Capítulo 8: Perdidos na Mansão Macabra.
No luxuoso, mas sinistro hall de entrada, Keitarô e Naru aguardam pacientemente a chegada de ajuda.
Só que já faz algumas horas que ele havia escrito a mensagem de socorro e a impaciência da jovem ruiva crescia em proporção com a sua raiva de estar sem ter o que fazer.
- Keitarô, desista! Por mim, vamos vasculhar esta mansão maldita e achar um jeito de fugirmos daqui. - diz Narusegawa, visivelmente impaciente, ao seu parceiro.
- Mais um pouco, Narusegawa, acho que a Su-chan e os outros estão com dificuldades de chegar até aqui... - Tenta argumentar Keitarô, sabendo do temperamento de Narusegawa nestas ocasiões.
- Ah, eu não quero nem saber!
- E-Espere, Naruse...!
Impaciente como sempre, Naru abre a porta do hall que dá para a sala principal.
A música permanece tétrica como sempre, acentuando o clima de medo e terror, no mais puro estilo gótico.
O salão era enorme, com as paredes de pedra enfeitadas com brasões de armas e armaduras perfiladas nos pilares de pedra.
Apenas uma lareira iluminava com o seu fogo débil todo o enorme cômodo, revelando as formas de mesas, cômodas e cadeiras harmonicamente espalhadas pela sala.
- Está meio escuro, Keitarô. Tente achar alguma coisa para iluminar esta sala. - Naru tenta se localizar no amplo salão, andando com cautela, já que a iluminação era insuficiente.
- Estou tentando, mas está difícil! - Keitarô tenta achar alguma fonte de luz, mas lembra-se que além da lareira, no máximo somente velas e archotes estavam disponíveis neste casarão medieval.
- Ei, eu acho que encontrei alguma coisa! - Naru descobre uma alavanca e sem pensar, a aciona. No mesmo instante as luzes dos archotes na parede acendem-se como que por mágica.
- Deu certo, Narusegawa! - Exclama Keitarô ao ver a enorme sala ganhar vida com as luzes.
- Eu não disse? Uma garota linda e inteligente como eu sempre encontra uma solução!!!
Com a iluminação ativada, Keitarô e a Naru examinam o salão principal com mais calma.
Só que a busca se revela infrutífera. Com exceção da alavanca que Naru achara, nada de interessante havia sido encontrado.
- Droga... Tinha certeza de que iria achar alguma coisa para ajudar-nos a escapar desta mansão maluca... - Murmura Naru.
- Não acha melhor a gente voltar para o hall e esperar a Kaolla e os outros? - Pondera o jovem a seu lado.
- Pô, Keitarô, não tem fé em minha intuição? A gente vai sair daqui rápido, rápido, é só eu...
Neste momento Naru aperta sem querer num botão escondido na parede e aciona uma das armadilhas que Tarius colocara.
Só que a vítima não é ele. Um alçapão abre-se aos pés de Keitarô e ele cai na armadilha.
- Narusegawa! Socorro!!! - Grita desesperadamente o rapaz enquanto é tragado pelo alçapão.
- Keitarô, seu idiota! Onde você está? - Naru tenta achar o botão que ela inadvertidamente tocou, mas em vão. Só que ao sair do local aonde se encontrava, aciona outro alçapão que a engole no meio da sala.
A queda de Narusegawa é amortecida pela presença de um corpo relativamente grande e macio. Só que o mesmo não podemos dizer de Keitarô, que estava justamente em baixo dela.
- Você está bem, Keitarô? Parece que acabei caindo em cima de você... Você não se machucou? - Pergunta Naru enquanto tenta se equilibrar.
- T-tudo bem. Naruse... ungh... - O pobre rapaz tenta manter o seu autocontrole para não dizer que, apesar da dor, estava até gostando de sentir o corpo quente e bonito de Narusegawa em cima do seu. Ainda mais com o traje de batalha mal escondendo as formas generosas da garota.
Naru se levanta primeiro e em seguida ajuda Keitarô a se erguer.
Só que o lugar onde caíram está bastante escuro e a única luz que vem é a da fresta do alçapão, que acabara de se fechar, impossibilitando a saída... O tom da trilha sonora da mansão muda para um ritmo inquieto e obsessivo.
