N/A: Ufa turminha! Estou correndo contra o tempo. Escrever duas fic é
doideira! Hehehehe. Mas prometo não demorar muito pra atualizar!
Agradecimentos:
Kika: não perca suas vidas não que a fic vai longe! Espero poder deixar você sempre curiosa, assim continua lendo sempre. Hehehe Pode continuar mandando as reviews pelo mail mesmo! Sem problema! O importante é mandar o comentário!!!!!
Rute: Que com que está gostando. Mas na verdade eu assisti a tantos filme de vampiros, que essa fic poder parecer com qualquer um deles. Mas sinceramente não faço de propósito. Não sei se já disse mas digo outra vez. Essa fic foi um sonho que tive. E é claro que eu era a Giny! Hehehehe! Resolvi escrever porque achei que e história era legalzinha!
Milinha: Bem, acho que vai ter que ler esse capítulo pra ter sua resposta. ( Se a Giny é Vampira) Continue lendo. Não pretendo ser muuuuuuuuuito má com o Draquinho. Ta?
Sett: Que bom que você gostou dessa Gina. Sabe, o tempo passa e a gente fica assim mesmo! Principalmente passando por tudo o que ela passou ( e vai passar).
Carol Malfloy: A Giny, grávida? Mas já???? Será?????
Ao resto da turma que não consegue deixar review na FF.net. Relaxa. Manda pro mail: vivianevalaryahoo.com.br, o importante é mandar!!!!!!!
Beijos a todos
Viv
Fiquem com a fic...
CAPÍTULO 3
A REVELAÇÃO E OS COMPANHEIROS
-Gina, cheguei! - disse alegre, indo para a cozinha pegar um vaso para colocar umas flores que trazia consigo. - O Blaise está aqui. Favor não aparecer em trajes menores, heim! – disse rindo. Mas estranhou não ouvir uma resposta divertida da amiga. – Gina, onde você está? Gina? Eu quero contar uma coisa pra você! É importante! - silêncio. - Gin? Por que não responde? – nada de respostas.
Luna já estava nervosa. Tinha certeza de que a Virgínia estava na casa. Pois antes de aparatar com o namorado no hall do apartamento, estavam na rua comprando flores, quando ela viu uma sombra dentro do apartamento. Não poderia ser outra pessoa.
Foi até o banheiro e percebeu que a porta estava fechada por dentro.
-Gina, você está aí dentro? – perguntou batendo na porta com força. – Blaise, venha aqui. Me ajude, ela está trancada aí dentro!
-Não! Não entrem aqui! – gritou finalmente Virgínia.
-Então abra a porta! Droga! Agora! – gritou. E como não houve resposta, resolveu tentar de novo. – Por favor, Gin, o que você está fazendo? Saia daí. Você está me assustando!
-Weasley!! O que está acontecendo? – tentou o sonserino.
-Eu estou bem. Só não quero sair. Ok! Estava tomando banho, e não tem toalha. Você quer mesmo, Lu, que eu saia assim? – respondeu sarcástica.
-Blaise, vá pra sala. Eu já vou. – pediu fraca.
Ele hesitou. Ela ergueu a mão e pediu com o gesto pra ele sair. Após, alguns segundos, e lê foi.
-Pronto Gina, ele já saiu, foi pra sala. Nós estamos sozinhas. Agora saia, por favor? – pediu mais uma vez.
A porta destravou após um murmúrio que parecia ser um feitiço. E Gina saiu do banheiro. Mas para o espanto de Luna, aquela não parecia ser a sua amiga. E não era...
-Gina?? É você? O que houve no seu rosto? Seus olhos? Suas mãos? Seus... dentes?
-Foi ELE, Lu. ELE fez isso comigo! Estou com tanto medo!!! Muito medo!!! – e abraçou a outra.
-ELE quem? – assustada.
-O "Gato Negro", o homem vestido de preto, que tem a morte nos olhos! Disse que pertenço a ELE. Que não posso recusar, que é meu destino! Luna, o que está acontecendo comigo??? – perguntou chorando.
-Gina... eu... eu não sei! Eu... não entendo! Seu rosto... você é... uma Vampira!!!
Algum tempo depois...
-Vocês só podem estar brincando comigo! – falou indignada, Virgínia.
-Não, Gin, é muito sério! – falou Luna com seus olhos vidrados.
-Blaise! Isso é loucura! Você vai deixar ela falar essa besteira? – tentou.
