A.N: Olá a todos, eu quero agradecer a todos que tomaram mais um pocuo seu tempo após ler o sexto capitulo e deixaram comentário e pediram mais capitulos deste fic. Eu me esforcei muito e espero que vocês apreciem mais este capitulo, e descansem assim que eu terminar da ajudar a minha namorada maravilhosa com o sexto capitulo de TE eu vou continuar o oitavo capitulo que ja esta bem desenvolvido.

E a mulher que mais amo no mundo, minha namorada, minha beta e a pessoa mais maravilhos que eu jamais conheci, eu quero te agradecer por gastar seu tempo me ajudando a tornar este fic no excelente trabalho que é por ver em mim uma pessoa especial que merece ser feliz ao seu lado. Eu te amo e este fic é de mim para vc. Te amo demais Luciana.

Por favor comentem sobre o fic após lerem viu.

Dia de Festa

Harry acordou na manhã de 31 de julho se sentindo mais feliz do que nunca. Excetuando-se as provocações que os gêmeos tinham feito devido às marcas no pescoço de Gina, e os olhares estranhos de Ron que duraram cerca de dois dias, mais uma semana havia transcorrido muito bem.

O namoro com Gina estava cada vez melhor e os beijos e carícias cada vez mais apaixonados. As sensações e a beleza que o corpo de Gina respectivamente causava e exibia, já estavam começando a atrapalhar as noites de sono de Harry. De certa forma era algo tentador já que nos sonhos Harry não precisava se controlar.

Além disso, os treinos de quadribol e outros jogos ajudavam bastante a passar o tempo. A cada nova partida de xadrez de bruxo a habilidade nata de Ron se manifestava, e, novamente Harry usava suas táticas em legilemência para saber o que Ron estava pensando em fazer na próxima jogada, chegando ao cúmulo de Harry conseguir derrotar Ron duas vezes seguidas às custas da "pequena" trapaça mental.

No quadribol as práticas estavam cada vez mais divertidas. Quando Luna aparecia para praticar com eles ela, Harry e Gina usavam formações conhecidas de ataque para treinar Ron, que agora era capaz de adivinhar onde a goles seria arremessada nove vezes em dez. Apenas a força acima do normal de Harry e a incrível habilidade de Gina impediam Ron de defender todos os arremessos.

Mas quando eram apenas os três, de certa forma o jogo era muito mais emocionante. A velocidade de vôo da Firebolt, a habilidade na vassoura e a sua força maior, davam a Harry uma vantagem assustadora, algo que Gina compensava com uma maior facilidade de manipular a Goles, um estilo de vôo irracionalmente perigoso e algumas provocações atrevidas, que tiravam a atenção de Harry do jogo, fazendo com que a partida se elevasse a um nível espetacular. Até mesmo Ron se mostrava ainda mais seguro por estar jogando com o melhor amigo e a irmã, e se eventualmente não conseguia defender os arremessos, chegava apenas um milisegundo atrasado na Goles.

Já no que dizia respeito aos estudos, com os deveres de casa de Gina agora terminados e os próprios bem adiantados, Harry estava progredindo muito na leitura dos livros que tinha comprado na Travessa do Tranco.

Harry já havia lido todo o livro "Caminhos para a Mente", e agora era capaz de controlar muito melhor suas habilidades de Legilemância. Chegava praticamente ao ponto de detectar pessoas que entravam em um cômodo em que estivesse, sem que ao menos as visse chegar.

Pelo que o rapaz havia entendido do livro, as habilidades dele estavam em um nível muito avançado para sua idade e grau de formação acadêmica. E, embora Harry não quisesse admitir, no fundo, provavelmente Voldemort havia deixado bem mais de seus talentos em Harry, do que apenas Ofidioglosia.

Gina por sua vez, ao descobrir sobre o tal livro, havia pedido a Harry que ele a ensinasse Oclumância. O garoto até alegou que não sabia fazer Oclumância direito, mas Gina lembrou-lhe de que ele conseguia usar legilemância sem chamar atenção do Ministério da Magia, e que ela podia tentar bloqueá-lo para que ele treinasse as suas defesas.

Harry então também resolveu ler muitas vezes os capítulos sobre oclumância para ser capaz de treinar apropriadamente com Gina. Ele aprendeu que havia muitos métodos diferentes que poderiam ser usados, e que pelo menos três dos que havia encontrado eram mais adequados para ele do que o método que Snape havia tentado lhe ensinar a usar no ano anterior.

O método que ele se identificou mais, e portanto decidiu utilizar, era o mais prático. Consistia em se concentras nas emoções mais fortes e focá-las em seus pensamentos sempre que sentisse alguma intromissão em sua mente.

A força de sentimentos mais fortes como o amor e o ódio eram capazes de atordoar e arremessar a invasão do atacante para fora de sua mente, como havia acontecido com Voldemort no Ministério da Magia no ano anterior.

Durante os treinos e as práticas de defesa com Gina Harry aumentava cada vez mais a sua perícia em Legilemência. Ele era agora capaz de entender o que a garota pensava sempre que ela falhava em bloqueá-lo, e também era capaz de fazer com que a garota fizesse pequenos movimentos sob seu controle só para provocá-la, embora ele relutasse muito em usar esta técnica por achá-la particularmente covarde.

