N/A: Aí meu povo, sem demora! Mais um cap!!!
Agradecimentos:
Kika Felton-87: Continue curiosa, que daí você não pára de ler. Hehehe. Aqui está a Gina que você pediu. Tem uma ceninha com ela. Um presente. Não ia entrar, mas achei que você tinha razão, tava na hora de ela mostrar que estava viva! Hehehe. Espero que goste. Me conte depois!!!!
Rute Riddle: OBA! Que bom que gostou do contato que eles fizeram. Aqui tem mais um pouco, mais claro, hehehe. Espero que goste. Prometo não me demorar muito pra atualizar! Hehehe.
Dark Angel Malfoy: Beleza que tenha gostado. É o Blasé está com dificuldades, né. É dureza mesmo. Também fiquei com pena dele. Mas o bom é que tudo se resolveu né! Nem sou tão má assim!! Hehehe. A velha tem um papel muito importante na história. E quanto mais importante, maiores os problemas, né!!! Veja esse e me diga se está bom!
Zack: Aí garoto! Continue me cobrando que eu atualizo logo! Hehehe. Ficou muito feliz que esteja gostando tanto!!!
N/A: Bem meu povo! Lá vai a fic!!!!!!
CAPÍTULO 9 – AMORREDEIRA
Foram buscar mais lenha, enquanto Luna meditava com a mulher. Estava ficando mais difícil resistir à fome.
-Venha comigo. – chamou de repente. – Precisamos encontrar uma certa árvore. E eu sei que ela está por aqui.
Levantou-se com certa dificuldade.
-Onde?
-Por aqui.
E a velha seguiu em direção à floresta. Luna ia atrás, sem saber do que se tratava. Foram mata adentro. Ela confusa. A outra concentrada na busca.
-Aqui está. – exclamou depois de algum tempo.
E a velha parou de supetão diante de uma árvore muito fina. Era alta e tortuosa. Tinha a casaca esverdeada, e os galhos muito altos. Pareciam querer chegar ao céu.
-Que árvore é essa? – quis saber Luna.
-Não há tradução para o nome verdadeiro dela. Faz parte do início dos tempos. Antes dos homens. Antes dos bruxos. Mas ela é conhecida pelo nome de "morredeira".
-Morredeira?!
-Sim. Os que a viram primeiro e não conheciam suas propriedades ingeriram suas folhas em busca de alimento. Mas morriam assim que mastigavam suas folhas ou seu fruto. – Luna arregalou os olhos e sem perceber deu um passo para trás. – Então tentaram destruir todas da espécie, com receio de provocar mais mortes.
-E por que, então, estamos procurando essa... essa... ? Por que essa daqui ainda existe? – apontava a uma distância que julgava segura.
-Por razão de uma outra propriedade desta belezinha. – respondeu dando a volta completa pela árvore. – Quando começaram a derrubar e queimar, desde as folhas até as raízes de cada exemplar, um certo bruxo, descobriu que de seu tronco saía um liquido, uma seiva negra, que parecia diferente de tudo que já tinha visto. Ele estava muito infeliz com a vida. E desejava morrer. Então, corajosamente bebeu dela.
-E ele... morreu? – nervosa.
-Não, criança! Ele viveu. Muitos anos após a descoberta. Percebeu que quando o fazia, não sentia mais fome. Sentia-se totalmente alimentado.
-Mas... então...? – ainda sem entender.
-Há um detalhe sobre esse bruxo que não contei. Ele era um vampiro.
-Vampiro?! – incrédula.
-Sim. E quando bebia essa seiva negra, ficava muito tempo sem precisar beber sangue.
-Mas isso é maravilhoso! – se entusiasmou. – É exatamente o que precisamos! – mas parou de repente. – Mas qualquer um pode ingerir isso?
-Sim. E efeito é o mesmo. Tanto pra bruxos quanto para vampiros e trouxas.
-Yes! – gritou socando o ar com o punho fechado.
-Mas existe uma coisa. – a velha interrompeu o festejo. – Existe um efeito colateral importante.
-Efeito colateral?! – parou com os braços ainda no alto, voltando a arregalar os olhos.
-O bruxo que descobriu essa seiva, essa droga, que a princípio usava apenas para se alimentar e não ter que se alimentar do sangue de ninguém, teve sua personalidade alterada.
-Ah, não! – gemeu.
