Retração: "Eu não possuo os direitos sobre Saint Seiya, ou sobre qualquer de seus personagens. Todos os direitos cabem ao Masami Kurumada, criador e desenhista do manga series. Apenas os utilizo para a redação de fanfics."

Desejo de uma Deusa

Capítulo 2 - O Pecado

Ainda sob o efeito do vinho (ou seria do amuleto?), os cavaleiros cumpriam à ordem da Deusa, sentindo ainda suas mentes entorpecidas e seus corpos fervendo como o fogo. Ela, porém oscila entre o fio de razão que ainda lhe restara, e o anseio de ser adorada como uma verdadeira deusa, por seus seguidores.

Queria por alguns instantes esquecer que representa a Deusa Athena, senhora da sabedoria e da guerra justa, séria personagem do panteom olímpico, para encanar a Deusa Afrodite, rainha da sensualidade em suas orgias. Talvez nunca tenha se sentido assim, junto do seu marido nos vários anos de casada, mas hoje certamente teria o que tanto deseja.

Suas mãos passam por entre os cabelos cacheados de seu cavaleiro, enquanto este beijava-lhe o colo de uma forma muito prazerosa, não notando que ela usava um pesado colar com um pingente de pedra negra, que queimava como fogo. Seus lábios, entretanto, prendiam-se ao outro cavaleiro, que como nunca imaginara, sabia usa-los muito bem. Ele fazia jus a posição de "cavalheiro".

Entretanto por alguns segundos, os dois cavaleiros a deixam de lado para se acariciarem. Vendo os lábios dos dois cavaleiros tocarem-se num beijo, e as rápidas mãos de Miro a 'explorar' o corpo de Kanon, ela apenas pensou, como uma forma de punir-se pela grande orgia que proporcionara: "Meu Zeus, o que estou ver! Ou melhor, o que estou a fazer!". Logo esqueceu estes pensamentos, e abraçada ao cavaleiro de gêmeos, morde-lhe a orelha rapidamente. Com uma das mãos acaricia sua virilha, de forma meio indecisa, pois nunca realizara algo assim, por várias vezes até trombou com a mão do outro cavaleiro.

Miro também queria senti-la em seus braços, então puxou-a para perto, colocando-a no meio dos dois. Com seu jeito afobado, até quente mesmo, beijou-lhe deixando-a sem fôlego.

O cavaleiro de gêmeos que parecia cobrir com o seu toque, esbarra no colar de Saori, ele não o tinha notado ainda. Achou estranho o ardor que o colar provocava ao toca-lo. Ele não sabia ao certo o que significaria este adorno, mas sabia que estava na hora de tirar, visto que estava atrapalhando um pouco seu trabalho. Então segurando o colar, perguntou falando devagar em seu ouvido:

- Minha Senhora, o que seria isto?

Ainda sem fôlego por conta do beijo venenoso do cavaleiro de escorpião, e pelo calor que sentia entorpecida no prazer do corpo, Saori mal conseguia falar, apenas murmurou: - não o tire..

Sem ouvir ao certo as palavras dela, ele arrancou o colar e jogou-o no chão com força. A pedra do pingente partiu-se em mil pedaços, espalhando-se pelo chão do quarto dela... Anunciando o que estaria por vir...

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Na manhã seguinte, o sol já banha a terra com seus raios luminosos, provocando uma leve claridade no quarto, sendo salvo apenas por leves cortinas de seda branca que cobriam a janela. Saori abre os olhos, e sente um mal-estar provocado pelo vinho bebido a noite. Sua cabeça parece rodar e latejar, ou seria o mundo a rodar? Ela esfrega os olhos, numa tentativa de mantê-los abertos, sentia-se um pouco cansada, parecia que não tinha dormido direito.

Recobrou a consciência após acordar, e notou que algo estranho, ela estava envolvida pelos braços dos dois cavaleiros que ainda dormiam num sono pesado. Arregalou os olhos ao lembrar-se do ocorrido. Era incrível como conseguia se lembrar de cada detalhe, mesmo sob o efeito de tanta bebida.