-Nós dois tomamos essa decisão, Gina. Está tudo mais do que pensado! – retificou o rapaz.
-Mas... Luna... vocês tem certeza do que estão falando?
-Temos. Nós não combinamos que íamos ser amigas pra sempre? Então, eis a nossa chance! – pediu Luna.
-E eu, não quero perder essa mulher. Amo de mais. Já tínhamos decidido nos casar. Estávamos escolhendo a data do casamento! Onde iria jurar ficar o resto de meus dias com ela. – e pegou as mãos da amada. – Mas pra que haver um fim? – sorriu. – Ficaremos juntos, pela eternidade! – e se virando pra Gina. – Weasley, por favor, transforme a gente! – insistiu.
-Mas pessoal... – nervosa.
-Por favor... – Luna ainda segurava as mãos de Blaise.
-Mas vocês não entendem! Vocês não sabem o que estão pedindo! Isso é loucura!!! Não! Não posso! – e se levanta tentando sair do recinto.
-Gina, nós queremos assim mesmo! Sabemos os riscos! – Luna vai atrás.
-Meu Deus! Meu Merlin! Isso é loucura! Loucura! Loucura! – exasperou-se – Vocês dois sabem muito bem o que estou passando, desde o dia que... isso... aconteceu comigo! Dias dormindo! Noites acordada! Sem nunca mais ver uma pôr-do-sol! Uma aurora! Sem poder sentir o calor do sol esquentando a gente por dentro! – sentiu uma lágrima vermelha escorrer pelo seu rosto.
-E ainda tem essa... necessidade... de... – hesitou, voltou as costas para os amigos – sangue! Mesmo que seja de uma bolsa de sangue roubada de banco de sangue trouxa. Ou ter que se submeter ao sangue de animais noturnos! É isso que vocês querem! É isso??? – falou dura, sem se voltar.
Luna, deu a volta e ficou de frente pra Gina. Tinha a expressão calma. Quase feliz. Se não estivesse tão desesperada, Gina tinha certeza de que poderia rir da situação.
-Gin, nós, assim como você disse, sabemos de tudo isso. Estivemos aqui, esse tempo todo, não foi? – e sorriu – Pensamos muito. Estamos decididos. – o olhar dela era firme, mas calmo.
-Mas se vocês se arrependerem, não vão poder mudar de idéia! – ainda tentou. Mas ao ver os semblantes firmes, desistiu. – Eu ainda não gosto dessa idéia! – resmungou.
Nesse momento Blaise se levantou e se postou ao lado de Luna. Os dois estavam com as mãos dadas. Decididos. Virgínia se resignou. Ficou em silêncio algum tempo. Lembrou de tudo que viveram juntos. Das brincadeiras, da amizade, das conquistas. Também ia sentir falta deles.
Fechou os olhos, se concentrou. E ao abri-los, ambos estavam brancos, as unhas compridas, os caninos mais afiados e longos. Ela ainda não havia se acostumado com a vida de vampira, mas ao menos podia se controlar agora. No começo, se transformava de repente. Bastava um pouco de irritação e lá estava ela, correndo pro banheiro pra tentar se acalmar e voltar ao normal. Uma vez quase aconteceu com o Draco por perto. Ele não sabia. Não tivera coragem de contar.
Gina se aproximou de Luna. A olhou nos olhos, medrosos, mas firmes. Se inclinou um pouco pra frente, até seu pescoço. Bem próximo, antes de tocar. Sentiu a amiga ficar levemente rígida, mas em seguida mordeu a carne. Ouviu a outra gemer baixinho. Era tão bom sentir o gosto do sangue humano! Quente! Sugou com vontade. Dava prazer e paz. Sentiu o coração como se estivesse batendo dentro dela própria. Era uma sensação maravilhosa. E Gina era obrigada a admitir. Parou a tempo de sentir o corpo frágil ceder em seus braços.
Luna, estava fraca. Gina e Blaise a ajudaram a se deitar no sofá. Ela gemeu um pouco. Parou após um tempo. Sentiu seu corpo todo sendo sugado durante a mordida. Mas agora estava tremendo. Sentiu dor. Se dobrou sobre o corpo devido a dor. Não esperava por aquilo. O ar ficava mais pesado, parecia que não poderia respirar mais. Viu Blaise a olhar com aflição. Nem ele esperava que fosse ser assim. Parecia que ia morrer. Mas de repente a dor se foi. O ar entrou facilmente. Respirou fundo, como se fosse a primeira vez. O que não deixava de ser verdade. Se levantou sem dificuldade. Blaise estava com os olhos arregalados. Hesitou por menos que um segundo. Mas em seguida ele deu um passo à frente. Em direção à mulher que amava. Olho nos olhos. Determinado.