-Ele se tornou um assassino sanguinário. E matava por puro prazer. Abandonava suas vítimas sem beber uma só gota de sangue. Satisfazia-se com a dor e o sofrimento alheio.
-Meu Deus! Que horror! Mas... então por que estamos aqui? De que adianta saber essas coisas? – voltou a se afastar da árvore.
-É que os efeitos demoram algum tempo para se manifestar. Apenas após a terceira dose é que se foge do controle. Antes apenas se tem uma inquietude que pode ser acalmada com concentração e força de vontade. E sei que alguns de nós precisam se alimentar. E logo. Ou não haverá chance para sua amiga. Tão pouco para nós mesmos.
E com um movimento da varinha, fez um furo na árvore. Com um frasco que tirou da capa, colheu o liquido negro que vertia do tronco. Quando já estava cheio ela murmurou algumas palavras e o selou o buraco.
-Isso basta. – guardando de volta na capa. – Só precisaremos agüentar até amanhã de noite. Então tudo estará terminado. Para o bem ou para o mal.
#
Quando voltaram reuniram todos. Não poderiam perder tempo. Percebia que o casal já estava sofrendo as conseqüências da abstinência. Que seria tão perigosa quanto doses elevadas da droga que tinha nas mãos. Mas tinha que tentar. Ele sabia que ela tentaria. Mas não havia outra solução.
Contou a todos toda história sobre a árvore, a droga e seus efeitos. Explicou a importância de beberem e o cuidado que deveriam ter. Seria apenas um gole pela manhã e um à noite. E na noite seguinte mais um. Não deveriam repetir mais.
Os criados, Sade, Toy e Tina estavam assustadíssimos. E foi preciso muita conversa para que aceitassem beber. Então mais tarde, reunidos na fogueira, cada um tomou um gole do frasco.
O líquido tinha gosto de óleo queimado, e descia quente. Tirando a sensação de cansaço e fraqueza que já se abatia sobre eles.
-Agora teremos que nos contar com isso. E só tornaremos a beber amanhã.Todos juntos. - disse isso e guardou consigo o frasco novamente.
Draco aproveitou quando a mulher se afastou para segui-la.
-Senhora! Eu gostaria de fazer um pedido. – sem jeito.
-Pois não meu jovem. – o encarava com olhos tão confiantes.
Ele se sentiu mais forte. Como se já tivesse visto noutro tempo.
-Existe algo que possa fazer para que eu possa sonhar com a Gina?
-Meu jovem, esse foi um dos pedidos mais difíceis que me fez! – sorriu pesarosa. – Pois não se pode controlar os sonhos. Eles não estão sob nosso domínio.
Draco se sentiu infeliz.
-Mas existe uma certa "fórmula" que eventualmente pode funcionar. – conciliadora.
A esperança germinou.
-E qual é? Preciso tentar! Sei que posso. Já consegui uma certa "comunicação" com ela. Pude ver que sabe que estamos aqui. Mas foi muito rápido. Talvez, se sonhasse com ela, ela pudesse sonhar comigo também! E então a gente se encontraria e conversaria, sei lá...
-Shhh! – interrompeu a velha. – Sei o que quer dizer. Se acalme. Só não sei se será possível. Mas vou ajudá-lo. Esta será nossa última noite aqui. Amanhã quando a noite vier, o céu reaparecerá, e dois planetas, de galáxias diferentes se encontrarão alinhados. E Essa conjunção possibilitará um milagre ou uma tragédia. Então nada mais poderá ser como antes. Então está noite poderá ser decisiva. Para a esperança e para o amor.
Draco Malfoy queria saber mais sobre o tal evento, sobre a noite seguinte, mas no momento, sua preocupação maior era ter Gina por alguns minutos. Era quase uma obsessão. Uma ansiedade que tomava conta dele a cada minuto.
-O que devo fazer para encontrá-la? – animou-se.
-Apenas sente-se confortavelmente. Respire profunda a lentamente.
Aguardou que ele o fizesse.
-Agora quero que se concentre no rosto dela. De como você se lembra dela.
E colocou a mão direita no peito dele e a esquerda também espalmada em sua testa. E iniciou uma prece. Desconhecida. Que foi deixando Draco debilmente consciente de onde estava.
Sentiu-se leve. Flutuando e voou pelo céu negro-azul. Sobre ele.
"Gina!"
