ooo Shonen-ai! oz Vocês estão cansados de saber ¬¬. Leiam!
Disclaimer: Harry Potter não me pertence e eu não ganho dinheiro nenhum com isso. Todos os direitos autorais dos personagens aqui citados são de J.K. Rowling, e em nenhum momento eu tive a intenção de lesá-los ou infringir a lei. (Curta e grossa! n--n')
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James esfregou os olhos e bocejou. Depois de uns minutos deitado e se espreguiçando, ele sentou na cama e passou a mão pelos cabelos. Não sentia a menor vontade de encarar o dia. Seu corpo doía e sua cabeça também. Via a luz entrando pelos lados dos dosséis e desejou que fosse noite para ele poder deitar de novo. Bom, pelo menos não teria aulas naquele dia, isso era um bom consolo.
É, ele não teria aulas. James se jogou na cama e colocou as mãos embaixo da cabeça. Lily, Sirius, Remus, todos pareciam, de uma forma estranha, conspirar contra ele. O único que não aprontara nada foi Peter. "É, o Rabicho está se saindo melhor do que eu esperava" pensou. Mas não era Peter que ficava incomodando seus pensamentos, e sim Sirius.
James acordou ainda mais convencido de que não era só uma briga que havia acontecido. Sirius mentira, tinha quase certeza disso. Esse "quase", porém, era ele mesmo que havia posto. Não queria acreditar que Sirius mentiu. Sirius era um dos seus melhores amigos. Eles se entendiam por um lado, assim como Remus e Peter se entendiam pelos outros lados de James. Mas ele vivia grudado em Sirius, não entendia porquê o garoto mentira para ele.
James se recusava a admitir que Sirius havia mentido. Se recusava terminantemente. Ele podia ser considerado um garoto que só queria se divertir, impulsivo, que não se apegava a nada. Fútil e superficial, até, por alguns. Mas não era bem assim que funcionava. Doía saber que Sirius estava mentindo, e ainda sobre uma coisa tão importante em sua vida: Lily. Por isso, James não queria acreditar que era mentira.
Mesmo porque outras possibilidades do que realmente aconteceu na noite do maldito baile andavam, devagar e abaixadas pela sua mente, querendo se infiltrar em suas idéias. Possibilidades que poderiam ser reais, mas não lhe agradavam. Machucavam seu coração, tocavam em seu ponto fraco, que era a confiança que tinha nos amigos e na namorada. Isso não podia ser abalado tão facilmente. Mas as supostas verdades tentavam fazê-lo a todo custo. Cutucavam sua confiança, perturbavam seus pensamentos. E o pior era que esses pensamentos mostravam o que poderia ter acontecido entre Sirius e Lily. E o coração de James se acelerava e lágrimas de raiva e tristeza vinham aos seus olhos de pensar naquilo. Não poderia suportar tamanha traição. Seu melhor amigo com sua namorada... não, isso era impossível. Isso não tinha acontecido. E, por mais que vozinhas falassem o contrário, James decidiu que iria acreditar na versão de Sirius. Iria acreditar piamente naquilo. Era o melhor a fazer.
E o garoto, de uma forma ressentida e negra, tinha a estranha certeza de que se remexesse no assunto descobriria mais coisas do que gostaria.
ooo
Remus tomava seu café da manhã mecanicamente. Não tinha expressão nem no rosto, nem nos olhos. Estava estranhamente controlado e frio. E isso não era bom.
Ouviu alguém se sentando perto dele e olhou de relance. Não precisava de um olhar mais longo para identificar os cabelos acajus de Lily. Percebeu que ela o encarava, insegura, mas sequer moveu um músculo. Não iria encarar Lily. Poderia falar coisas que não deveriam ser ditas. E, afinal de contas, isso não era novidade. Remus se manteve em silêncio sobre certas coisas toda a sua vida.
Lily o olhou de novo, rapidamente. Logo puxou uma maçã e começou a comê-la sem vontade. Arriscou um último olhar a Remus.
Este perdeu a paciência e a encarou. Embora tivesse escondido, se sentiu muito surpreso. Ela estava pálida e tinha olheiras roxas. Os ombros encolhidos e curvados para frente mostravam que ela estava se sentindo péssima. Remus quase sentiu pena dela. Quase.
Eles ficaram se encarando em silêncio, o garoto fitando cada pequeno pedaço do rosto de Lily. A pele estava opaca e seus cabelos, embaraçados. Os olhos, antes tão vivos, estavam sem o menor brilho. Pareciam duas bolas de gude: verdes e vazios. Remus não precisou de meio segundo para deduzir que ela estava realmente mal.
- Remus... você contou à ele? - Lily perguntou, tão baixo que quase não saiu som algum. Remus teve que prestar atenção nos lábios da garota para distinguir o que ela havia dito. A encarou em silêncio e fez que não com a cabeça. Porém Lily não pareceu muito aliviada. Abaixou os olhos e fitou a maçã esquecida na mesa.
