N.A: Bom eu agora vou responder cada um de vocês que deixaram reviews muito obrigado e aqui vão minhas repsotas a cada um:
Luz: bom eu aqui para ser digno deveria escrever um texto ainda maior que minha fic. mas ninguem ia aguentar ler então vamos ficar com um texto menorzinho mas que seja merecedor de vc mesmo assim. Eu te amo do fundo da minah alma e vc é a fonte de inspiração e razão pela qual eu me levanto todos os dias. Você sabe que por muito tempo eu vaguei por ai sem rumo. Mas agora graças a você eu tenho um rumo, eu tenho um destino... eu tenho uma razão para ser... muito obirgado por ser tudo isto e muito mais para mim... eu preciso de vc como nunca precisei de nada antes... Eu te amo e te amarei para todo sempre... Sempre seu Alie....
Carol: espero que o final este capitulo tenha corrigido qualuer duvida sobre a preferencia do Harry. e pdoe ter certeza que ele vai ficar com a ruivinha dele para sempre (assim como eu vou ficar com a minha). Muito obrigado pelos reivews.
Vick: Muito obrigado pelos elogios e espero que goste tanto deste capitulo tb.
Allison: Desculpe pela demora, é que além de muito trabalho e estudo eu tive conjuntivite e bolqueio de escritor. E muito obrigado pelo review espero que goste deste capitulo.
Patricia: Eu sou brasileiro sim mas comecei a escrever em ingles por que o feed back e´ra maior. que bom que vc gostou do meu fic até agora e espero que vc goste deste oitavo capitulo. me desculpe pela demora. E a Luciana e eu fomos feitos um para o outro sim, vc esta certissima.
Sothis: eu vou muito bem. Trabalhando bastante, estudando e curtindo a fase mais feliz de minha vida por que eu encontrei minha alma gemea. Muito obrigado pelos elogios, mas a maioria deles devem ir para minha amada beta se não fosse por ela este fic não teria metade do brilho que tem. Meus fic em ingles foram interrompidos por que éra pós CdF e com o advento do OdF não fazia mais sentido matelos. E quanto aos beijos infelizmente (para todo mundo mais, não para mim) apenas eu tenho permisão para dar beijos nela.
Kirina-li: que bom que vc gostou da minha fic. E não se preocupe o Harry vai ficar ainda mais "livre" conforme o fic afançar. Quanto aos poucos capitulos é por que eu apenas o comecei e manter um fic deste nivel e uma vida profisional, estudar denoite exige muito tempo e eu ainda tenho que ter tempo reservado para minha alma gemea, então eu demoro um pouco mais para postar meus capitulos desculpe por isto. Espera que vc goste do trabalho que a Gina deu para o Harry neste captiulo.
Aline: Muito obrigado por acompanhar meu fic desde o principio e que bom que vc gostou da moto, pode contar que ela fará mais aparições no futuro e se tudo correr como eu palnejo ele será muito importante alguns capitulos a frente.
Começo
Após a excitação inicial Harry e Gina voltaram para a festa, onde todos já haviam voltado a comer ou a dançar. Harry viu seu melhor amigo novamente sendo arrastado para o meio dos casais que dançavam, por Luna, e o olhar atento de Hermione acompanhando os dois.
A música rápida das Esquisitonas que estava tocando acabou e deu lugar a uma balada lenta e bonita, que havia tocado na abertura do Baile de Inverno em seu quarto ano. Ron, que com final da música havia tentado se afastar de Luna, não conseguiu. A garota passou as duas mãos em volta do pescoço de Ron, segurando-o pela nuca, e este teve que se resignar a continuar a dançar com ela.
Harry sentiu que Ron não sabia mais o que fazer para se livrar da garota e curtir a festa, e os ciúmes de Hermione estavam cada vez mais evidentes. Luna disfarçadamente tirou uma de suas mãos do pescoço de Ron, pegando a mão direita do garoto e colocando-a em sua da cintura. Ron rolou os olhos, resignado, e apoiou a outra mão também na cintura da garota, que pelo visto não estava confortável dançando com ele, ou pelo menos foi o que ele estava pensando.
Luna, no entanto, ainda não parecia satisfeita com este arranjo, pois usando novamente sua mão livre baixou uma das mãos de Ron um pouco mais, para que ela repousasse um pouco abaixo da linha de sua cintura.
Os olhos de Ron demonstraram com grande susto que ele finalmente havia entendido o que a garota queria com ele, e apenas um instante bastou para que a face do garoto se tornar uma verdadeira expressão de vergonha e pavor.
Hermione, que estava do outro lado da pista, não viu a expressão facial de Ron, e, extremamente irritada com Luna, que não parava de se oferecer ao ruivo, foi na direção deles. Luna também não pôde ver a expressão de pânico que Ron dirigia a Harry, pois estava com o rosto encostado contra o ombro do garoto, aproveitando a proximidade com aquele de quem ela tanto gostava.
Antes que Hermione chega-se ao par, a música finalmente terminou. Luna afastou sua cabeça do corpo de Ron, apertando-o contra si e se aproximou, preparando-se para beijá-lo.
Uma expressão de horror e raiva tomou conta do rosto de Hermione, que ficou ligeiramente contraído e quente. Algo pareceu explodir dentro dela, Harry pode sentir com a legimância que estava praticando cada vez melhor.
Antes que os lábios de Luna tocassem os de Ron, a garota sentiu um choque elétrico, e caiu estatelada no chão. Ron pareceu ainda mais horrorizado, e após algumas exclamações dos convidados e de Molly vir socorrer a menina, Hermione fez uma expressão de medo e tristeza, e correu em direção à Toca.
Harry e Gina, que eram os únicos que observavam Hermione durante toda a cena ficaram preocupados com a garota. Gina foi disfarçadamente atrás da amiga, enquanto Harry foi ajudar Ron a se afastar da confusão. Molly guiou Luna até a mesa de refrescos acudiu a menina, enquanto Harry se afastava com o amigo.
- Hey Ron - disse Harry a seu amigo que continuava praticamente paralisado - É melhor você explicar para a Luna que você não gosta dela a não ser como amigo, ou você irá acabar machucando ela.
- Eu não dei o choque nela, Harry. Não sei o que houve. Eu... - Harry rolou os olhos.
- Não é desse tipo de machucado que eu estou falando... É o outro tipo de machucado... - Ron ainda não tinha compreendido.
- Do tipo que você sentiu quando viu Hermione dançando com o Krum? - Ron pareceu entender, mas fez uma expressão indignada, porém não ousou mudar de assunto.
- Harry eu não gosto dela. O que eu devo fazer? - perguntou desesperado. Harry ergueu as sobrancelhas.
- De quem você não gosta? Da Luna ou da Hermione? - Ron ficou vermelho.
- Da Luna, é claro... Digo, de nenhuma das duas... Onde você quer chegar com todas essas perguntas? - as orelhas estavam roxas. Harry resolveu não trazer o outro assunto à tona naquele momento. Isso poderia esperar. Primeiro precisavam deixar a outra menina bem.