Viu lá do alto, uma praia onde alguém caminhava. Projetou-se até ela. Pôde reconhecer o vermelho brilhante de seus cabelos antes de ver seu rosto.
"Gina!"
-Draco! Como chegou aqui? Como? Você está bem? – e o abraçou forte.
-Gina! Meu amor! Eu precisava te ver. Te tocar. Te beijar. – e a apertou contra o corpo com força. – Não sei o que é isso. Se é um sonho, ou se é imaginação minha! Mas parece tão real!
-Pra mim parece bem real Sr. Malfoy! – e riu alto.
-Ruivinha, você nem imagina a falta que me faz sua risada! Como você está? – preocupado.
Uma sombra de dor passou nos olhos castanhos. Ela se soltou do abraço e se virou de costas.
-Gina! O que está acontecendo?
-Acho que vocês devem ir embora, Malfoy! – tristeza. – E logo!
-O quê? Está louca?! – segurou-a pelo braço a obrigando a encará-lo.
-Vá embora! – pediu mais uma vez.
-Não! Não! Nem pensar! Só saio daqui com você, ou morto! – esbravejou
Ela empalideceu.
-Malfoy, não há mais chance! Não há mais esperança. Se vocês forem embora eu poderei aceitar! Mas se ficarem... Ele não permitirá que sobrevivam!!! – uma lágrima.
-Gina! – com carinho. – Nós estamos aqui porque queremos. EU estou aqui porque sem você minha vida não vale mais um nuque furado.
Acariciou o rosto amargurado. Beijou a testa docemente.
-Amo você Gina. E se tiver que morrer por isso, que seja! Será uma morte digna de um Malfoy! – muito sério. - Só saio daqui com você! Entendeu?
E de repente se sentiu puxado para longe dela.
-Gina! – gritou. – Faça o que for preciso! Mas sobreviva! Sobreviva! – mais longe. – Sobreviva!!!
E ela ficou lá. Com seu pranto. E ele voltou para o chão, diante da velha.
#
A velha tinha um olhar amargurado. Tão parecido com o olhar da sua ruivinha, que Malfoy se assustou.
-O que aconteceu? – silêncio. – Senhora? O que foi isso? Não foi um sonho, não é?
-Não exatamente. Não foi um simples sonho. Mas vocês realmente se encontraram. Mas não teria sido possível se não houvesse amor de verdade os unindo. Mas é exatamente esse amor que irá separá-los. – se virou.
-Não! – Draco se levantou também indo atrás da velha. – Não! Como pode? Não entendo!
-Ela irá se sacrificar se for necessário, para que vocês vivam. Isso é o que está acontecendo! – amargurada.
-Mas... espere! Chegamos até aqui! Vamos até onde essa loucura toda nos levar! Não podemos desistir! – desesperado.
-Meu jovem, ela já fez sua escolha. – resignada. – Está tudo acabado. Não há mais chance. Eu sei bem disso.
-Meu Deus! Meu Merlin! A senhora quer me enlouquecer?! Eu sou um Malfoy! Ouviu bem! E um Malfoy NUNCA desiste! Vou até o fim! Disse pra ela e agora direi para a senhora: Só saio daqui com ela ou morto!!! Está me ouvindo? MORTO! Quer que eu soletre? – grosseiro.
A velha sorriu maliciosa deixando o sonserino mais confuso ainda.
-Era o que eu queria ouvir Sr. Malfoy! – frisou. – Essa vontade cega é tudo o que vai lhe restar antes de chagarmos ao fim dessa empreitada. Você passou no meu teste. – sorriu mais uma vez e deixou o loiro abestalhado para trás.
-Ei! Espere! Foi tudo ilusão? Ela não falou comigo? Ela...
-Oh! Sim. E não. – mais séria desta vez. – Foi ilusão. Mas ela esteve lá. Você esteve lá. A conversa que tiveram foi verdadeira. As palavras dela também. Jamais mentiria para você meu jovem.
E finalmente se foi. Draco ficou pensando em Gina. No que dissera. Parecia bem. Mas assim, vira tanta dor nela quando se afastaram! Teria que ter forças para convencê-la de que tudo daria certo. Sentia vontade de gritar para aquele maldito, que não era páreo para um Malfoy.
"Acabarei com ele! Nem que seja com minhas próprias mão!"
E a ira quente crescia em seu peito. Enquanto Draco sorria cruelmente.
