uma nota sobre os ovos de Faro-Sutil e do pseudo Fruto que saia das costas do Murtisco.
Tendo encontrado tantas informações úteis, e sabendo que no dia seguinte à noite estaria dormindo na Toca, Harry foi dormir tranqüilamente e com a mente cheia de pensamentos felizes. Com tudo isso, não teve problema nenhum para conseguir uma ótima noite de sono.
N.O.M
Um pesado clima chuvoso prendia todos os habitantes de Little Whinging trancados dentro de suas casas. Todos exceto um: Harry Potter. Um garoto alto e magro com os cabelos desleixados e compridos, roupas velhas e folgadas, que ficavam muito largas, mas agora não eram mais compridas, pois Harry finalmente superara em altura o seu primo, que fora o dono original delas.
Harry não se importava com a tempestade por que ela combinava com seus sentimentos. Ele estava passando por um turbilhão emocional muito grande. Havia recém perdido seu padrinho Sirius, a última chance que tinha de ter uma família que se importasse com ele, já que seus tios, Vernon e Petúnia, o odiavam. Harry se sentia triste e deprimido com a perda de Sirius, mas também sentia raiva e ódio de Voldemort e Bellatrix Lestrange, que eram os culpados pela perda que sofrera. Também havia uma mistura de felicidade e pesar por saber que ele teria que matar - ou ser morto - por Voldemort, de acordo com a antiga profecia. Pesar, por ter que carregar um enorme fardo para a idade, e felicidade, porque ele sabia que teria a chance de vingar Sirius, seus pais e Cedrico, que haviam sido mortos apenas por estar no caminho de Voldemort até Harry.
Harry havia começado a correr todos os dias para se esquecer de tudo que estava acontecendo. Para limpar sua mente ele tinha que se manter ocupado, ou todos aqueles sentimentos iriam consumi-lo por dentro. Então, ele apenas corria, ou mesmo estudava os seus livros dos anos anteriores ou lia as cartas de seus amigos.
Durante as duas semanas em que ele estava na Rua dos Alfeneiros com seus tios era assim que vinha se mantendo ocupado para não ficar deprimido. Além disso, ele tinha que se preparar. Afinal, se ele quisesse se vingar de Voldemort teria que estar preparado físico, mental e magicamente.
Quando não estava escrevendo Harry estava lendo cartas de seus amigos, que eram muitas, uma vez que agora eles escreviam quase todos os dias. Três "novos" amigos estavam também escrevendo regularmente, e até mesmo alguns colegas que haviam participado do A.D lhe escreviam de vez em quando.
Além das cartas de Rony e Hermione, agora ele recebia cartas de Neville Longbottom, seu colega na escola, que havia ficado muito mais próximo de Harry, já que havia participado da última grande aventura do trio. Recebia cartas também de Luna "Di-Lua" Lovegood, vizinha de Ron e Gina, que também havia tido participação na aventura e de Virgínia "Gina" Weasley, a irmã mais nova de Ron, que há algum tempo atrás havia tido uma quedinha por Harry, e neste último ano letivo havia mostrado o quanto era inteligente e divertida.
Harry passava o resto do tempo que dispunha revisando seu estudo dos anos anteriores para descobrir qualquer coisa que pudesse ajudá-lo a deter Voldemort, ou fazendo outros exercícios para melhorar sua condição física. Assim sendo, apesar da chuva torrencial que caía, Harry continuava a correr. Precisava se concentrar em suas metas acima de tudo.
Estava distraído, e então sentiu a irritação e a preocupação de alguém. A principio pensou que estava novamente percebendo as emoções de Voldemort, mas então notou que sua cicatriz não estava doendo. Então, se concentrou ao seu redor. Ele podia ouvir claramente os passos de alguém correndo para poder acompanhá-lo, e uma respiração pesada, já que a pessoa havia parado para descansar, aproveitando-se de que Harry não estava mais correndo. Neste momento Harry notou que estava conseguindo usar um pouco de Legilemência e o que estava sentindo era alguém se aproximar.
Harry se atirou rapidamente na direção de que o estava seguindo. Manteve contato com o braço esquerdo e com um breve movimento logo dominou seu perseguidor. Revelando-o ele descobriu que se tratava de Mundungo Fletcher. Para confirmar se era ele mesmo Harry perguntou prontamente:
- Por que você abandonou a minha vigília ano passado? - ele ergueu as sobrancelhas esperando uma resposta rápida. Pronto para agir caso não ouvisse o que esperava.