Gina se emocionou com esse gesto. Era um amor muito forte que os unia. Luna já estava completamente recuperada da recente transformação. Deu um beijo de leve nos lábios do homem à sua frente, e se inclinou para o alvo desejado. Mordeu o pescoço dele com vontade, talvez com mais força que o necessário. Mas ele apenas a enlaçou pela cintura, e se ofereceu para completar o processo.
Algumas noites depois, Gina tinha encontrado Draco no supermercado trouxa que havia perto do apartamento dela. E decidiu que tentaria sondar o amigo, sobre o assunto delicado, que era sua condição.
-Malfoy, o que você acha dos Vampiros? – tentou inocentemente.
-Vampiros? Hunf. São seres inferiores. São chupadores de sangue monstruosos, que não merecem nenhuma consideração! – começou grosseiro. – São também muito traiçoeiros também. Uma vez minha mãe quis empregar um vampiro para ser jardineiro. E encontramos os malditos tentando atacar os elfos domésticos. São criaturas repugnantes. – falou com nojo.
Gina estava arrasada. Mas ele parecia não notar. Ela se abaixou pra pegar um pacote de macarrão que estava bem em baixo, para poder esconder a expressão de tristeza.
-Mas você agora me fez lembrar de uma coisa. Nem sei porque, mas deixa eu te contar. É engraçado. – pegando a mesma massa que Gina. – Quando eu era criança. Antes mesmo de entrar em Hogwarts, eu tinha pavor de vampiros. – riu – Sabe, eu jurava pra todo mundo que via um homem alto, de cabelos negros, olhos azuis e roupa totalmente preta, que se transformava em vampiro! – disse com trejeitos de quem conta uma história de horror, com olhos arregalados a mãos em posição de garras, mostrando os dentes. – Coisas de criança! - riu mais.
-Você via mesmo? – perguntou séria.
-Claro que não! – deu de ombros. – Era tudo minha imaginação. Imaginação de um garotinho atormentado. Sabe, eu tinha sempre o mesmo sonho. Tinha uma moça. Muito bonita, presa numa masmorra sombria, esperando pra ser salva por mim de um monstro! Um monstro horroroso que assumia a forma desse tal homem de preto. – riu com graça. – Ah, tem mais! – Gina estava atordoada. – Ele sempre dizia que eu nunca tomaria o que pertencia a ele. Se tentasse, pagaria com meu próprio sangue. – terminou com voz dramática – Vê se pode?! Não é incrível o mundo quando se tem tão pouca idade? – e se adiantou, pegando uma lata de massa de tomate. – Mas chega de falar sobre sonhos e minha infância! O que vocês vão fazer hoje? - mudando de assunto sem perceber mais uma vez o que sua revelação havia causado nela. – Já combinaram algo. Hoje é sexta-feira! Dia de folia! - brincou.
-Er... estamos... querendo ir ao Três Vassouras. – respondeu preocupada. – Fale com o Blaise, e nos encontraremos mais tarde. – tentando disfarçar a ansiedade. – Agora vou procurar um certo shampoo que a Luna pediu. Você já terminou suas compras. A gente se vê depois.
-Então está combinado! Até! – e foi em direção ao caixa.
À noite...
-Vamos Gina, eles já chegaram!
-Já vou, falta só arrumar o cabelo! – fez um feitiço, que deixou os cabelos parcialmente presos, com pequenos fios displicentemente soltos no rosto. – Pronto! Vamos?
-A propósito, você falou com o Malfoy sobre... – não completou.
-Não. – e contou o que ele havia falado naquela tarde.
-Ai, meu Deus, ai meu Merlim!
-Lu, ele já tinha visto o "Gato Negro" quando era criança! – resmungou.
-Que dificuldade!!! O que ele acha disso tudo?
-Ele pensa que é idiotice de criança! Não quis mais falar sobre o assunto!
-Bem, não adianta tentar resolver agora. Vamos! Amanhã a gente conversa de novo. Vou falar com Blaise. Quem sabe ele tem uma idéia melhor para falarmos sobre o assunto com o Malfoy. Afinal são amigos. Temos que descobrir o que é esse "sonho".
E as duas saíram do quarto e foram encontrar os dois que estavam na sala.