- Você tem que explicar isto para ela Ron. Fazer com que ela entenda que só por que você não gosta dela dessa forma não quer dizer que você não possa ser amigo dela. Explique isto para ela e diga que você já tem uma pessoa de quem você gosta... - disse Harry tentando ajudar o amigo.
- Que outra pessoa? - Harry bufou.
- Não interessa, Ron. Diga algo a ela. Faça com que ela se sinta bem. Diga que você gosta muito dela, mas apenas como amiga - o ruivo suspirou.
- Não sei Harry. E se ela ficar chateada com isso? - perguntou Ron ainda incerto. - Ela é maluca sabe? Eu não sei o que ela poderia fazer. Eu demorei a reparar o que ela estava fazendo. Ela vai ficar desapontada...
- Ela provavelmente vai ficar Ron. Mas se você for honesto com ela agora ainda vai conseguir manter uma amizade com ela no futuro. Ela é sua vizinha e amiga de infância da sua irmã. Ela deve te conhecer a muito tempo, e sabe lá Deus há quanto tempo nutre essa quedinha de criança mal resolvida. - Ron olhou para Harry como quem diz "olha quem fala", mas Harry prosseguiu. - Isso pode criar uma bagunça enorme. E não é só ela quem pode se machucar... - ele se referiu a Hermione. - Fale com ela e explique tudo. Isso vai fazer com que você não a magoe muito - disse Harry usando um pouco de sua legimância para saber as coisas certas para falar naquele tipo de situação.
- Obrigado Harry - disse Ron, finalmente aliviado, enquanto ia à direção de Luna - vou tentar fazer as coisas da maneira certa...
Harry, que finalmente resolveu a situação se sentia muito bem, pois Luna também era sua amiga e ele estava começando a se sentir culpado por de alguma forma ter usado os sentimentos da garota para causar ciúmes em Hermione, e assim fazer a amiga despertar coragem para conquistar Ron. Mas, de certa forma, ele sentia que finalmente tudo ia dar certo.
Logo a festa acabou. Hermione e Gina demoraram muito no quarto da ruiva. Provavelmente Gina estava tendo o mesmo tipo de conversa com a amiga. Harry se despediu de todos os convidados, mas estava feliz de que o dia estava finalmente acabando. Havia sido seu melhor aniversário, mas a excitação toda da festa havia lhe tomado todas as energias.
Então viu Gina, que parecia finalmente ter conseguido acalmar Hermione, descendo as escadas com um pequeno sorriso no rosto. Ele sorriu para a namorada, mas subitamente caiu sentado no chão.
A sua cabeça parecia que ia rachar ao meio, a partir de sua cicatriz. A risada fria de Voldemort era a única coisa que conseguia ouvir dentro de sua mente, mesmo com Gina chamando seu nome em voz alta, muito assustada. A dor lancinante aumentava juntamente com a felicidade de Voldemort, a cada segundo.
Harry podia ver claramente imagens de um castelo em ruínas em uma pequena ilha isolada. Raios e animais prateados saíam de diversas partes diferentes das ruínas, partindo contra vultos negros que flutuavam no céu frio, escuro e cinzento.
Um enorme estrondo, cortando o zumbido que os raios faziam quando cruzavam o ar, chamou a atenção de Harry. Um gigante enorme tinha acabado de derrubar a porta principal com um poderoso golpe de espada, fazendo-a em pedaços do tamanho de tijolos, que voaram pelos ares, acertando alguns desavisados em cheio e derrubando-os no chão. Seis ou sete trasgos, seguidos por um vulto humano e dois dementadores aproveitaram a abertura da barreira para adentrar a antiga prisão dos bruxos.
Voldemort entrou andando vagarosamente de forma altiva. Passou pelo gigante que agora estava enfrentando com evidente facilidade três bruxos que tentavam impedi-lo de causar mais estragos. Os jatos de luz vermelha que os homens projetavam contra o gigante não pareciam fazer nenhum efeito quando o acertavam. E a maioria dos feitiços que de fato o atingiam, quando lançada contra a enorme criatura, era refletida pela lâmina da gigantesca espada que o ser maligno usava para atacá-los.
Os bruxos continuavam a aparatar em volta do gigante, lançando feitiços atordoantes contra ele. Fazendo grandes movimentos circulares com sua espada o gigante se protegia dos feitiços com a lâmina, e, utilizando o embalo do movimento, dava golpes poderosos que destruíam as ruínas de antigas colunas, já que os seus combatentes desaparatavam instantes antes da lâmina atingi-los.
De repente, um dos três bruxos foi capturado por um dos vários dementadores que desceu dos céus enquanto eles estavam distraídos enfrentando o gigante. O seu grito chamou a atenção dos dois companheiros. Ambos pararam os ataques contra o gigante para tentar salvar alma do companheiro.
O primeiro foi inadvertidamente atingido por um golpe ainda mais poderoso da espada do gigante. Teve o corpo cortado ao meio, e uma quantidade enorme de seu sangue jorrou, pintando as paredes atrás dele de vermelho rutilante. O segundo auror foi capturado por um ser aparentemente humano, que saindo das sombras agarrou-lhe por trás, desferindo-lhe uma mordida no pescoço, sugando ávido o sangue que escorreu, tingindo as vestes prateadas do bruxo de vermelho.
Voldemort riu ainda mais alto enquanto observou a alma deixar o corpo do bruxo que havia sido capturado pelo dementador e ser absorvida pelo monstro que pareceu ficar ainda mais sombrio e pavoroso.
O vampiro, por sua vez, abandonou a primeira vítima ainda agonizando, com um pequeno vestígio de vida, e apressou-se a morder a próxima vítima. Que embora estivesse sem alma, e por isso não pudesse opor resistência alguma enquanto o dementador avançava, ainda estava vivo, e era a oportunidade perfeita para a criatura das trevas saciar a sua fome de sangue humano.
Voldemort deixou o gigante montando guarda, caso o Ministério enviasse reforços para tentar impedir a tomada de Azkaban. E o vampiro e o dementador, recém-fortalecidos fortalecidos por terem se alimentado, rapidamente seguiram-no como vultos negros que eram, farejando novas vítimas para sua sede insaciável.
Em instantes, seguido por seus servos, Voldemort encontrou o centro da resistência. Onde mais três aurores se encontravam entrincheirados, em um corredor estreito e escuro. Um patrono em forma de urso mantinha os dementadores afastados enquanto os outros dois aurores e um outro bruxo mais novo, provavelmente um aprendiz, lançavam feitiços de luz Solar contra os vampiros para tentar destruí-los.
Voldemort, irritado com a demora e incompetência dos lacaios, lançou um raio prateado de sua varinha, o que derrubou o feiticeiro que mantinha o patrono. Dois dos outros três bruxos se colocaram na frente do aprendiz, mas, sem tempo de reagir, foram logo alcançados pelos dementadores, e seus gritos de desespero foram ficando abafados enquanto suas almas deixavam seus corpos. Os vampiros logo avançaram sobre as novas presas, pois estavam famintos e era a perfeita oportunidade para se satisfazerem.