- Eu estava indo negociar uns caldeirões que tinham caído de uma vassoura - respondeu Mundungo. Harry sentiu que o homem estava aflito quando comentou sobre as origens dos caldeirões e que estava mentindo, mas mesmo assim que realmente era Mundungo, então o soltou.
- Harry é melhor você voltar para casa não queremos que fique doente não é? - ele disse para o rapaz enquanto se afastava. Relutantemente Harry concordou e viu que devia mesmo voltar para o Número 4, como ele costumava dizer, já que não podia mais chamar aquele local de casa.
Ao chegar na casa de seus tios Harry nem se importou em secar-se, o que molhou muito o chão que sua "querida" tia tanto se esforçava para manter limpo. Ele viu a cara feia que tia Petúnia estava lhe fazendo, e sentiu a ira que ela estava querendo desferir contra ele, mas também percebeu o medo que ela sentia de que algum dos amigos de Harry aparecesse do nada caso ela começasse a gritar com o sobrinho.
Harry seguiu em frente e ao passar pela sala também sentiu o rancor de seu tio e o pavor que seu tio tinha de Olho Tonto Moody. Ele pôde seguir tranqüilamente sem que seu tio o incomodasse. Harry se sentiu muito feliz. Estava conseguindo fazer Legilemência sem muito esforço. Agora apenas desejava aprender a controlar isso, pois não queria sentir os pensamentos de seus tios o tempo inteiro.
Ao chegar em seu quarto ele pôde ouvir Duda falando com seus amigos pelo telefone sobre a última garota com a qual tinha ido para a cama. Harry sentiu que era mentira no mesmo instante. E assim que seu primo desligou se aproximou para provocá-lo:
- Não sabia que mentir é feio, Dudinha? - Harry tinha uma expressão cínica no rosto. Fez questão de mostrar que sabia o que estava falando.
- Mentir sobre o que primo? - respondeu Duda, Harry podia sentir o medo se espalhar por todo o corpo do primo. Um sorriso malvado apareceu em seu rosto e então ele descobriu o que foi que "Dudinha" tinha visto quando o dementador se aproximara dele no ano anterior.
- Ora "primo" - enfatizou a palavra para amedrontar Duda ainda mais - Você acha mesmo que pode me enganar? Eu sei que nenhuma garota jamais se aproximaria de você - encostou ameaçadoramente o indicador no tórax corpulento do primo agora bem mais baixo que ele.
Não sei do que você está falando aberração - gritou.
Harry viu os olhos do primo se arregalarem de medo e fúria. Sabia que estava atingindo Duda em um ponto vulnerável. Ele gostou de ver a dor que estava causando no outro rapaz. Estava começando a obter a sua vingança contra aqueles que tanto haviam lhe causado mal.
- Ah! Você sabe sim primo. E agora eu também sei. Qual era o nome daquela garota mesmo Dudinha? Ana, não era? Eu posso até ver ela rindo do seu calção laranja... Poço de banha é o apelido carinhoso que ela te deu, não é mesmo? - disse divertido enquanto via o pânico aumentar em seu primo.
A mente dele se abriu facilmente. Harry era capaz de ver Duda sendo motivo de piadas e humilhação por ser burro e gordo.
- Ora, Dudinha. Eu não sabia que você tinha tantos amigos assim em Smelltings... Vou adorar conhecê-los. Aposto que eles também vão adorar ouvir algumas das histórias que eu tenho para contar... Como quando nasceu aquele rabo de porco em você, por exemplo... - Harry viu que tinha conseguido o que pretendia. Duda estava furioso e tremendo de raiva quando avançou para cima dele.
- Priminho, você não vai querer brigar comigo, vai? Porque se você me machucar não sei o que os meus amigos farão quando eu contar a eles... - Harry colocou a mão no queixo, como que se estivesse avaliando uma idéia mais interessante - Pensando bem me acerte bem aqui - apontou para seu próprio queixo - mal posso esperar para ver você ser transformado em porco por completo. Se bem que não seria uma grande mudança...
Harry sentiu o pânico superar a raiva do primo e gargalhou de leve com a sua vitória. Estava se sentindo muito bem, agora que Duda finalmente estava pagando por ter sido um grande idiota com ele por 10 anos. Ele também notou que havia parado de chover. Já era possível ver alguns raios de sol quebrando as nuvens.
