N.A.:
Eu quero agradecer a todos que comentaram e espero que gostem deste novo capitulo cheio de Harry e Gina fluffy. E eu quero agradecer ao amor da minha vida e pessoa mais importante que eu conheço por me ajudar com este e todos os outros capítulos, o talento dela é que torna este fic tão especial quanto é.
Se Acostumando
Harry acordou de um sonho muito bom. Não conseguia se lembrar direito dos detalhes, só tinha certeza de que envolvia uma certa ruivinha que havia atormentado muito os pensamentos dele antes de dormir. Gina, com as atitudes do dia anterior, havia tomado a maior parte dos pensamentos de Harry. Partes estas que apenas Cho havia ocupado anteriormente.
Então, depois de se torturar por mais alguns instantes ele se levantou. Precisava definitivamente fazer alguma coisa para se livrar dos pensamentos sobre a bela garota, que no momento, para piorar a sua situação, dormia no quarto em frente.
Sentindo-se miserável, Harry recolocou as lentes de contato, lavou o rosto e se vestiu para sua corrida matinal. Afinal, se a corrida funcionava para livrá-lo dos pesadelos constantes e da tristeza, certamente o ajudaria a se livrar deste tipo de pensamentos sobre Gina, ou pelo menos era o que ele esperava.
Harry desceu as escadas silenciosamente e estranhou Molly não estar acordada ainda. Então algo lhe ocorreu. Ele resolveu preparar o café da manhã para os Weasley como uma surpresa, e em agradecimento por o terem aceitado nestas férias e sido extremamente acolhedores sempre.
Ele separou tudo o que ia precisar, mas encontrou a maioria dos ingredientes espalhados em um balcão que havia sido encantado para funcionar e ter os mesmos efeitos de uma geladeira, preservando os alimentos para que estes não estragassem.
Quando Harry foi pegar o leite, a caixa estourou devido à força exagerada que este fez sem querer. Após o pequeno incidente tudo continuou normalmente. Harry tomou mais cuidado para se acostumar a segurar as coisas com um pouco mais de delicadeza, e, lembrando-se do que Gina havia dito na noite anterior, sobre ter mais cuidado com a sua força, agradeceu mentalmente por ter arrebentado apenas a caixa de leite, ao invés de ter quebrado algum osso da garota quando a segurou no colo desajeitadamente.
Ele preparou um café da manhã como havia aprendido após trabalhar feito um elfo doméstico durante anos na casa de seus tios: Várias fatias de bacon, muitas salsichas (Harry sabia muito bem como era o apetite lendário dos Weasley), alguns ovos fritos, e, para uma variar um pouco o cardápio, uma porção generosa de ovos mexidos. Harry também preparou chá, café preto, e deixou uma jarra de leite e uma de suco de abóbora sobre a mesa.
Ele estava terminando de limpar a bagunça que havia feito ao derramar o leite no chão quando ouviu uma voz feminina esganiçada.
- Harry, querido, o que você está fazendo? – Molly perguntou surpresa. O rapaz deu de ombros, um tanto quanto embaraçado.
- Eu só estava preparando o café da manhã em agradecimento por vocês terem me convidado para passar as férias aqui na Toca com vocês... – respondeu Harry voltando a esfregar o pano de chão na poça de leite, mas Molly rapidamente fez um gesto de varinha e o pano saiu das mãos do rapaz, formando uma boca, sugou todo o resto de leite esparramado do chão, acabando de limpar a bagunça.
- Harry você não precisa fazer nada para agradecer principalmente acordar a esta hora da manhã para preparar café da manhã para os preguiçosos dos meus filhos, querido –disse em tom amável, enquanto o pano de chão "vomitava" o leite que havia sugado do chão num balde cheio de água próximo. Quando o pano começou a gargarejar e bochechar com a água, Molly o desinfeitiçou. Harry continuou a falar despreocupadamente.
- Sra. Weasley eu gosto de ajudar. Eu sei cozinhar bem e estou acostumado a acordar cedo durante as férias, sem o menor problema. Eu fico feliz em poder fazer algo por vocês... Sinto muito pelo pequeno acidente com o leite... – a mulher sorriu. - Eu só vou comer uma porção eu vou correr um pouco para me exercitar – disse Harry se sentando a mesa.
- Bom querido, se você só fez isto para comer algo antes de se exercitar tudo bem. Só que da próxima vez você pode preparar algo bem simples para si mesmo, não precisa fazer um café para a família inteira está bem? E não se importe, pois eu mesma sempre vivo derrubando tudo. Não é fácil cozinhar com sete filhos gritando, brincando, brigando o tempo todo... – falou Molly carinhosamente para Harry. – Mas eu adorei a surpresa assim mesmo... – ela acrescentou ao final. Molly sentou-se calmamente à mesa com a edição matutina do Profeta Diário e começou a ler enquanto tomava seu café da manhã. Harry também havia se sentado, e estava comendo rapidamente um pouco de ovos mexidos com algumas fatias de bacon, enquanto as ajudava a descer mais depressa dando grandes goles no seu suco de abóbora.
Quando Harry estava terminando seu café, ouviu alguém descendo as escadas, e ao olhar na direção delas se deparou com a pessoa que havia habitado seus sonhos na noite anterior.
Gina ainda estava usando a camisola da noite anterior, e com a luz do dia entrando pela janela, Harry podia ver melhor as pernas da garota e isto não estava ajudando muito ao café da manhã ser digerido. Ele sentiu um calor enorme tomar conta de seu corpo e tentou se concentrar em mastigar o mínimo possível.
Gina deu um beijo de "bom dia" no rosto da mãe e desejou um "bom dia" sorridente para Harry, e aquele sorriso tirou ele do sério. Gina serviu-se de ovo mexido e um pouco de leite gelado para começar o café, e Harry ficou esperando ansiosamente para ver qual seria a reação da garota à comida que ele havia preparado, ele queria muito impressioná-la.
- Mãe estes ovos estão fantásticos – disse assim que colocou o garfo na boca e provou. Harry não conseguiu conter o sorriso que apareceu no canto dos seus lábios devido ao elogio.
- Então filha você deve dar este elogio ao Harry, pois foi ele quem preparou o café da manhã hoje... – disse Molly entre as garfadas a sua própria porção de ovos mexidos.
Gina ficou surpresa e olhou incredulamente para Harry, que apenas confirmou timidamente com a cabeça que havia sido ele quem tinha preparado o café. E por mais que Gina fosse linda ele não conseguiria abrir a boca para fazer algum comentário sem morrer de rir da cara que a garota estava fazendo.
- Com licença. Vou correr um pouco. Dentro de uma hora devo estar de volta - disse Harry enquanto se levantava, para que ninguém ficasse preocupado com sua ausência neste tempo.
- Espere um minutinho que eu vou me aprontar para ir com você Harry – disse Gina terminando de tomar seu copo de leite de um gole só.
Quinze minutos depois ela descia as escadas, e novamente deixava Harry pasmo com sua beleza. A garota estava usando um top branco colante que não escondia em nada sua bela silhueta, um short bege curto que mostrava muito mais de suas pernas do que Harry poderia suportar e um tênis simples de corrida. O cabelo estava preso em um rabo de cavalo que deixava a mostra o pescoço branco e delicado, o que era muito convidativo para Harry, que passou a ponte da língua de leve por seu lábios. Ele imaginou o quanto ele poderia agüentar antes que enlouquecesse, e engoliu em seco.