Os dois aventureiros avançam às cegas, tateando no escuro. Keitarô está na frente e de repente ele encontra uma caixa.
- Acho que tem alguma coisa nesta caixa, vamos ver.
- É bom mesmo, este lugar me dá arrepios. - Comenta Narusegawa.
Keitarô encontra uma tocha e um par de pedras feitas para fazer fogo.
Sem perder tempo, ele acende a tocha friccionando as pedras e a escuridão dá lugar à luz.
- Até que enfim alguma coisa nesta história está começando a dar certo! Keitarô, valeu!.... Ei... Kei...
Antes que Naru completasse a frase, Keitarô, com a face paralisada pelo medo, avança esticando a tocha bem perto da Naru, assustando-a.
Ela grita de medo e raiva, pensando que ele tinha ficado louco, mas ao se virar, ela percebe que seu parceiro queria apenas protegê-la.
- Aiêêê!!! Um monstro! Keitarô, faça alguma coisa!!! - Grita Naru.
O ser de pele esverdeada, com presas e orelhas salientes estava quase agarrando a Naru pelas costas quando Keitarô queimou-lhe a face hedionda com a tocha.
Era um Goblin. Ou melhor, quatro deles, contando os que estavam escondidos mais atrás nas sombras, todos dispostos a atacar os heróis.
Embora fossem bem fracos e desajeitados, os Goblins tinham a vantagem de enxergar perfeitamente no escuro e adoravam emboscadas traiçoeiras contando com sua superioridade numérica.
Refeita da surpresa, Naru ataca o Goblin mais próximo com um soco.
O oponente cai, morrendo instantaneamente, pois tinha poucos pontos de vida.
Mas seu companheiro ao lado investe, dando um soco na barriga de Naru, que geme de dor. O goblin aproveita a deixa e dá três "jabs" em seu rosto.
Naru sente os golpes mas não cai.
Ainda atordoada pela rapidez do ataque, ela assume uma posição de luta ensinada pelo seu ex-monitor e paixão, o professor Seta e se prepara para defender o próximo golpe de seu inimigo.
Keitarô, neste instante está cercado pelos outros dois Goblins, somente com a tocha para se defender e ele não pode ajudar Naru no momento.
Um deles o soca no rosto, mas Keitarô revida com um chute sem muito estilo que o arremessa longe.
A porrada do Goblin não era nada perante os socos que ele estava acostumado a levar da Naru ou da Motoko na pensão Hinata.
Só que o Goblin restante aproveita a chance e dá uma rasteira, desequilibrando o rapaz.
Aproveitando a chance, o maléfico ser monta em cima da barriga de Keitarô e dá mais três socos, só que instintivamente, Keitarô estende a tocha e queima o rosto do Goblin que urra de dor.
Keitarô se levanta e com o archote, empurra o goblin que o atacara, morrendo este em seguida.
Embora Keitarô não fosse forte, os goblins também estavam longe de ser uma ameaça, servindo apenas como bucha de canhão contra aventureiros inexperientes.
Só representavam perigo real quando agrupados em bandos de dezenas ou centenas.
Tudo indicava que Tarsius havia capturado eles e os escravizado apenas para darem conta de ladrões comuns.
O Goblin que conseguira acertar Naru era o mais forte dos quatro. Ele ataca-a como se fosse um boxeador e tenta romper o bloqueio que a estudante da Toudai faz. Seu terceiro jab acerta-a na boca do estômago.
Só que desta vez Naru está completamente enfurecida e desfere um violento contra-ataque dando um chute de Kung fu na cabeça do infeliz atacante.
E em seguida encerra o combate com um violento gancho que faz o Goblin se chocar contra o teto, terminando com a sua infeliz existência.
Ela em seguida olha para o lado em que Keitarô estava e com um sorriso de alívio, constata que ele está bem, apesar de seu rosto estar um pouco inchado pelo soco que levara.
- Até que você sabe-se virar bem em situações como esta! Onde aprendeu a lutar? - Elogia Narusegawa.
- Hehehe... Não é bem assim, sempre fui um zero à esquerda em educação física e esportes, mas acho que a gente tirou forças da situação de perigo... - Diz ele, sorrindo modestamente com uma expressão de alívio na face.