O último sobrevivente se levantou e Voldemort sorriu maldosamente ao observar o rosto do jovem aprendiz. Os lacaios de Voldemort deram espaço para que o mestre avançasse, quando ele silenciosamente andou na direção deles. Eles instintivamente sabiam que a maior presa sempre seria de seu Lorde e Senhor. E aquele aprendiz não era qualquer um.
Um jato prateado cortou o ar em direção a Voldemort, que o desviou facilmente com um leve movimento de varinha. A risada fria e cruel que ecoou pelas paredes semi destruídas pareceu tirar a razão do seu adversário, que num último ato de desespero levantou a varinha e gritou descontrolado: Avada Kedavra. Mas com um leve giro Voldemort não mais se encontrava no local onde a maldição havia sido lançada, e um dos Vampiros, logo atrás de onde o Lorde das trevas estava, caiu sem vida no chão. "Crucio", sussurrou Voldemort atrás do auror, que agora estava atirado no chão gritando de dor. Voldemort observou o semblante apavorado do rapaz: o suor e as lágrimas de dor escorrendo pela face cheia de sardas e os cabelos vermelhos em total desalinho. Nesse momento Harry se assustou. Tinha reconhecido muito bem o aprendiz. Percy Weasley estava se contorcendo no chão, derrubado pela maldição Cruciatus.
Então Harry, reunindo todas as energias que lhe sobravam se concentrou, com muita dificuldade, em todos os sentimentos que sentia por Gina, e jogou tudo contra Voldemort. A risada parou subitamente e foi substituída por um silvo de dor, e um grito enfurecido de "Potter" que ecoou dentro da mente do garoto. Voldemort perdeu a concentração por um mero segundo, mas foi o suficiente para que Percy recuperasse a consciência e aparatasse para longe de Azkaban. Uma fúria insana tomou conta da mente de Voldemort, e então Harry conseguiu cortar a ligação mental.
- O que houve Harry? - Gina perguntou mais uma vez preocupada enquanto sustentava o namorado, ajudando-o a levantar.
- Azkaban... - foi tudo que Harry conseguiu dizer antes de cair novamente exausto no chão.
Harry começou a se mexer. Estava finalmente acordando. A primeira coisa que sentiu foi a mão quente e suave de Gina em sua testa. Ao abrir os olhos verdes, encontrou os castanhos da namorada olhando profundamente neles.
- Como você está se sentindo Harry? - a voz de Gina estava cheia da mesma preocupação que a menina refletia no olhar.
- Estou bem. Cansado, mas bem - respondeu Harry, e deu um pequeno sorriso para amenizar as preocupações da namorada.
O sorriso pareceu ter efeito imediato: as pequenas linhas de preocupação que distorciam o lindo rosto, emoldurado de cachos vermelhos, da menina sumirem como mágica, sendo substituídas por um maravilhoso sorriso de alívio.
- O que houve exatamente Harry? - perguntou a garota agora acariciando de leve a testa e os cabelos bagunçados do namorado.
- Voldemort estava bem feliz - disse Harry, após alguns momentos de silêncio para recuperar suas faculdades mentais dos deliciosos afagos de sua namorada - Chame a sua mãe ou o seu pai. Eu preciso avisar Dumbledore do que está acontecendo.
- Eu já ia chamá-los, Harry. Mamãe te colocou na cama, e me pediu para fazer isso assim que você acordasse... - ela mordeu os lábios e então criou coragem. - O que "Ele" está fazendo Harry? O que ele fez dessa vez? - perguntou Gina novamente aflita - E como você está se sentindo? Sua cicatriz não está incomodando? - Harry sentiu que a namorada estava muito mais preocupada com seu bem-estar do que com o que quer que fosse que Voldemort tivesse feito.
- Eu estou bem Gina, eu só estou cansado, juro... - forçou mais um sorriso. - Eu usei as técnicas de Oclumância que nós estivemos praticando - explicou. - Quando eu joguei tudo que eu sinto por você dentro da cabeça dele, ele sentiu dor e eu consegui quebrar nosso vínculo mental - a menina demonstrou espanto. - Só que isso despendeu muita energia, e por isto devo ter caído de cansaço... - disse segurando a mão da menina com delicadeza. - Agora chame seu pai. Eu precioso passar uma mensagem urgente para a Ordem...
Harry sabia que mais nada poderia ser feito sobre Azkaban, nem mesmo recolher os corpos. Só poderia contar sobre o ataque e tentar localizar Percy, já que ele era a única testemunha viva, pelo menos aparentemente. Só não sabia como os pais de Gina iam reagir ao saber que o filho estava sendo instruídos pelos aurores, e que quase havia sido morto. Porém, ainda assim, tinha que informar Dumbledore sobre o que havia acontecido. Sabia que qualquer segundo de vantagem para a Ordem faria muita diferença.
Assim que Harry acabou de falar Gina correu na direção das escadas. Ela pareceu ter entendido a urgência na voz e olhar do namorado. Então, apenas alguns instantes se passaram e Harry pôde ouvir os passos apressados subindo as escadas.
Gina voltou com os pais, e logo estavam os três ao lado de Harry. A garota se sentou na cama e colocou a cabeça do namorado em seu colo enquanto o rapaz contava tudo aos Weasley.
Molly pareceu chocada ao saber sobre Percy, mas o senhor Weasley não demonstrou muita surpresa, o que fez com que Molly suspeitasse de o marido sabia alguma coisa sobre o filho estar sendo treinado pelos aurores do Ministério. Gina, por sua vez, sentiu-se dividida entre o alívio do irmão estar vivo e a amargura e o rancor por ele não ter dito para a família que estava de volta ao lado deles.
Assim que Harry terminou de contar todos os detalhes e responder todas as perguntas, o senhor Weasley procurou um pergaminho nas gavetas da sala para escrever uma carta para Dumbledore, enquanto Molly foi para a cozinha preparar um chá para acalmar os ânimos de todos.
Harry viu Artur terminar a mensagem para o diretor de Hogwarts, e um instante após, com um pequeno "puf" de luz e som, Fawkes apareceu na sala da Toca para levar a mensagem para seu dono.
- Harry como você está se sentindo, querido? - Molly perguntou já de volta da cozinha, cheia de preocupação, enquanto acrescentava alguns biscoitos à bandeja do chá.
- Eu estou bem senhora Weasley... - sorriu novamente para certificar Gina de que era verdade. - Só um pouco cansado. Fechar a conexão com a mente de Voldemort exigiu muito esforço e bastante concentração... - explicou novamente. - E vocês? - ele perguntou um tanto quanto embaraçado, se referindo a Percy.
- Nós estamos bem Harry, eu só vou dar uma bronca naquele cabeça-dura por não engolir seu orgulho e vir pedir desculpas para nós - disse a Senhora Weasley, mas Harry sabia que Molly estava muito feliz com a possível volta do filho para casa.