... continua...
Agradecimentos:
Kika Felton-87: Continue curiosa, que daí você não pára de ler. Hehehe. Aqui está a Gina que você pediu. Tem uma ceninha com ela. Um presente. Não ia entrar, mas achei que você tinha razão, tava na hora de ela mostrar que estava viva! Hehehe. Espero que goste. Me conte depois!!!!
Rute Riddle: OBA! Que bom que gostou do contato que eles fizeram. Aqui tem mais um pouco, mais claro, hehehe. Espero que goste. Prometo não me demorar muito pra atualizar! Hehehe.
Dark Angel Malfoy: Beleza que tenha gostado. É o Blasé está com dificuldades, né. É dureza mesmo. Também fiquei com pena dele. Mas o bom é que tudo se resolveu né! Nem sou tão má assim!! Hehehe. A velha tem um papel muito importante na história. E quanto mais importante, maiores os problemas, né!!! Veja esse e me diga se está bom!
Zack: Aí garoto! Continue me cobrando que eu atualizo logo! Hehehe. Ficou muito feliz que esteja gostando tanto!!!
N/A: Bem meu povo! Lá vai a fic!!!!!!
CAPÍTULO 9 – AMORREDEIRA
Foram buscar mais lenha, enquanto Luna meditava com a mulher. Estava ficando mais difícil resistir à fome.
-Venha comigo. – chamou de repente. – Precisamos encontrar uma certa árvore. E eu sei que ela está por aqui.
Levantou-se com certa dificuldade.
-Onde?
-Por aqui.
E a velha seguiu em direção à floresta. Luna ia atrás, sem saber do que se tratava. Foram mata adentro. Ela confusa. A outra concentrada na busca.
-Aqui está. – exclamou depois de algum tempo.
E a velha parou de supetão diante de uma árvore muito fina. Era alta e tortuosa. Tinha a casaca esverdeada, e os galhos muito altos. Pareciam querer chegar ao céu.
-Que árvore é essa? – quis saber Luna.
-Não há tradução para o nome verdadeiro dela. Faz parte do início dos tempos. Antes dos homens. Antes dos bruxos. Mas ela é conhecida pelo nome de "morredeira".
-Morredeira?!
-Sim. Os que a viram primeiro e não conheciam suas propriedades ingeriram suas folhas em busca de alimento. Mas morriam assim que mastigavam suas folhas ou seu fruto. – Luna arregalou os olhos e sem perceber deu um passo para trás. – Então tentaram destruir todas da espécie, com receio de provocar mais mortes.
-E por que, então, estamos procurando essa... essa... ? Por que essa daqui ainda existe? – apontava a uma distância que julgava segura.
-Por razão de uma outra propriedade desta belezinha. – respondeu dando a volta completa pela árvore. – Quando começaram a derrubar e queimar, desde as folhas até as raízes de cada exemplar, um certo bruxo, descobriu que de seu tronco saía um liquido, uma seiva negra, que parecia diferente de tudo que já tinha visto. Ele estava muito infeliz com a vida. E desejava morrer. Então, corajosamente bebeu dela.
-E ele... morreu? – nervosa.
-Não, criança! Ele viveu. Muitos anos após a descoberta. Percebeu que quando o fazia, não sentia mais fome. Sentia-se totalmente alimentado.
-Mas... então...? – ainda sem entender.
-Há um detalhe sobre esse bruxo que não contei. Ele era um vampiro.
-Vampiro?! – incrédula.
-Sim. E quando bebia essa seiva negra, ficava muito tempo sem precisar beber sangue.
-Mas isso é maravilhoso! – se entusiasmou. – É exatamente o que precisamos! – mas parou de repente. – Mas qualquer um pode ingerir isso?
-Sim. E efeito é o mesmo. Tanto pra bruxos quanto para vampiros e trouxas.
-Yes! – gritou socando o ar com o punho fechado.
-Mas existe uma coisa. – a velha interrompeu o festejo. – Existe um efeito colateral importante.
-Efeito colateral?! – parou com os braços ainda no alto, voltando a arregalar os olhos.
-O bruxo que descobriu essa seiva, essa droga, que a princípio usava apenas para se alimentar e não ter que se alimentar do sangue de ninguém, teve sua personalidade alterada.
-Ah, não! – gemeu.