A corrida começou após um breve aquecimento silenciosamente confortável. Harry não conseguia parar de dar breves espiadas, para a garota ao seu lado e algumas vezes flagrou-a fazendo o mesmo. Harry estava se contendo, mas queria mesmo tentar correr com toda sua nova força e testar a potência que poderia alcançar. Gina percebeu as intenções dele.
- Harry agora nós já estamos a uma distância segura da Toca você pode testar o que você é capaz de fazer e se acostumar com sua nova força – disse ela olhando para os lados e verificando se não havia ninguém por perto. Harry ficou grato pela garota estar ajudando com os efeitos colaterais do sangue de rêsma.
Harry primeiro tentou usar toda sua força de uma só vez, e no começo realmente conseguiu ir mais rápido, mas não conseguiu manter o equilíbrio por muito tempo, e logo teve que reduzir a força para não cair. Gina, que havia se sentado à sombra de uma macieira e observava o treino de Harry, levantou-se preocupada quando ele quase caiu, e foi mostrar o que Harry estava fazendo errado.
Harry sentiu-se o homem mais sortudo do mundo, pois agora tinha uma bela garota colocando a mão nos músculos de suas pernas e endireitando a sua coluna para tentar ensiná-lo a distribuir o peso, e cada vez que ela se abaixava para apontar nas suas próprias pernas que músculos ele deveria contrair, era uma oportunidade perfeita para ele ficar observando as coxas bem torneadas dela.
Após prestar bastante atenção às diferenças, Harry novamente se pôs a correr com toda a força, inicialmente atento até onde elevava sua perna para não perder o equilíbrio e se manter em movimento constante, seguindo os conselhos de Gina, que assistia contente ao sucesso dele. Logo depois ele se perdeu na sensação de correr com toda aquela velocidade livremente. Era fantástico, quase como a sensação de liberdade que sentia ao voar. Sentia-se livre de suas limitações e de seus problemas, tanto que quando reparou já estava treinando há quase uma hora, e eles precisavam voltar rápido para a Toca ou Molly ficaria muito preocupada com eles.
Harry comentou sua preocupação com Gina e a garota olhando para o relógio ficou espantada como o tempo que havia passado sem que eles percebessem, e os dois voltaram correndo em direção à Toca.
Ao chegarem estavam ambos com a respiração pesada e as roupas ensopadas de suor. Harry não pôde deixar de notar que o suor havia tornado o top que Gina usava semi-transparente, e o que ele enxergou o deixou de tal forma que ele sentiu o rosto ficar quente, e ele não conseguia tirar os olhos dela, e esperava que ela não percebesse, ou iria ficar extremamente envergonhado de sua atitude.
Quando entraram na cozinha encontraram Rony comendo uma quantidade absurda de comida enquanto falava alguma coisa, de boca cheia, com os gêmeos. Os gêmeos terminaram seu café, se levantaram, despediram-se de sua irmã e de seu maior e único investidor e aparataram para a sua loja.
Enquanto Gina tomava um banho Harry leu o Profeta Diário, procurando alguma notícia sobre Voldemort, mas tudo que encontrava eram relatos de bruxos sobre possíveis aparições de Voldemort em diversos locais diferentes, e pelo que parecia ao mesmo tempo, ou seja, provavelmente eram notícias falsas ou resultado de boatos infundados e histeria coletiva, ou pior, as pessoas estavam tentando se promover às custas do medo.
Harry estava frustrado com as pessoas que só queriam aparecer, ocupar o espaço das notícias que realmente deveriam ser dadas, como o que estava sendo feito para conter os Comensais capturados, que medidas estavam sendo tomadas para localizar e prender Belatrix e Rabicho e todas as outras coisas que ele gostaria de saber sobre as ações do Ministério da Magia.
- Harry, já pode tomar seu banho eu liberei o banheiro... – Harry ouviu a garota gritar das escadas. Provavelmente ela estava enrolada na toalha e os cabelos ruivos molhados pingando sobre os ombros, como no dia anterior. Harry considerou por um breve momento a idéia de usar suas lentes para espiar a garota, mas decidiu que seria melhor, e menos criminoso, esperar que ela mesma permitisse que ele a visse nua, se fosse o caso.
Harry tomou uma bela ducha fria, tentando apenas relaxar e esquecer os problemas que estava tendo. As imagens de Gina foram as mais difíceis de se livrar, mas no fim a água fria ajudou-o a se acalmar. Ele se arrumou calmamente, e para manter os cabelos, que haviam crescido mais um pouco, fora de sua linha de visão, teve que improvisar com um pouco do gel, provavelmente de Carlinhos, que estava na bancada do banheiro. Vestiu uma bermuda simples e uma camiseta da cor vermelho grifinório e voltou para a sala. Assim que desceu encontrou Ron terminando de derrotar Gina em uma partida de xadrez de bruxo.
- E aí Harry? Se sente pronto para o desafio? – Rony zombou, convidando Harry para uma partida.
- Pode apostar que sim Ron – respondeu sorrindo para o amigo. Gina ofereceu o lugar para que ele se sentasse.
- Harry posso pegar aquele livro que você disse que ia me emprestar ontem? - perguntou Gina assim que se levantou. Harry se lembrou que havia dito a Gina que deixaria que ela ajudasse, por isso assentiu discretamente com a cabeça.
Harry e Rony estavam empolgados na partida, mas Harry viu que Gina havia descido com um dos livros que estavam no cofre da família dele. Ela se acomodou despojadamente na poltrona em frente a onde os garotos jogavam e começou a folhear o livro com interesse.
Harry observou embevecido a concentração da menina por alguns segundos, então sentiu algo estranho sobre o jogo, e, se concentrando neste sentimento começou a entender por que Ron era tão bom no xadrez. Ron previa as jogadas do adversário, ele inconscientemente utilizava suas habilidades de vidente. Harry então resolveu equilibrar as coisas e começou a "ler" as jogadas que o amigo ia fazer.
Foi uma partida muito equilibrada, mas no fim o talento natural de Ron e se habilidade de prever as jogadas de seu adversário e a legilemência de Harry fizeram com que a partida terminasse em um empate. Gina interrompeu os dois, antes que Rony conseguisse assimilar o empate, que para ele tinha sabor de derrota.
- Harry olha aqui a árvore genealógica de sua família... – disse Gina excitada por que finalmente encontrará algo diferente para mostrar para Harry. Ela apontou para o desenho esquemático, com o brasão dos Potter.
Harry ocupava a posição mais abaixo da árvore. Logo acima se encontravam Tiago Francisco Potter e Lílian Evans Potter. Ao lado deles estava o nome de Eduardo Alberto Potter, junto com as datas de nascimento e falecimento.
Harry se sentiu um pouco triste ao descobrir que havia tido um tio que nem havia chegado a conhecer, pois ele morreu em 76 antes de Harry ter nascido. Também abaixo dos nomes apareciam a profissão da pessoa e Harry viu que seu pai e tio foram aurores e sua mãe trabalhava como criadores de feitiços para o ministério da Magia.