- Eu sabia que eles estavam treinando com os aurores, mas ele é muito teimoso para nos pedir perdão... - Molly fez uma cara feia.
- E por quê você não me contou Artur? - o marido deu um sorriso amarelo.
- Porque se eu contasse isso a você, provavelmente eu teria que te proibir de ir vê-lo, já que teoricamente era para a gente não saber o que ele estava fazendo... - Molly deu um muxoxo e Artur deu-lhe um beijo na bochecha. - Ora, querida. Você nunca foi muito boa em fingir. Precisava que você mentisse convincentemente, e o único jeito de você conseguir isso era não sabendo... Sinto muito... - ele acrescentou. Molly deu de ombros, já que sabia que era verdade. - Eu vou para o ministério para ver o onde o Percy pode estar e o que eu posso fazer para ajudar - prosseguiu, e com isto dito Artur aparatou para o Ministério da Magia.
- Mãe, mãe... - Harry, Molly e Gina ouviram Ron gritar enquanto subia correndo as escadas.
- O que foi Ron? Mas para quê todo esse escândalo? Harry acabou de desmaiar e... - Molly instantaneamente começou um discurso aborrecido, querendo saber por que seu filho subia tão afoito as escadas, mas Ron não deu importância e respondeu resfolegado da subida.
- Era um medi-bruxo de Sto Mungos na lareira mamãe. Ele disse que o Percy está lá... - Ron disse a segunda parte devagar, preocupado com a possível reação da mãe, mas quem se surpreendeu foi ele próprio.
- Nós já desconfiávamos Ron. Harry viu tudo acontecer - disse Gina deixando escapar um pouco de irritação na voz.
- O que houve Harry? - perguntou Ron preocupado por que sabia que o amigo apenas via tal tipo de coisas se Voldemort estivesse próximo.
- Harry te conta depois Ron. Agora todos nós vamos para o hospital visitar o Percy - disse Molly encerrando o assunto - Vá se arrumar e avise a Hermione - Ron ficou um pouco contrariado enquanto a mãe tangia a ele e a Gina para fora do quarto de Harry.
Assim que Gina e Molly saíram do quarto Harry se levantou e trocou de roupas. Apesar de tudo que Percy havia feito ele continuava preocupado com ele. Enquanto se vestia, Harry relembrou o que Percy havia escrito para Ron em sua única carta para o irmão no ano anterior. Um sentimento leve de irritação surgiu dentro de Harry, mas este suprimiu tais sentimentos, pois sabia o quanto era importante para Gina e Molly terem o rapaz de volta em casa.
Quando Harry chegou na sala, encontrou Molly semi-escondida na lareira, e então viu a mulher retirar a cabeça ligeiramente suja de fuligem lá de dentro. Gina e Hermione estavam conversando em tom baixo em um sofá em frente à lareira, e Ron, escorado contra a parede, com uma aparência pensativa. Rony fez um ligeiro e discreto movimento com a cabeça, chamando Harry para uma conversa em particular. Antes que Harry alcançasse o amigo Molly interrompeu:
- Bom eu acabei de avisar a Penélope, vamos todos agora encontrar o Percy - disse Molly pegando o pote com o pó de flú de cima da lareira, alcançando-o para Harry.
Harry ao invés de pegar o pó de flú, disse para Gina ir primeiro. A namorada lhe deu um sorriso agradecido, e, atirando o pó na lareira, desapareceu em meio às chamas verdes e mornas. Hermione foi logo após a amiga, seguida de Ron e por fim, Harry.
A viagem foi rápida e desconfortável como todas as anteriores, e novamente fez com que Harry desejasse saber e poder aparatar o mais breve possível. Mas havia pelo menos uma compensação na recepção, já que Gina o recebeu com um leve abraço, sacudiu a poeira e a fuligem dele, e ainda lhe deu um beijo que fez com que ele se esquecesse o exato motivo pelo qual tanto odiava viajar pela rede de flú.
Um instante depois de Gina terminar o beijo Molly aparatou ao lado deles. Ela inspecionou os garotos, certificando-se de que não estavam cobertos de fuligem ou chamuscados, e guiou-os até o balcão de informações.
Harry pegou a mão de Gina na sua, e sabendo o quanto ela estava nervosa, acariciou de leve os seus dedos para confortá-la. Gina sorriu para tranqüilizá-lo, e Harry aproveitou para lhe roubar mais um leve beijo.
Conforme eles caminhavam pelos corredores Harry ia reparando nos detalhes. O hospital continuava o mesmo de quando Harry o havia visitado no ano anterior: Várias pessoas circulando apressadas para cima e para baixo pelos vários andares de escadas de mármore branco, outras, tão indiferentes e acostumadas com o tratamento do hospital bruxo, que andavam de forma mecânica e inexpressiva. Além disso, dezenas de bruxos com uma imensa variedade de problemas como: Pele roxa, cabeças ampliadas ou múltiplas. Todos esperavam pacientemente. Um garoto de aproximadamente 14 anos era levitado escada acima parecia ter o braço quebrado e talvez alguns ferimentos mais sérios, mas Harry deixou de observar a cena para prestar atenção no que a mãe de Rony estava falando.
- Estamos aqui para ver Percy Weasley - Molly disse em um tom ansioso para a recepcionista.
- Ah! Sim! O rapaz ruivo... - ela fez uma expressão penalizada. - Chegou aqui inconsciente... - lamentou novamente. - Não fosse o medi-bruxo De La Costa conhecer o pai dele não saberíamos quem ele era - comentou a atendente sem parecer reparar que falava com a família do paciente. Harry pôde perceber a imensa preocupação de Gina com o irmão. A mulher prosseguiu informando o que realmente interessava. - Ele está no quarto andar, na enfermaria três, na ala de dano por feitiços... - disse de cabeça baixa em um tom formal, totalmente embaraçado. Provavelmente tinha acabado de notar, pelos três ruivos assustados diante dela, que se tratava da família do doente.
Molly nem terminou de ouvir o que a recepcionista disse, e disparou escada acima, morta de preocupação com seu filho. Gina ia logo atrás, tentando acompanhar o ritmo da mãe, sendo meio que rebocada por Harry, que estava tentando pensar no que poderia fazer para diminuir a enorme aflição que estava atormentando a família que ele tanto adorava.
Depois de mais alguns degraus e uma retomada de fôlego, chegaram ao quarto andar. Os corredores estavam estranhamente vazios, mas das várias enfermarias diferentes podiam ser ouvidos encantamentos sendo proferidos para reverter os efeitos de algumas magias nocivas.
Hermione, que vinha lentamente empurrando Ron, olhava em todas as direções, fascinada com todo o trabalho que os medi-bruxos estavam fazendo. Gina, que também gostaria de ser uma medi-bruxa, no entanto não conseguia prestar atenção a mais nada, apenas procurava qualquer sinal de onde ficava o quarto onde estava Percy.