Harry também havia aprendido muito com o grimório do tio de Siriús, o avô de Draco. A primeira parte do livro era composta de um guia de anatomia das diversas raças, incluindo os humanos. Os principais músculos eram detalhados juntamente com que categoria de feitiços seriam mais efetivos contra aquelas partes do corpo. Era recomendado, por exemplo, o uso de feitiços cortantes e não os de impacto contra os membros e exatamente o contrário para o tronco.

A segunda parte do livro descrevia os tipos de maldições, que eram separadas por categorias como: cortantes, de impacto, energéticas e psicológicas. As magias cortantes, como o próprio nome já dizia, causavam desde pequenos aranhões até amputações violentas, arrancando membros inteiros desde à sua base. Este capitulo também mostrava como estas magias deveriam ser empregadas, sendo dirigidas para a as articulações dos membros, principalmente nas articulação da coxa e do joelho, maximizando assim a sua efetividade de ação.

As magias de impacto como: Estupefaça, Expeliarmum e outras tantas descritas; deveriam ser voltadas contra o tronco e a cabeça, para aumentar os efeitos.

A categoria das energéticas só era páreo para as psicológicas na competição pelo título de categoria mais complicada, pois todas as magias eram divididas em sub-tipos energéticos como: fogo, ácido, eletricidade, frio, luz e som. E cada uma das categorias afetava melhor determinadas raças ou determinado órgão sensorial.

Por último, as maldições psicológicas, que afetavam a mente e o estado emocional do inimigo. Estas eram capazes de confundir o alvo, iludi-lo ou, se bem empregadas, até mesmo evitar a luta.

Harry ainda não havia aberto o livro sobre animagia naquela semana, embora Gina o estivesse lendo com muita freqüência, já que considerava particularmente um dos mais interessantes. O Rapaz achava melhor estar pronto de corpo, mente e mágica para começar o processo de transformação animaga. Além do mais, Harry esperava ansioso pela opinião de Hermione sobre o processo, pois tinha certeza de que não iria conseguir executar todos os passos sem a ajuda da amiga.

Harry ainda estava deitado na cama lendo quando ouviu um barulho em frente à sua porta. Então usou a visão especial das lentes para ver o que estava acontecendo do lado de fora. Parados no corredor estavam Gina, Ron e os gêmeos, todos esperando para surpreendê-lo. O garoto guardou o livro embaixo da cama e se vestiu rapidamente, não queria perder um minuto do dia.

- Feliz aniversário Harry! - gritaram os amigos assim que ele abriu a porta. Gina se atirou nos braços dele, dando um pequeno beijo de leve nos lábios do namorado, e logo em seguia os gêmeos e Ron levantaram Harry nos ombros e o carregaram escada à baixo para a cozinha.

Ao ser colocado na cadeira da cabeceira, o lugar do aniversariante, Harry viu que a mesa estava repleta de suas comidas favoritas: bacon, salsicha, ovos feitos de diversas maneiras, pães e muitas panquecas.

Gui, Carlinhos e o sr. e a Sra. Weasley começaram a cantar parabéns a você juntos com os filhos mais novos, todos sorrindo muito para Harry. Molly preparou um enorme prato com panquecas, uma porção generosa de omelete, bacon e salsicha para Harry, que logo começou a comer com enorme gosto e apetite. Harry pôde sentir a mão de Gina acariciar sua perna de forma provocante por baixo da mesa enquanto ela também se ocupava de dar conta de sua própria porção de omeletes.

Ao final do café o pai de Ron se levantou sorrindo e se dirigiu ao aniversariante.

- Harry, agora nós vamos te dar os presentes da família, como costuma ser a tradição aqui na Toca. Alguns dos seus amigos virão esta tarde para uma festinha que estivemos organizando para você com a ajuda de Gina e Ron. Esperamos que você não se importe de termos convidado mais pessoas... - disse Artur carinhosamente para a garoto que ele via como mais um filho. Harry não tinha como se importar. Muito pelo contrário. Estava mais satisfeito do que nunca.

- Pegue o nosso primeiro, Harry - disse Molly apontando para um enorme
pacote que estava em outra mesa, no canto da sala.

Harry se aproximou do estranho pacote e abriu-o cuidadosamente. Dentro dele encontrou uma enorme bacia prateada, encrustada de rubis e outras jóias preciosas, além de diversas runas trabalhadas em metais preciosos em alto relevo nas laterais de prata: uma penseira.

Harry olhou para dentro desta e pôde ver os pensamentos do dono anterior girando rapidamente, como que pedindo para serem vistos novamente. Harry olhou de modo preocupado para Molly e Artur. Sabia que uma penseira seria um presente muito caro, ainda mais uma penseira como aquela, e mesmo com a fortuna que haviam herdado de Siriús, Harry não queria que os Weasley gastassem uma quantia enorme de Galeões com ele.

- É um presente maravilhoso... - ele disse após o choque inicial. - Mas vocês não deviam gastar tanto dinheiro comigo... - disse Harry olhando tristonho para os pais de seu melhor amigo e de sua namorada.

- Harry nós não gastamos, querido... Esta penseira era de Siriús... - Molly explicou carinhosamente de um jeito maternal.