-Ô, como demoraram, heim! Daqui a pouco amanhece e lá se foi o programa! – resmungou Blaise irritado.
-Sabe, amanhã é sábado. Então a gente poderia ir à praia. O que acham? – sugeriu animado Draco, sem saber que como os três eram vampiros, não poderiam sair no sol.
Eles se entreolharam e Gina começou.
-Ah, que pena! Eu não posso. Vou ter que estudar pra prova! Você se lembra não é? Já será na segunda! – lembrou triste, na verdade não poderia fazer o estudo avançado de medi-bruxaria, porque o horário era incompatível com seu novo modo de vida.
-Eu não vou poder, cara! Vou dormir até tarde porque essa noite vai ser de arrasar! – desculpou-se Blaise.
-É, - começou Luna – Só nós dois não tem graça. Então fica pra próxima! – dá um sorriso amarelo.
Draco ficou decepcionado com o desânimo dos amigos. Gostava de sair com eles. Principalmente com Gina. Tinha se esquecido da prova. Torcia por ela. Mas vestiu sua máscara usual, a ninguém percebeu sua decepção.
Chegando no Três Vassouras, puderam avistar alguns conhecidos. Neville estava lá, era professor do Hogwarts, de herbologia. Sempre tivera uma inclinação por essa matéria, mas como era muito tímido, Gina não imaginava que ele fosse se tornar tão bom educador. Madame Rosmerta ainda era dona do local, e vinha encher as canecas de cerveja amanteigada de seus copos. Eles puderam avistar também Hagrid, que tinha bebido tanto Firewisk, que estava rindo muito alto de uma piada que alguém yinha contado.
Estavam todos se divertindo, quando entrou no bar. Um homem vestido de preto e olhos azuis. Ele se sentou na mesa enfrente à deles. Draco quando viu o homem sentiu medo, mas não entendeu porque e procurou disfarçar, como sempre. Não deveria ser um comensal da morte. Todos estavam mortos. Só podia ser trauma pós-guerra.
"Como se um Malfoy ficasse traumatizado! Hunf!" – pensou.
Virigínia tinha acabado de chegar do banheiro, e parou estuporada, quando percebeu o homem estranho. Na mesma hora pediu a todos pra ir embora.
-Ah não! Gin, nem vem! – retorquiu a amiga.
-É Gina, aqui está tão bom!
-Eu quero ir embora, não estou legal. Draco, você fica?
-Não, eu vou com você. Também não quero ficar. – deu de ombros. Não falou de seus receios.
O homem de preto sorriu pra Gina e balançou a cabeça para os lados delicadamente. Falou dentro da sua mente.
"Não vai poder fugir para sempre, querida! Não há como espaçar!"
E de repente, ela sentiu uma pontada no estômago, que a fez gemer e se dobrar sobre o corpo. Draco ficou preocupado com a amiga que tinha cativado seu coração. Mas ele não sabia como, ou se deveria demonstrar, já que quando eram mais jovens, ele não tinha sido muito correto com ela. E agora, essa mulher estava ali, na sua frente, indefesa e precisando de sua ajuda.
A dor de Gina aumentava enquanto eles saiam do bar. Desse jeito ela não conseguiria aparatar. Draco percebendo isso, conjurou um carro trouxa. Era melhor assim, que uma vassoura, ela poderia cair e acabaria de volta no St. Mungus.
-Você está legal? O que está acontecendo? – perguntou após ter colocado a grifinória no banco e se sentado em seu lado do carro.
-Já, vai passar, vamos... vamos embora... rápido! – sibilou.
E quando finalmente a dor passou, ela ficou com as mãos no rosto e pediu pra parar.
-Parar? Mas falta muito pra sua casa!
-Pára! Agora! Eu quero descer! – gritou.
-Weasley, pare de gritar! Ficou louca? O que você tem no rosto?
-Nada! Eu disse pra parar! – disse entre os dentes.
-Se você não me disser o que está acontecendo eu não paro! – respondeu ríspido.
Então Virgínia não teve outra escolha, se não saltar do carro em movimento. Ainda estava fraca, mesmo a dor tendo passado. Não poderia aparatar ainda. Saltou e saiu correndo trôpega, desaparecendo na escuridão. Tentando esconder a evidência de sua transformação, com as mãos.
Malfoy estava desesperado. Não sabia o que estava acontecendo com a mulher que amava. E ela não permitia que ela a ajudasse. Mas sabia que Gina precisava de ajuda. E ele queria ajudar.