-Ele se tornou um assassino sanguinário. E matava por puro prazer. Abandonava suas vítimas sem beber uma só gota de sangue. Satisfazia-se com a dor e o sofrimento alheio.
-Meu Deus! Que horror! Mas... então por que estamos aqui? De que adianta saber essas coisas? – voltou a se afastar da árvore.
-É que os efeitos demoram algum tempo para se manifestar. Apenas após a terceira dose é que se foge do controle. Antes apenas se tem uma inquietude que pode ser acalmada com concentração e força de vontade. E sei que alguns de nós precisam se alimentar. E logo. Ou não haverá chance para sua amiga. Tão pouco para nós mesmos.
E com um movimento da varinha, fez um furo na árvore. Com um frasco que tirou da capa, colheu o liquido negro que vertia do tronco. Quando já estava cheio ela murmurou algumas palavras e o selou o buraco.
-Isso basta. – guardando de volta na capa. – Só precisaremos agüentar até amanhã de noite. Então tudo estará terminado. Para o bem ou para o mal.
#
Quando voltaram reuniram todos. Não poderiam perder tempo. Percebia que o casal já estava sofrendo as conseqüências da abstinência. Que seria tão perigosa quanto doses elevadas da droga que tinha nas mãos. Mas tinha que tentar. Ele sabia que ela tentaria. Mas não havia outra solução.
Contou a todos toda história sobre a árvore, a droga e seus efeitos. Explicou a importância de beberem e o cuidado que deveriam ter. Seria apenas um gole pela manhã e um à noite. E na noite seguinte mais um. Não deveriam repetir mais.
Os criados, Sade, Toy e Tina estavam assustadíssimos. E foi preciso muita conversa para que aceitassem beber. Então mais tarde, reunidos na fogueira, cada um tomou um gole do frasco.
O líquido tinha gosto de óleo queimado, e descia quente. Tirando a sensação de cansaço e fraqueza que já se abatia sobre eles.
-Agora teremos que nos contar com isso. E só tornaremos a beber amanhã.Todos juntos. - disse isso e guardou consigo o frasco novamente.
Draco aproveitou quando a mulher se afastou para segui-la.
-Senhora! Eu gostaria de fazer um pedido. – sem jeito.
-Pois não meu jovem. – o encarava com olhos tão confiantes.
Ele se sentiu mais forte. Como se já tivesse visto noutro tempo.
-Existe algo que possa fazer para que eu possa sonhar com a Gina?
-Meu jovem, esse foi um dos pedidos mais difíceis que me fez! – sorriu pesarosa. – Pois não se pode controlar os sonhos. Eles não estão sob nosso domínio.
Draco se sentiu infeliz.
-Mas existe uma certa "fórmula" que eventualmente pode funcionar. – conciliadora.
A esperança germinou.
-E qual é? Preciso tentar! Sei que posso. Já consegui uma certa "comunicação" com ela. Pude ver que sabe que estamos aqui. Mas foi muito rápido. Talvez, se sonhasse com ela, ela pudesse sonhar comigo também! E então a gente se encontraria e conversaria, sei lá...
-Shhh! – interrompeu a velha. – Sei o que quer dizer. Se acalme. Só não sei se será possível. Mas vou ajudá-lo. Esta será nossa última noite aqui. Amanhã quando a noite vier, o céu reaparecerá, e dois planetas, de galáxias diferentes se encontrarão alinhados. E Essa conjunção possibilitará um milagre ou uma tragédia. Então nada mais poderá ser como antes. Então está noite poderá ser decisiva. Para a esperança e para o amor.
Draco Malfoy queria saber mais sobre o tal evento, sobre a noite seguinte, mas no momento, sua preocupação maior era ter Gina por alguns minutos. Era quase uma obsessão. Uma ansiedade que tomava conta dele a cada minuto.
-O que devo fazer para encontrá-la? – animou-se.
-Apenas sente-se confortavelmente. Respire profunda a lentamente.
Aguardou que ele o fizesse.
-Agora quero que se concentre no rosto dela. De como você se lembra dela.
E colocou a mão direita no peito dele e a esquerda também espalmada em sua testa. E iniciou uma prece. Desconhecida. Que foi deixando Draco debilmente consciente de onde estava.
Sentiu-se leve. Flutuando e voou pelo céu negro-azul. Sobre ele.
"Gina!"