"Como isso foi acontecer? Era isso que eu queria?", pensou olhando para os rostos dos adormecidos. Sentiu-se corar por alguns instantes ao pensar numa possível resposta para a pergunta feita. Uma sensação boa percorreu-lhe todo o corpo, como uma corrente elétrica. Mais uma vez sentiu-se corar. "Isso está ficando sério", pensou mais uma vez.

Passos lentos eram ouvidos no corredor. Eram as servas do Santuário em sua faxina diária. Elas limpam e arrumam cada pedacinho do lugar, são como braços direitos para Saori, sempre pegam no pesado. Hoje elas limpariam a suíte dela. Os passos e barulhos de vassouras e baldes estavam cada vez mais perto, mais.

"Agora, o que faço! Não podem me ver aqui! Aquelas linguarudas tinham que escolher o meu quarto para fazer faxina justo hoje!", pensou Saori vendo-se num beco sem saída. Não podia ser descoberta, seria um escândalo! Acabaria com sua imagem perante os outros, afinal dois numa noite, é algo não muito comum aos olhos alheios.

Não podia levantar-se rápido, ou poderia acorda-los, isso é o que ela menos quer no momento. Encara-los. Desesperada ela vai aos poucos se livrando dos fortes braços que a envolviam, porém não tempo de evitar a entrada de duas servas no quarto.

Foi flagrada, como nunca poderia ter sido, por ninguém, nos braços de dois cavaleiros de ouro.

- Oh! Por Zeus! - foi o que se escutou das servas antes de deixarem o quarto em passos rápidos. Saori também saiu para barrá-las, mas foi tarde demais, elas desapareceram no Santuário carregando consigo a melhor fofoca dos últimos tempos. Não demoraria muito para que todos soubessem de sua noite de aniversário.

Saori entrou no quarto novamente, pegou um belíssimo robe de seda branco que havia posto numa poltrona e olhou-se no espelho por alguns segundos. Não notou nada de estranho, apenas deu falta de seu colar! "Não! Onde foi parar o meu colar!", pensou procurando-o com os olhos pelo quarto.

Soltou um grito abafado ao vê-lo em mil pedaços pelo chão. Sem alternativas, correu para o Templo de Athena onde ficaria lá o dia inteiro sem ser incomodada.

Após alguns minutos, o cavaleiro de gêmeos desperta de seu sono, e quase pula da cama ao se ver nu e abraçado ao cavaleiro de escorpião. Este por sinal apenas murmura:

- Hum... Camus...

- O QUE?! VOCÊ TÁ MALUCO É MIRO!!? SAI DE PERTO DE MIM, COISA FEIA!! - exclamou Kanon pulando da cama e com o lençol procurou cobrir-se.

- AAAAHHHH!!!!! QUEM É VOCÊ?! SOCORRO!! - gritou Miro acabando de acordar.

- Sou o Kanon! E por que..N"S dormimos juntos? - perguntou incrédulo.

- KANON?! Mas... mas.. cadê a Saori?

- Não sei. Vai ver ela se mandou ontem mesmo e... aaarrrgghhh!!! Vou acabar com você Miro! - falou meio revoltado.

- Comigo?! Por quê?! A culpa não foi minha! Você começou beijando a Saori...quero dizer a Athena! E EU SOU O CULPADO?

- SIM!! VOCÊ É CULPADO! DEVIA TER SE MANDADO! EU CUIDARIA DELA!

- MAS FOI ELA QUEM PEDIU PARA EU FICAR TAMBÉM!! ORAS! NÃO VENHA ME CULPAR! - gritou Miro indignado com a injustiça a qual foi acometido.

- Não adianta achar culpados. Se ela foi quem nos pediu esse 'presente' de aniversário. É melhor irmos embora antes que alguém perceba. Escândalos nunca são bons. - ele vestiu-se e saiu do quarto seguido pelo cavaleiro de escorpião.