"Mas como?"
continua...
Agradecimentos:
Kika: não perca suas vidas não que a fic vai longe! Espero poder deixar você sempre curiosa, assim continua lendo sempre. Hehehe Pode continuar mandando as reviews pelo mail mesmo! Sem problema! O importante é mandar o comentário!!!!!
Rute: Que com que está gostando. Mas na verdade eu assisti a tantos filme de vampiros, que essa fic poder parecer com qualquer um deles. Mas sinceramente não faço de propósito. Não sei se já disse mas digo outra vez. Essa fic foi um sonho que tive. E é claro que eu era a Giny! Hehehehe! Resolvi escrever porque achei que e história era legalzinha!
Milinha: Bem, acho que vai ter que ler esse capítulo pra ter sua resposta. ( Se a Giny é Vampira) Continue lendo. Não pretendo ser muuuuuuuuuito má com o Draquinho. Ta?
Sett: Que bom que você gostou dessa Gina. Sabe, o tempo passa e a gente fica assim mesmo! Principalmente passando por tudo o que ela passou ( e vai passar).
Carol Malfloy: A Giny, grávida? Mas já???? Será?????
Ao resto da turma que não consegue deixar review na FF.net. Relaxa. Manda pro mail: vivianevalaryahoo.com.br, o importante é mandar!!!!!!!
Beijos a todos
Viv
Fiquem com a fic...
CAPÍTULO 3
A REVELAÇÃO E OS COMPANHEIROS
-Gina, cheguei! - disse alegre, indo para a cozinha pegar um vaso para colocar umas flores que trazia consigo. - O Blaise está aqui. Favor não aparecer em trajes menores, heim! – disse rindo. Mas estranhou não ouvir uma resposta divertida da amiga. – Gina, onde você está? Gina? Eu quero contar uma coisa pra você! É importante! - silêncio. - Gin? Por que não responde? – nada de respostas.
Luna já estava nervosa. Tinha certeza de que a Virgínia estava na casa. Pois antes de aparatar com o namorado no hall do apartamento, estavam na rua comprando flores, quando ela viu uma sombra dentro do apartamento. Não poderia ser outra pessoa.
Foi até o banheiro e percebeu que a porta estava fechada por dentro.
-Gina, você está aí dentro? – perguntou batendo na porta com força. – Blaise, venha aqui. Me ajude, ela está trancada aí dentro!
-Não! Não entrem aqui! – gritou finalmente Virgínia.
-Então abra a porta! Droga! Agora! – gritou. E como não houve resposta, resolveu tentar de novo. – Por favor, Gin, o que você está fazendo? Saia daí. Você está me assustando!
-Weasley!! O que está acontecendo? – tentou o sonserino.
-Eu estou bem. Só não quero sair. Ok! Estava tomando banho, e não tem toalha. Você quer mesmo, Lu, que eu saia assim? – respondeu sarcástica.
-Blaise, vá pra sala. Eu já vou. – pediu fraca.
Ele hesitou. Ela ergueu a mão e pediu com o gesto pra ele sair. Após, alguns segundos, e lê foi.
-Pronto Gina, ele já saiu, foi pra sala. Nós estamos sozinhas. Agora saia, por favor? – pediu mais uma vez.
A porta destravou após um murmúrio que parecia ser um feitiço. E Gina saiu do banheiro. Mas para o espanto de Luna, aquela não parecia ser a sua amiga. E não era...
-Gina?? É você? O que houve no seu rosto? Seus olhos? Suas mãos? Seus... dentes?
-Foi ELE, Lu. ELE fez isso comigo! Estou com tanto medo!!! Muito medo!!! – e abraçou a outra.
-ELE quem? – assustada.
-O "Gato Negro", o homem vestido de preto, que tem a morte nos olhos! Disse que pertenço a ELE. Que não posso recusar, que é meu destino! Luna, o que está acontecendo comigo??? – perguntou chorando.
-Gina... eu... eu não sei! Eu... não entendo! Seu rosto... você é... uma Vampira!!!
Algum tempo depois...
-Vocês só podem estar brincando comigo! – falou indignada, Virgínia.
-Não, Gin, é muito sério! – falou Luna com seus olhos vidrados.
-Blaise! Isso é loucura! Você vai deixar ela falar essa besteira? – tentou.
-Nós dois tomamos essa decisão, Gina. Está tudo mais do que pensado! – retificou o rapaz.