Harry foi o primeiro a encontrar Percy. Ele estava em um quarto sozinho. Os óculos, agora quebrados, estavam apoiados na cabeceira ao lado da cama, junto com algumas poções de cura. Um orbe turquesa translúcido jazia ao lado do par de óculos. Apenas uma base de madeira impedia o orbe de rolar para o chão. A esfera parecia preenchida por uma nevoa branca e leitosa que não parava de se movimentar, não definindo uma forma fixa.
A aflição marcava o rosto de Percy e Harry sabia que o jovem devia estar revivendo em pesadelos a tortura pela qual havia acabado de passar. Molly, que era muito experiente em lidar com esse tipo de situação, logo estava abraçada ao terceiro filho e sussurrava palavras calmas e tranqüilas, que chegavam ao fundo do coração do rapaz. Percypareceu mais aliviado pelo conforto que a mãe estava lhe proporcionando. Gina abraçou Harry com força buscando suporte e apoio no namorado, que lhe fazia carícias nas costas, enquanto dizia que tudo ia ficar bem e que Percy apenas precisava de descanso.
Ron e Hermione entraram também, seguidos por um bruxo baixo, de cabelos grisalhos e vestes turquesas. Ele depositou um orbe rubro ao lado do orbe turquesa na cabeceira de Percy e, virando-se para a mãe de Rony, disse em um tom paternal que lembrou um pouco o professor Dumbledore:
- Hay cuanto tiempo não a vejo Molly? - estava sorrindo por rever a amiga. - Lamento que não pueda ser em mejores circunstâncias - o homem tinha um sotaque espanhol evidente - reconheci lo pequetito Percy - disse o homem, mesmo com Percy sendo pelo menos uns vinte centímetros mais alto do que ele; e Rony teria rido se não estivesse sinceramente com pena do irmão. - assim que o vi... - ele prosseguiu. - Yo mandei que una enfermeira los informasse imediatamente que su hijo se encontrava aqui. Yo sabia que debias estar muito preocupada com lo nino... - disse passando a mão na testa de Percy para checar sua temperatura. - Más quien são estes niños? - terminou por perguntar o médico. Molly demorou um pouco para assimilar todas as coisas que o amigo havia dito, então respondeu amavelmente:
- Faz muito tempo mesmo Alberto... - ela franziu a testa tentando se lembrar a quanto tempo exatamente não via o amigo. - Deve fazer uns cinco anos, já que você nem reconhece meus filhos mais novos... - disse Molly indicando Rony e Gina - Você se lembra do Ronald e da Ginevra? - os dois fizeram caretas discretas pela mãe ter dito o primeiro nome todo, mas a mãe não percebeu. - E estes são amigos de Hogwarts do ano de Rony: Hermione Granger e Harry Potter... - neste momento o bruxo deu um leve olhar levemente curioso para a testa de Harry procurando pela famosa cicatriz, mas Molly também fingiu não notar e continuou a falar. -...Que também esta namorando a Gina - terminou por responder Molly, apresentando todos ao seu velho amigo. Alberto sorriu para Harry, e não pareceu olhar para ele como se ele fosse alguma celebridade.
- Mui bien Chico, es mejor que tienes cuidado com esta mui bela chica, pues yo fiz su parto e yo no quiero que nada de mal aconteça com ella - disse Alberto com um leve sorriso de Harry para Gina, que corou.
- E como está o Percy, Alberto? - perguntou Molly voltando ao assunto principal. A aflição voltou ao seu rosto devido à preocupação com o estado de saúde do filho.
- Él vai ficar bien Molly. En el exame preliminar que yo fiz nele yo puede notar que él debe ter sido exposto a la maldición Cruciatus por alguns pocos minutos no máximo. Existia una pequeña hemorragia intierna que ya fue sanada. Ahora solo existe apenas una fuerte dolor de cabeça debido a la quantidad de estímulos neurais que esta maldición imperdonável causa, y él esta dormindo debido a la exaustion de tener aparatado tan poco tiempo após despues de la maldición - disse o medi-bruxo, e Molly se acalmou um pouco ao saber que seu filho estava apenas exaurido.
Após uma hora de vigília Molly ainda sussurrava, vez ou outra, palavras de conforto no ouvido de Percy para diminuir a tensão no rosto do filho. Harry e Gina, aconchegados em um sofá, conversavam baixinho, e Hermione tentava atrair a atenção de Rony, que não parava de encarar com certa amargura o irmão mais velho. Aparentemente, o ruivo ainda não havia perdoado o outro por todo o sofrimento que este havia trazido a sua família. Mas logo todas as atenções se voltaram para Percy, que parecia estar acordando.
Assim que ele abriu os olhos correu o olhar preocupado pela sala, pensando ainda se encontrar em Azkaban. Um pequeno sorriso de alívio formou-se em seu rosto ao notar que se encontrava seguro em um quarto do Sto. Mungos, mas o sorriso sumiu rapidamente, dando lugar a uma expressão de surpresa quando se deparou com a mãe e os irmãos mais novos, olhando fixamente para ele.
Molly não teve outra reação senão abraçar o filho recém despertado com toda a força enquanto chorava de alívio. Harry sentiu a surpresa e a felicidade que tomavam conta de Percy. Molly soluçava de felicidade, mas o olhar de Percy vagou disfarçadamente pelo quarto. Ron continuava mal humorado, e parecia que logo ia tirar satisfações com seu irmão. Gina sorria carinhosamente para o irmão mais velho e não largava a mão de Harry.
- Nunca mais faça isto com sua mãe Percy - ralhou a senhora Weasley. Percy pareceu recuperar um pouco de sua força e sua animação pareceu aumentar ao notar que novamente seria parte da família.
- Eu gostaria de pedir sinceras desculpas a todos - disse Percy muito formal como sempre - devia ter acreditado em vocês desde o início, mas estava cego demais pela minha ambição - falou Percy enquanto encarava o irmão mais novo que engoliu em seco.
- Eu perdi de vista o que era verdadeiramente importante - continuou a desabafar, agora olhando para Gina - apenas queria atenção e ser querido, ser o melhor - lágrimas mareavam seus olhos - mas fui idiota, apenas porque eu sempre fui bem sucedido na escola esperava atenção e respeito do mundo lá fora, mas lá fora era muito diferente do que eu imaginava. Eu não estava pronto... - as lágrimas começaram a correr e a voz ficou embargada e pesada. Até mesmo rony estava comovido.
- Eu não queria ver o carinho e o amor que vocês sempre sentiram por mim, e só fui descobrir quando já era tarde demais - alguns soluços discretos escaparam dos lábios - tentei trazer o Ron para meu lado, eu queria reconquistar meu lugar na família pensei que fosse conseguir, me desculpe - ele continuou a falar - e você Harry... - ele respirou fundo e encarou os olhos verdes do outro rapaz. - Eu já te devo a vida da minha irmã. Porque você, contra todas as chances e contra todos os riscos, salvou a vida da minha única irmã, e eu virei minhas costas para você apenas por dinheiro e respeito. Desculpem-me todos - terminou de falar Percy.