Logo acima se encontravam os nomes Alberto Tiago Potter e Fernanda Bones Potter, abaixo dos nomes de eles se encontravam respectivamente Auror e oficial do Depto. de Execução das Leis da Magia. E acima deles se encontravam os nomes de Tiago Alfredo Potter e Elizabeth Malfoy Potter, novamente o constava o titulo de Auror e abaixo de Elizabeth constava que ela fora uma medi-Bruxa.
A lista de nomes continuava, e Harry até encontrou relação de sua família com os Weasleys e diversas outras famílias. A árvore genealógica se estendia por quase oitocentos anos antes de perder as conexões principais, e todos os homens Potter constavam como tendo posições de defensores do bem como Aurores ou caçadores de criaturas perigosas.
Harry, Ron e Gina ficaram folhando pelo livro e aprendendo sobre a família de Harry. O livro descrevia alguns dos feitos mais importantes dos membros da família e Gina prontamente comentou que alguns dos feitos de Harry deviam ser acrescentados. Quando Harry ia protestar, a garota mostrou que o livro fora escrito à mão pela família e ela mesmo se prontificou a acrescentar os feitos dele. O livro também descrevia a casa à qual a pessoa tinha ido em quanto frequentara Hogwarts e Harry viu que embora a maioria fossem grifinórios havia alguns ramos que trocavam de casa, e após algumas gerações não mais apareciam como Potter pois tinham filhas que se casavam, e então saíam da árvore da família.
Sem que eles percebessem logo chegou a hora do almoço. Molly havia preparado todas as comidas favoritas de Harry em agradecimento pelo café da manhã, e, para a surpresa de todos, os Lovegood se juntaram a eles no almoço.
O Sr. Lovegood queria agradecer pessoalmente a Harry pela entrevista e Luna queria visitar os amigos. Luna também deu de presente para Harry uma edição atual do Pasquim e uma assinatura vitalícia de lambuja.
Após um delicioso almoço, o Sr. Lovegood se despediu e os amigos foram para a sala conversar enquanto faziam a digestão para depois jogarem um pouco de quadribol.
Enquanto conversavam Luna mostrou um esboço da matéria que estava preparando sobre a luta no Departamento de Mistérios no Ministério da Magia. Harry começou a ler a matéria, e Gina lia sobre seu ombro. Os cabelos da garota roçavam contra o pescoço dele, tirando-lhe quase toda a concentração. Eles comentavam em alguns pontos em que Luna devia mudar alguns fatos para que a matéria ficasse mais adequada com o que realmente tinha acontecido. Luna disse que já tinha uma entrevista de Neville para acrescentar, e agora esperava o depoimento dos seus outros amigos. Ela contou que havia mandado uma coruja para Hermione pedindo uma entrevista, mas que esta havia se negado a fazer qualquer comentário na revista, embora ela não soubesse por quê.
Harry e Gina sorriram de leve um para o outro sabiam muito bem por que a garota não queria dar entrevista, mas acharam melhor não comentar nada, rapidamente eles se livraram de suas entrevistas e observaram que Luna fazia muitas perguntas mais pessoais para Rony que não notava nada de estranho nisto. Harry e Gina trocaram um olhar e Harry sentiu a vontade que a garota tinha de rolar de tanto rir no chão.
Alguns instantes depois todos estavam no "campo" de quadribol dos Weasley para se divertir. Eles concordaram em fazer um jogo de dois contra dois, apenas com artilheiros, e qualquer dos artilheiros poderia defender os gols. Sortearam as duplas, e acabou ficando Harry e Gina contra Ron e Luna. O jogo iria até cem pontos. A dupla que fizesse dez gols primeiro ganhava.
Ron saiu com a goles e tentou fintar sua irmã, que jogava melhor como artilheira, e conseguiu roubar a bola do rapaz e avançou contra os postes para fazer o gol, mas Luna a bloqueou, e conseguiu arremessar a bola na direção de Ron. Harry se antecipou e pegou a goles no lugar do amigo, avançando para marcar o gol. Luna se posicionou para bloqueá-lo, mas Harry com apenas um olhar para Gina indicou onde esta devia se posicionar, e passou a goles para a garota. Ron vinha embalado contra a irmã, que rapidamente devolveu a goles para Harry, que fez o primeiro gol da dupla. Harry e Gina trocaram sorrisos, e um pequeno abraço para comemorar o gol.
O jogo continuou neste ritmo. Embora Ron e Luna fossem bons, Harry e Gina eram melhores, e eles também contavam com uma habilidade maior na no ataque, e trocavam os passes com mais facilidade. Portando não foi surpresa nenhuma que a partida tivesse acabado em 100 a 30 para Harry e Gina.
Quando finalmente aterrissaram Harry correu com empolgação para abraçar Gina e comemorar a vitória. Depois de abraçá-la, tirando-a do chão, rodá-la no ar com facilidade, arrancando risadinhas e gritinhos histéricos da garota, ele se inclinou para dar um beijo em sua bochecha, porém Gina teve a mesma idéia e inclinou-se também, para o mesmo lado.
Foi uma grande surpresa para os dois, que tinham os olhos fechados, quando os lábios se tocaram timidamente sem querer. Harry inicialmente ficou chocado pela surpresa, e quando começou a aproveitar o beijo, que ele notou que era muito mais gostoso que o de Cho, Gina se afastou, como se nada demais tivesse acontecido, e o deixou para trás, chocado, extremamente corado, e completamente na dúvida se o beijo havia sido mesmo sem querer ou maldosamente proposital. Na dúvida ou não, ele precisava urgentemente de um bom banho frio. E isso estava ficando cada vez mais freqüente.
- Garotos, está meio quente. Por que não vamos tomar um banho no riacho? – perguntou Gina já indo em direção ao barracão para guardar sua vassoura.
- Eu adoraria Gina mas eu estou sem roupa de banho por baixo... – respondeu Luna um tanto quanto desanimada.
- Que é isso Luna? Eu te empresto algo. Vamos lá no meu quarto... – as duas foram em direção à casa enquanto Ron e Harry guardavam sua vassouras.
- Esperamos vocês no riacho garotas - gritou Ron para Gina e Luna.
Harry e Ron já estavam mergulhando no riacho quando as garotas chegaram. Luna estava usando um maiô branco, um pouco pequeno para ela já que era um pouco mais alta e esguia do que Gina. Harry até achou que Luna havia ficado muito bonita, mas a visão que veio a seguir roubou-lhe todo o sangue do cérebro. Gina estava usando uma maiô vermelho decotado nas frente, com as costas nuas, evidenciando cada curva de seu corpo. Harry se encontrou novamente lambendo os próprios lábios, e pôde sentir de leve o maravilhoso gosto dos lábios de Gina ainda nos seus.
Todos se divertiram muito, até que notaram que a tarde estava acabando, e Luna disse que tinha que se preparar para ir embora. Todos voltaram para a Toca, para se secarem e colocarem roupas secas.