-Mas... Luna... vocês tem certeza do que estão falando?
-Temos. Nós não combinamos que íamos ser amigas pra sempre? Então, eis a nossa chance! – pediu Luna.
-E eu, não quero perder essa mulher. Amo de mais. Já tínhamos decidido nos casar. Estávamos escolhendo a data do casamento! Onde iria jurar ficar o resto de meus dias com ela. – e pegou as mãos da amada. – Mas pra que haver um fim? – sorriu. – Ficaremos juntos, pela eternidade! – e se virando pra Gina. – Weasley, por favor, transforme a gente! – insistiu.
-Mas pessoal... – nervosa.
-Por favor... – Luna ainda segurava as mãos de Blaise.
-Mas vocês não entendem! Vocês não sabem o que estão pedindo! Isso é loucura!!! Não! Não posso! – e se levanta tentando sair do recinto.
-Gina, nós queremos assim mesmo! Sabemos os riscos! – Luna vai atrás.
-Meu Deus! Meu Merlin! Isso é loucura! Loucura! Loucura! – exasperou-se – Vocês dois sabem muito bem o que estou passando, desde o dia que... isso... aconteceu comigo! Dias dormindo! Noites acordada! Sem nunca mais ver uma pôr-do-sol! Uma aurora! Sem poder sentir o calor do sol esquentando a gente por dentro! – sentiu uma lágrima vermelha escorrer pelo seu rosto.
-E ainda tem essa... necessidade... de... – hesitou, voltou as costas para os amigos – sangue! Mesmo que seja de uma bolsa de sangue roubada de banco de sangue trouxa. Ou ter que se submeter ao sangue de animais noturnos! É isso que vocês querem! É isso??? – falou dura, sem se voltar.
Luna, deu a volta e ficou de frente pra Gina. Tinha a expressão calma. Quase feliz. Se não estivesse tão desesperada, Gina tinha certeza de que poderia rir da situação.
-Gin, nós, assim como você disse, sabemos de tudo isso. Estivemos aqui, esse tempo todo, não foi? – e sorriu – Pensamos muito. Estamos decididos. – o olhar dela era firme, mas calmo.
-Mas se vocês se arrependerem, não vão poder mudar de idéia! – ainda tentou. Mas ao ver os semblantes firmes, desistiu. – Eu ainda não gosto dessa idéia! – resmungou.
Nesse momento Blaise se levantou e se postou ao lado de Luna. Os dois estavam com as mãos dadas. Decididos. Virgínia se resignou. Ficou em silêncio algum tempo. Lembrou de tudo que viveram juntos. Das brincadeiras, da amizade, das conquistas. Também ia sentir falta deles.
Fechou os olhos, se concentrou. E ao abri-los, ambos estavam brancos, as unhas compridas, os caninos mais afiados e longos. Ela ainda não havia se acostumado com a vida de vampira, mas ao menos podia se controlar agora. No começo, se transformava de repente. Bastava um pouco de irritação e lá estava ela, correndo pro banheiro pra tentar se acalmar e voltar ao normal. Uma vez quase aconteceu com o Draco por perto. Ele não sabia. Não tivera coragem de contar.
Gina se aproximou de Luna. A olhou nos olhos, medrosos, mas firmes. Se inclinou um pouco pra frente, até seu pescoço. Bem próximo, antes de tocar. Sentiu a amiga ficar levemente rígida, mas em seguida mordeu a carne. Ouviu a outra gemer baixinho. Era tão bom sentir o gosto do sangue humano! Quente! Sugou com vontade. Dava prazer e paz. Sentiu o coração como se estivesse batendo dentro dela própria. Era uma sensação maravilhosa. E Gina era obrigada a admitir. Parou a tempo de sentir o corpo frágil ceder em seus braços.
Luna, estava fraca. Gina e Blaise a ajudaram a se deitar no sofá. Ela gemeu um pouco. Parou após um tempo. Sentiu seu corpo todo sendo sugado durante a mordida. Mas agora estava tremendo. Sentiu dor. Se dobrou sobre o corpo devido a dor. Não esperava por aquilo. O ar ficava mais pesado, parecia que não poderia respirar mais. Viu Blaise a olhar com aflição. Nem ele esperava que fosse ser assim. Parecia que ia morrer. Mas de repente a dor se foi. O ar entrou facilmente. Respirou fundo, como se fosse a primeira vez. O que não deixava de ser verdade. Se levantou sem dificuldade. Blaise estava com os olhos arregalados. Hesitou por menos que um segundo. Mas em seguida ele deu um passo à frente. Em direção à mulher que amava. Olho nos olhos. Determinado.