- Gui achou ela escondida na sede da Ordem, filho - disse Artur, que também não queria ver o rapaz magoado. Ele se aproximou e foi mostrar os detalhes do presente. - Vê estas runas? - Harry acenou afirmativamente. - Elas são traduzidas como: A mui antiga e nobre casa dos Black.

Assim que Artur terminou de falar isto deu uma batidinha de leve com sua varinha em um dos cantos da penseira. Harry viu o líquido girar depressa e se afastou um pouco assustado. Quando aproximou novamente o rosto da bacia de prata, do centro dela se levantou um jovem Siriús rindo muito, atirando os cabelos compridos para trás. Ele viu perfeitamente quando este subiu em uma moto e decolou vôo. Harry acompanhou a imagem do jovem Siriús voando por um tempo e depois levantou seu rosto com um enorme sorriso de satisfação.

- Muito obrigado Sr. Weasley e Sra. Weasley, foi com certeza um dos melhores presentes que já ganhei na vida... - disse Harry muito feliz sendo abraçado imediatamente por Molly, que estava muito aliviada pelo presente não ter magoado Harry como ela temia.

- Molly, querida, eu tenho que ir ao trabalho agora se eu quiser voltar em tempo para o resto da festa, de tarde - disse Artur para a esposa, e com um leve beijo na bochecha dela aparatou para o trabalho. Então continuou a distribuição de presentes.

- E este presente aqui é o nosso Harry - disse Gui apontado para uma larga caixa que estava ao lado da penseira. Harry a abriu rapidamente e dentro dela encontrou uma larga faca. A lâmina parecia ser feita de marfim, com uns 30 cm de comprimento e 7,5 cm de largura, tanto a lâmina quanto o cabo eram detalhados com pequenas runas.

- Eu providenciei o dente de Dragão... - Carlinhos estufou o peito orgulhoso. - Saiu daquela Rabo-Córneo Húngaro que você ludibriou na primeira tarefa do Torneio Tri-bruxo e o Gui entrou com o dinheiro para pagar o artesão - disse Carlinhos explicando a origem da adaga para Harry.

- Muito obrigado por este presente Gui e Carlinhos - disse Harry sorrindo para os irmãos mais velhos dos amigos.

- Bom eu vou indo pessoal, mais tarde a Fleur e eu estaremos de volta - e com isto dito Gui também desaparatou, antes mesmo que sua mãe conseguisse comentar que finalmente iria conhecer sua namorada.

- Bom, eu vou ficar por aqui hoje... Alguém interessado em um jogo de quadribol? - perguntou Carlinhos animado com a oportunidade de voar com seus irmãos e com Harry Potter.

- Só depois dos presentes, Carlinhos - a Sra. Weasley repreendeu o filho.

- Este presente aqui é o nosso, Harry - disseram Fred e George entregando mais uma caixa para Harry. O rapaz abriu a mesma bem longe do seu rosto, com medo de que algo saltasse lá de dentro, enquanto os gêmeos gargalhavam da situação.

- Não se preocupe, Harry. Nós nunca - começou a dizer Jorge - iríamos enfeitiçar nosso principal - continuou Fred - e único - emendou Jorge novamente - investidor - finalmente terminou Fred.

Com sua coragem renovada, Harry rapidamente abriu a caixa, e dentro dela encontrou um par de sapatos e luvas. Ele olhou para os gêmeos com uma sobrancelha erguida com se perguntasse silenciosamente do que aquilo se tratava, mas antes que pudesse falar alguma os gêmeos responderam.

- Estas luvas são feitas com pêlos de acromântula - Ron se afastou um pouco do melhor amigo que estava segurando o presente - e os sapatos são forrados com eles também - disse Jorge, de modo bem prático - E com os encantamentos certos eles são bem quentinhos e bem confortáveis - emendou Fred em tom de brincadeira - também lhe dão a capacidade de subir pelas paredes literalmente, sem precisar da Gininha aqui... - Jorge ainda continuou a enumerar as qualidades do presente e Gina riu da provocação do irmão - ou mesmo se segurar melhor em vassouras que querem te arremessar para fora e coisas do gênero - terminou Fred se lembrando do acidente que Harry quase sofrera no primeiro ano.

- Muito obrigado Fred e Jorge pelo presente - agradeceu Harry para os gêmeos enquanto vestia as luvas.

- Pegue o meu também, Harry - disse Ron que agora achava novamente seguro se aproximar do melhor amigo.

Harry viu uma caixa grande como um baú, ainda maior do que aquela onde estava a penseira no chão, e ao abri-la encontrou um jogo completo de bolas de quadribol: o goles imponente no centro, os dois balaços estranhamente parados, assim como o pomo dourado. Harry olhou para seu melhor amigo, conjuntos de bolas de quadribol eram caros, não era muito comum se ter um em casa para jogar.

- Bom, com a grana que nós herdamos eu pensei seria legal dar um presente melhor para meu amigo - disse Ron meio encabulado com as mãos nos bolsos - Tudo bem que vamos aproveitar todos nós... - Harry sorriu satisfeito.

- Foi uma idéia brilhante, Ron... - o amigo corou orgulhoso e continuou a exibir as qualidades do presente para Harry.