Harry agora não conseguia parar de pensar em dar um jeito de ficar sozinho com Gina. Precisava esclarecer o que havia acontecido. "Quem sabe eu posso convidá-la para um encontro no Beco Diagonal?", pensou ele distraído vendo a garota secar os cabelos na toalha. "Onde eu estou com a cabeça? Provavelmente foi um acidente e ela vai rir na minha cara por isso", pensou melhor. Mas a dúvida o estava atormentando.
Harry não contava da sorte ajudá-lo tanto, pois quando estavam se despedindo de Luna, Molly mandou que Ron a acompanhasse até a porta de casa. Não queria que nada de errado acontecesse com a garota.
Ron grunhiu e reclamou um pouco, mas obedeceu à mãe, como de costume. Harry esperou Molly voltar para a cozinha para pedir para conversar com a Gina. Ele não tinha certeza, mas teve a impressão de ter visto um brilho maroto e um sorriso malvado por breves instantes no rosto da garota.
- Gina eu queria te perguntar uma coisa – disse Harry rapidamente
antes que perdesse a coragem. A menina ergueu as sobrancelhas para
ele.
- Sim, Harry – ele abaixou a cabeça e disse de uma só vez.
- Hoje de tarde, sabe, depois do jogo... – ele olhou para os próprios
pés. - Você teve a intenção de me beijar? – Gina sorriu.
- É claro que não... – Harry sentiu o estômago afundar. – Eu ia te dar
um beijo no rosto. Você acha que eu iria te beijar na... – ele a
interrompeu.
- Não. Eu com certeza sei que não, me desculpe por perguntar e... –
ele passou a mão nervosamente pelos cabelos.
- Eu não terminei de falar Harry... – Gina levantou as duas
sobrancelhas. - Olhe bem pra mim... – o rapaz estava sem graça como
nunca havia estado antes, e olhar para ela foi uma das coisas mais
difíceis para ele fazer naquele momento. – Não foi nada demais beijar
você... – ele se sentiu pior. "Por favor Gina, cale a boca e não tente
consertar isso", ele pensou em seu íntimo.
- Para mim foi... – nesse momento ela entendeu onde ele estava
querendo chegar e seus olhos brilharam de contentamento. Ele já ia
saindo da sala quando ela conseguiu assimilar a própria felicidade e
continuou a falar.
- Eu disse que eu não tinha a intenção de beijar você naquela hora,
mas eu não disse que não tinha a intenção de beijar você... – ele deu
de ombros.
- E que diferença isso faz, Gina? – ele suspirou resignado. Ela sorriu
e caminhou até ele.
- Essa é a diferença, Harry... – ela ficou na ponta dos pés e colou os
seus lábios nos dele.
Harry sentiu a vontade que a garota tinha de brincar com ele e de fazer ele "suar" um pouco, mas também sentiu a vibração dela e o desejo que ela tinha de gritar de felicidade e se atirar cada vez mais nos braços dele. Mas então a garota fez exatamente isso, e atirou os braços ao redor do pescoço dele, beijando-o com vontade.
Desta vez ele estava preparado, e colocou seus braços ao redor da cintura da garota, puxou-a o mais perto possível de seu corpo. Baixou sua cabeça levemente enquanto a garota levantava o queixo. Os lábios ainda estavam se tocando de leve, mas logo o beijo foi se tornando intenso e exigente. Harry tinha os olhos fechados, e deixou a cabeça pender um pouco para esquerda, sentindo que Gina estava fazendo o mesmo. O beijo se aprofundou mais. Os lábios agora se pressionavam com mais força, e Harry moveu seus lábios lentamente, provando mais de Gina. A garota fazia o mesmo. A língua dele instintivamente saiu de sua boca, roçando de leve nos lábios da garota, e a sensação era ainda mais maravilhosa do que tinha sido de tarde, quando o beijo havia sido apenas um selinho. Quando ele fez aquilo, os lábios da garota instantaneamente se entreabriram mais, dando passagem para a sua língua. Nesse instante Harry esqueceu de tudo. Estava apenas preocupado em aproveitar esta experiência maravilhosa ao máximo. Ele sentiu a língua da garota massagear de leve a dele, retribuindo o carinho e enlouqueceu. Aquela sensação era a melhor que ele já havia sentido na vida.
Harry abraçou a garota com mais força. Queria ela mais perto. Ele sentiu as mãos da garota abandonarem seu pescoço e se embrenharem em seu cabelo. Ele estava usando todos os seus sentidos e aquilo era maravilhoso, fazendo-o querer mais e mais. Sua mão deslizou um pouco e acariciou de leve a garota, descendo a mão pelas suas costas. Por um momento ele pensou que tivesse estragado tudo, mas a garota aumentou ainda mais o fervor do beijo. Então ele sentiu a já familiar pulsação no baixo ventre que Gina estava lhe causando há algum tempo, e ele ficou sem graça ao sentir que ela havia percebido, e se afastou um pouco. Mas logo sentiu o orgulho que na verdade a garota estava sentindo por causar esta reação nele.
Após alguns minutos, que pareceram meros instantes para Harry eles tiveram que interromper o beijo para respirar apropriadamente. Gina escorou a cabeça no ombro de Harry e respirou profundamente. Harry fez o mesmo. Eles mal podiam acreditar. Ele estava se sentido muito feliz. Aquele beijo havia lhe proporcionado a melhor sensação que ele já havia tido na vida, e mal podia esperar para repetir a dose.
- Gina... – ele disse antes que ela se afastasse. Os olhos castanhos
olharam ternamente para ele. – Você quer ir comigo ao Beco Diagonal,
sabe, como um encontro? – ela sorriu de modo encantador.
- Eu vou adorar sair com você Harry... – respondeu Gina após alguns
segundos que tomou para se recompor – Mas você pode me ajudar com meu
dever de poções agora para nós podermos aproveitar melhor nosso
primeiro encontro? – perguntou Gina sorrindo para Harry.
Tudo que Harry pôde fazer foi balançar que sim com a cabeça já que não estava conseguindo pensar direito no momento. Só conseguia pensar em como o beijo havia sido gostoso e o quanto queria repetir. Gina entrelaçou os dedos de sua mão na dele e guiou o garoto para o quarto dela.
Harry passou meia hora ajudando a garota com os deveres, e roubando beijos sempre que podia. Era uma sensação fantástica que ele não cansava de experimentar.
O jantar foi um pouco mais complicado, pois não demorou nenhum minuto para que os Weasley percebessem a proximidade e felicidade de Harry e Gina. Molly, a primeira a notar, levou a mão ao coração e deu um gritinho de felicidade. Os gêmeos ao olharem para os dois devido ao gritinho começaram a sessão de provocações ao novo "casal". E Ron, por último vibrou, dizendo um "Que legal cara" que foi o motivo de risos de todos por ele ter sido o último a perceber, como sempre.
Após o jantar todos se retiraram para dormir, e Gina despediu-se de Harry com mais um beijo apaixonado na porta de seu quarto. Quando Harry se deitou para dormir os sonhos da noite anterior foram muito parecidos, mas desta vez Harry pôde apreciá-los adequadamente, e com a certeza de que eles um dia se tornariam realidade e ele podia perfeitamente se acostumar com isso também.