Gina se emocionou com esse gesto. Era um amor muito forte que os unia. Luna já estava completamente recuperada da recente transformação. Deu um beijo de leve nos lábios do homem à sua frente, e se inclinou para o alvo desejado. Mordeu o pescoço dele com vontade, talvez com mais força que o necessário. Mas ele apenas a enlaçou pela cintura, e se ofereceu para completar o processo.
Algumas noites depois, Gina tinha encontrado Draco no supermercado trouxa que havia perto do apartamento dela. E decidiu que tentaria sondar o amigo, sobre o assunto delicado, que era sua condição.
-Malfoy, o que você acha dos Vampiros? – tentou inocentemente.
-Vampiros? Hunf. São seres inferiores. São chupadores de sangue monstruosos, que não merecem nenhuma consideração! – começou grosseiro. – São também muito traiçoeiros também. Uma vez minha mãe quis empregar um vampiro para ser jardineiro. E encontramos os malditos tentando atacar os elfos domésticos. São criaturas repugnantes. – falou com nojo.
Gina estava arrasada. Mas ele parecia não notar. Ela se abaixou pra pegar um pacote de macarrão que estava bem em baixo, para poder esconder a expressão de tristeza.
-Mas você agora me fez lembrar de uma coisa. Nem sei porque, mas deixa eu te contar. É engraçado. – pegando a mesma massa que Gina. – Quando eu era criança. Antes mesmo de entrar em Hogwarts, eu tinha pavor de vampiros. – riu – Sabe, eu jurava pra todo mundo que via um homem alto, de cabelos negros, olhos azuis e roupa totalmente preta, que se transformava em vampiro! – disse com trejeitos de quem conta uma história de horror, com olhos arregalados a mãos em posição de garras, mostrando os dentes. – Coisas de criança! - riu mais.
-Você via mesmo? – perguntou séria.
-Claro que não! – deu de ombros. – Era tudo minha imaginação. Imaginação de um garotinho atormentado. Sabe, eu tinha sempre o mesmo sonho. Tinha uma moça. Muito bonita, presa numa masmorra sombria, esperando pra ser salva por mim de um monstro! Um monstro horroroso que assumia a forma desse tal homem de preto. – riu com graça. – Ah, tem mais! – Gina estava atordoada. – Ele sempre dizia que eu nunca tomaria o que pertencia a ele. Se tentasse, pagaria com meu próprio sangue. – terminou com voz dramática – Vê se pode?! Não é incrível o mundo quando se tem tão pouca idade? – e se adiantou, pegando uma lata de massa de tomate. – Mas chega de falar sobre sonhos e minha infância! O que vocês vão fazer hoje? - mudando de assunto sem perceber mais uma vez o que sua revelação havia causado nela. – Já combinaram algo. Hoje é sexta-feira! Dia de folia! - brincou.
-Er... estamos... querendo ir ao Três Vassouras. – respondeu preocupada. – Fale com o Blaise, e nos encontraremos mais tarde. – tentando disfarçar a ansiedade. – Agora vou procurar um certo shampoo que a Luna pediu. Você já terminou suas compras. A gente se vê depois.
-Então está combinado! Até! – e foi em direção ao caixa.
À noite...
-Vamos Gina, eles já chegaram!
-Já vou, falta só arrumar o cabelo! – fez um feitiço, que deixou os cabelos parcialmente presos, com pequenos fios displicentemente soltos no rosto. – Pronto! Vamos?
-A propósito, você falou com o Malfoy sobre... – não completou.
-Não. – e contou o que ele havia falado naquela tarde.
-Ai, meu Deus, ai meu Merlim!
-Lu, ele já tinha visto o "Gato Negro" quando era criança! – resmungou.
-Que dificuldade!!! O que ele acha disso tudo?
-Ele pensa que é idiotice de criança! Não quis mais falar sobre o assunto!
-Bem, não adianta tentar resolver agora. Vamos! Amanhã a gente conversa de novo. Vou falar com Blaise. Quem sabe ele tem uma idéia melhor para falarmos sobre o assunto com o Malfoy. Afinal são amigos. Temos que descobrir o que é esse "sonho".
E as duas saíram do quarto e foram encontrar os dois que estavam na sala.
-Ô, como demoraram, heim! Daqui a pouco amanhece e lá se foi o programa! – resmungou Blaise irritado.