Remus desviou seus olhos de Lily e continuou comendo. Não sentia pena da garota. Se ela tivesse sido forçada à algo, estaria bem disposta esperando Sirius para lhe lançar uma bela azaração, Remus tinha certeza. Mas ela estava com uma postura de culpa extrema para ser inocente.
Permaneceram assim, cada um com seus próprios pensamentos. Então alguém sentou ao lado de Remus com o mesmo silêncio de Lily, e o lobisomem fechou os olhos com força, tentando se controlar. Não queria sequer olhar para Sirius.
Sentiu o olhar do animago sobre ele, com uma insegurança palpável. Remus respirou fundo e engoliu em seco. Abriu os olhos e percebeu Sirius olhando insistentemente a mesa. Remus ponderou um pouco, e resolveu o que iria fazer. Com a expressão dura e os olhos frios, ele pegou seu prato e se afastou de Sirius, dando um espaço de duas pessoas entre eles. O animago o fitou estranhamente mas Remus o ignorou. Pegou seu copo para enchê-lo de suco novamente quando ouviu Sirius falando:
- Aluado...? - aquilo soou como um grito aos ouvidos do lobisomem, que estremeceu e fechou os olhos. Tinha uma mistura estranha de sentimentos. Sua paixão estava mesclada com repulsa. As duas estavam juntas, dividindo o mesmo espaço. Remus tinha ímpetos diferentes, queria falar para Sirius tudo o que sentia, e queria também falar o quanto o animago fora horrível e mesquinho. Ele apertou o copo e abriu os olhos, falando duramente sem olhar para Sirius.
- Não fale comigo. - Sirius pareceu incomodado. Se aproximou de Remus deixando o espaço de uma pessoa entre eles.
- Mas... Aluado... - Remus o olhou com raiva. Sua postura era fria, e ele estava controlado. Porém Remus não estava firme.
- Não fale comigo nem chegue perto de mim. Não se atreva, Sirius. - Sirius pareceu incrédulo e indignado.
- Não é bem assim, Aluado! - vendo o olhar que o lobisomem continuava a lhe lançar, Sirius ficou sério - Não aja assim. Nós precisamos...
- Eu vou ter que repetir?! - Remus falou alto, apertando o copo com mais força ainda e o quebrando. Sirius o olhou surpreso, e olhou sua mão. - Eu não quero que você fale comigo! Não quero que sequer olhe para mim! EU NÃO QUERO NADA VINDO DE VOCÊ! - Remus gritou, sua voz forte ecoando pelo salão e fazendo muitas cabeças se virarem para os dois. Sirius o mirava estupefato, por segundos que pareceram horas, e então ouviu um "ping". "Ping". Os dois olharam para a mão de Remus. Ele continuara apertando os cacos do copo e agora sangue respingava na borda do prato. Sirius olhou meio horrorizado a mão do lobisomem vermelha, e um pouco de sangue escorrendo pelo braço dele.
Remus soltou o ar que prendia nos pulmões num suspiro exasperado e murmurou Férula, apontando a varinha para a própria mão. E antes que os curativos pudessem ficar vermelhos também, ele se levantou e foi andando a passos duros para fora do salão, deixando muita gente surpresa e Sirius olhando pasmo a porta por onde o garoto saíra.
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Peter abriu devagar um dos dosséis da cama de James, e fitou o garoto virado de costas para si.
- Pontas...? - James se virou, mirando Peter, completamente acordado. - Você não vai levantar?
- Vou sim. - James respondeu, sentando na cama - Estava acordado, só enrolando.
- Percebi. - conversando banalidades, os dois se trocaram e desceram para pegar o fim do café da manhã. Porém, antes de James falar a senha para a Mulher Gorda, o quadro se abriu, revelando Lily. Ela o encarou estática e James soltou uma exclamação.
- L-Lily! - ele a puxou para dentro e a sentou num sofá, antes que ela pudesse falar qualquer coisa - Que cara você está! Você não dormiu nada? Está sentindo tontura? Lily, você está muito pálida! - ela o olhou surpresa e comovida. No primeiro momento, pensara que James sabia e que iria tirar satisfações com ela. Mas então, o namorado se mostrou preocupado, mesmo depois dela ter o deixado no baile e evitado ele desde então. James ainda esperava uma resposta, a fitando com preocupação. Lily sentiu os olhos encherem de lágrimas e começou a chorar ali, no meio da Sala Comunal. James arregalou os olhos e a abraçou, acariciando seus cabelos, sem entender muita coisa.