Eu quero agradecer a todos que comentaram e espero que gostem deste novo capitulo cheio de Harry e Gina fluffy. E eu quero agradecer ao amor da minha vida e pessoa mais importante que eu conheço por me ajudar com este e todos os outros capítulos, o talento dela é que torna este fic tão especial quanto é.
Se Acostumando
Harry acordou de um sonho muito bom. Não conseguia se lembrar direito dos detalhes, só tinha certeza de que envolvia uma certa ruivinha que havia atormentado muito os pensamentos dele antes de dormir. Gina, com as atitudes do dia anterior, havia tomado a maior parte dos pensamentos de Harry. Partes estas que apenas Cho havia ocupado anteriormente.
Então, depois de se torturar por mais alguns instantes ele se levantou. Precisava definitivamente fazer alguma coisa para se livrar dos pensamentos sobre a bela garota, que no momento, para piorar a sua situação, dormia no quarto em frente.
Sentindo-se miserável, Harry recolocou as lentes de contato, lavou o rosto e se vestiu para sua corrida matinal. Afinal, se a corrida funcionava para livrá-lo dos pesadelos constantes e da tristeza, certamente o ajudaria a se livrar deste tipo de pensamentos sobre Gina, ou pelo menos era o que ele esperava.
Harry desceu as escadas silenciosamente e estranhou Molly não estar acordada ainda. Então algo lhe ocorreu. Ele resolveu preparar o café da manhã para os Weasley como uma surpresa, e em agradecimento por o terem aceitado nestas férias e sido extremamente acolhedores sempre.
Ele separou tudo o que ia precisar, mas encontrou a maioria dos ingredientes espalhados em um balcão que havia sido encantado para funcionar e ter os mesmos efeitos de uma geladeira, preservando os alimentos para que estes não estragassem.
Quando Harry foi pegar o leite, a caixa estourou devido à força exagerada que este fez sem querer. Após o pequeno incidente tudo continuou normalmente. Harry tomou mais cuidado para se acostumar a segurar as coisas com um pouco mais de delicadeza, e, lembrando-se do que Gina havia dito na noite anterior, sobre ter mais cuidado com a sua força, agradeceu mentalmente por ter arrebentado apenas a caixa de leite, ao invés de ter quebrado algum osso da garota quando a segurou no colo desajeitadamente.
Ele preparou um café da manhã como havia aprendido após trabalhar feito um elfo doméstico durante anos na casa de seus tios: Várias fatias de bacon, muitas salsichas (Harry sabia muito bem como era o apetite lendário dos Weasley), alguns ovos fritos, e, para uma variar um pouco o cardápio, uma porção generosa de ovos mexidos. Harry também preparou chá, café preto, e deixou uma jarra de leite e uma de suco de abóbora sobre a mesa.
Ele estava terminando de limpar a bagunça que havia feito ao derramar o leite no chão quando ouviu uma voz feminina esganiçada.
- Harry, querido, o que você está fazendo? – Molly perguntou surpresa. O rapaz deu de ombros, um tanto quanto embaraçado.
- Eu só estava preparando o café da manhã em agradecimento por vocês terem me convidado para passar as férias aqui na Toca com vocês... – respondeu Harry voltando a esfregar o pano de chão na poça de leite, mas Molly rapidamente fez um gesto de varinha e o pano saiu das mãos do rapaz, formando uma boca, sugou todo o resto de leite esparramado do chão, acabando de limpar a bagunça.
- Harry você não precisa fazer nada para agradecer principalmente acordar a esta hora da manhã para preparar café da manhã para os preguiçosos dos meus filhos, querido –disse em tom amável, enquanto o pano de chão "vomitava" o leite que havia sugado do chão num balde cheio de água próximo. Quando o pano começou a gargarejar e bochechar com a água, Molly o desinfeitiçou. Harry continuou a falar despreocupadamente.
- Sra. Weasley eu gosto de ajudar. Eu sei cozinhar bem e estou acostumado a acordar cedo durante as férias, sem o menor problema. Eu fico feliz em poder fazer algo por vocês... Sinto muito pelo pequeno acidente com o leite... – a mulher sorriu. - Eu só vou comer uma porção eu vou correr um pouco para me exercitar – disse Harry se sentando a mesa.
- Bom querido, se você só fez isto para comer algo antes de se exercitar tudo bem. Só que da próxima vez você pode preparar algo bem simples para si mesmo, não precisa fazer um café para a família inteira está bem? E não se importe, pois eu mesma sempre vivo derrubando tudo. Não é fácil cozinhar com sete filhos gritando, brincando, brigando o tempo todo... – falou Molly carinhosamente para Harry. – Mas eu adorei a surpresa assim mesmo... – ela acrescentou ao final. Molly sentou-se calmamente à mesa com a edição matutina do Profeta Diário e começou a ler enquanto tomava seu café da manhã. Harry também havia se sentado, e estava comendo rapidamente um pouco de ovos mexidos com algumas fatias de bacon, enquanto as ajudava a descer mais depressa dando grandes goles no seu suco de abóbora.
Quando Harry estava terminando seu café, ouviu alguém descendo as escadas, e ao olhar na direção delas se deparou com a pessoa que havia habitado seus sonhos na noite anterior.
Gina ainda estava usando a camisola da noite anterior, e com a luz do dia entrando pela janela, Harry podia ver melhor as pernas da garota e isto não estava ajudando muito ao café da manhã ser digerido. Ele sentiu um calor enorme tomar conta de seu corpo e tentou se concentrar em mastigar o mínimo possível.
Gina deu um beijo de "bom dia" no rosto da mãe e desejou um "bom dia" sorridente para Harry, e aquele sorriso tirou ele do sério. Gina serviu-se de ovo mexido e um pouco de leite gelado para começar o café, e Harry ficou esperando ansiosamente para ver qual seria a reação da garota à comida que ele havia preparado, ele queria muito impressioná-la.
- Mãe estes ovos estão fantásticos – disse assim que colocou o garfo na boca e provou. Harry não conseguiu conter o sorriso que apareceu no canto dos seus lábios devido ao elogio.
- Então filha você deve dar este elogio ao Harry, pois foi ele quem preparou o café da manhã hoje... – disse Molly entre as garfadas a sua própria porção de ovos mexidos.
Gina ficou surpresa e olhou incredulamente para Harry, que apenas confirmou timidamente com a cabeça que havia sido ele quem tinha preparado o café. E por mais que Gina fosse linda ele não conseguiria abrir a boca para fazer algum comentário sem morrer de rir da cara que a garota estava fazendo.
- Com licença. Vou correr um pouco. Dentro de uma hora devo estar de volta - disse Harry enquanto se levantava, para que ninguém ficasse preocupado com sua ausência neste tempo.
- Espere um minutinho que eu vou me aprontar para ir com você Harry – disse Gina terminando de tomar seu copo de leite de um gole só.
Quinze minutos depois ela descia as escadas, e novamente deixava Harry pasmo com sua beleza. A garota estava usando um top branco colante que não escondia em nada sua bela silhueta, um short bege curto que mostrava muito mais de suas pernas do que Harry poderia suportar e um tênis simples de corrida. O cabelo estava preso em um rabo de cavalo que deixava a mostra o pescoço branco e delicado, o que era muito convidativo para Harry, que passou a ponte da língua de leve por seu lábios. Ele imaginou o quanto ele poderia agüentar antes que enlouquecesse, e engoliu em seco.