- Eu sei que já fui muito mais longe com uma garota do que você, Potter. A não ser que você conte até onde foi com os seus namorados. Cedrico, e qual é o nome deste último que você chama enquanto dorme? Sirius, não é? - Duda finalmente provocara Harry de volta.
Ao ouvir o nome do seu padrinho sair da boca de Duda como se fosse um palavrão, alguma coisa dentro de Harry se libertou. Sentiu-se do mesmo jeito que havia se sentido quando se aproximou de Dumbledore no ano anterior. Mas notou que o desejo de causar mal a pessoa próxima desta vez vinha dele mesmo, e não de uma fonte externa.
Com força e velocidade que surpreenderam tanto a ele próprio quanto Duda, Harry avançou contra o primo e o levantou do chão, segurando-o apenas com uma mão. Ele sentiu a magia irradiar do seu corpo, deixando o ar tenso e pesado. A chuva que estava praticamente cessada se intensificou, e trovões puderam ser ouvidos ao longe.
- Não, Duda. Eu tive uma namorada ano passado: A Cho. Uma garota bem bonita, que me beijou. E não uma garota que me humilhou quando eu a convidei para sair, dizendo que nunca iria sair com um gordo inútil e burro, como aconteceu com você - Harry mal reconhecia a voz que saia de sua boca. Uma voz imponente, que trouxe o pavor de volta ao seu primo. Mas que ele estava gostando muito - e se algum dia você voltar a mencionar o nome do meu padrinho com essa sua boca imunda, eu vou te ensinar o que é sentir dor de verdade, primo.
Quando Duda finalmente atingiu o chão, ficou encolhido olhando para Harry. Cheio de pavor e medo. Harry viu que Duda havia sujado as calças de pânico, e gargalhou. A tensão e a ira aparentemente saíram de seu corpo junto com mágica que permitiu que ele levantasse o primo do chão com apenas uma mão.
Harry agora estava mais calmo, e novamente a chuva havia diminuído. Ele voltou ao seu quarto onde encontrou duas corujas esperando por ele. Uma era sua própria coruja das neves, Edwiges. A outra era uma coruja parda normal.
Havia também duas outras cartas jogadas sobre a mesa de Harry. Ele apanhou a carta que estava com a coruja parda e esta levantou vôo. Pegou então as três cartas que estavam com Edwiges e se preparou para lê-las.
A carta que a coruja parda havia trazido estava endereçada a ele, e vinha de Hogwarts. Edwiges trouxera cartas de Ron, Gina e Hermione; e sobre a mesa estava uma carta de Luna, além de uma carta de Gringotes, o banco dos magos.
Harry abriu primeiro a carta de Hogwarts na qual se encontravam seus conceitos nos N.O.Ms (Níveis Ordinários de Magia), provas muito difíceis de nivelamento, que deviam ser realizados no quinto ano de educação mágica de todos os magos em treinamento da Grã Bretanha.
Caro Sr. Potter, abaixo estão os resultados de seus N.O.Ms. qualquer reclamação, ou pedido de revisão, deverão ser enviados ao Ministério da Magia aos cuidados do Setor de Autoridade de Exames Bruxos. Seguem-se os seus conceitos:
Adivinhação: Passável
Astronomia: Aceitável
Defesa Contra as Artes das Trevas: Ótimo
Feitiços: Ótimo
Herbologia: Aceitável
História da Magia: Passável
Poções: Excede Expectativas
Transfiguração: Excede Expectativas
Trato de Criaturas Mágicas: Excede Expectativas
Também gostaríamos de parabenizá-lo por sua nota em Defesa contra as Artes das Trevas. Sendo que o senhor conseguiu a maior nota de todos os examinados desde que os N.O.Ms foram instituídos.
Professora Griselda MarchBanks
(Chefe da Autoridade de Exames Bruxos)
Harry estava muito feliz com suas notas, pois com elas, poderia seguir a única carreira que havia pensado em seguir no mundo dos bruxos. Harry ia poder se tornar um Auror.