Passam pela casa de Peixes, e encaram sorrisinhos e insinuações de Afrodite, que parecia se divertir com o que sabia sobre o dois. Não lhe deram atenção. Na casa de Aquário, não havia ninguém. Fato muito estranho para Miro que sabe que Camus não gosta de sair de casa. Ele suspirou satisfeito ao ver que chegou em sua casa que era uma das mais próximas a Sala do Grande Mestre. Kanon seguiu descendo as escadarias até a sua casa, a de Gêmeos.

Miro entrou sem fazer barulho no seu quarto e tomou uma boa ducha. Ainda precisava esfriar os ânimos. Ele sabia muito bem o que fizera lá. Pôs uma toalha e saiu para o seu quarto.

Quase deixou a toalha cair, do susto ao ver quem estava esperando-lhe com uma cara não muito boa.

- Camus! - exclamou olhando para o francês que exibia a pior expressão de raiva e desprezo que poderia ter em sua tez.

Este, todavia manteve seu olhar frio e apenas falou no seu melhor sotaque francês: - Nunca pensei isso de você, Miro! Nunca!

- Do..do.. do que você está falando, Camus? - gaguejou Miro ao fazer a pergunta.

- Da sua "noite", monsieur Miro!

- Eu... não tenho nada a dizer. Estava bêbado, fora de mim. - respondeu abaixando os olhos.

- Ah! Claro! Não vai me explicar por que você ficou com o Kanon também!?

- Oh! - "Ele sabe disso!" - pensou Miro olhando para os olhos azuis de Camus, que transbordavam de raiva.

- Não quero mais saber de você! Faça-me o favor de nunca mais ter de olhar para sua cara! Mon pettit. - ele saiu batendo a porta com força.

- Meu Zeus! E agora?

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Na casa de Gêmeos, Kanon tivera que agüentar seu irmão mais uma vez. Ele sempre tinha uma forma de parecer mais chato a cada dia. Hoje ele estava pior.

- Kanon! Meu 'querido' irmão! Que bom que chegou! Pensei que seria desta vez que me veria livre de você! - falou alegre.

- Não, Saga, desta vez não. E não me enche, por favor! Já tenho problemas demais hoje.

- Hum... o que terá acontecido com você, maninho? - perguntou ironicamente.

- Nada que lhe diga o respeito! Não me encha! - respondeu frio.

- Hahahh!! A Deusa Athena não era o que esperava? - falou com a voz um pouco modificada por sua dupla personalidade.

- COMO VOCÊ SABE DISSO?!

- Todos sabem, meu caro. Todos sabem do que aconteceu naquele quarto. Inclusive, o que seriam essas marcas de unhas nas suas costas? - ele segurava o riso.

- Unhas? - ele se olha no espelho e percebe marcas de unhas por todo o corpo, até em partes intímas. Não seria Saori que as tinha feito, porque ela mantinha as unhas cortadas. Não soube o que responder.

- Nossa! Nunca pensei que o Miro seria tão selvagem, maninho... melhor por um remédio porque essas unhas são venenosas... hahahahhh!!! - disse Saga destilando todo o seu veneno.

- Grrr... Venenoso é você, Saga! Vá ao inferno e deixe-me em paz!

Saga atendeu ao apelo do irmão e sumiu dando altas gargalhadas tenebrosas como só ele saberia fazer.

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Saori passou o resto do dia no Templo, apenas estudando e resolvendo problemas administrativos do Santuário e da Fundação. Não deixou seu pensamento se desviar do trabalho para o que o acontecido. Esqueceu-se até que Seiya voltaria do Japão hoje.

Pôs a mão sobre a boca e abafou um grito ao vê-lo na sua frente, ele havia voltado! Será que saberia do acontecido na noite de seu aniversário? Só ele poderia responder.

- Se..SEIYA! Você já voltou?! - perguntou nervosa.

- Já, meu amor. E você por sinal nem foi me receber, não?