Lily chorava sem parar. Como se já não bastasse o que chorara durante a noite. Mas não podia evitar! Ali, nos braços de James, se sentia tão bem, tão protegida... com a preocupação dele, tudo o que acontecera na noite anterior voltara à sua cabeça. Na mesa, onde tomava seu café da manhã, Sirius se aproximou timidamente e foi falar com ela. Mas Lily não queria ouvi-lo, então se levantou e foi rapidamente para a Sala Comunal. E deu de cara com James. Não sabia o que James achava, nem o que ele sabia. Mas James era tão bom para ela... a culpa a assolava horrivelmente. E ela chorava, abraçada a James, sem saber o que fazer. Chorava por culpa, por raiva de si mesma, por insegurança, por ter um namorado tão bom e ter traído ele. Mas chorava principalmente por não saber o que dizer para James. Se dissesse a verdade seu relacionamento estaria acabado. Mas se mentisse... James não merecia aquilo. Não merecia viver uma relação que só se manteve inteira por uma mentira.
Lily estava disposta a contar a verdade, quando Sirius entrou pelo buraco e foi diretamente até eles. Lily se afastou de James, o fitando com curiosidade.
- Lily... me desculpe! Eu tentei falar com você no café da manhã, e eu entendo perfeitamente você ter me ignorado... - lágrimas sinceras se formavam nos olhos do animago. James assistia a cena calado. Lily continuava chorando, olhando para Sirius. Este se abaixou, ficando apoiado no sofá. - Por favor Lily, eu sei que durante a nossa briga eu te disse coisas horríveis... - disse, com um olhar significativo, que Lily entendeu. Então Sirius já havia mentido. Ela parara de chorar momentaneamente. Sirius implorava com o olhar para ela não discordar dele.
- James, você pode deixar eu e ele conversarmos um pouco? - Lily falou, limpando o rosto. James assentiu e se afastou o suficiente para vê-los. Sirius sentou no lugar de James.
- Lily, eu sei que a nossa briga foi feia. Mas eu te peço desculpas, sinceramente, pelo que aconteceu. - ele falou baixo. Mas falou mais baixo ainda - Eu disse à ele que nós brigamos. Não faça ele nos odiar Lily, por favor. - Lily pensou sobre o que Sirius sugeria. Segurava o choro com força. Tinha que ser forte.
- Está bem. Mas... isso é pra sempre, Sirius. - Sirius assentiu.
- Eu sei, eu sei! Mas eu queria que você pudesse esquecer o que aconteceu. - ele falou sinceramente. Ele não esqueceria nunca. Mas com certeza Lily deveria esquecer para ser feliz com James. - Lily, me perdoe. Eu estou realmente arrependido. Eu quero que tudo pudesse voltar a ser o que era antes. Queria que nós pudéssemos voltar a ser como éramos antes. - ele a encarava com uma tristeza profunda, que estava estampada em seu rosto.
- Eu não sei se dá... mas eu vou fazer o possível. Vou tentar esquecer com todas as minhas forças. - ela falou baixo. Sirius concordou.
- Então nós vamos fazer um pacto. - ela o olhou com atenção - Nada daquilo aconteceu. A noite passada não aconteceu. Ela está morta e enterrada. A partir de agora, aquilo vai ser esquecido. Para sempre. - eles se olhavam nos olhos. Lily engoliu em seco e respondeu:
- Para sempre. - Sirius esboçou um sorriso e eles ficaram em silêncio. Os dois haviam feito um pacto. Aquilo havia de ser esquecido para sempre. E estaria enterrado no passado a partir daquele momento. E permaneceria enterrado até que eles morressem.
- Lily... - Sirius falou. Ela o encarou. Ele sorriu com tristeza e falou - Me dá um abraço? - Lily pareceu pensar. Então ela esboçou um sorriso e o abraçou. Sirius sorriu inteiramente, envolvendo Lily pela cintura, enquanto lágrimas escorriam pelo seu rosto. Tinha certeza de que aquele seria o contato mais íntimo que teria com a garota dali para frente. E, com os olhos fechados, resolveu guardar muito bem a sensação de ter Lily nos braços e sentir seu perfume. Porque tinha a triste impressão de que ela nunca mais o abraçaria com tanta sinceridade.
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ooo Gente, desculpe a demora! ;--; Eu tive sérios problemas de tempo e de inspiração... e a bem da verdade, eu comecei a escrever esse cap. pq queria aproveitar o meu tempo livre para me dedicar a ele, pois eu estava sem a menor inspiração. Depooois a inspiração começou a vir, e eu gostei do cap.
Desculpe quem esperava S/R, mas eu tenho a fic toda planejada. E cada vez menos S/R é provável. -.-"
Eu não sei quando eu vou escrever o próximo cap, pois a minha escola está f0da ;--; ela estava em greve então, agora, a chuva de trabalhos e lições são um terror! T.T Sempre que eu tiver um tempo eu vou escrever, ok?
Obrigada pelas reviews, elas me deixam muito feliz! zo E mais reviews me deixariam mais feliz ainda! zo
E chega.
Tchau! o/