O papel em anexo à carta dizia o seguinte:
Tendo em vista os Conselhos que o senhor recebeu na semana da Carreira em Hogwarts, escolha as classes que o senhor deseja freqüentar para seus níveis avançados dentre as seguintes, que são as que senhor se encontra classificado para poder freqüentar:
Adivinhação _________
Astronomia ___________
Defesa Contra as Artes das Trevas __________
Feitiços ___________
Herbologia ___________
Poções ___________
Transfiguração ____________
Trato de Criaturas Mágicas ___________
Minerva MacGonagall
(Vice Diretora da escola de Bruxaria e Feitiçaria de Hogwarts)
Harry rapidamente assinou seu nome para as aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas, Feitiços, Poções, Transfiguração e Trato de Criaturas Mágicas. Havia também uma lista dos materiais necessários para todas as classes as quais Harry poderia se escrever. Ele passou os olhos pela lista e viu que seria muito bom se pudesse ir logo ao Beco Diagonal para comprar os tais livros, e se adiantar nas matérias que estudaria durante aquele ano letivo. Precisava manter-se ocupado. Mais um papel caiu ao chão, e Harry se ajoelhou para pegá-lo. Ele reconheceu imediatamente a escrita fina e elegante de Alvo Dumbledore, Diretor de Hogwarts.
Caro Harry,
Veio a minha atenção que você foi convocado a comparecer ao Banco Gringotes amanhã à tarde. Tendo em visto os recentes fatos, não vejo problema em que você vá sozinho. Combinei com Gui Weasley para que ele o levasse para a Toca. Espero que estas férias sejam melhores que as anteriores, e que você as aproveite bem a partir de agora. Sua vassoura já foi enviada para a casa dos seus amigos. E espero que faça bom uso dela, já que foi muito difícil derrubar o Trasgo que a guardava.
Sinceramente,
Alvo Percival Wulfrico Brian Dumbledore.
Harry começou a rir, quando Dumbledore confirmou o rumor de que a idiota da Professora Umbridge havia contratado um trasgo para impedir que qualquer um recuperasse a sua Firebolt. Mas não sabia nada sobre ter que ir ao Banco no dia seguinte à tarde. Então ele rapidamente pegou a carta de Gringotes que estava em cima de sua mesa e rasgou o lacre.
Prezado Sr. Potter,
Devido ao recente falecimento de Sirius Black - Harry sentiu um aperto na garganta ao ler aquelas palavras, mas continuou a leitura, pois precisava saber por que havia sido convocado a ir ao Gringotes - o testamento deixado por ele será posto em prática. O senhor, como um dos principais beneficiários, deverá comparecer ao Banco Gringotes para a leitura do testamento no 15o dia do mês de Julho ás 13 horas.
Atenciosamente, Galal. (Chefe do Setor de Heranças e Testamentos).
Então era por isso que ele estava sendo chamado para ir ao banco. Harry considerou seriamente não comparecer à leitura do testamento. Mas no final das contas, acabou decidindo que seria melhor saber quais eram os últimos desejos de Sirius. Rapidamente a tristeza começou a tomar conta de seu coração, então pegou as cartas de seus amigos para desviar sua atenção com alguma coisa alegre.
Oi Harry,
Cara, ainda não tivemos nenhuma palavra de Dumbledore sobre quando você poderá vir nos visitar. - "Então Dumbledore estava pretendendo surpreender aos Weasley. Isso ia ser bem divertido", pensou Harry - A Gina e a Luna estão me ajudando a treinar quadribol. Harry você tem que ver a Gina com uma Goles nas mãos... Ela é fantástica! No mais, as coisas estão bem chatas aqui. A Luna não pára de me procurar e querer conversar comigo. Está me incomodando um pouco já... Por que será que ela está fazendo isso? - Harry caiu na gargalhada. Ron não conseguia ver que Luna tinha uma quedinha por ele - Mal posso esperar para você chegar aqui. Aí eu vou ter uma desculpa para me livrar dela. Ainda não recebemos nosso N.O.Ms. A Hermione já deve estar subindo pelas paredes, querendo saber que matérias ela vai poder cursar no próximo semestre (ela vai ficar desapontada se não puder cursar todas, eu acho). Espero poder te ver logo cara.
Abraços, Ron.
Harry estava rindo muito da carta do amigo, e mal podia esperar para ver a cara dele no dia seguinte quando ele chegasse de surpresa na Toca. Ele então pegou a carta de Hermione.