- Keitarô... - Os olhos de Naru se enternecem, e apesar dela estar suada, suja e um pouco machucada pela luta, ainda continua bonita. Ela se aproxima a passos lentos de Keitarô como se estivesse querendo abraçá-la.
- Narusegawa... - Keitarô suspira o nome de sua amada e também faz o mesmo. Seus olhos estão fixos naquele belo rosto e o faz ficar mais relaxado e esquecido das dores que levara na luta... Era sua primeira grande chance de beijá-la.
Só que repentinamente, Keitarô vê um lampejo de alerta percorrer os belos olhos de Naru.
Sua face muda de expressão e com a rapidez de um relâmpago, ela cerra o punho direito e dá um soco na direção de Keitarô.
- Naruse...
Keitarô não tem tempo para dizer mais nada.
Embora tenha acontecido tudo em menos de um segundo, os movimentos pareciam ser em câmera lenta.
O impacto do soco de Narusegawa é certeiro e ele sente a potência do golpe. Só que ele não sente nenhuma dor, apenas susto e medo.
O soco passou rasteiro pela orelha esquerda do rapaz e acertou precisamente no rosto do derradeiro goblin remanescente, que estava quase atacando Keitarô com uma lasca pontuda de madeira achada ao acaso.
Com o impacto, o traiçoeiro goblin que estava às costas de Keitarô voa longe e se espatifa contra uns caixotes, morrendo em seguida.
- Esta foi por pouco... Bem, estamos quites, Keitarô Urashima! Acho que nunca devemos dar as costas a nossos inimigos, por mais derrotados que estejam...
- Narusegawa. muito obrigado por ter me salvo.
- Não há de quê. Nós somos amigos. Bem, vamos sair desta mansão maluca e ver o que faremos. - Diz ela sorridente fazendo o V da Vitória com os dedos para seu parceiro.
- Hã... tá. - Keitarô, embora aliviado, fica um pouco decepcionado com a frase de Naru...
Justamente quando o clima estava ficando favorável a uma declaração de amor, um goblin agonizante lazarento vem estragar o clima!
Só que ele deixa as preocupações de lado e empunhando a tocha, guia Naru até a saída da câmara secreta.
Escrito por: Calerom
E-Mail de Contato:
myamauchi1969@yahoo.com.br
No luxuoso, mas sinistro hall de entrada, Keitarô e Naru aguardam pacientemente a chegada de ajuda.
Só que já faz algumas horas que ele havia escrito a mensagem de socorro e a impaciência da jovem ruiva crescia em proporção com a sua raiva de estar sem ter o que fazer.
- Keitarô, desista! Por mim, vamos vasculhar esta mansão maldita e achar um jeito de fugirmos daqui. - diz Narusegawa, visivelmente impaciente, ao seu parceiro.
- Mais um pouco, Narusegawa, acho que a Su-chan e os outros estão com dificuldades de chegar até aqui... - Tenta argumentar Keitarô, sabendo do temperamento de Narusegawa nestas ocasiões.
- Ah, eu não quero nem saber!
- E-Espere, Naruse...!
Impaciente como sempre, Naru abre a porta do hall que dá para a sala principal.
A música permanece tétrica como sempre, acentuando o clima de medo e terror, no mais puro estilo gótico.
O salão era enorme, com as paredes de pedra enfeitadas com brasões de armas e armaduras perfiladas nos pilares de pedra.
Apenas uma lareira iluminava com o seu fogo débil todo o enorme cômodo, revelando as formas de mesas, cômodas e cadeiras harmonicamente espalhadas pela sala.
- Está meio escuro, Keitarô. Tente achar alguma coisa para iluminar esta sala. - Naru tenta se localizar no amplo salão, andando com cautela, já que a iluminação era insuficiente.
- Estou tentando, mas está difícil! - Keitarô tenta achar alguma fonte de luz, mas lembra-se que além da lareira, no máximo somente velas e archotes estavam disponíveis neste casarão medieval.
- Ei, eu acho que encontrei alguma coisa! - Naru descobre uma alavanca e sem pensar, a aciona. No mesmo instante as luzes dos archotes na parede acendem-se como que por mágica.
- Deu certo, Narusegawa! - Exclama Keitarô ao ver a enorme sala ganhar vida com as luzes.
- Eu não disse? Uma garota linda e inteligente como eu sempre encontra uma solução!!!