A corrida começou após um breve aquecimento silenciosamente confortável. Harry não conseguia parar de dar breves espiadas, para a garota ao seu lado e algumas vezes flagrou-a fazendo o mesmo. Harry estava se contendo, mas queria mesmo tentar correr com toda sua nova força e testar a potência que poderia alcançar. Gina percebeu as intenções dele.
- Harry agora nós já estamos a uma distância segura da Toca você pode testar o que você é capaz de fazer e se acostumar com sua nova força – disse ela olhando para os lados e verificando se não havia ninguém por perto. Harry ficou grato pela garota estar ajudando com os efeitos colaterais do sangue de rêsma.
Harry primeiro tentou usar toda sua força de uma só vez, e no começo realmente conseguiu ir mais rápido, mas não conseguiu manter o equilíbrio por muito tempo, e logo teve que reduzir a força para não cair. Gina, que havia se sentado à sombra de uma macieira e observava o treino de Harry, levantou-se preocupada quando ele quase caiu, e foi mostrar o que Harry estava fazendo errado.
Harry sentiu-se o homem mais sortudo do mundo, pois agora tinha uma bela garota colocando a mão nos músculos de suas pernas e endireitando a sua coluna para tentar ensiná-lo a distribuir o peso, e cada vez que ela se abaixava para apontar nas suas próprias pernas que músculos ele deveria contrair, era uma oportunidade perfeita para ele ficar observando as coxas bem torneadas dela.
Após prestar bastante atenção às diferenças, Harry novamente se pôs a correr com toda a força, inicialmente atento até onde elevava sua perna para não perder o equilíbrio e se manter em movimento constante, seguindo os conselhos de Gina, que assistia contente ao sucesso dele. Logo depois ele se perdeu na sensação de correr com toda aquela velocidade livremente. Era fantástico, quase como a sensação de liberdade que sentia ao voar. Sentia-se livre de suas limitações e de seus problemas, tanto que quando reparou já estava treinando há quase uma hora, e eles precisavam voltar rápido para a Toca ou Molly ficaria muito preocupada com eles.
Harry comentou sua preocupação com Gina e a garota olhando para o relógio ficou espantada como o tempo que havia passado sem que eles percebessem, e os dois voltaram correndo em direção à Toca.
Ao chegarem estavam ambos com a respiração pesada e as roupas ensopadas de suor. Harry não pôde deixar de notar que o suor havia tornado o top que Gina usava semi-transparente, e o que ele enxergou o deixou de tal forma que ele sentiu o rosto ficar quente, e ele não conseguia tirar os olhos dela, e esperava que ela não percebesse, ou iria ficar extremamente envergonhado de sua atitude.
Quando entraram na cozinha encontraram Rony comendo uma quantidade absurda de comida enquanto falava alguma coisa, de boca cheia, com os gêmeos. Os gêmeos terminaram seu café, se levantaram, despediram-se de sua irmã e de seu maior e único investidor e aparataram para a sua loja.
Enquanto Gina tomava um banho Harry leu o Profeta Diário, procurando alguma notícia sobre Voldemort, mas tudo que encontrava eram relatos de bruxos sobre possíveis aparições de Voldemort em diversos locais diferentes, e pelo que parecia ao mesmo tempo, ou seja, provavelmente eram notícias falsas ou resultado de boatos infundados e histeria coletiva, ou pior, as pessoas estavam tentando se promover às custas do medo.
Harry estava frustrado com as pessoas que só queriam aparecer, ocupar o espaço das notícias que realmente deveriam ser dadas, como o que estava sendo feito para conter os Comensais capturados, que medidas estavam sendo tomadas para localizar e prender Belatrix e Rabicho e todas as outras coisas que ele gostaria de saber sobre as ações do Ministério da Magia.
- Harry, já pode tomar seu banho eu liberei o banheiro... – Harry ouviu a garota gritar das escadas. Provavelmente ela estava enrolada na toalha e os cabelos ruivos molhados pingando sobre os ombros, como no dia anterior. Harry considerou por um breve momento a idéia de usar suas lentes para espiar a garota, mas decidiu que seria melhor, e menos criminoso, esperar que ela mesma permitisse que ele a visse nua, se fosse o caso.
Harry tomou uma bela ducha fria, tentando apenas relaxar e esquecer os problemas que estava tendo. As imagens de Gina foram as mais difíceis de se livrar, mas no fim a água fria ajudou-o a se acalmar. Ele se arrumou calmamente, e para manter os cabelos, que haviam crescido mais um pouco, fora de sua linha de visão, teve que improvisar com um pouco do gel, provavelmente de Carlinhos, que estava na bancada do banheiro. Vestiu uma bermuda simples e uma camiseta da cor vermelho grifinório e voltou para a sala. Assim que desceu encontrou Ron terminando de derrotar Gina em uma partida de xadrez de bruxo.
- E aí Harry? Se sente pronto para o desafio? – Rony zombou, convidando Harry para uma partida.
- Pode apostar que sim Ron – respondeu sorrindo para o amigo. Gina ofereceu o lugar para que ele se sentasse.
- Harry posso pegar aquele livro que você disse que ia me emprestar ontem? - perguntou Gina assim que se levantou. Harry se lembrou que havia dito a Gina que deixaria que ela ajudasse, por isso assentiu discretamente com a cabeça.
Harry e Rony estavam empolgados na partida, mas Harry viu que Gina havia descido com um dos livros que estavam no cofre da família dele. Ela se acomodou despojadamente na poltrona em frente a onde os garotos jogavam e começou a folhear o livro com interesse.
Harry observou embevecido a concentração da menina por alguns segundos, então sentiu algo estranho sobre o jogo, e, se concentrando neste sentimento começou a entender por que Ron era tão bom no xadrez. Ron previa as jogadas do adversário, ele inconscientemente utilizava suas habilidades de vidente. Harry então resolveu equilibrar as coisas e começou a "ler" as jogadas que o amigo ia fazer.
Foi uma partida muito equilibrada, mas no fim o talento natural de Ron e se habilidade de prever as jogadas de seu adversário e a legilemência de Harry fizeram com que a partida terminasse em um empate. Gina interrompeu os dois, antes que Rony conseguisse assimilar o empate, que para ele tinha sabor de derrota.
- Harry olha aqui a árvore genealógica de sua família... – disse Gina excitada por que finalmente encontrará algo diferente para mostrar para Harry. Ela apontou para o desenho esquemático, com o brasão dos Potter.
Harry ocupava a posição mais abaixo da árvore. Logo acima se encontravam Tiago Francisco Potter e Lílian Evans Potter. Ao lado deles estava o nome de Eduardo Alberto Potter, junto com as datas de nascimento e falecimento.
Harry se sentiu um pouco triste ao descobrir que havia tido um tio que nem havia chegado a conhecer, pois ele morreu em 76 antes de Harry ter nascido. Também abaixo dos nomes apareciam a profissão da pessoa e Harry viu que seu pai e tio foram aurores e sua mãe trabalhava como criadores de feitiços para o ministério da Magia.