Olá Harry,
Mal posso esperar para ver os resultados dos nossos N.O.Ms. Eu quero muito saber quais os livros que vamos precisar para o nosso próximo ano. Mal consigo me conter para começar a estudar para os nossos N.I.E.Ms. Afinal, eles vão ser muito importantes para nossas futuras carreiras. Eu fiquei muito feliz quando li que você começou a revisar as matérias dos anos anteriores. Só espero que você leve bem a sério estes dois anos que nós ainda temos pela frente. E, Harry, você não vai acreditar no que a Gina me contou. A Luna não pára de visitá-los porque seu pai não achou seguro que eles viajassem com Voldemort à solta. E como ela mora pertinho dos Weasley, ela tem ido para a Toca todos os dias, e fica se atirando em cima do Ron. Mas ele não me contou nada sobre isso... - Harry estava praticamente rolando no chão de tanto rir, com os ciúmes de Hermione. Ela era bem perspicaz com os sentimentos dos outros, mas para lidar com os próprios ela ainda tinha muitos problemas - O Ron bem que deve estar gostando muito disso. De qualquer forma, ter uma garota assanhada e louca se atirando para cima dele deve ser uma grande novidade... Meus pais não querem me deixar ir à Toca nestas férias. Eles dizem que eu já passo muito pouco tempo com eles, e que já nem me reconhecem mais. E ainda tem o fato que a Madame Pomfrey mandou uma carta para eles, dizendo que eu precisava de muita paz e descanso por causa de tudo aquilo que aconteceu no Ministério. Então meus pais exigiram saber o que aconteceu, e agora eles não só fizeram uma assinatura do Profeta Diário e do Pasquim, como também exigiram que caso eu tivesse problemas ou algo estranho acontecesse, que eu conte tudo a eles. Bom, Harry. Esta carta já esta ficando meio comprida, e Edwiges parece estar com pressa para ir embora...
Beijos afetuosos, Hermione.
"Então Hermione finalmente estava sofrendo de ciúmes... Isso era bastante divertido. Agora faltava muito pouco para os dois perceberem finalmente o que sentiam um pelo outro", Harry pensou enquanto dobrava a carta para guardá-la. Mas Rony não tinha mencionado nada sobre a atitude de Luna para Hermione. Quem havia contado tudo tinha sido a Gina. E neste momento Harry percebeu o que a Gina estava pretendendo fazer: Ela ia pôr algum senso, nem que fosse à força, na cabeça daqueles dois teimosos de uma figa.
Harry abriu a carta de Gina. Agora estava ansioso para ler e ver se a garota falaria alguma coisa sobre o plano que obviamente tinha para Hermione e Rony. Também estava feliz, pois as cartas da Gina eram sempre muitas engraçadas e vivas.
Harry,
Bem, a esta altura ou o Ron ou a Hermione devem ter te contado sobre a Luna... Então você já deve Ter desconfiado do meu plano. O Ron é muito cabeça-dura para admitir que sente algo pela Hermione, e infelizmente é burro o suficiente para não perceber que ela sente a mesma coisa por ele. Já a Hermione, deve desconfiar de alguma coisa, mas é muito cabeça-dura por achar que o Rony tem que tomar a iniciativa e dar o primeiro passo. Enfim, duas mulas mancas... O que eu vou fazer é criar uma "rival" para a Hermione, para que ela tenha a necessidade de ser mais ativa. E se possível, bater bem forte com uma marreta na cabeça do Ron para ele ver o que esta bem à frente dele. - Harry deu uma gargalhada. E o Ron também não pára de dizer como o Dino podia ser um namorado melhor e me escrever. E que eu devia procurar um cara mais atencioso e blá, blá blá... - Harry achava graça quando ela simplificava as coisas daquele jeito - O tonto ainda não notou (novidade, dã) que eu só disse aquilo sobre o Dino para ver a reação dele. Ah! E ele também não pára de dizer o quanto você é mais legal e divertido que o Dino. O meu irmão definitivamente não se toca. Parece que ele quer que eu fique com você, já que eu sei que a quedinha dele é pela Hermione. Tem horas que é tão irritante que dá até vontade de te agarrar na frente dele para ele aprender uma lição... - Harry sentiu as bochechas corarem e ficou assustado, mas se acalmou a ler a linha seguinte - Brincadeira Harry. Não precisa ficar apavorado... Mas isso não quer dizer que eu não te ache bonito ou divertido e etc, etc, etc... Ai! Merlin! Já estou tagarelando de novo... Você é bem legal, Harry. E eu adoraria ter um namorado como você, mas eu sei que você não sente o mesmo por mim, então... Ah!Os gêmeos nos visitam de vez em quando para nos mostrar as suas ultimas invenções. Mamãe que não estava muito feliz com a idéia de eles terem esta loja de logros, mas ficou bem mais feliz agora que pôde ver como eles estão felizes e se dando bem nos negócios. É claro que ajuda o fato de que eles vivem trazendo presentes caros para a casa. O Percy é que ainda não criou coragem para vir implorar o nosso perdão com o rabinho entre as pernas. Está passando maus bocados por causa do que disse sobre você para o "Profeta Diário" no ano passado. O Carlinhos voltou para a Inglaterra e estava dividindo um apartamento com o Gui bem perto do Beco Diagonal. Papai ganhou uma baita promoção no Ministério para poder ajudar mais a Ordem com os recursos disponíveis por lá, e também porque o Prof. Dumbledore forçou Fudge a aceitar todos que ele forçou a se demitir no ano passado, e a promover algumas pessoas leais a ele, para que nós pudéssemos combater melhor Você-Sabe-Quem. Mas depois eu te conto mais sobre isso... Eu nunca tive tantos deveres assim nas férias e vou precisar muito da sua ajuda assim que você vier à Toca, já que a Hermione não vai poder vir (coitada)...Ah! E qualquer coisa eu também vou te incomodar durante o ano para você me ajudar, eu quero ir muito bem nos meus N.O.Ms, eu preciso se quiser me tornar uma medibruxa.