- Os balaços e o pomo só se ativam se você bater com sua varinha neles, e se você bater no baú as bolas voltam automaticamente para ele.

- Muito brigado Ron, depois nos vamos lá fora estrear este jogo - disse Harry que não queria seu amigo constrangido por ter gasto parte do dinheiro que a família havia herdado de Siriús.

- E este é o meu, Harry - disse Gina oferecendo uma pequena caixa para ele.

Harry abriu a pequena caixa, dentro dela encontrava dois pequenos pingentes um feito em prata, com a forma de uma pequena lua crescente. O outro em ouro completando o circulo: um sol de ouro. Gina passou suas mãos sobre o pequeno adorno e retirou-o da caixa. Ela separou as duas faces do pingente, destacando-as com a mão, e entregou a meia-lua de prata para Harry.

- Coloque este em min, Harry - disse Gina lhe entregando o pingente em forma de sol, virando-se de costas para ele enquanto levantava os cabelos.

Harry lambeu os lábios de leve, e beijou de delicadamente a nuca da namorada antes de fechar o pingente, causando-lhe arrepios na espinha. Ele sentiu o leve tremor que percorreu o corpo de Gina, quando a sua respiração quente tocou a pele sensível do pescoço da garota. Gina devolveu os arrepios ajudando Harry a colocar o seu pendente.

Após um curto, porém apaixonado, beijo, Harry e Gina seguiram os irmãos da garota para os campinho de quadribol. Carlinhos depositou o baú com o novo conjunto de bolas que Harry havia ganhado no chão, e logo começou uma animada discussão sobre em qual formação deveriam jogar e como seriam divididos os times. Depois de uma tumultuada troca de idéias, após muita confabulação, ficaram decididos os dois times: Ron jogaria de goleiro no time de Harry e Gina, enquanto Carlinhos teria os gêmeos como artilheiros de seu time.

Gina, a mais experiente dos "artilheiros" conseguiu capturar rapidamente a goles e avançar para cima dos irmãos. Fred e Jorge sem mesmo trocar olhares pareciam saber que padrão de jogadas tomar, a comunicação que eles demonstravam parecia ser empática. Fred marcou Gina, que embora voasse melhor, estava em uma vassoura de muito pior desempenho. A garota aumentou a altitude, aparentemente para despistar Fred, que inicialmente seguiu a irmã, e acabou notando tarde demais que havia caído na jogada de Porskoff, já que logo abaixo dela, Harry havia apanhado a goles sem sofrer marcação.

Então Harry acelerou com tudo sua Firebolt. Jorge se preparou para intercepitá-lo, mas com o mesmo drible que havia aprendido com Gina, Harry girou o eixo da vassoura, e passou voando rapidamente por Jorge. Harry sentiu o gêmeo em seu encalço, e, logo atrás, vinham Fred e Gina. Carlinhos estava fechando o ângulo do gol muito bem, e Harry viu que não conseguiria fazer a goles passar pelo aro. Então parou bruscamente, e Fred e Jorge passaram desembestados por Harry. O rapaz ameaçou arremessar a goles, e Carlinhos marcou-o de perto. Harry segurou a goles com firmeza e atirou-a para Gina que no embalo passou por Carlinhos, e sem nenhuma dificuldade fez o primeiro gol para seu time. Ron e Harry comemoraram e aplaudiram a jogada da garota.

Fred e Jorge recomeçaram o jogo trocando passes rapidamente, esperando dessa forma passarem por Harry e Gina, mas quando a garota marcou Fred mais de perto, ele que teve que dar um passe um pouco mais alto e longo, e Harry, com seus brilhantes reflexos de apanhador, interceptou o passe e avançou mais uma vez contra Carlinhos. Este, determinado a não repetir o mesmo erro da jogada anterior, ficou fixo na frente dos "aros". Harry se preparou para jogar a goles com toda a força, e Carlinhos se antecipou para a direita. Foi então que Harry ao invés de arremessar a goles para a direita direcionou-a para a esquerda, marcando o segundo gol de seu time.

Fred e Jorge tentaram montar um esquema defensivo quando notaram a diferença entre os nível deles e de Harry e Gina, mas não tiveram a mínima chance. A velocidade e reflexos de Harry e as fintas imensamente perigosas de Gina passavam da marcação cerrada com facilidade. E durante todo o jogo os gêmeos tiveram apenas cinco oportunidades de marcar contra o Ron, que defendeu os tiros com facilidade. O jogo terminou no décimo-quinto gol da Gina, por que neste ponto a frustração de Carlinhos com os gêmeos forçou- lhe a encerar o jogo antes que ele jogasse alguma azaração em seus irmãos mais novos.

Após a excitante partida de quadribol, todos foram se limpar para o almoço e para a festa que começaria em uma hora. Harry, abraçado a Gina, não parava de ouvir a conversa empolgada entre Carlinhos e os gêmeos sobre as habilidades dos irmãos mais novos.

Carlinhos estava surpreso com a habilidade de vôo de Gina e os gêmeos lhe contaram como descobriram que a caçula voava bem e como ela havia aprimorado seu talento para voar. Harry também podia notar a surpresa dos gêmeos com a melhora pela qual Ron havia passado.