Logo acima se encontravam os nomes Alberto Tiago Potter e Fernanda Bones Potter, abaixo dos nomes de eles se encontravam respectivamente Auror e oficial do Depto. de Execução das Leis da Magia. E acima deles se encontravam os nomes de Tiago Alfredo Potter e Elizabeth Malfoy Potter, novamente o constava o titulo de Auror e abaixo de Elizabeth constava que ela fora uma medi-Bruxa.
A lista de nomes continuava, e Harry até encontrou relação de sua família com os Weasleys e diversas outras famílias. A árvore genealógica se estendia por quase oitocentos anos antes de perder as conexões principais, e todos os homens Potter constavam como tendo posições de defensores do bem como Aurores ou caçadores de criaturas perigosas.
Harry, Ron e Gina ficaram folhando pelo livro e aprendendo sobre a família de Harry. O livro descrevia alguns dos feitos mais importantes dos membros da família e Gina prontamente comentou que alguns dos feitos de Harry deviam ser acrescentados. Quando Harry ia protestar, a garota mostrou que o livro fora escrito à mão pela família e ela mesmo se prontificou a acrescentar os feitos dele. O livro também descrevia a casa à qual a pessoa tinha ido em quanto frequentara Hogwarts e Harry viu que embora a maioria fossem grifinórios havia alguns ramos que trocavam de casa, e após algumas gerações não mais apareciam como Potter pois tinham filhas que se casavam, e então saíam da árvore da família.
Sem que eles percebessem logo chegou a hora do almoço. Molly havia preparado todas as comidas favoritas de Harry em agradecimento pelo café da manhã, e, para a surpresa de todos, os Lovegood se juntaram a eles no almoço.
O Sr. Lovegood queria agradecer pessoalmente a Harry pela entrevista e Luna queria visitar os amigos. Luna também deu de presente para Harry uma edição atual do Pasquim e uma assinatura vitalícia de lambuja.
Após um delicioso almoço, o Sr. Lovegood se despediu e os amigos foram para a sala conversar enquanto faziam a digestão para depois jogarem um pouco de quadribol.
Enquanto conversavam Luna mostrou um esboço da matéria que estava preparando sobre a luta no Departamento de Mistérios no Ministério da Magia. Harry começou a ler a matéria, e Gina lia sobre seu ombro. Os cabelos da garota roçavam contra o pescoço dele, tirando-lhe quase toda a concentração. Eles comentavam em alguns pontos em que Luna devia mudar alguns fatos para que a matéria ficasse mais adequada com o que realmente tinha acontecido. Luna disse que já tinha uma entrevista de Neville para acrescentar, e agora esperava o depoimento dos seus outros amigos. Ela contou que havia mandado uma coruja para Hermione pedindo uma entrevista, mas que esta havia se negado a fazer qualquer comentário na revista, embora ela não soubesse por quê.
Harry e Gina sorriram de leve um para o outro sabiam muito bem por que a garota não queria dar entrevista, mas acharam melhor não comentar nada, rapidamente eles se livraram de suas entrevistas e observaram que Luna fazia muitas perguntas mais pessoais para Rony que não notava nada de estranho nisto. Harry e Gina trocaram um olhar e Harry sentiu a vontade que a garota tinha de rolar de tanto rir no chão.
Alguns instantes depois todos estavam no "campo" de quadribol dos Weasley para se divertir. Eles concordaram em fazer um jogo de dois contra dois, apenas com artilheiros, e qualquer dos artilheiros poderia defender os gols. Sortearam as duplas, e acabou ficando Harry e Gina contra Ron e Luna. O jogo iria até cem pontos. A dupla que fizesse dez gols primeiro ganhava.
Ron saiu com a goles e tentou fintar sua irmã, que jogava melhor como artilheira, e conseguiu roubar a bola do rapaz e avançou contra os postes para fazer o gol, mas Luna a bloqueou, e conseguiu arremessar a bola na direção de Ron. Harry se antecipou e pegou a goles no lugar do amigo, avançando para marcar o gol. Luna se posicionou para bloqueá-lo, mas Harry com apenas um olhar para Gina indicou onde esta devia se posicionar, e passou a goles para a garota. Ron vinha embalado contra a irmã, que rapidamente devolveu a goles para Harry, que fez o primeiro gol da dupla. Harry e Gina trocaram sorrisos, e um pequeno abraço para comemorar o gol.
O jogo continuou neste ritmo. Embora Ron e Luna fossem bons, Harry e Gina eram melhores, e eles também contavam com uma habilidade maior na no ataque, e trocavam os passes com mais facilidade. Portando não foi surpresa nenhuma que a partida tivesse acabado em 100 a 30 para Harry e Gina.
Quando finalmente aterrissaram Harry correu com empolgação para abraçar Gina e comemorar a vitória. Depois de abraçá-la, tirando-a do chão, rodá-la no ar com facilidade, arrancando risadinhas e gritinhos histéricos da garota, ele se inclinou para dar um beijo em sua bochecha, porém Gina teve a mesma idéia e inclinou-se também, para o mesmo lado.
Foi uma grande surpresa para os dois, que tinham os olhos fechados, quando os lábios se tocaram timidamente sem querer. Harry inicialmente ficou chocado pela surpresa, e quando começou a aproveitar o beijo, que ele notou que era muito mais gostoso que o de Cho, Gina se afastou, como se nada demais tivesse acontecido, e o deixou para trás, chocado, extremamente corado, e completamente na dúvida se o beijo havia sido mesmo sem querer ou maldosamente proposital. Na dúvida ou não, ele precisava urgentemente de um bom banho frio. E isso estava ficando cada vez mais freqüente.
- Garotos, está meio quente. Por que não vamos tomar um banho no riacho? – perguntou Gina já indo em direção ao barracão para guardar sua vassoura.
- Eu adoraria Gina mas eu estou sem roupa de banho por baixo... – respondeu Luna um tanto quanto desanimada.
- Que é isso Luna? Eu te empresto algo. Vamos lá no meu quarto... – as duas foram em direção à casa enquanto Ron e Harry guardavam sua vassouras.
- Esperamos vocês no riacho garotas - gritou Ron para Gina e Luna.
Harry e Ron já estavam mergulhando no riacho quando as garotas chegaram. Luna estava usando um maiô branco, um pouco pequeno para ela já que era um pouco mais alta e esguia do que Gina. Harry até achou que Luna havia ficado muito bonita, mas a visão que veio a seguir roubou-lhe todo o sangue do cérebro. Gina estava usando uma maiô vermelho decotado nas frente, com as costas nuas, evidenciando cada curva de seu corpo. Harry se encontrou novamente lambendo os próprios lábios, e pôde sentir de leve o maravilhoso gosto dos lábios de Gina ainda nos seus.
Todos se divertiram muito, até que notaram que a tarde estava acabando, e Luna disse que tinha que se preparar para ir embora. Todos voltaram para a Toca, para se secarem e colocarem roupas secas.