-Sabe, amanhã é sábado. Então a gente poderia ir à praia. O que acham? – sugeriu animado Draco, sem saber que como os três eram vampiros, não poderiam sair no sol.
Eles se entreolharam e Gina começou.
-Ah, que pena! Eu não posso. Vou ter que estudar pra prova! Você se lembra não é? Já será na segunda! – lembrou triste, na verdade não poderia fazer o estudo avançado de medi-bruxaria, porque o horário era incompatível com seu novo modo de vida.
-Eu não vou poder, cara! Vou dormir até tarde porque essa noite vai ser de arrasar! – desculpou-se Blaise.
-É, - começou Luna – Só nós dois não tem graça. Então fica pra próxima! – dá um sorriso amarelo.
Draco ficou decepcionado com o desânimo dos amigos. Gostava de sair com eles. Principalmente com Gina. Tinha se esquecido da prova. Torcia por ela. Mas vestiu sua máscara usual, a ninguém percebeu sua decepção.
Chegando no Três Vassouras, puderam avistar alguns conhecidos. Neville estava lá, era professor do Hogwarts, de herbologia. Sempre tivera uma inclinação por essa matéria, mas como era muito tímido, Gina não imaginava que ele fosse se tornar tão bom educador. Madame Rosmerta ainda era dona do local, e vinha encher as canecas de cerveja amanteigada de seus copos. Eles puderam avistar também Hagrid, que tinha bebido tanto Firewisk, que estava rindo muito alto de uma piada que alguém yinha contado.
Estavam todos se divertindo, quando entrou no bar. Um homem vestido de preto e olhos azuis. Ele se sentou na mesa enfrente à deles. Draco quando viu o homem sentiu medo, mas não entendeu porque e procurou disfarçar, como sempre. Não deveria ser um comensal da morte. Todos estavam mortos. Só podia ser trauma pós-guerra.
"Como se um Malfoy ficasse traumatizado! Hunf!" – pensou.
Virigínia tinha acabado de chegar do banheiro, e parou estuporada, quando percebeu o homem estranho. Na mesma hora pediu a todos pra ir embora.
-Ah não! Gin, nem vem! – retorquiu a amiga.
-É Gina, aqui está tão bom!
-Eu quero ir embora, não estou legal. Draco, você fica?
-Não, eu vou com você. Também não quero ficar. – deu de ombros. Não falou de seus receios.
O homem de preto sorriu pra Gina e balançou a cabeça para os lados delicadamente. Falou dentro da sua mente.
"Não vai poder fugir para sempre, querida! Não há como espaçar!"
E de repente, ela sentiu uma pontada no estômago, que a fez gemer e se dobrar sobre o corpo. Draco ficou preocupado com a amiga que tinha cativado seu coração. Mas ele não sabia como, ou se deveria demonstrar, já que quando eram mais jovens, ele não tinha sido muito correto com ela. E agora, essa mulher estava ali, na sua frente, indefesa e precisando de sua ajuda.
A dor de Gina aumentava enquanto eles saiam do bar. Desse jeito ela não conseguiria aparatar. Draco percebendo isso, conjurou um carro trouxa. Era melhor assim, que uma vassoura, ela poderia cair e acabaria de volta no St. Mungus.
-Você está legal? O que está acontecendo? – perguntou após ter colocado a grifinória no banco e se sentado em seu lado do carro.
-Já, vai passar, vamos... vamos embora... rápido! – sibilou.
E quando finalmente a dor passou, ela ficou com as mãos no rosto e pediu pra parar.
-Parar? Mas falta muito pra sua casa!
-Pára! Agora! Eu quero descer! – gritou.
-Weasley, pare de gritar! Ficou louca? O que você tem no rosto?
-Nada! Eu disse pra parar! – disse entre os dentes.
-Se você não me disser o que está acontecendo eu não paro! – respondeu ríspido.
Então Virgínia não teve outra escolha, se não saltar do carro em movimento. Ainda estava fraca, mesmo a dor tendo passado. Não poderia aparatar ainda. Saltou e saiu correndo trôpega, desaparecendo na escuridão. Tentando esconder a evidência de sua transformação, com as mãos.
Malfoy estava desesperado. Não sabia o que estava acontecendo com a mulher que amava. E ela não permitia que ela a ajudasse. Mas sabia que Gina precisava de ajuda. E ele queria ajudar.
"Mas como?"
continua...