O almoço novamente trazia todas as comidas favoritas de Harry. Que estava se divertindo muito, e roubou mais alguns breves beijos da namorada quando ninguém estava prestando atenção. Quando todos estavam terminando sua sobremesa ouviram-se batidas na porta. Carlinhos se levantou rapidamente para ver quem estava chegando. Alguns segundos depois Harry viu Luna entrar na cozinha onde todos estavam terminando de comer.

- Parabéns Harry - ela sorriu. - Desculpe-me chegar um pouco mais cedo, mas meu pai tinha uma importante reunião de negócios e não queria que eu ficasse sozinha em casa - Luna disse rapidamente entregando a Harry seu presente.

- Muito obrigado Luna. E não precisa se desculpar viu? - disse Harry recebendo o presente da amiga, e sorrindo marotamente quando a viu indo direto para o lado de Ron.

- Olá Ronald. Se divertindo? - Harry ouviu Luna perguntar assim que sentou- se ao lado de seu melhor amigo.

- Estou sim Luna. Obrigado por perguntar... - respondeu Ron depois de fazer uma cara estranha de quem não estava entendo o que estava acontecendo. E franzindo a testa como se perguntasse por que seus irmão e Harry deram leves risadas.

O resto da espera foi muito curta, Ron havia perguntado se Harry queria jogar xadrez com ele, e quando Harry disse que não, Luna acabou se convidando para jogar no lugar dele.

Harry colocou o presente da garota na mesa onde deveriam ficar todos os outros presentes e sentou-se em um sofá espaçoso para poder observar o jogo de xadrez. Gina logo se aconchegou em Harry, para também assistir ao jogo de seu irmão e sua amiga, enquanto os irmãos mais velhos saíram da sala para algum outro local.

Harry não pôde deixar de reparar que enquanto a concentração de Ron encontrava-se plenamente na partida, a de Luna não parecia deixar o garoto ruivo. Por isto não foi nenhuma surpresa quando o garoto rapidamente acabou com a partida.

A partida mal havia terminado quando eles ouviram o som do fogo da lareira crepitar estranhamente: O típico som de que alguém havia acionado a rede de Flú. Assim sendo, Harry olhou atentamente para as chamas, para que pudesse ver quem estava chegando, então viu sua melhor amiga saindo delas.

Hermione estava muito bonita e crescida. Harry notou facilmente que a garota havia perdido muito tempo se arrumando para vir à festa. O cabelo da garota, sempre muito volumoso, estava liso, como estivera no baile de inverno do torneio Tri-bruxo, e arrumado em um coque elegante, que expunha o pescoço da garota, e alguns fios soltos emoldurando um rosto levemente maquiado. Ela estava com uma blusa branca de decote canoa, que expunha os ombros, e uma saia azul clara que ia até a altura dos joelhos, além de sandálias de salto alto. Estava linda.

- Feliz aniversário Harry! - ela disse sorrindo para o amigo, que lhe deu um abraço de leve.

Durante o abraço Harry sentiu toda a amizade, carinho e preocupação que Hermione sentia por ele. Mas de repente sentiu que os olhos da garota correram pela sala pela sala e o sentimento dela mudou. Ela estava sentindo raiva. Raiva e ciúme.

Harry não precisava estar virado de frente para saber para onde Hermione estava olhando: Ron e Luna. Por um instante então a amiga pareceu haver esquecido por que estava na Toca. Soltou Harry do abraço e fuzilou os dois outros amigos com os olhos.

Ron, que estava guardando o jogo de xadrez, e tentando se livrar de Luna, nem ao menos havia notado ainda a presença de Hermione ali. O que fez com que o choque dele, ao virar-se na direção da lareira e se deparasse com Hermione, completamente arrumada, fosse ainda mais evidente. E não apenas o choque foi evidente, como também a irritação de Luna por Hermione ter atrapalhado a conversa que ela estava tendo com Ronald.

Harry trocou um olhar com Gina, que também não conseguiu deixar de reparar no olhar de Hermione, cheio de ciúmes pelo irmão. Foi quando Luna forçou Ron a prestar atenção nela, sussurrando algo no ouvido do garoto. Harry achou que Hermione fosse explodir, tão grande foi a raiva que ele sentiu emanar da amiga.

- Claro Luna, sem problemas... - Harry ouviu Ron responder. Então Luna deu um beijo estalado na bochecha do ruivo, que corou de leve.

- Obrigada Ronald. Você é mesmo um amorzinho, sabia? - Luna disse sorridente. Então se virou na direção da lareira. - Olá Hermione. Você está aí? Nós estávamos tão entretidos juntos que nem havíamos reparado em você.

- Erm... O... O... Oi Mione - Ron conseguiu formular as palavras com dificuldade, após absorver a aparência da melhor amiga. A língua do garoto passou de leve pelos lábios, e ele engoliu em seco. Harry notou facilmente a surpresa do garoto em relação ao visual de Hermione.

- Ronald, vamos lá para fora. Aqui está ficando muito monótono e quente - disse Luna um tanto quanto irritada, já que obviamente também havia notado a reação do garoto ao ver o quanto Hermione estava bonita. A menina então pegou a mão de Ron e o arrastou em direção ao quintal dos Weasley sob um olhar ultrajado de Hermione, que ainda não havia sequer conseguido cumprimentar Rony.