Harry agora não conseguia parar de pensar em dar um jeito de ficar sozinho com Gina. Precisava esclarecer o que havia acontecido. "Quem sabe eu posso convidá-la para um encontro no Beco Diagonal?", pensou ele distraído vendo a garota secar os cabelos na toalha. "Onde eu estou com a cabeça? Provavelmente foi um acidente e ela vai rir na minha cara por isso", pensou melhor. Mas a dúvida o estava atormentando.
Harry não contava da sorte ajudá-lo tanto, pois quando estavam se despedindo de Luna, Molly mandou que Ron a acompanhasse até a porta de casa. Não queria que nada de errado acontecesse com a garota.
Ron grunhiu e reclamou um pouco, mas obedeceu à mãe, como de costume. Harry esperou Molly voltar para a cozinha para pedir para conversar com a Gina. Ele não tinha certeza, mas teve a impressão de ter visto um brilho maroto e um sorriso malvado por breves instantes no rosto da garota.
- Gina eu queria te perguntar uma coisa – disse Harry rapidamente
antes que perdesse a coragem. A menina ergueu as sobrancelhas para
ele.
- Sim, Harry – ele abaixou a cabeça e disse de uma só vez.
- Hoje de tarde, sabe, depois do jogo... – ele olhou para os próprios
pés. - Você teve a intenção de me beijar? – Gina sorriu.
- É claro que não... – Harry sentiu o estômago afundar. – Eu ia te dar
um beijo no rosto. Você acha que eu iria te beijar na... – ele a
interrompeu.
- Não. Eu com certeza sei que não, me desculpe por perguntar e... –
ele passou a mão nervosamente pelos cabelos.
- Eu não terminei de falar Harry... – Gina levantou as duas
sobrancelhas. - Olhe bem pra mim... – o rapaz estava sem graça como
nunca havia estado antes, e olhar para ela foi uma das coisas mais
difíceis para ele fazer naquele momento. – Não foi nada demais beijar
você... – ele se sentiu pior. "Por favor Gina, cale a boca e não tente
consertar isso", ele pensou em seu íntimo.
- Para mim foi... – nesse momento ela entendeu onde ele estava
querendo chegar e seus olhos brilharam de contentamento. Ele já ia
saindo da sala quando ela conseguiu assimilar a própria felicidade e
continuou a falar.
- Eu disse que eu não tinha a intenção de beijar você naquela hora,
mas eu não disse que não tinha a intenção de beijar você... – ele deu
de ombros.
- E que diferença isso faz, Gina? – ele suspirou resignado. Ela sorriu
e caminhou até ele.
- Essa é a diferença, Harry... – ela ficou na ponta dos pés e colou os
seus lábios nos dele.
Harry sentiu a vontade que a garota tinha de brincar com ele e de fazer ele "suar" um pouco, mas também sentiu a vibração dela e o desejo que ela tinha de gritar de felicidade e se atirar cada vez mais nos braços dele. Mas então a garota fez exatamente isso, e atirou os braços ao redor do pescoço dele, beijando-o com vontade.
Desta vez ele estava preparado, e colocou seus braços ao redor da cintura da garota, puxou-a o mais perto possível de seu corpo. Baixou sua cabeça levemente enquanto a garota levantava o queixo. Os lábios ainda estavam se tocando de leve, mas logo o beijo foi se tornando intenso e exigente. Harry tinha os olhos fechados, e deixou a cabeça pender um pouco para esquerda, sentindo que Gina estava fazendo o mesmo. O beijo se aprofundou mais. Os lábios agora se pressionavam com mais força, e Harry moveu seus lábios lentamente, provando mais de Gina. A garota fazia o mesmo. A língua dele instintivamente saiu de sua boca, roçando de leve nos lábios da garota, e a sensação era ainda mais maravilhosa do que tinha sido de tarde, quando o beijo havia sido apenas um selinho. Quando ele fez aquilo, os lábios da garota instantaneamente se entreabriram mais, dando passagem para a sua língua. Nesse instante Harry esqueceu de tudo. Estava apenas preocupado em aproveitar esta experiência maravilhosa ao máximo. Ele sentiu a língua da garota massagear de leve a dele, retribuindo o carinho e enlouqueceu. Aquela sensação era a melhor que ele já havia sentido na vida.
Harry abraçou a garota com mais força. Queria ela mais perto. Ele sentiu as mãos da garota abandonarem seu pescoço e se embrenharem em seu cabelo. Ele estava usando todos os seus sentidos e aquilo era maravilhoso, fazendo-o querer mais e mais. Sua mão deslizou um pouco e acariciou de leve a garota, descendo a mão pelas suas costas. Por um momento ele pensou que tivesse estragado tudo, mas a garota aumentou ainda mais o fervor do beijo. Então ele sentiu a já familiar pulsação no baixo ventre que Gina estava lhe causando há algum tempo, e ele ficou sem graça ao sentir que ela havia percebido, e se afastou um pouco. Mas logo sentiu o orgulho que na verdade a garota estava sentindo por causar esta reação nele.
Após alguns minutos, que pareceram meros instantes para Harry eles tiveram que interromper o beijo para respirar apropriadamente. Gina escorou a cabeça no ombro de Harry e respirou profundamente. Harry fez o mesmo. Eles mal podiam acreditar. Ele estava se sentido muito feliz. Aquele beijo havia lhe proporcionado a melhor sensação que ele já havia tido na vida, e mal podia esperar para repetir a dose.
- Gina... – ele disse antes que ela se afastasse. Os olhos castanhos
olharam ternamente para ele. – Você quer ir comigo ao Beco Diagonal,
sabe, como um encontro? – ela sorriu de modo encantador.
- Eu vou adorar sair com você Harry... – respondeu Gina após alguns
segundos que tomou para se recompor – Mas você pode me ajudar com meu
dever de poções agora para nós podermos aproveitar melhor nosso
primeiro encontro? – perguntou Gina sorrindo para Harry.
Tudo que Harry pôde fazer foi balançar que sim com a cabeça já que não estava conseguindo pensar direito no momento. Só conseguia pensar em como o beijo havia sido gostoso e o quanto queria repetir. Gina entrelaçou os dedos de sua mão na dele e guiou o garoto para o quarto dela.
Harry passou meia hora ajudando a garota com os deveres, e roubando beijos sempre que podia. Era uma sensação fantástica que ele não cansava de experimentar.
O jantar foi um pouco mais complicado, pois não demorou nenhum minuto para que os Weasley percebessem a proximidade e felicidade de Harry e Gina. Molly, a primeira a notar, levou a mão ao coração e deu um gritinho de felicidade. Os gêmeos ao olharem para os dois devido ao gritinho começaram a sessão de provocações ao novo "casal". E Ron, por último vibrou, dizendo um "Que legal cara" que foi o motivo de risos de todos por ele ter sido o último a perceber, como sempre.
Após o jantar todos se retiraram para dormir, e Gina despediu-se de Harry com mais um beijo apaixonado na porta de seu quarto. Quando Harry se deitou para dormir os sonhos da noite anterior foram muito parecidos, mas desta vez Harry pôde apreciá-los adequadamente, e com a certeza de que eles um dia se tornariam realidade e ele podia perfeitamente se acostumar com isso também.