- É claro que nós te desculpamos Percy - disse Gina olhando feio para Ron, que ainda parecia um pouco em dúvida sobre a veracidade do discurso do irmão mais velho - mas você devia ter nos pedido desculpas há muito tempo.
- Eu sei... - Percy começou a responder quando foi interrompido por Ron.
- Você não sabe nada Percy - disse Rony muito irritado - Você é um babaca... - Molly arregalou os olhos e ia repreender o filho mais novo, mas ele prosseguiu antes disso. - Eu posso até te perdoar pelo que você fez com nossa mãe e com nosso pai. Eu posso te perdoar por invejar os gêmeos e até posso pedir desculpas por nunca te mostrar o quanto você era importante para esta família. Posso desculpar você pela idiotice que fez ao Harry, já que sabia como ele era e tudo que ele passou e virou as costas para ele por uma migalha de respeito e dinheiro. Mas o que não dá para desculpar foi você ter desconfiado de Dumbledore - Ron estava muito vermelho e não conseguia mais controlar o tom de voz - ele sempre foi muito direito e sempre te respeitou e você acreditou nas besteiras que os outros inventaram sobre ele... - Você é mesmo um babaca, mas é nosso irmão. E todo mundo erra. Uma vez eu cometi este erro, ignorando o meu melhor amigo por sentir inveja, mas no final dei por conta que eu tinha sido um babaca e ele me desculpou - Harry encarou o amigo que evitou fazer contato visual - Então pelo menos você está tentando se desculpar também e consertar as coisas. Espero que faça o mesmo discurso na frente do Dumbledore, e quando ele te desculpar eu vou acreditar que você realmente mudou e estar de bem com você de novo. Você é da família, mas eu sempre vou estar ao lado dos meus amigos e acreditar no que eles dizem, não importe o que aconteça - após dizer isso Rony se virou e saiu do quarto.
Com um leve gesto de cabeça Harry fez sinal para Hermione seguir o amigo e a garota logo partiu atrás de seu amigo. Percy parecia desolado com a saída intempestiva do irmão e olhou inconformado para Harry. Percy tentou falar algo, mas apenas conseguiu engolir em seco. Harry olhou no fundo dos olhos de Percy e viu o receio e o pavor que Percy tinha de nunca conseguir ser bem aceito na família por causa de Harry e de Dumbledore. Harry sentiu a leve apertada e o conforto que a mão de Gina lhe proporcionava.
- Percy eu não vou fingir que o que você fez não me afetou - disse Harry com um pouco de pesar - mas a felicidade de sua família é muito importante para mim - continuou Harry agora sorrindo para sua namorada que lhe dava um grande sorriso - Eu não vou ficar entre você e sua família. Todos nós já erramos e eu não vou guardar rancor por estes erros se você estiver disposto a fazer o mesmo. E aposto que Dumbledore também não vai...
- É claro que eu estou disposto Harry - disse Percy que novamente parecia muito animado - e Harry, eu sei que você me ajudou de algum jeito, eu lembro muito bem antes de ter aparatado de ouvir Aquele-que-não-deve-ser-nomeado silvar de dor e gritar seu nome, seja o que foi que você fez muito obrigado.
- Percy - um grito de alívio veio da direção da porta e todos viram Penélope Clearwater abrir a porta intempestivamente.
- Peny? - a pergunta escapou dos lábios de um atônito Percy.
Penélope passou correndo por Harry e Gina e se atirou chorando nos braços de Percy. Harry ouviu o pequeno gemido de dor escapou dos lábios do irmão mais velho de sua namorada. Penélope se afastou preocupada que estivesse machucando-o. Percy se ajeitou melhor em sua cama e abraçou novamente a garota que soluçava e chorava, mas estava claramente mais aliviada.
- Nunca mais faça isto comigo Percy - chorava Penélope - eu aceitei quando você quis se afastar de sua família pensei que ia te fazer bem ficar um pouco afastado deles - Penélope pareceu ganhar mais ânimo conforme ia ralhando com Percy - eu te avisei para não se meter com os Aurores - Percy ficava cada vez mais embaraçado por ser repreendido pela namorada na frente da mãe e irmã - E dai que você tinha as notas que eles exigiam nos N.I.E.Ms? A sua personalidade não combina em nada com a que é necessária para o tipo de coisa que eles fazem - Penélope não pareceu perder o fôlego - você e seu ego gigante... - ela deu um muxoxo. - eu te disse para se desculpar com a sua família... - a garota olhou para a senhora Weasley e Molly saiu do quarto discretamente, e fez um gesto para que Harry e Gina a acompanhassem.
Mesmo após terem saído do quarto e fechado a porta eles ainda ouviam Penélope reclamar com Percy. Molly deu um leve sorriso e o alívio em seu rosto por ter recuperado o filho e ver, que pelo menos neste aspecto, a vida dele estava muito bem acertada era muito fácil de se notar. Harry ouviu ela resmungar algo sobre agora apenas faltarem Carlinhos e os gêmeos acertarem suas vidas.
- Bom, vão procurar Rony e Hermione enquanto eu vou procurar o Alberto e ver quando Percy pode ter alta. Espero vocês em uma hora no salão principal para pegarmos o flú de volta para a Toca - disse a Molly enquanto tomava o corredor em direção à sala dos médicos para perguntar sobre o antigo amigo.
Harry e Gina seguiram em um confortável silêncio para o quinto andar onde ficava o Salão de Chá, achando que lá encontrariam Hermione acalmando o amigo. Ao subirem apenas um lance de escada descobriram que estavam enganados. Não havia nenhum sinal dos amigos. Mas os dois logo viram que Neville se encontrava lá tomando chá. Seus amigos os chamaram com um leve aceno de mão para conversarem um pouco.
- E aí Neville? Como vão suas férias? - perguntou Harry.
- Bem legais - disse Neville que parecia bem animado - minha avó me comprou uma varinha nova de aniversário - continuou o garoto, agora mostrando sua nova varinha - 15 cm de salgueiro, farfalhante e usa cordas de coração de Dragão, segundo o Senhor Olivaras está é uma combinação bem incomum - pequenas fagulha prateadas escaparam da varinha quando Neville deu uma sacudidela mais forte na varinha - Ops... Ainda não me acostumei muito bem com ela... - corou as bochechas rechonchudas. - Mas o senhor Olivaras diz que ela é muito boa para feitiços - continuou a comentar excitado sobre a nova varinha.
- Neville agora eu estou me lembrando - começo a falar Harry interrompendo o amigo - você disse que sua varinha antiga tinha sido do seu pai não é? - perguntou Harry com curiosidade.
- Sim. Era sim Harry. Por quê? - disse Neville estranhando a pergunta do amigo.
- Bom, é que eu estava me lembrando o que o senhor Olivaras me falou sobre a varinha de um bruxo não responder tão bem a um outro bruxo. E as dificuldades que você e o Rony tinham em feitiços... - Neville pareceu um pouco constrangido. - E como o Ron melhorou no terceiro ano quando ganhou uma varinha nova - Harry se explicou rapidamente para aliviar o mal-estar do amigo, que pareceu entender onde ele estava querendo chegar - Eu acho seguro dizer que você vai melhorar bastante nas matérias práticas este ano - terminou de se explicar Harry e Neville sorriu embaraçado.