Harry se virou novamente para a melhor amiga, e sentiu o aborrecimento profundo que Hermione estava sentindo enquanto olhava na direção que Rony e Luna tinham seguido, indo para o quintal. Ele não conteve uma pequena risada, que escapou sem querer.

- O que foi Harry? - sussurrou Gina para o namorado.

- Eu só estou percebendo os ciúmes da Mione - sussurrou Harry em resposta à namorada, e aproveitou a proximidade de seus lábios com o pescoço da garota para beijá-lo.

Gina abraçou Harry, que continuou a beijar-lhe o pescoço. E então seguiu os amigos para o gramado onde estava arrumada a mesa da festa.

Hermione largou o presente de Harry na mesa de presentes, o mais longe possível do presente de Luna e foi atrás dos amigos também. De longe era possível ver que Luna mantinha uma conversa empolgada com Rony, não desperdiçando nenhuma chance de acariciar os braços do garoto, que parecia ficar cada vez mais desconfortável.

- Que coisa inacreditavelmente rude... - Hermione bufou na direção de Rony e Luna enquanto se acomodava ao lado de Harry e Gina. - Acredito que tenha sido assim durante o verão inteiro... - perguntou Hermione para Harry e Gina enquanto encarava as costas de Luna cheia de raiva pela garota.

- Assim como? - Gina perguntou se fazendo de desentendida. Hermione ergueu as sobrancelhas na direção de Ron.

- Essa monopolização ridícula... - indicou os dois, contendo-se para não bufar novamente. Gina fez uma expressão de que havia compreendido.

- Ah! É disso que está falando? - Harry apertou os lábios para não rir quando Gina piscou para ele, indicando que ia provocar um pouco os ciúmes da amiga, para tentar fazer com que ela tomasse logo alguma atitude e se declarasse para Rony. - Bem, foi assim o tempo todo. Quase não pudemos desfrutar da companhia do Ron... - Harry precisou encarar o chão para não rir. Gina prosseguiu. - Você tinha que ver a entrevista que a Luna fez com ele. Cheia de perguntas pessoais, como por exemplo, qual era o tipo de garota que ele mais gostava, a cor dos cabelos que preferia, as roupas que ele achava que ficavam mais bonitas em uma garota, e assim por diante... - Hermione poderia ter ficado roxa se fosse uma Weasley tal foi a raiva que sentiu.

- Se você quiser eu tenha uma cópia da entrevista no meu quarto Mione - disse Harry, que já tinha conseguido controlar a vontade de rir, e agora piscava de volta para Gina, ajudando nos planos da ruiva para unir a amiga com o irmão.

- Não muito obrigada Harry eu não quero ler nada que saiu naquele jornalzinho de meia pataca que é o Pasquim. Francamente um jornal tem que falar de coisas úteis, não banalidades... - respondeu Hermione fazendo uma cara de horror a mera menção de ler qualquer coisa que pudesse ter sido publicada sobre Rony na revista.

- Bem, parece que eles estão fechando um grande contrato de patrocínio com algumas lojas do Beco Diagonal hoje, devido ao aumento recente de leitores por causa das publicações das aventuras de Harry - disse Gina tendo certeza de que o comentário tiraria Hermione do sério.

- Quem se importa? - Hermione deu de ombros, visivelmente aborrecida. - Com licença. O Neville chegou. Eu vou até lá falar com ele sobre o dever de poções que ele havia me pedido ajuda durante as férias... - disse Hermione se retirando.

Harry pôde sentir o quanto a amiga estava borbulhando de raiva, e subindo pelas paredes com as provocações em massa de Gina, e com o fato de que Ron ainda não tinha largado de Luna, ou vice-versa, para ir falar com ela.

Harry acompanhou a amiga com o olhar, e viu Neville, Simas e Dino chegando na festa. Ele notou a óbvia apreciação dos outros garotos ao visual de Hermione, algo que ele imaginava, logo incomodaria a Rony.

Hermione ignorou os olhares abismados de Simas e Dino, e começou a falar rapidamente com Neville. Os olhos do garoto se arregalaram de surpresa e ele não parava de se atrapalhar toda vez que tentava responder uma das perguntas de Hermione.

- Parabéns Harry! - disse Simas ao ver o amigo.

- É. Feliz aniversário - disse Dino. E Harry não pôde deixar de notar uma certa inveja no tom do outro garoto ao ver Gina enroscada em Harry. Os olhos de Harry brilharam de raiva por um simples momento enquanto ele encarava Dino. Um breve calafrio percorreu a espinha do outro rapaz, que resolveu repentinamente ir comer alguma coisa.

- Felicidades Harry! - disse Neville, que havia conseguido se livrar momentaneamente de Hermione.

Harry percebeu que o amigo havia gostado da atenção da garota, mas que não conseguia entender por que Hermione estava falando com ele, e, principalmente, não sabia que atitude tomar.

- Obrigado. E parabéns para você também Neville - disse Harry para o amigo.

- Como você sabia que meu aniversário era hoje também Harry? - perguntou Neville curiosamente.