Com a iluminação ativada, Keitarô e a Naru examinam o salão principal com mais calma.
Só que a busca se revela infrutífera. Com exceção da alavanca que Naru achara, nada de interessante havia sido encontrado.
- Droga... Tinha certeza de que iria achar alguma coisa para ajudar-nos a escapar desta mansão maluca... - Murmura Naru.
- Não acha melhor a gente voltar para o hall e esperar a Kaolla e os outros? - Pondera o jovem a seu lado.
- Pô, Keitarô, não tem fé em minha intuição? A gente vai sair daqui rápido, rápido, é só eu...
Neste momento Naru aperta sem querer num botão escondido na parede e aciona uma das armadilhas que Tarius colocara.
Só que a vítima não é ele. Um alçapão abre-se aos pés de Keitarô e ele cai na armadilha.
- Narusegawa! Socorro!!! - Grita desesperadamente o rapaz enquanto é tragado pelo alçapão.
- Keitarô, seu idiota! Onde você está? - Naru tenta achar o botão que ela inadvertidamente tocou, mas em vão. Só que ao sair do local aonde se encontrava, aciona outro alçapão que a engole no meio da sala.
A queda de Narusegawa é amortecida pela presença de um corpo relativamente grande e macio. Só que o mesmo não podemos dizer de Keitarô, que estava justamente em baixo dela.
- Você está bem, Keitarô? Parece que acabei caindo em cima de você... Você não se machucou? - Pergunta Naru enquanto tenta se equilibrar.
- T-tudo bem. Naruse... ungh... - O pobre rapaz tenta manter o seu autocontrole para não dizer que, apesar da dor, estava até gostando de sentir o corpo quente e bonito de Narusegawa em cima do seu. Ainda mais com o traje de batalha mal escondendo as formas generosas da garota.
Naru se levanta primeiro e em seguida ajuda Keitarô a se erguer.
Só que o lugar onde caíram está bastante escuro e a única luz que vem é a da fresta do alçapão, que acabara de se fechar, impossibilitando a saída... O tom da trilha sonora da mansão muda para um ritmo inquieto e obsessivo.
Os dois aventureiros avançam às cegas, tateando no escuro. Keitarô está na frente e de repente ele encontra uma caixa.
- Acho que tem alguma coisa nesta caixa, vamos ver.
- É bom mesmo, este lugar me dá arrepios. - Comenta Narusegawa.
Keitarô encontra uma tocha e um par de pedras feitas para fazer fogo.
Sem perder tempo, ele acende a tocha friccionando as pedras e a escuridão dá lugar à luz.
- Até que enfim alguma coisa nesta história está começando a dar certo! Keitarô, valeu!.... Ei... Kei...
Antes que Naru completasse a frase, Keitarô, com a face paralisada pelo medo, avança esticando a tocha bem perto da Naru, assustando-a.
Ela grita de medo e raiva, pensando que ele tinha ficado louco, mas ao se virar, ela percebe que seu parceiro queria apenas protegê-la.
- Aiêêê!!! Um monstro! Keitarô, faça alguma coisa!!! - Grita Naru.
O ser de pele esverdeada, com presas e orelhas salientes estava quase agarrando a Naru pelas costas quando Keitarô queimou-lhe a face hedionda com a tocha.
Era um Goblin. Ou melhor, quatro deles, contando os que estavam escondidos mais atrás nas sombras, todos dispostos a atacar os heróis.
Embora fossem bem fracos e desajeitados, os Goblins tinham a vantagem de enxergar perfeitamente no escuro e adoravam emboscadas traiçoeiras contando com sua superioridade numérica.
Refeita da surpresa, Naru ataca o Goblin mais próximo com um soco.
O oponente cai, morrendo instantaneamente, pois tinha poucos pontos de vida.
Mas seu companheiro ao lado investe, dando um soco na barriga de Naru, que geme de dor. O goblin aproveita a deixa e dá três "jabs" em seu rosto.
Naru sente os golpes mas não cai.
Ainda atordoada pela rapidez do ataque, ela assume uma posição de luta ensinada pelo seu ex-monitor e paixão, o professor Seta e se prepara para defender o próximo golpe de seu inimigo.
Keitarô, neste instante está cercado pelos outros dois Goblins, somente com a tocha para se defender e ele não pode ajudar Naru no momento.