- É verdade - completou Gina - eu me lembro de como o Senhor Olivaras deu uma bronca em minha mãe quando ela levou o Rony e eu para comprar novas varinhas em meu segundo ano - Gina sorria de leve ao se lembrar de sua mãe se defendendo das acusações do velho Olivaras - e ele ainda lançou um discurso sobre como era importante para um jovem aprender com uma varinha adequada e que as varinhas normalmente acompanham o bruxo por toda a vida, como ela mesma devia saber, pois ainda usava a varinha que tinha ganhado no seu primeiro ano.
- É ele também ralhou com minha avó por causa disso - disse Neville balançando a cabeça afirmativamente - e também olhou para mim impressionado dizendo que eu devia ter muito talento para conseguir chegar até o quinto ano com uma varinha que não era apropriada para mim - Neville terminou de contar a sua história com um certo orgulho e estufou o peito.
- Gina você quer algo para beber? - perguntou Harry que estava com muita sede.
- Eu vou querer um suco de abóbora Harry - respondeu Gina sorrindo para o namorado.
- Eu já volto - disse Harry se levantando e plantando um leve beijo nos lábios da namorada.
Harry podia ver Gina e Neville conversavam animadamente sobre algo enquanto esperava ser atendido no balcão. Neville sorria bastante e parecia muito animado e confiante para alguém que vinha para o hospital visitar os pais que mal se lembravam dele. Gina parecia surpresa e bastante empolgada, e Harry teve certeza de que Neville tinha excelentes notícias sobre os pais.
Harry se aproximou do balcão e se escorou contra ele, apoiando com os cotovelos às suas costas. Correu o olho pelo salão, e notou os olhares que alguns jovens recém-formados na escola, com vestes de medi-bruxos, provavelmente ainda em treinamento, lançavam na direção de Gina e Neville. Harry ficou um tanto quanto curioso e focalizou a sua atenção no grupo e testou sua capacidade de legimância, tentando captar o que estavam pensando.
Respirando fundo e se concentrando Harry conseguiu penetrar na mente de um dos estudantes e percebeu que a atenção dos outros estava voltada para Gina. Sentiu um calor tomar conta do seu corpo, e o coração começou a bater mais forte, os tímpanos pareciam bater no mesmo compasso, tal era a intensidade de sua pulsação e seus olhos brilhavam com uma intensidade anormalmente cheia de raiva. Quando um deles comentou que queria fazer um exame mais minucioso na ruivinha, Harry perdeu a concentração, tomado de um ciúme incontrolável, e as xícaras da mesa e o bule cheio de chá racharam com violência, esparramando chá quente em todos os estudantes que ocupavam a mesa.
Os quatros garotos se assustaram a princípio, mas sendo bruxos e aprendizes de medi-bruxos, logo perceberam que se tratava de um acidente mágico. O mais exaltado sacou a varinha e se levantou, pensando que havia sido Neville que fizera algo com o chá deles. Mais dois se levantaram em seguida. Queriam se divertir um pouco às custas do pobre garoto, mas o quarto, o que havia tido os pensamentos invadidos, ficou pálido de medo ao ver Harry sair do balcão e caminhar ameaçadoramente em sua direção. Os seus amigos olharam para ele esperando que este os acompanhasse até Neville, que a esta altura já havia perdido novamente a autoconfiança, e então viram o olhar assustado do amigo na direção de Harry.
Todos perceberam rapidamente que Harry Potter avançava com um olhar de fúria mal contida em seus olhos na direção deles. Eles sentiram o ar carregado e medo, pois conheciam a falsa fama de desequilibrado de Potter, mas também não tinham confiança suficiente para enfrentá-lo por isto deixaram o salão de chá correndo.
Harry voltou ao balcão satisfeito por ter feito aqueles idiotas se mandarem e bem menos irritado, e por Gina aparentemente não ter notado nada, além de que ele havia defendido Neville. Uma jovem morena e de cabelos castanhos o atendeu com um sorriso no rosto, como o normal para qualquer cliente. Muito simpática e prestativa a moça se ofereceu para levar o jarro de suco para a mesa e que Harry podia voltar para sua namorada. Gina e Neville comentaram superficialmente sobre o incidente com os garotos e Harry ficou levemente constrangido pelo seu descontrole devido ao ciúme ter passado despercebido, mas preferiu não desmentir o verdadeiro motivo de ter espantado os garotos, já que isso poderia fazer com que Neville se sentisse menos importante. Então Gina mudou o rumo da conversa:
- Harry, Neville estava me contanto que o Doutor De La Costa voltou da Espanha para tratar dos pais dele - disse animada.
- Ele estava fazendo um curso lá na Espanha - disse Neville muito empolgado - parece que lá eles desenvolveram alguns novos feitiços para avaliar ferimentos internos e mentais que facilitam o diagnóstico de casos mais obscuros o que permite escolher mais fácil um possível tratamento - continuou Neville e Harry sentiu a ansiedade e esperança tomarem conta do amigo - minha avó teve que gastar um bocado de dinheiro ajudando nas pesquisas, já que não existe patrocínio para esse tipo de coisa, pois a maioria das pessoas acha que se alguém sofre perda da memória desse jeito nunca mais será útil de novo, mas Dumbledore não. Ele realmente se importa - o garoto sorriu. - No final, se Dumbledore não tivesse interferido, o medi-bruxo nem teria voltado, já que não havia mais verba para ele prosseguir, mas nós temos fé de que ele vai ajudar muito... - Harry e Gina se entreolharam sorrindo, e Neville terminou de explicar como funcionava o fundo internacional de pesquisas medi-bruxas, e de como era necessária a cooperação entre países, e, às vezes entre criaturas mágicas e humanos, já que muitos dos testes eram feitos em cobaias. Harry imaginou que Hermione ficaria furiosa ao saber disso.
Os dois conversaram mais um pouco com o amigo, mas tiveram que se retirar, pois lhe restava apenas meia hora para encontrarem Rony e Hermione. Neville também se levantou, estava cansado de ficar sentado ali no Salão ia se despedir de seus pais e então voltaria para a casa.
Harry e Gina procuraram pelos amigos em diversos quartos e salas de vários andares, mas além de medi-bruxos e enfermeiras apressados, a única outra coisa que encontraram foi o grupo de estudantes que Harry havia assustado, que ao avistarem Harry de mãos dadas com Gina parecendo estar procurando por alguém, logo assumiram que eram eles mesmos, e debandaram por diferentes portas para se tornarem "alvos" mais difíceis. Harry deixou uma risada escapar de seus lábios e Gina olhou para ele com uma expressão de surpresa e curiosidade levantando uma das sobrancelhas como se indagasse o que havia acabado de acontecer. Harry apenas deu de ombros como se disse que não soubesse de nada, mas Gina fez uma nota mental para lembrar-se de perguntar a ele depois.