Até mais, Gina.
Após ler as cartas, Harry pegou a de Luna, que dizia:
Oi Harry,
Eu estive falando com meu pai e decidi que quero ser repórter quando sair de Hogwarts. Eu até já vou ter onde publicar minhas reportagens, mas decidi começar a trabalhar um pouco mais cedo, e gostaria que você pudesse me dar entrevistas sobre as aventuras que você enfrentou nos seus primeiros anos de Hogwarts. Eu sei que você não gosta muito de publicidade, mas matérias como estas podem ajudar bastante o Pasquim. Qualquer coisa nós nos falamos mais quando você estiver na Toca. Eu tenho visitado todos os dias os Weasley. O Ron é muito engraçado e eu conheço a Gina desde de pequena. Meu pai também quer muito te conhecer e agradecer pela entrevista que você nos concedeu ano passado.
Espero ver você logo, Luna Lovegood.
Após terminar de ler as cartas, Harry escreveu uma rápida resposta a Hermione, lhe passando os seus resultados nos N.O.Ms e as matérias para as quais se escreveria. E para aproveitar, e dar um impulso ao plano de Gina, colocou um comentário sobre como o Ron falou que a Luna passava muito tempo conversando com ele. E é claro, esqueceu de comentar que Ron estava reclamando disto. Também contou a Hermione que estava indo para a Toca no dia seguinte e disse que seria uma surpresa para Ron e Gina. Ele não mandou cartas aos outros amigos, pois os estaria vendo no dia seguinte.
Harry então começou a arrumar o seu malão para levar para a Toca. Primeiro colocou as suas roupas e notou que, à exceção dos seus uniformes, todas eram roupas usadas de Duda. Ele sentiu-se revoltado com isso, e resolveu que iria resolver o problema no dia seguinte de manhã no Beco Diagonal.
Depois de colocar as roupas na mala começou a guardar os livros que estivera usando em sua revisão. Foi guardando um a um, até que chegou no "Animais Fantásticos e Onde Encontrá-los", que tinha comprado para seu primeiro ano em Hogwarts. O livro estava aberto na seção sobre o Rês-Ma. Quando estava fechando o livro, seu olhar passou pela seguinte nota: "Seu sangue dá a quem bebe uma força imensa". Harry reabriu o livro na mesma seção e releu todo o histórico. Encontrara um "novo artifício" que poderia usar contra Voldemort.
Harry decidiu comprar sangue de Rês-Ma, mas sabia que para isso teria que ir a Travessa do Tranco. Aproveitaria então para procurar alguns livros que contivessem feitiços ou poderes que pudessem ajudá-lo. Também procurou no "Animais Fantásticos" sobre mais formas de conseguir outros poderes que lhe pudessem ser úteis. Assim sendo, encontrou mais uma nota sobre os ovos de Faro-Sutil e do pseudo Fruto que saia das costas do Murtisco.
Tendo encontrado tantas informações úteis, e sabendo que no dia seguinte à noite estaria dormindo na Toca, Harry foi dormir tranqüilamente e com a mente cheia de pensamentos felizes. Com tudo isso, não teve problema nenhum para conseguir uma ótima noite de sono.