Viu lá do alto, uma praia onde alguém caminhava. Projetou-se até ela. Pôde reconhecer o vermelho brilhante de seus cabelos antes de ver seu rosto.
"Gina!"
-Draco! Como chegou aqui? Como? Você está bem? – e o abraçou forte.
-Gina! Meu amor! Eu precisava te ver. Te tocar. Te beijar. – e a apertou contra o corpo com força. – Não sei o que é isso. Se é um sonho, ou se é imaginação minha! Mas parece tão real!
-Pra mim parece bem real Sr. Malfoy! – e riu alto.
-Ruivinha, você nem imagina a falta que me faz sua risada! Como você está? – preocupado.
Uma sombra de dor passou nos olhos castanhos. Ela se soltou do abraço e se virou de costas.
-Gina! O que está acontecendo?
-Acho que vocês devem ir embora, Malfoy! – tristeza. – E logo!
-O quê? Está louca?! – segurou-a pelo braço a obrigando a encará-lo.
-Vá embora! – pediu mais uma vez.
-Não! Não! Nem pensar! Só saio daqui com você, ou morto! – esbravejou
Ela empalideceu.
-Malfoy, não há mais chance! Não há mais esperança. Se vocês forem embora eu poderei aceitar! Mas se ficarem... Ele não permitirá que sobrevivam!!! – uma lágrima.
-Gina! – com carinho. – Nós estamos aqui porque queremos. EU estou aqui porque sem você minha vida não vale mais um nuque furado.
Acariciou o rosto amargurado. Beijou a testa docemente.
-Amo você Gina. E se tiver que morrer por isso, que seja! Será uma morte digna de um Malfoy! – muito sério. - Só saio daqui com você! Entendeu?
E de repente se sentiu puxado para longe dela.
-Gina! – gritou. – Faça o que for preciso! Mas sobreviva! Sobreviva! – mais longe. – Sobreviva!!!
E ela ficou lá. Com seu pranto. E ele voltou para o chão, diante da velha.
#
A velha tinha um olhar amargurado. Tão parecido com o olhar da sua ruivinha, que Malfoy se assustou.
-O que aconteceu? – silêncio. – Senhora? O que foi isso? Não foi um sonho, não é?
-Não exatamente. Não foi um simples sonho. Mas vocês realmente se encontraram. Mas não teria sido possível se não houvesse amor de verdade os unindo. Mas é exatamente esse amor que irá separá-los. – se virou.
-Não! – Draco se levantou também indo atrás da velha. – Não! Como pode? Não entendo!
-Ela irá se sacrificar se for necessário, para que vocês vivam. Isso é o que está acontecendo! – amargurada.
-Mas... espere! Chegamos até aqui! Vamos até onde essa loucura toda nos levar! Não podemos desistir! – desesperado.
-Meu jovem, ela já fez sua escolha. – resignada. – Está tudo acabado. Não há mais chance. Eu sei bem disso.
-Meu Deus! Meu Merlin! A senhora quer me enlouquecer?! Eu sou um Malfoy! Ouviu bem! E um Malfoy NUNCA desiste! Vou até o fim! Disse pra ela e agora direi para a senhora: Só saio daqui com ela ou morto!!! Está me ouvindo? MORTO! Quer que eu soletre? – grosseiro.
A velha sorriu maliciosa deixando o sonserino mais confuso ainda.
-Era o que eu queria ouvir Sr. Malfoy! – frisou. – Essa vontade cega é tudo o que vai lhe restar antes de chagarmos ao fim dessa empreitada. Você passou no meu teste. – sorriu mais uma vez e deixou o loiro abestalhado para trás.
-Ei! Espere! Foi tudo ilusão? Ela não falou comigo? Ela...
-Oh! Sim. E não. – mais séria desta vez. – Foi ilusão. Mas ela esteve lá. Você esteve lá. A conversa que tiveram foi verdadeira. As palavras dela também. Jamais mentiria para você meu jovem.
E finalmente se foi. Draco ficou pensando em Gina. No que dissera. Parecia bem. Mas assim, vira tanta dor nela quando se afastaram! Teria que ter forças para convencê-la de que tudo daria certo. Sentia vontade de gritar para aquele maldito, que não era páreo para um Malfoy.
"Acabarei com ele! Nem que seja com minhas próprias mão!"
E a ira quente crescia em seu peito. Enquanto Draco sorria cruelmente.
... continua...