Um deles o soca no rosto, mas Keitarô revida com um chute sem muito estilo que o arremessa longe.
A porrada do Goblin não era nada perante os socos que ele estava acostumado a levar da Naru ou da Motoko na pensão Hinata.
Só que o Goblin restante aproveita a chance e dá uma rasteira, desequilibrando o rapaz.
Aproveitando a chance, o maléfico ser monta em cima da barriga de Keitarô e dá mais três socos, só que instintivamente, Keitarô estende a tocha e queima o rosto do Goblin que urra de dor.
Keitarô se levanta e com o archote, empurra o goblin que o atacara, morrendo este em seguida.
Embora Keitarô não fosse forte, os goblins também estavam longe de ser uma ameaça, servindo apenas como bucha de canhão contra aventureiros inexperientes.
Só representavam perigo real quando agrupados em bandos de dezenas ou centenas.
Tudo indicava que Tarsius havia capturado eles e os escravizado apenas para darem conta de ladrões comuns.
O Goblin que conseguira acertar Naru era o mais forte dos quatro. Ele ataca-a como se fosse um boxeador e tenta romper o bloqueio que a estudante da Toudai faz. Seu terceiro jab acerta-a na boca do estômago.
Só que desta vez Naru está completamente enfurecida e desfere um violento contra-ataque dando um chute de Kung fu na cabeça do infeliz atacante.
E em seguida encerra o combate com um violento gancho que faz o Goblin se chocar contra o teto, terminando com a sua infeliz existência.
Ela em seguida olha para o lado em que Keitarô estava e com um sorriso de alívio, constata que ele está bem, apesar de seu rosto estar um pouco inchado pelo soco que levara.
- Até que você sabe-se virar bem em situações como esta! Onde aprendeu a lutar? - Elogia Narusegawa.
- Hehehe... Não é bem assim, sempre fui um zero à esquerda em educação física e esportes, mas acho que a gente tirou forças da situação de perigo... - Diz ele, sorrindo modestamente com uma expressão de alívio na face.
- Keitarô... - Os olhos de Naru se enternecem, e apesar dela estar suada, suja e um pouco machucada pela luta, ainda continua bonita. Ela se aproxima a passos lentos de Keitarô como se estivesse querendo abraçá-la.
- Narusegawa... - Keitarô suspira o nome de sua amada e também faz o mesmo. Seus olhos estão fixos naquele belo rosto e o faz ficar mais relaxado e esquecido das dores que levara na luta... Era sua primeira grande chance de beijá-la.
Só que repentinamente, Keitarô vê um lampejo de alerta percorrer os belos olhos de Naru.
Sua face muda de expressão e com a rapidez de um relâmpago, ela cerra o punho direito e dá um soco na direção de Keitarô.
- Naruse...
Keitarô não tem tempo para dizer mais nada.
Embora tenha acontecido tudo em menos de um segundo, os movimentos pareciam ser em câmera lenta.
O impacto do soco de Narusegawa é certeiro e ele sente a potência do golpe. Só que ele não sente nenhuma dor, apenas susto e medo.
O soco passou rasteiro pela orelha esquerda do rapaz e acertou precisamente no rosto do derradeiro goblin remanescente, que estava quase atacando Keitarô com uma lasca pontuda de madeira achada ao acaso.
Com o impacto, o traiçoeiro goblin que estava às costas de Keitarô voa longe e se espatifa contra uns caixotes, morrendo em seguida.
- Esta foi por pouco... Bem, estamos quites, Keitarô Urashima! Acho que nunca devemos dar as costas a nossos inimigos, por mais derrotados que estejam...
- Narusegawa. muito obrigado por ter me salvo.
- Não há de quê. Nós somos amigos. Bem, vamos sair desta mansão maluca e ver o que faremos. - Diz ela sorridente fazendo o V da Vitória com os dedos para seu parceiro.
- Hã... tá. - Keitarô, embora aliviado, fica um pouco decepcionado com a frase de Naru...
Justamente quando o clima estava ficando favorável a uma declaração de amor, um goblin agonizante lazarento vem estragar o clima!
Só que ele deixa as preocupações de lado e empunhando a tocha, guia Naru até a saída da câmara secreta.
Escrito por: Calerom
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