Ao chegarem ao salão de entrada sem os amigos e preocupados com o que ouviriam de Molly eles encontraram os amigos calmamente conversando com Molly enquanto os esperavam. Harry ouviu Gina bufando por todo tempo que foi gasto procurando aqueles dois e não pode conter o sorriso que se formou em seu rosto. Ele sabia que estava ficando cada vez mais perdidamente apaixonado pela ruivinha ao seu lado, notou isto naquele momento apenas por que ao ouvi-la bufar conseguiu apenas imaginar em como a pose de "indignação" a deixava mais "fofa".
A volta à Toca e o jantar foram muito tumultuados. Hermione tinha que voltar para a casa dos pais e só veria os amigos no próximo final de semana no beco Diagonal. Os gêmeos, Carlinhos e Gui que apareceram para o jantar ficaram surpresos com as noticias sobre Percy e se prontificaram a visitá-lo em diferentes horários durante os dias em que ele continuasse internado. Arthur fez algumas perguntas sobre o medi-bruxo De La Costa, a quem ele também não via há muito tempo e ficou muito animado ao saber que o amigo havia voltado para ajudar na recuperação dos Longbottom. Depois de muito comerem e estarem satisfeitos todos se retiraram para seus respectivos quartos.
Ron bocejando muito desejou boa noite para Harry e Gina e seguiu para seu quarto no último andar da casa, os gêmeos aparataram para seu apartamento no Beco Diagonal enquanto Carlinhos e Gui conversavam algo em sussurros com o pai, provavelmente assuntos da Ordem. Ao chegarem à porta dos seus quartos Harry e Gina se despediram e a menina deu um leve beijo de boa noite em Harry e entrou em seu quarto pronta para dormir.
Harry tirou rapidamente sua calça jeans e camiseta. A noite estava muito quente na vila de Oterry St. Catchpole. Procurando em seu armário logo encontrou o que estava procurando: a calça de pijama leve que não o incomodaria. Com todo aquele calor não se importou em pôr a camisa. Afinal estava muito quente para isso. Harry se deitou finalmente. O corpo inicialmente muito cansado pelo ritmo do dia implorava por descanso, mas ainda tinha muitas cenas do dia passando em sua mente. Resolveu ir ao banheiro, estava abafado, e quem sabe um pouco de água fria no rosto e nuca o ajudassem a clarear e esfriar a cabeça o suficiente para que ele conseguisse dormir.
Após lavar as mãos e jogar um pouco de água fria no rosto Harry voltou para o quarto. Foi quando ouviu um gemido baixinho escapar do quarto de Gina. Preocupado Harry parou para tentar escutar mais alguma coisa. Ouviu um "não" choramingado e assustado escapar dos lábios de Gina. Notando que a namorada estava tendo um pesadelo Harry abriu a porta do quarto, sem fazer nenhum barulho, e a fechou novamente atrás de si. Movendo-se silenciosamente para não acordar ninguém ele se aproximou da namorada que se debatia incansavelmente agora na cama.
A pouca luz do luar que penetrava pela janela aberta era o suficiente para Harry ver o corpo magnífico de sua namorada. Os longos cabelos ruivos esparramados sobre o travesseiro, o rosto angelical que prendia sua atenção, agora infelizmente contorcido em leve agonia. A camisola não escondia muito do corpo de sua namorada, o formato arredondado dos seios, a pele alva e das coxas muito à mostra, as pequenas sardas que ele tinha vontade de cobrir de beijos.
Harry se concentrou. Não podia perder o controle daquele jeito, não ainda. Sentou-se levemente ao lado da namorada e, repetindo as carícias que tinha visto Molly fazer mais cedo em Percy, sentiu Gina se acalmar.
- Eu estou aqui, vai ficar tudo bem - sussurrou para a namorada.
Os olhos de Gina se abriram repentinamente e Harry notou o espanto da garota ao vê-lo, sem camisa, em seu quarto àquela hora da noite.
- Você estava tento um pesadelo eu só vim ver se precisava de algo - sussurrou um Harry bastante embaraçado.
Após ter se certificado de que Gina estava acordada e de que ela estava melhor Harry se levantou para retornar ao seu quarto, mas sentiu Gina segurá-lo pelo pulso e detê-lo antes que ele chegasse até à porta.
- Não vai. Ainda não - Harry percebeu que qualquer que tivesse sido o pesadelo havia sido algo muito forte e ruim - Não me deixe agora Harry. Abraça-me... - ela pediu chorosa.
Harry não pôde resistir e logo se encontrou deitado ao lado da namorada enquanto a abraçava para confortá-la. Fazia carinho em seu rosto com uma das mãos. Desceu esta em movimentos circulares pelo ombro da namorada e passou a fazer leves movimentos circulares com a mão sobre a barriga da namorada. Gina deixou escapar um leve suspiro e com mais ousadia do que realmente possuía se virou para encarar o namorado e beijou este com todo o desejo que sentia.
O beijo começou leve e inocente, mas logo aumentou de intensidade como um fogo vivo, que podia ser visto claramente nos olhos dos dois adolescentes apaixonados. Gina logo estava por cima de Harry. As pernas apoiadas uma de cada lado do garoto, os seus lábios roçando o pescoço dele e as unhas arranhando de leve o peito descoberto de Harry, que mordeu seus lábios para não deixar escapar um gemido de prazer.
Harry não estava mais agüentando aquilo, e logo suas mãos deslizaram vagarosamente, como que pedindo permissão, por baixo da camisola da namorada. Ele sentia como se pequenos choques atingissem sua mão onde as pontas de seus dedos encontravam em contado com a pele suave e macia das costas de Gina. E sentiu a garota tremer de prazer como resultado das carícias que fazia em suas costas.
Gina se levantou, sua visão correndo o torso do namorado. Então se deitou novamente sobre ele, mas desta vez um pouco mais abaixo enquanto beijava o corpo do namorado e o acariciava com as mãos, retribuindo o prazer que este havia lhe dado com os carinhos.
A ruiva sentiu a reação evidente e imediata do corpo de Harry aos estímulos que ela estava provocando. E, novamente mostrando uma ousadia que não sabia possuir, deixou com que uma das mãos de Harry escorregasse por dentro de sua camisola e roçasse de leve em seu seio. Um gemido mais alto escapou dos lábios de Harry e ela sorriu satisfeita abafando este com um beijo, mas logo ela recobrou o juízo e parou o que estavam fazendo para frustração de Harry.
- Infelizmente você terá que voltar para seu quarto agora Senhor Potter - disse entre gostosas risadinhas, em parte tímidas, em parte orgulhosas - se você não quiser ser pego por meus pais ou irmãos nesta situação... - emendou Gina dando um beijo de despedida em Harry enquanto tangia o namorado, que parecia não querer mais sair dali, até a porta.
Uma hora depois um adolescente muito frustrado finalmente conseguiu pegar no sono em sua cama, sabendo que apenas há alguns metros de distância estava dormindo, ou pelo menos era o que ele pensava, a fonte de sua frustração.