- Você comentou no trem ano passado quando falava da sua planta Neville - inventou Harry rapidamente.

- Ah! Sim. É verdade. Eu provavelmente me esqueci, como sempre... - disse Neville coçando a cabeça tentando tristemente se lembrar. Mas ele foi interrompido pela chegada de novos convidados.

- Beleza Harry? Feliz aniversário - Harry ouviu a voz de Tonks se aproximando e virou-se para cumprimentá-la. Além da bruxa, Remus e Kingsley também estavam saindo de trás das árvores, que era o ponto de aparatação estipulado para a festa.

- Beleza Tonks - respondeu Harry soltando a mão de Gina por um instante para cumprimentar os recém-chegados.

- Oi Harry - disse Cátia saindo da cozinha. Ela havia vindo obviamente pela rede de Flú, e estava acompanhada por Alicia, Angelina, os gêmeos, e, para o completo desgosto de Harry, Amanda.

Alicia, Angelina e Cátia abraçaram Harry e lhe deram leves beijos na bochecha e tapinhas nas costas. Quando Amanda foi tentar repetir o gesto, Harry se colocou atrás de Gina e disse bastante formal.

- Amanda eu acho que você ainda não conhece minha namorada Gina - Gina estranhou o comportamento de Harry e Amanda olhou com raiva para a garota e depois para Harry. Harry apenas sussurrou para Gina:

- Eu te explico depois da festa - ainda tentando se esconder de Amanda atrás da namorada, que obviamente não simpatizou em nada com a outra garota.

A festa logo estava repleta de conhecidos de Harry e a animação estava contagiando a todos. A música tocava e o burburinho das conversas dos grupinhos ressoava por todo o pátio. Algumas pessoas já começavam a dançar no centro do gramado, onde um tablado havia sido improvisado como pista de dança e colocado mais perto de onde estavam as mesas de aperitivos e presentes.

Harry pôde observar Luna arrastar rapidamente Ron para o local onde as pessoas dançavam, e viu o amigo olhar novamente para ele como se pedisse socorro e tentasse entender por que aquilo estava acontecendo com ele.

Logo após Hermione pareceu se enfezar, e arrastou Neville repentinamente para a pista de dança. Mas assim que ela começou a dançar com o garoto se arrependeu rapidamente, pois após apenas alguns passos os pés dela já estavam suficientemente pisados. Sendo assim, Hermione optou por levar Neville para a mesa de bebidas. E ficou de lá mesmo observando Ron e Luna dançarem.

Amanda por sua vez também tentou uma nova aproximação com Harry, mas Gina, que logo notou o motivo pelo qual o namorado havia tentado se esconder da garota resolveu o problema.

- Procurando alguém Amanda? - a ruiva perguntou antes de dar um beijo exageradamente apaixonado no namorado, que retribui com satisfação. Então Gina pediu licença à garota e foi levada por Harry para a pista de dança também, deixando uma Amanda com cara de idiota para trás.

Após aproximadamente uma hora de festa, Molly desligou o rádio e trouxe o bolo com dezesseis velas coloridas acesas, que cantavam um desafinado coro de parabéns pra você enquanto se acotovelavam em cima da cobertura de chocolate - provavelmente algo desenvolvido pelos gêmeos Weasley.

Todos pararam o que estavam fazendo e começaram a cantar "Parabéns para voc", abafando a sinfonia desafinada das velas cantantes. Harry ficou bastante encabulado já que não esperava tantas pessoas em sua primeira festa de aniversário.

Ao final da música ele apagou as velas, que reclamaram um bocado - "Mas que bafo!" "Dá para fazer isso sem babar?" - fazendo com que Molly se arrependesse de ter aceitado a idéia que Fred e Jorge deram de colocá-las no bolo.

- Faça um pedido Harry - disse Gina antes de lhe dar mais um beijo apaixonado e colocar os braços ao redor do pescoço do namorado, abraçando-o com força nas pontas dos pés.

Seus lábios logo encostaram de leve nos de Harry. Mas após um breve toque inicial os lábios da garota se abriram deixando que a língua saísse e roçasse de leve nos lábios do namorado, como se estivesse pedindo entrada. Entrada esta que Harry concedeu rapidamente para aprofundar o beijo da garota. Era inacreditável que a cada beijo que ele e Gina davam, maior parecia ser a carga de emoção e o prazer que sentiam em se tocar.

O beijo só foi interrompido quando os assobios e vivas chegaram aos ouvidos dos dois, lembrando-lhes de que não estavam sozinhos. Harry não conseguiu deixar de notar que Gina não aparentava ter ficado embaraçada, mas Harry tinha certeza de que ele estava corando muito.

- Bom vamos começar a distribuir os presentes - falou Molly em alto e bom tom para salvar Harry de ainda mais situações embaraçantes.

A pilha de presentes era enorme, sendo que dois eram ainda maiores que a mesa. Havia um livro cheio de fotografias que fora dado pelos irmãos Crevey, um conjunto de perfumes e desodorantes que as gêmeas Patil e Lilá haviam colaborado para comprar, havia também muitos doces da Dedos-de-mel e brincadeiras da Zonkos e das Gemialidades Weasleys que os companheiros de quarto haviam feito uma vaquinha para dar de presente a Harry.