- É...eu sei. Como pode ver tive muito trabalho durante o dia inteiro. - falou apontando para pilhas de papéis. O nervosismo provocado pelos seus sentimentos e a fizeram resolver até o que não precisava ser resolvido, organizar e despachar o que não merecia. Ela o fez numa tentativa de fazer o tempo passar mais rápido.

- Muito trabalho, né? - perguntou irônico.

- Sim. Mas por que me olha dessa forma? Já me desculpei por tê-lo esquecido. - falou ela levantando-se para beijar carinhosamente o marido que permaneceu imóvel. - O que aconteceu?

- Você ainda pergunta? Eu é quem deveria perguntar, Saori! - falou com uma expressão de raiva.

- O que você quer dizer com isso, Seiya?

- Que EU SEI DE TUDO SAORI!! DE TUDO!! DE CADA DETALHE!! - falou furioso.

- Você sabe... - ela pôs a mão no coração e ficou imóvel olhando para a face estampada de raiva que seu marido carregava. Estaria em maus lençóis agora...

Continua....

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N/A:

Olá! Enfim o segundo o capítulo... Mesmo que pequeno. Espero que tenham gostado dele! Não quis por muita descrição lemon, para não estragar as belas palavras que consegui escrever. Mas é claro, num fanfic tudo parte da imaginação, não só do autor, mas dos leitores também!! Então... cuidado com essas mentes criativas, hein? Hehehh..

Agora respostas para as reviews que recebi no primeiro capítulo:

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Pipe

Uau! É uma honra para mim receber um comentário seu!! Já que as primeiras fics que eu li eram suas!! Fico muito feliz!

Não imagina o quanto esse "continua" deu trabalho... . Mas não que o Seiya não sirva para fazer filhos... eu que sou ruim mesmo e não vou dar esse direito a ele!!

Bem, como pôde perceber a notícia se espalhou pelo Santuário... mas se ele vai desabar com essa "noite", só lendo! Se bem, que sempre se abafam os podres dos poderosos, né? Quem sabe...

Obrigada pelo review,

Kourin - sama

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Anna Martins

Muito obrigada pelos elogios e... acho que a Saori é mão-de-vaca mesmo... já viu a qualidade das roupas dos cavaleiros? Não falo das armaduras, mas dos quase trapos que eles vestem... hum.. Ela bem que podia ajuda-los nisso...

Apesar de tudo ela está casada com o Seiya, mesmo tendo feito coisa errada.. Eu acho que eles ainda ficarão muito tempo juntos...

Bem, obrigada pelo review!

Kourin-sama

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Mari Marin

Olá, Marin!! Obrigada pelos elogios... com tantos fico até besta... Na minha opinião, a Saori não é santinha coisa nenhuma... com todos aqueles cavaleiros lindos e fortes prontos para protege-la a qualquer hora? Não não.. Mas se eu estivesse no lugar dela hum.... acho que nenhum deles me escaparia!! Heheh... Às vezes me empolgo um pouco...

Bem, para saber no que vai dar essa confusão, veja o próximo capítulo! Muito obrigada pela review!!

Kourin-sama

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Ayan Ithildin

Olá!! Nossa é muito ver um review seu aqui no meu fanfic!! Você sabe que adoro seu fic... e blá blá.. (se bem que o Shaka sempre é o bonzão... heheh... )

Tive essa idéia quando vi esse trecho no livro, e me lembrei da Saga de Hades, na verdade acho que foi um momento de loucura! . Daí percebi que as história se encaixavam..e escrevi!

Bem, não vou me estender muito nesse fic... mas para saber o que acontecerá, só lendo mesmo!

Muito obrigada pelo review!!

Kourin-sama

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Bebel

Qué isso menina! Ta querendo queimar meu filme? Hahah... Esse fanfic é escrito por mim, e não por minha irmã.. na verdade ela nem quer saber dele... E já tenho dezoito, viu? Sou maior de idade!! Hehehh..

Obrigada pelo seu review!

Kourin-sama

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Bem, espero que tenham gostado desse capítulo, e até o próximo!!

Kourin-sama

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