Hermione aparentemente havia passado vários dias procurando em diversas lojas no Beco Diagonal para achar um presente adequado para o melhor amigo. Harry reconheceu pelo formato que o presente dela era um livro, mas ao abrir o embrulho encontrou um de aspecto muito velho, e capa feita de couro curtido de algum animal que ele não conseguiu reconhecer.

- É o grimório de um Auror que viveu a uns duzentos anos atrás Harry... - Hermione explicou orgulhosa. - Eu achei que você ia gostar das dicas que vai poder encontrar aqui... - disse Hermione incerta para o amigo, pois este estava fazendo uma cara de que tinha estranhado o presente, e ela queria muito acertar novamente, da mesma forma que havia feito quando lhe deu o kit para cuidar de vassouras..

- Eu adorei Mione. Muito obrigado - disse Harry que sabia a raridade de um grimório, e estranhou como a amiga havia conseguido colocar a mão em um deles.

Então, como ele estava fazendo uma expressão de estranheza, notou que a amiga ainda não tinha certeza de que ele havia realmente gostado do presente. Assim, Harry lhe deu um breve beijo na bochecha para tranqüilizá- la. Hermione, que reconheceu o gesto de amizade, deu um sorriso tímido e agradecido para o amigo, que sorriu em retribuição.

O próximo presente foi ainda mais impressionante. Tonks, Kingsley e Moody se juntaram para comprar para Harry um baú com múltiplos compartimentos. Harry ficou impressionado com quanto os amigos deveriam ter gastado com ele. Mas Tonks explicou que aquele era uma malão extra que Moody possuía, e que ela e Kingsley apenas pagaram a restauração e um novo forro. Harry ficou muito agradecido, pois agora podia carregar todos os seus pertences com muito mais facilidade. O rapaz não conseguia parar de agradecer aos três bruxos.

- Que é isto Harry? Nós sabemos como este malão vai ser útil quando você estiver fazendo treino para Auror - disse Tonks para diminuir um pouco o embaraço de Harry por ter recebido um presente tão valioso.

- E aqui está seu último presente Harry - disse Remus removendo um lençol que cobria uma motocicleta toda preta e prateada. Harry ficou boquiaberto, e os meninos se acotovelaram para ver mais de perto. As meninas soltaram exclamações impressionadas.

A moto tinha a roda dianteira um pouco maior, como uma Haley-Davidson, e um belo espaço para que coubesse confortavelmente um caronista atrás do piloto. A estrutura da moto era completamente negra e apenas os eixos que seguravam as rodas e algumas partes expostas do motor eram prateados. Além disso ela possuía alguns símbolos desenhados, dentre estes algumas runas antigas, bem parecidas com as que tinham na penseira de Sirius.

Harry olhou abismado para a moto. Podia se lembrar dela em seus sonhos, ou pelo menos imaginava já ter sonhado com algo parecido. Foi quando ele se virou para Lupin com uma pergunta se formando em sua cabeça. A pergunta foi claramente percebida em seus olhar, pois Remus respondeu sem que ele precisasse falar:

- Sim Harry. Você conhece esta moto. Ela era de Sirius, e Hagrid usou-a para te levar até a casa dos seus tios no dia em que você derrotou Voldemort - algumas pessoas taparam os ouvidos ao ouvir o nome. - Sirius a estava reformando desde o outono para lhe dar de presente de aniversário, então eu apenas terminei o serviço - disse Lupin um pouco triste por ter trazido duas lembranças tristes a Harry. Mas este não pareceu se importar, pois foi até Lupin e o envolveu em um forte abraço:

- Muito obrigado professor. Eu adorei o presente - disse Harry com os lágrimas olhos levemente marejados. Então sorriu. - Só temos dois problemas: eu nem tenho idade e nem sei andar de moto... - alguns dos garotos riram. Principalmente quando Fred e Jorge se ofereceram para cuidar da moto até que Harry pudesse guiar.

- Então você não tem problema nenhum Harry - disse Remus sorrindo para o filho de seus melhores amigos. Os sorrisos marotos sumiram dos rostos dos gêmeos. - Embaixo do assento tem uma caderneta que Sirius encantou para que lhe desse os documentos necessários para que você pudesse andar livremente sem ser incomodado pelas autoridades. E a pessoa que encantou a moto colocou nela alguns feitiços para que ela nunca derrubasse o piloto. Basta você não tentar nada muito complicado enquanto não tiver prática suficiente.

Harry não conseguiu resistir por muito tempo, e por mais que Molly Weasley estivesse reclamando bastante com o ex-professor de defesa contra as artes das trevas, o rapaz logo subiu na moto para praticar um pouco.

Gina, que possuía um espírito aventureiro também, e foi encorajada - a muito contragosto da mãe - por seu pai, logo estava sentada atrás de Harry enquanto eles davam algumas voltas ao redor da Toca. Harry podia sentir a inveja de alguns dos amigos emanar do chão, enquanto voava com gina abraçada à sua cintura. Mas sentir o calor do corpo macio de Gina pressionado contra suas costas fazia com que ele não se importasse com mais nada. Tinha sido a melhor festa que Harry já tinha ido. E o melhor de tudo: Tinha sido seu aniversário.